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Tabagismo: contexto histórico

Tudo começou quando os europeus chegaram à América,


encontraram, aqui, o tabaco, planta que já era conhecida e usada pelas
sociedades indígenas, especialmente em rituais religiosos. Por volta de
1560, o botânico e então embaixador francês em Portugal, Jean Nicot,
estudou e atribuiu propriedades medicinais à planta, que acabou sendo
batizada com seu nome e ficou conhecida cientificamente como
Nicotiana tabacum.
Assim, em apenas um século o tabaco passou a ser conhecido e
usado no mundo inteiro, expandindo-se de duas maneiras: a primeira,
por meio dos marinheiros e soldados, pois o tabaco era um bom
passatempo durante os longos períodos das viagens; a segunda, durante
as expedições portuguesas que levaram a planta para Portugal e França,
difundindo-a para outros países europeus, da África e do oriente.

Durante os séculos XVI e XVII, o consumo do tabaco era destinado


basicamente para fins médicos. Mas com a revolução industrial e a
mudança significativa na rotina de trabalho com o avanço do capitalismo,
no século XVIII, o tabaco passou a ser usado com outras finalidades.

O consumo do tabaco, especialmente na forma de cigarro, ganhou


impulso durante as grandes guerras. Na época, acreditava-se que o
cigarro poderia ser usado no combate ao stress e à ansiedade. Até
então, não se conhecia os verdadeiros efeitos e a dependência que a
droga causava.

A indústria do cigarro continuou a se expandir e a conquistar novos


adeptos. Na época áurea de Hollywood, ela soube explorar o mercado.
Afinal, o hábito de fumar - representado nas grandes telas - estava
sempre relacionado à sensualidade de atrizes

Apenas em 1953 foi comprovado cientificamente o efeito maléfico


do fumo. A experiência, conduzida pelo médico alemão radicado nos
Estados Unidos, Ernst Wynder. Como a Medicina continuou a
demonstrar associações entre o tabagismo e doenças clínicas, o
conceito de substância prejudicial à saúde crescia entre as pessoas,
sentimento que se consolidou nos anos 80, quando não havia mais
dúvida sobre o mal causado pelo tabaco.
“Há ainda documentos que atestam que pesquisas contundentes
demonstravam que o cigarro era nocivo à saúde já nos anos 30.”

Hoje, já não é mais elegante fumar cigarro. Ao invés da sensação


de liberdade, o fumante está preso à droga porque ela causa
dependência. A Organização Mundial da Saúde considera o tabaco, o
maior causador de mortes evitáveis do mundo. A preocupação com os
números cada vez mais alarmantes, levou a entidade a criar em 1987, o
Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em todos os países, no dia 31 de
maio.

Atualmente o cigarro ainda e utlizado, mas acabaram surgiram


novos dispositivos para atrair as pessoas. O cigarro Eletrônico (POD), e
um dispositivo que tem tecnologia simples, uma bateria que permite
esquentar o líquido no qual normalmente e uma mistura de agua,
aromatizante alimentar, nicotina, propleno glicol e glicerina vegetal. O
seu uso começou a predominar entre os adolescentes, principalmente
pelo fato de ser algo estlloso e sociavel, mesmo sendo legal a sua
comercialização.

Com o aumento de adolescentes usuários de cigarros eletrônicos,


aumenta-se também a preocupação com os efeitos nocivos desses
dispositivos à saúde dos pacientes nessa faixa etária. Os líquidos
comercializados para vaporização contém propilenoglicol ou líquidos
derivados de glicerina vegetal com nicotina, substâncias saborizadoras,
metais e outros produtos químicos. Os líquidos de sabor doce têm uma
quantidade maior de produtos químicos do que aqueles com tabaco ou
de sabor menta.

Problemas respiratórios foram relatados com o uso dos vaping


devices, incluindo síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA),
doenças pulmonares, sintomas persistentes de bronquite crônica e asma.
A SDRA relacionada a cigarros eletrônicos é chamada de e-cigarette, or
vaping, product use–associated lung injury (EVALI).

Mais de 20% dos produtos comercializados contém substâncias


químicas potencialmente tóxicas, como álcool benzílico, benzaldeído,
vanilina, acroleína e diacetil. Os saborizadores conferem risco potencial
de doenças obstrutivas pulmonares. O uso de cigarros eletrônicos
também parece estar associado a aumento do risco cardiovascular. A
nicotina, frequentemente usada nos vaporizadores, confere uma série de
riscos à saúde dos adolescentes, incluindo anormalidades no
desenvolvimento do hipocampo e do córtex cerebral. Várias outras
substâncias contidas nos e-líquidos (líquidos para os cigarros
eletrônicos) parecem estar potencialmente ligados a cânceres de
pulmão, bexiga, estômago e esôfago. O vapor dos e-cigarros (cigarros
eletrônicos) estão associados a câncer em ratos.

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