2022-2 TransmissaoEnergiaEletrica Aula5 CalculoMatricialParametrosLT

Universidade Escola de Engenharia Elétrica,
Federal de Goiás Mecânica e Computação
Transmissão de Energia Elétrica
Profª. Maria Leonor Silva de Almeida
Goiânia,
Semestre Letivo 2022-2
Nesta aula
◼ Cálculo matricial de parâmetros de linhas de transmissão

 Introdução
 Cálculo de parâmetros incluindo o efeito do solo
 Matriz de impedâncias série
 Efeito do solo com resistividade nula (aplicação do método das imagens)
 Efeito do solo com resistividade não nula (aplicação do método de Carson)
 Efeito dos cabos-guarda (ou cabos para-raios)
 Matriz de admitâncias
Transmissão Energia Elétrica 2022-2 Profª. Maria Leonor Silva de Almeida 2

Introdução
◼ Os parâmetros calculados anteriormente (indutância, capacitância e
resistência) serão utilizados em uma abordagem matricial das impedâncias
e capacitâncias distribuídas da linha. Nessas abordagens considera-se o
efeito do solo
◼ Considera-se inicialmente o solo como um condutor perfeito, com

resistividade nula
 Aplicação do método das imagens
◼ Avaliação dos efeitos de outros cabos aéreos nas proximidades das linhas
de transmissão, como os cabos guarda
◼ Considera-se, posteriormente, avaliação do solo com resistividade não nula.

 Formulação de Carson

Cálculo de Parâmetros Incluindo o
Efeito do Solo
Para o cálculo matricial de impedâncias série das linhas de transmissão, inclui-se o efeito da
presença do solo, considerando ele como um condutor perfeito, com resistividade 𝜌 = 0
◼ Matriz de Impedância Série
Hipóteses adotadas:
a) Os cabos são considerados cilíndricos,
retilíneos, paralelos ao plano do solo, uniformes
e com comprimento suficientemente longo para
desprezar o efeito de distorções nas extremidades

Cálculo de Parâmetros Incluindo o Efeito
do Solo – Matriz de Impedância Série
◼ Hipóteses adotadas
b) Considera-se a altura média do condutor, para incluir o efeito da deformação do cabo, que
descreve uma curva na forma de uma catenária. Uma hipótese razoável para calcular a
altura média é adotar:
Sendo:
2 ℎ𝑡 : altura do cabo na torre,
ℎ𝑚 = ℎ 𝑡 − 𝑓 ℎ𝑚𝑖𝑛 : altura do cabo no meio do vão, supondo o terreno plano,
3
𝑓: flecha no meio do vão,
𝑓 = ℎ𝑡 − ℎ𝑚𝑖𝑛

Cálculo de Parâmetros Incluindo o Efeito
do Solo – Matriz de Impedância Série
◼ Hipóteses adotadas
c) A permeabilidade do solo é admitida constante, com o terreno plano e homogêneo, com

permeabilidade relativa magnética aproximadamente igual a 𝜇𝑟 = 1 (logo 𝜇 = 𝜇0 ).
d) O campo eletromagnético produzido por um cabo individualmente não se altera com a

presença de campos causados pela passagem de corrente em outros cabos aéreos.
 O campo magnético produzido por um cabo individualmente será o mesmo, independentemente, se
existem ou não outros cabos aéreos sendo percorridos por corrente
A consideração do efeito do solo ocorre admitindo um solo perfeito, com resistividade

nula (𝜌 = 0).
Até aqui, para aplicar a fórmula do fluxo concatenado com um condutor por um grupo de
condutores, foi admitido a hipótese de que a soma das correntes era nula.
A consideração do efeito do solo, por meio da aplicação do método das imagens,

permite analisar casos em que a soma das correntes não é nula.

Cálculo de Parâmetros Incluindo o Efeito do
Solo – Aplicação do Método das Imagens
◼ Na figura abaixo, ilustra-se a disposição dos cabos condutores, considerando a aplicação
do Método das Imagens, sendo:
 ℎ𝑖 : altura média do condutor i em relação ao solo,
 𝑑𝑖𝑗 : distância entre os condutores aéreos 𝑖 e 𝑗 (escritas com letras minúsculas), 𝑑𝑖𝑗 = 𝑑𝑗𝑖
 𝐷𝑖𝑗 : distância entre o condutor aéreo 𝑖 e o condutor imagem 𝑗 (escritas com letras maiúsculas), 𝐷𝑖𝑗 = 𝐷𝑗𝑖
 𝑟𝑒𝑞𝑧𝑖 : raio equivalente do 𝑖 − é𝑠𝑖𝑚𝑜 condutor (ou feixe de subcondutores)

◼ Admitindo uma somatória não nula de correntes nos cabos aéreos, tem-se: ෍ 𝐼𝑖 = 𝐼
𝑖
◼ Logo, para as imagens, define-se a mesma somatória, mas com sinal trocado: ෍ −𝐼𝑖 = −𝐼
𝑖
◼ Desse modo, para todo o conjunto de condutores, a soma total das correntes é nula,
permitindo então a aplicação da expressão do fluxo com um condutor genérico 𝑖, por um
grupo de condutores.

◼ Assim, o fluxo concatenado com o condutor 𝑖, por unidade de comprimento do cabo,
considerando o grupo de condutores e incluindo as imagens é:
1 1 1 1 1 1
𝜙𝑖 = 2 ∙ 10−7 𝐼1 𝑙𝑛 + ⋯ + 𝐼𝑖 𝑙𝑛 + ⋯ + 𝐼𝑛 𝑙𝑛 − 𝐼1 𝑙𝑛 − ⋯ − 𝐼𝑖 𝑙𝑛 − ⋯ − 𝐼𝑛 𝑙𝑛
𝑑𝑖1 𝑟𝑒𝑞𝑧𝑖 𝑑𝑖𝑛 𝐷𝑖1 2ℎ𝑖 𝐷𝑖𝑛
Cabos aéreos Imagens
𝐷𝑖1 2ℎ𝑖 𝐷𝑖𝑛

𝜙𝑖 = 2 ∙ 10−7 𝐼1 𝑙𝑛 + ⋯ + 𝐼𝑖 𝑙𝑛 + ⋯ + 𝐼𝑛 𝑙𝑛
𝑑𝑖1 𝑟𝑒𝑞𝑧𝑖 𝑑𝑖𝑛

◼ Para esse condutor, incluindo a parcela resistiva, a queda 𝑑𝜙𝑖 (𝑡)
∆𝑣𝑖 𝑡 = 𝑅𝑖𝑖 𝑖 𝑡 +
de tensão série na linha por unidade de comprimento é: 𝑑𝑡
◼ Aplicando a transformada de Laplace nesta equação, tem-se: ∆𝑉𝑖 𝑠 = 𝑅𝑖𝑖 𝐼 𝑠 + 𝑠𝜙𝑖 (𝑠)
◼ Incluindo a queda de tensão por efeito resistivo, escreve-se para o 𝑖 − é𝑠𝑖𝑚𝑜 condutor,
com s = 𝑗𝜔 em regime permanente senoidal, a expressão de queda de tensão ao longo da
linha de transmissão, para uma dada unidade de comprimento:

∆𝑉𝑖 = 𝑅𝑖𝑖 𝐼 + 𝑗𝜔𝜙𝑖 ϕ𝑖 = 2 ∙ 10−7 𝐼1 𝑙𝑛 + ⋯ + 𝐼𝑖 𝑙𝑛 + ⋯ + 𝐼𝑛 𝑙𝑛

∆𝑉𝑖 = 𝑅𝑖𝑖 𝐼 + 𝑗2𝜔 ∙ 10−7 𝐼1 𝑙𝑛 + ⋯ + 𝐼𝑖 𝑙𝑛 + ⋯ + 𝐼𝑛 𝑙𝑛
Reatâncias próprias: Reatâncias mútuas:

2ℎ𝑖 𝐷𝑖𝑗
𝑋𝑖𝑖 = 2𝜔 ∙ 10−7 ∙ 𝑙𝑛 ΩΤ𝑚 𝑋𝑖𝑗 = 2𝜔 ∙ 10−7 ∙ 𝑙𝑛 ΩΤ𝑚 para 𝑖 ≠ 𝑗
𝑑𝑖𝑗
𝑟𝑒𝑞𝑧𝑖
◼ Escrevendo as expressões para as quedas de tensão em regime permanente, em um
grupo de condutores acoplados, obtém-se:
∆𝑉1 = 𝑅11 + 𝑗𝑋11 𝐼1 + ⋯ + 𝑗𝑋1𝑖 𝐼𝑖 + ⋯ + 𝑗𝑋1𝑛 𝐼𝑛

∆𝑉𝑖 = 𝑗𝑋𝑖1 𝐼1 + ⋯ + 𝑅𝑖𝑖 + 𝑗𝑋𝑖𝑖 𝐼𝑖 + ⋯ + 𝑗𝑋𝑖𝑛 𝐼𝑛
∆𝑉𝑛 = 𝑗𝑋𝑛1 𝐼1 + ⋯ + 𝑗𝑋𝑛𝑖 𝐼𝑖 + ⋯ + 𝑅𝑛𝑛 + 𝑗𝑋𝑛𝑛 𝐼𝑛
◼ Define-se, então, as impedâncias por unidade de comprimento:
Impedância própria do 𝑖 − é𝑠𝑖𝑚𝑜 condutor 𝑍𝑖𝑖 = 𝑅𝑖𝑖 + 𝑗𝑋𝑖𝑖
Impedância mútua entre os condutores 𝑖 e 𝑗 𝑍𝑖𝑗 = 𝑗𝑋𝑖𝑗
◼ Assim, é obtida a matriz impedância série dos cabos acoplados, em regime permanente
senoidal, para uma frequência s = 𝑗𝜔 𝑟𝑎𝑑Τ𝑠 :
∆𝑉1 𝑍11 ⋯ 𝑍1𝑖 ⋯ 𝑍1𝑛 𝐼1
⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮
∆𝑉𝑖 = 𝑍𝑖1 … 𝑍𝑖𝑖 … 𝑍𝑖𝑛 ∙ 𝐼𝑖 ou ∆𝑉 = 𝑍 ∙ 𝐼
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮
∆𝑉𝑛 𝑍𝑛1 … 𝑍𝑛𝑖 … 𝑍𝑛𝑛 𝐼𝑛
∆𝑉1 𝑍11 ⋯ 𝑍1𝑖 ⋯ 𝑍1𝑛 𝐼1
⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮
∆𝑉𝑖 = 𝑍𝑖1 … 𝑍𝑖𝑖 … 𝑍𝑖𝑛 ∙ 𝐼𝑖 ou ∆𝑉 = 𝑍 ∙ 𝐼
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮
∆𝑉𝑛 𝑍𝑛1 … 𝑍𝑛𝑖 … 𝑍𝑛𝑛 𝐼𝑛
◼ 𝑍 é a matriz impedância série da linha de transmissão, que apresenta estrutura simétrica
𝑍11 ⋯ 𝑍1𝑖 ⋯ 𝑍1𝑛

⋮ ⋱ ⋮ ⋮ Como 𝑑𝑖𝑗 = 𝑑𝑗𝑖 e 𝐷𝑖𝑗 = 𝐷𝑗𝑖 ,
𝑍 = 𝑍𝑖1 … 𝑍𝑖𝑖 … 𝑍𝑖𝑛 𝑍𝑖𝑗 = 𝑍𝑗𝑖
⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑍𝑛1 … 𝑍𝑛𝑖 … 𝑍𝑛𝑛
◼ Por simplificação, no caso de feixes de condutores, será utilizado o conceito de raio

equivalente do feixe – DMG própria do feixe

Solo – Solo com resistividade não nula
◼ As análises realizadas até então consideram o solo com resistividade nula.
◼ No entanto, na realidade, o solo não é um condutor perfeito, possuindo

resistividade 𝜌 ≠ 0
 Isso faz com que as correntes pelo solo se distribuam de modo diferente, de acordo
com a frequência
 Para frequências mais elevadas, as correntes tendem a se concentrar na superfície,
apresentando um efeito semelhante ao efeito pelicular em um condutor
◼ Para essa formulação, que contempla 𝜌 ≠ 0, utiliza-se a correção de Carson

 Então são considerados os parâmetros calculados admitindo o solo com resistividade
nula, mais um termo de correção de Carson, para que seja incluso o efeito de 𝜌 ≠ 0

Solo – Solo com resistividade não nula
2ℎ𝑖
Impedância própria do 𝑍𝑖𝑖 = 𝑅𝑖𝑖 + 2𝜔 ∙ 10−7 ∙ 𝑙𝑛 ΩΤ𝑚
◼ Sem correção de Carson 𝑖 − é𝑠𝑖𝑚𝑜 condutor 𝑟𝑒𝑞𝑧𝑖
Impedância mútua entre 𝐷𝑖𝑗
os condutores 𝑖 e 𝑗
𝑍𝑖𝑗 = 2𝜔 ∙ 10−7 ∙ 𝑙𝑛 ΩΤ𝑚 para 𝑖 ≠ 𝑗
𝑑𝑖𝑗
◼ Com correção de Carson 1

𝑍𝑖𝑖 = 𝑅𝑖𝑖 + ∆𝑅𝑖𝑖 + 𝑗2𝜔 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 + 𝑗∆𝑋𝑖𝑖 ΩΤ𝑘𝑚
Impedância própria do 𝑖 − é𝑠𝑖𝑚𝑜 condutor
1
Impedância mútua entre os condutores 𝑖 e 𝑗 𝑍𝑖𝑗 = ∆𝑅𝑖𝑗 + 𝑗2𝜔 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 + 𝑗∆𝑋𝑖𝑗 ΩΤ𝑘𝑚
𝑑𝑖𝑗
Com base nessa equações:
Para considerar 𝜌 ≠ 0, adota-se as correções
(válidas na faixa de 0 a 100Hz):
Para considerar 𝜌 = 0, adota-se: 𝑓

1,5708 0,0026492 ℎ𝑖 + ℎ𝑗
𝜌𝑠𝑜𝑙𝑜
∆𝑅𝑖𝑖 = ∆𝑅𝑖𝑗 = 0 ∆𝑅𝑖𝑗 = 4𝜔 ∙ 10−4 −
4 4
∆𝑋𝑖𝑖 = 2𝜔 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛2ℎ𝑖 𝑓
2 658,8 0,0026492 ℎ𝑖 + ℎ𝑗
∆𝑋𝑖𝑗 = 2𝜔 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛𝐷𝑖𝑗 ∆𝑋𝑖𝑗 = 4𝜔 ∙ 10−4 𝑙𝑛 +
4 𝑓 4
Linhas trifásicas
◼ Considere uma linha de transmissão trifásica composta por três fases e um
condutor neutro, conforme apresentado abaixo:
Em que: 𝑧𝑖𝑖 é a indutância própria da fase 𝑖

𝑧𝑖𝑗 é a indutância mútua entre os condutores das fases 𝑖 e 𝑗
Linhas trifásicas
◼ Define-se a matriz impedância primitiva como:
𝑧𝑎𝑎 𝑧𝑎𝑏 𝑧𝑎𝑐 𝑧𝑎𝑛

𝑧 𝑧𝑏𝑏 𝑧𝑏𝑐 𝑧𝑏𝑛
𝑍𝑝𝑟𝑖 = 𝑧𝑏𝑎 𝑧𝑐𝑏 𝑧𝑐𝑐 𝑧𝑐𝑛
𝑐𝑎
𝑧𝑛𝑎 𝑧𝑛𝑏 𝑧𝑛𝑐 𝑧𝑛𝑛
◼ A aplicação da lei das tensões de Kirchhoff para o ramo resulta em:

𝑉𝐴𝑁 𝑉𝑎𝑛 𝑧𝑎𝑎 𝑧𝑎𝑏 𝑧𝑎𝑐 𝑧𝑎𝑛 𝐼𝑎
𝑉𝐵𝑁 𝑉 𝑧 𝑧𝑏𝑏 𝑧𝑏𝑐 𝑧𝑏𝑛 𝐼𝑏
= 𝑏𝑛 + 𝑧𝑏𝑎 𝑧𝑐𝑏 𝑧𝑐𝑐 𝑧𝑐𝑛 ∙ 𝑉𝐹 = 𝑉𝑓 + 𝑍𝑝𝑟𝑖 ∙ 𝐼𝑓
𝑉𝐶𝑁 𝑉𝑐𝑛 𝑐𝑎 𝐼𝑐
𝑉𝑁𝑁 𝑉𝑛𝑛 𝑧𝑛𝑎 𝑧𝑛𝑏 𝑧𝑛𝑐 𝑧𝑛𝑛 𝐼𝑛
Sendo:
◼ Ou ainda ∆𝑉𝐴 𝑧𝑎𝑎 𝑧𝑎𝑏 𝑧𝑎𝑐 𝑧𝑎𝑛 𝐼𝑎 ∆𝑉𝐴 = 𝑉𝐴𝑁 - 𝑉𝑎𝑛
∆𝑉𝐵 𝑧 𝑧𝑏𝑏 𝑧𝑏𝑐 𝑧𝑏𝑛 𝐼𝑏 ∆𝑉𝐵 = 𝑉𝐵𝑁 - 𝑉𝑏𝑛
= 𝑧𝑏𝑎 𝑧𝑐𝑏 𝑧𝑐𝑐 𝑧𝑐𝑛 ∙
∆𝑉𝐶 𝑐𝑎 𝐼𝑐 ∆𝑉𝐶 = 𝑉𝐶𝑁 - 𝑉𝑐𝑛
∆𝑉𝑁 𝑧𝑛𝑎 𝑧𝑛𝑏 𝑧𝑛𝑐 𝑧𝑛𝑛 𝐼𝑛 ∴ ∆𝑉𝐹 = 𝑧𝑝𝑟𝑖 ∙ 𝐼𝑓
Linhas trifásicas
∆𝑉𝐴 𝑧𝑎𝑎 𝑧𝑎𝑏 𝑧𝑎𝑐 𝑧𝑎𝑛 𝐼𝑎 ∆𝑉𝐹 𝑍 𝑍𝐵 𝐼𝑓
∆𝑉𝐵 𝑧 𝑧𝑏𝑏 𝑧𝑏𝑐 𝑧𝑏𝑛 𝐼𝑏 = 𝐴 ∙
= 𝑧𝑏𝑎 ∙ ∆𝑉𝑁 𝑍𝐶 𝑍𝐷 𝐼𝑛
∆𝑉𝐶 𝑐𝑎 𝑧𝑐𝑏 𝑧𝑐𝑐 𝑧𝑐𝑛 𝐼𝑐
∆𝑉𝑁 𝑧𝑛𝑎 𝑧𝑛𝑏 𝑧𝑛𝑐 𝑧𝑛𝑛 𝐼𝑛 Como: 𝑉𝑁𝑁 = 𝑉𝑛𝑛 = 0, logo ∆𝑉𝑁 =0
∆𝑉𝐹 = 𝑍𝐴 ∙ 𝐼𝑓 + 𝑍𝐵 ∙ 𝐼𝑛 1
൝
0 = 𝑍𝐶 ∙ 𝐼𝑓 + 𝑍𝐷 ∙ 𝐼𝑛 2
−𝑍𝐶 ∙ 𝐼𝑓
◼ Da equação 2 , tem-se: 𝐼𝑛 = = −𝑍𝐶 ∙ 𝐼𝑓 ∙ 𝑍𝐷−1
𝑍𝐷
−1
◼ Substituindo 𝐼𝑛 em 1 : ∆𝑉𝐹 = 𝑍𝐴 ∙ 𝐼𝑓 − 𝑍𝐵 ∙ 𝑍𝐶 ∙ 𝐼𝑓 ∙ 𝑍𝐷
∆𝑉𝐹 = (𝑍𝐴 − 𝑍𝐵 ∙ 𝑍𝐶 ∙ 𝑍𝐷−1 ) ∙ 𝐼𝑓 = 𝑍 ∙ 𝐼𝑓

Linhas trifásicas
𝑉𝐴𝑁 𝑉𝑎𝑛 𝑧𝑎𝑎 𝑧𝑎𝑏 𝑧𝑎𝑐 𝐼𝑎
OU 𝑉𝐵𝑁 = 𝑉𝑏𝑛 + 𝑧𝑏𝑎 𝑧𝑏𝑏 𝑧𝑏𝑐 ∙ 𝐼𝑏 𝑉𝐹 = 𝑉𝑓 + 𝑍 ∙ 𝐼𝑓
𝑉𝐶𝑁 𝑉𝑐𝑛 𝑧𝑐𝑎 𝑧𝑐𝑏 𝑧𝑐𝑐 𝐼𝑐
Dados da
matriz original
◼ Em que a matriz reduzida Z é chamada de
𝑧𝑖𝑛 𝑧𝑛𝑖
matriz de impedância de fase, sendo seus 𝑍𝑖𝑗 = 𝑧𝑖𝑗 −
𝑧𝑛𝑛
elementos calculados por:
◼ O processo de redução da dimensão da matriz primitiva de rede é conhecido

como redução de Kron.
◼ Vale registrar o fato de que a redução de Kron promove uma simplificação no

modelo da linha, haja vista a não representação do condutor neutro e de
aterramento.

Solo – Efeito dos Cabos Guarda
◼ Para considerar a influência dos cabos guarda

na matriz de impedância série de uma linha de
transmissão, esses são simplesmente incluídos
na matriz de impedâncias, de modo análogo aos
demais condutores.
◼ Assim, são consideradas as quedas de tensão longitudinais (variações de tensão com a

corrente) na linha, na forma compacta, admitindo a possibilidade de mais de uma cabo-
guarda:
𝑍𝑐𝑐 : matriz de impedâncias série dos cabos condutores
∆𝑉𝑐 𝑍𝑐𝑐 𝑍𝑐𝑔 𝐼𝑐 𝑍𝑔𝑔 : matriz de impedâncias série dos cabos-guarda
∆𝑉𝑔 = ∙ 𝐼
𝑍𝑔𝑐 𝑍𝑔𝑔 𝑔 𝑍𝑐𝑔 𝑒 𝑍𝑔𝑐 : matriz de impedâncias mútuas entre os cabos
condutores e os cabos guarda

∆𝑉𝐴 𝑧𝑎𝑎 𝑧𝑎𝑏 𝑧𝑎𝑐 𝑧𝑎𝑛 𝐼𝑎
◼ No caso de apenas um cabo, exemplifica-se: ∆𝑉𝐵 𝑧 𝑧𝑏𝑏 𝑧𝑏𝑐 𝑧𝑏𝑛 𝐼𝑏
= 𝑧𝑏𝑎 𝑧𝑐𝑏 𝑧𝑐𝑐 𝑧𝑐𝑛 ∙
∆𝑉𝐶 𝑐𝑎 𝐼𝑐
∆𝑉𝑁 𝑧𝑛𝑎 𝑧𝑛𝑏 𝑧𝑛𝑐 𝑧𝑛𝑛 𝐼𝑛
◼ Por meio da redução de Kron, é possível realizar a “redução dos cabos-guarda”. Para
tanto, avalia-se duas situações possíveis: cabos guarda aterrados e cabos guarda isolados
1) Cabos guarda aterrados

Os cabos guarda serão considerados aterrados quando eles forem conectados a torre.
Quando o cabo guarda for continuamente aterrado (aterrado em todas as torres), admite-se
quedas de tensão longitudinais ∆𝑉𝑔 = 0, ao longo do trecho examinado.
Cabos guarda aterrados - tipo de

topologia predominante. Nesse caso, a
energia da descarga atmosférica escoa
para o terra, uma vez que os cabos-
guarda estão aterrados (nas torres).

Entre duas torres consecutivas, 𝑘 e 𝑘 − 1 na faixa de frequências do regime permanente a
60Hz, admite-se que as bases das torres estão praticamente no mesmo potencial do terra
𝑉𝑇1 = 𝑉𝑇2 e que as quedas de tensão ∆𝑉𝑡 nas estruturas são nulas.
Desse modo, as quedas de tensão nos cabos guarda ∆𝑉𝑔 = ∆𝑉𝑘 − ∆𝑉𝑘−1 também são nulas,
independente do valor da corrente 𝐼𝑔 . Tal resultado pode ser estendido ao longo do trecho de
todo o trecho de linha examinado.
∆𝑉𝑐 𝑍𝑐𝑐 𝑍𝑐𝑔 𝐼𝑐 ∆𝑉𝑔 = 0
∆𝑉𝑐 𝑍𝑐𝑐 𝑍𝑐𝑔 𝐼𝑐
∆𝑉𝑔 = ∙ 𝐼 = ∙ 𝐼
𝑍𝑔𝑐 𝑍𝑔𝑔 𝑔 0 𝑍𝑔𝑐 𝑍𝑔𝑔 𝑔

∆𝑉𝑐 = 𝑍𝑐𝑐 𝐼𝑐 + 𝑍𝑐𝑔 𝐼𝑔 1
∆𝑉𝑐 𝑍𝑐𝑐 𝑍𝑐𝑔 𝐼𝑐
= ∙ 𝐼
0 𝑍𝑔𝑐 𝑍𝑔𝑔 𝑔
0 = 𝑍𝑔𝑐 𝐼𝑐 + 𝑍𝑔𝑔 𝐼𝑔 2
◼ Por meio da redução de Kron, elimina-se o vetor de corrente −1

𝐼𝑔 nos para-raios. Para tanto, isola-se 𝐼𝑔 na equação 2 : 𝐼𝑔 = −𝑍𝑔𝑔 𝑍𝑔𝑐 𝐼𝑐
◼ Substituindo 𝐼𝑔 na equação 1 , define-se a equação das quedas de tensão:
−1
∆𝑉𝑐 = 𝑍𝑐𝑐 𝐼𝑐 + 𝑍𝑐𝑔 −𝑍𝑔𝑔 𝑍𝑔𝑐 𝐼𝑐 ∆𝑉𝑐 = 𝑍𝑐𝑐 − 𝑍𝑐𝑔 𝑍𝑔𝑔 −1 𝑍𝑔𝑐 𝐼𝑐

1) Cabos guarda aterrados 𝑍𝑐𝑐 𝑍𝑐𝑔
∆𝑉𝑎 𝑍𝑎𝑎 𝑍𝑎𝑏 𝑍𝑎𝑐 𝑍𝑎𝑔 𝐼𝑎
◼ No caso particular de uma linha ∆𝑉𝑏 𝑍𝑏𝑎 𝑍𝑏𝑏 𝑍𝑏𝑐 𝑍𝑏𝑔 𝐼𝑏
= 𝑍 𝑍𝑐𝑏 𝑍𝑐𝑐 ∙ 𝐼
trifásica com um cabo guarda: ∆𝑉𝑐 𝑐𝑎 𝑍𝑐𝑔 𝑐
0 𝑍𝑔𝑎 𝑍𝑔𝑏 𝑍𝑔𝑐 𝑍𝑔𝑔 𝐼𝑔
𝑍𝑔𝑐 𝑍𝑔𝑔
◼ Aplicando a Redução de Kron: ∆𝑉𝑐 = 𝑍𝑐𝑐 − 𝑍𝑐𝑔 𝑍𝑔𝑔 −1 𝑍𝑔𝑐 𝐼𝑐
∆𝑉𝑎 𝑍𝑎𝑎 𝑍𝑎𝑏 𝑍𝑎𝑐 𝑍𝑎𝑔 𝐼𝑎

1
∆𝑉𝑏 = 𝑍𝑏𝑎 𝑍𝑏𝑏 𝑍𝑏𝑐 − 𝑍𝑏𝑔 𝑍𝑔𝑎 𝑍𝑔𝑏 𝑍𝑔𝑐 ∙ 𝐼𝑏
𝑍
∆𝑉𝑐 𝑍𝑐𝑎 𝑍𝑐𝑏 𝑍𝑐𝑐 𝑍𝑐𝑔 𝑔𝑔 𝐼𝑐
∆𝑉𝑎 𝑍𝑎𝑎 𝑍𝑎𝑏 𝑍𝑎𝑐 𝑍𝑎𝑔 𝑍𝑔𝑎 𝑍𝑎𝑔 𝑍𝑔𝑏 𝑍𝑎𝑔 𝑍𝑔𝑐 𝐼𝑎
1
∆𝑉𝑏 = 𝑍𝑏𝑎 𝑍𝑏𝑏 𝑍𝑏𝑐 − 𝑍𝑏𝑔 𝑍𝑔𝑎 𝑍𝑏𝑔 𝑍𝑔𝑏 𝑍𝑏𝑔 𝑍𝑔𝑐 ∙ 𝐼𝑏
∆𝑉𝑐 𝑍𝑐𝑎 𝑍𝑐𝑏 𝑍𝑐𝑐 𝑍𝑔𝑔 𝐼𝑐
𝑍𝑐𝑔 𝑍𝑔𝑎 𝑍𝑐𝑔 𝑍𝑔𝑏 𝑍𝑐𝑔 𝑍𝑔𝑐
Matriz impedância correspondente aos condutores das três fases

2) Cabos guarda isolados
Tipo de topologia que não é comum: nesse caso, a energia da descarga atmosférica é
dissipada pela própria resistente da linha. As ondas de tensão da descargas ficam propagando
na própria linha até se atenuarem completamente, por causa da resistência. Essa energia não
escoa para o terra, porque o cabo guarda está isolado.
A eliminação dos cabos guarda nesse caso é mais simples, pois os mesmos estão isolados
em todas as torres da linha de transmissão por meio de pequenos isoladores, sem passagem
de corrente a 60 Hz. Nesse caso, para o regime permanente admite-se 𝐼𝑔 = 0 :
∆𝑉𝑐 𝑍𝑐𝑐 𝑍𝑐𝑔 𝐼𝑐 𝐼𝑔 = 0 ∆𝑉𝑐 𝑍𝑐𝑐 𝑍𝑐𝑔 𝐼

∆𝑉𝑔 = ∙ 𝐼 ∆𝑉𝑔 = ∙ 𝑐
𝑍𝑔𝑐 𝑍𝑔𝑔 𝑔 𝑍𝑔𝑐 𝑍𝑔𝑔 0
Assim, do ponto de vista das quedas de tensão nos

∆𝑉𝑐 = 𝑍𝑐𝑐 𝐼𝑐 condutores, a presença dos cabos guarda pode ser ignorada.
∆𝑉𝑔 = 𝑍𝑔𝑐 𝐼𝑐 A tensão induzida nos cabos-guarda pode ser calculada como
em qualquer condutor paralelo à linha de transmissão:
∆𝑉𝑎 𝑍𝑎𝑎 𝑍𝑎𝑏 𝑍𝑎𝑐 𝐼𝑎
Matriz de queda de tensão nos
condutores das três fases: ∆𝑉𝑏 = 𝑍𝑏𝑎 𝑍𝑏𝑏 𝑍𝑏𝑐 ∙ 𝐼𝑏
∆𝑉𝑐 𝑍𝑐𝑎 𝑍𝑐𝑏 𝑍𝑐𝑐 𝐼𝑐
Solo – Aplicação de Componentes Simétricas
∆𝑉𝑎 𝑍𝑎𝑎 𝑍𝑎𝑏 𝑍𝑎𝑐 𝐼𝑎
∆𝑉𝑏 = 𝑍𝑏𝑎 𝑍𝑏𝑏 𝑍𝑏𝑐 ∙ 𝐼𝑏
Matriz impedância dos condutores das três fases
◼ Essa matriz, que está no domínio das fases, possui impedâncias mútuas entre as fases,
logo, o sistema possui acoplamento entre as fases.
◼ Se o sistema estiver perfeitamente transposto (equilibrado), para simplificar a análise,

realiza-se uma transformação de coordenadas, definindo o sistema no domínio da
sequência, que é desacoplado
◼ Transformação de coordenadas: Teorema de Forstecue – Componentes Simétricas

 Sistema trifásico equilibrado – possui apenas componentes de sequência positiva
Sistema cujos fasores das fases

possuem módulos iguais e
estão defasados de 120°

◼ Transformação de coordenadas: Teorema de Forstecue – Componentes Simétricas
 Sistema trifásico desequilibrado – decomposto em três sistemas equilibrados de sequência:
positiva, negativa e zero
Desequilíbrio: ocorre em um sistema

elétrico trifásico quando as fases
apresentam tensões com módulos
diferentes entre si, ou defasagem
angular entre as fases diferentes de
120 graus ou, ainda, as duas condições
simultaneamente
+ +
Sequência negativa (ou inversa):
Sequência positiva (ou direta): sistema de sistema de fasores com módulos iguais,
Sequência zero: sistema de fasores
fasores com módulos iguais, defasados de defasados de 120° e na sequência de
com módulos iguais e em paralelos
120° e na mesma sequência de fases do fases inversa ao sistema de fases do
sistema desequilibrado original sistema desequilibrado original
Domínio das Sequência para Domínio das Fases
Vâ = Vâ 0 + Vâ1 + Vâ 2 Iâ = Iâ 0 + Iâ1 + Iâ 2
Vˆb = Vˆb 0 + Vˆb1 + Vˆb 2 Iˆb = Iˆb 0 + Iˆb1 + Iˆb 2
Vˆ = Vˆ + Vˆ + Vˆ
c c0 c1 c2 Iˆ = Iˆ + Iˆ + Iˆ
c c0 c1 c2
Vâ  1 1  Iâ  1 1 1   Iâ 0 

1  Vâ 0  ˆ   ˆ 
ˆ   ˆ  = 2 
 b 
V = 1 a 2
a  Va1   b 
I 1 a a   I a1 
Vˆ  1 a  Iˆ  1 a a 2   Iâ 2 
 c  a 2  Vâ 2   c 
[Vâbc ] = [T ][Vˆ012 ] [ Iâbc ] = [T ][ Iˆ012 ]
a = 1120º
Domínio de Fases para Domínio de Sequência
Vâ 0  1 1 1  Vâ   Iâ 0  1 1 1   Iâ 

ˆ  1  
 ˆ  1 2  ˆ 
 I a1  = 3 1 a a 2   Iˆb 
Va1  = 3 1 a a  Vb 
Vˆ   Iˆ   a   Iˆc 
a  Vˆc 
2
1 a 2  a2  1 a
 a 2
[Vˆ012 ] = T  [Vâbc ] [ Iˆ012 ] = T  [ Iâbc ]

−1 −1
a = 1120º

[Vâbc ] = [T ][Vˆ012 ] [ Iâbc ] = [T ][ Iˆ012 ]
[Vâbc ] = Z abc [ Iâbc ]

T [Vˆ012 ] = Z abc T [ Iˆ012 ]
[Vˆ012 ] = T  Z abc T [ Iˆ012 ]
−1
Aplicando Lei de Ohms no domínio da sequência:

[Vˆ012 ] = Z 012 [ Iˆ012 ]
[ Z 012 ] = T  Z abc [T ]
−1
Z 0  1 1 1   Z aa Z ab Z ac  1 1 1
 Z  = 1 a
1
a 2   Z ab Z bb Z bc  1 a 2 a 
 1 3 
 Z 2  1 a 2 a   Z ac Z bc Z cc  1 a a 2  a = 1120º
No domínio das fases, fazendo a transposição da linha de transmissão, obtém-se um sistema for
perfeitamente transposto, logo:
Impedâncias próprias: Z p Zm Zm 
Z aa + Z bb + Z cc Z abc  = Z m Zp Zm 

Z aa = Z bb = Z cc → Z p =
Z m Zm Z p 
3 
Impedâncias mútuas: Z 0  1 1 1 Z p Zm Z m  1 1 1
Z + Z bc + Z ca  Z  = 1 a  
a 2   Z m Z m  1 a 2 a 
Z ab = Z bc = Z ac → Z m = ab
1
 1 3  Zp
3
 Z 2  1 a 2 a   Z m Zm Z p  1 a a 2 
Z 0 0 0
Z 0 = Z p + 2Z m
Z 012  =  0 Z1 0 
Assim, o sistema no domínio das sequência
está desacoplado (matriz diagonal)
 0 0 Z 2  Z1 = Z 2 = Z p − Z m
GLOVER, J. D.; SARMA, M. S.; OVERBYE, T. Power System Analysis &

Faça o teste: Considere 𝑍𝑝 = 10 𝑒𝑍𝑚 = 5 e prove! Design, SI Version. [S.l.]: Cengage Learning, 2012.
Impedâncias de um circuito trifásico,- no domínio
das fases (de um equipamento elétrico linear não
rotativo, por exemplo uma linha de transmissão):
Vâa ' = Vân − Vâ 'n = Z aa Iâ
Vˆbb ' = Vˆbn − Vˆb 'n = Z bb Iˆb
Vˆcc ' = Vˆcn − Vˆc 'n = Z cc Iˆc
Impedâncias, do mesmo circuito trifásico anterior,
no domínio das sequências
Sendo: Z 0 0 0  Z 0 = Z aa + 2Z cb
 
Z 012  =  0 Z1 0  Z = Z = Z − Z
 0 0 Z 2 
1 2 aa cb
Vˆ0 − Vˆ0 ' = Z 0 Iˆ0 Vˆ1 − Vˆ1' = Z1 Iˆ1 Vˆ2 − Vˆ2' = Z 2 Iˆ2
Importante: Se o circuito trifásico original não for equilibrado,
os circuitos no domínio da sequência não são desacoplados,
tal que a matriz Z012 não é diagonal.
Matriz de Capacitâncias
◼ Para obter a matriz de capacitâncias de uma linha, admite-se o solo como um condutor
perfeito e aplica-se o método das imagens.
𝑛
◼ Ao incluir o solo, o somatório das cargas de 𝑛 condutores é não nulo: ෍ 𝑄𝑖 ≠ 0

𝑖=1
◼ Para o caso de dois condutores aéreos e aplicando o método das imagens, tem-se:
𝑛
Para os condutores aéreos: ෍ 𝑄
𝑖
𝑖=1
Então, considerando o método
𝑛 das imagens, a somatória total
das cargas é nula.
Para as imagens: − ෍ 𝑄𝑖
𝑖=1

◼ Cálculo da diferença de potencial do condutor 𝑖 em relação ao solo (considerado nulo):
Lembrete, considerando carga 𝑞:

𝑄 𝐷2
𝑉12 = 𝑙𝑛 𝑞 𝐷 𝐷: Distância da carga 𝑞 ao pto 𝑏.
2𝜋𝜀 𝐷1 𝑉𝑎𝑏 = 𝑙𝑛
2𝜋𝜀 𝑟 𝑟: Distância da carga 𝑞 ao pto 𝑎.
Situando o ponto 2 sobre a superfície do solo e o ponto 1 na superfície do condutor, e superpondo os

resultados das quatro cargas de condutores e imagens, obtém-se:
𝑄𝑖 ℎ𝑖 ℎ𝑖 𝑄𝑗 𝑥 𝑥
𝑉12 = 𝑙𝑛 − 𝑙𝑛 + 𝑙𝑛 − 𝑙𝑛
2𝜋𝜀 𝑟𝑖 2ℎ𝑖 2𝜋𝜀 𝑑𝑖𝑗 𝐷𝑖𝑗
𝑄𝑖 2ℎ𝑖 𝑄𝑗 𝐷𝑖𝑗
𝑉12 = 𝑙𝑛 + 𝑙𝑛 Verifica-se que a diferença de potencial
2𝜋𝜀 𝑟𝑖 2𝜋𝜀 𝑑𝑖𝑗 entre os pontos 1 e 2 não depende do
ponto 2, que está na superfície do solo,
Devido a 𝑄𝑖 Devido a 𝑄𝑗 pois não depende da distância 𝑥.
Logo, afirma-se que o 𝑉12 é a diferença de potencial entre o ponto 1 (condutor 𝑖)

e o terra (qualquer ponto na superfície do terra, que é equipotencial).
Por exemplo, na posição 2’, a contribuição 𝑄𝑗 𝑦 𝑦 𝑄𝑗 𝐷𝑖𝑗

da carga 𝑄𝑗 seria mantida a mesma: 𝑙𝑛 − 𝑙𝑛 = 𝑙𝑛
2𝜋𝜀 𝑑𝑖𝑗 𝐷𝑖𝑗 2𝜋𝜀 𝑑𝑖𝑗

𝑄𝑖 2ℎ𝑖 𝑄𝑗 𝐷𝑖𝑗
𝑉12 = 𝑙𝑛 + 𝑙𝑛
2𝜋𝜀 𝑟𝑖 2𝜋𝜀 𝑑𝑖𝑗
◼ Estendendo essa equação, conside-

rando uma linha de transmissão genérica,
com 𝑛 condutores aéreos, tem-se:
𝑄1 2ℎ1 𝑄𝑖 𝐷1𝑖 𝑄𝑛 𝐷1𝑛

Diferença de potencial entre o ponto 1 e o terra: 𝑉1 = 𝑙𝑛 + ⋯+ 𝑙𝑛 + ⋯+ 𝑙𝑛
2𝜋𝜀 𝑟1 2𝜋𝜀 𝑑1𝑖 2𝜋𝜀 𝑑1𝑛
𝑄1 𝐷𝑖𝑖 𝑄𝑖 ℎ𝑖 𝑄𝑛 𝐷𝑖𝑛
Diferença de potencial entre o ponto 𝑖 e o terra: 𝑉𝑖 = 𝑙𝑛 +⋯+ 𝑙𝑛 + ⋯ + 𝑙𝑛
2𝜋𝜀 𝑑𝑖 2𝜋𝜀 𝑟𝑖 2𝜋𝜀 𝑑𝑖𝑛
𝑄1 𝐷𝑛𝑖 𝑄𝑖 𝐷𝑛𝑖 𝑄𝑛 2ℎ𝑛
Diferença de potencial entre o ponto 𝑛 e o terra: 𝑉𝑛 = 𝑙𝑛 + ⋯+ 𝑙𝑛 + ⋯+ 𝑙𝑛
2𝜋𝜀 𝑑𝑛𝑖 2𝜋𝜀 𝑑𝑛𝑖 2𝜋𝜀 𝑟𝑛

𝑄1 2ℎ1 𝑄𝑖 𝐷1𝑖 𝑄𝑛 𝐷1𝑛
Diferença de potencial entre o ponto 1 e o terra: 𝑉1 = 𝑙𝑛 + ⋯+ 𝑙𝑛 + ⋯+ 𝑙𝑛
2𝜋𝜀 𝑟1 2𝜋𝜀 𝑑1𝑖 2𝜋𝜀 𝑑1𝑛
𝑄1 𝐷𝑖𝑖 𝑄𝑖 ℎ𝑖 𝑄𝑛 𝐷𝑖𝑛
Diferença de potencial entre o ponto 𝑖 e o terra: 𝑉𝑖 = 𝑙𝑛 +⋯+ 𝑙𝑛 + ⋯ + 𝑙𝑛
2𝜋𝜀 𝑑𝑖 2𝜋𝜀 𝑟𝑖 2𝜋𝜀 𝑑𝑖𝑛
𝑄1 𝐷𝑛𝑖 𝑄𝑖 𝐷𝑛𝑖 𝑄𝑛 2ℎ𝑛
Diferença de potencial entre o ponto 𝑛 e o terra: 𝑉𝑛 = 𝑙𝑛 + ⋯+ 𝑙𝑛 + ⋯+ 𝑙𝑛
2𝜋𝜀 𝑑𝑛𝑖 2𝜋𝜀 𝑑𝑛𝑖 2𝜋𝜀 𝑟𝑛
◼ Na forma matricial, obtém-se:
2ℎ1 𝐷1𝑖 𝐷1𝑛

𝑙𝑛 … 𝑙𝑛 … 𝑙𝑛
𝑟1 𝑑1𝑖 𝑑1𝑛 𝑉1 𝑃11 … 𝑃1𝑖 … 𝑃1𝑛 𝑄1
𝑉1 ⋱ ⋱ 𝑄1 ⋱ ⋮ ⋱ ⋮
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮
⋮ 1 𝐷𝑖1 2ℎ𝑖 𝐷𝑖𝑛 ⋮ … 𝑃𝑖𝑖 … 𝑃𝑖𝑛 𝑄𝑖
𝑉𝑖 = 𝑃𝑖1
𝑉𝑖 = 𝑙𝑛 … 𝑙𝑛 … 𝑙𝑛 𝑄𝑖 ⋱ ⋮ ⋱ ⋮
2𝜋𝜀 𝑑𝑖1 𝑟𝑖 𝑑𝑖𝑛 ⋮ ⋮ ⋮
⋮ ⋱ ⋱ ⋮ 𝑉𝑛 𝑃𝑛1 … 𝑃𝑛𝑖 … 𝑃𝑛𝑛 𝑄𝑛
𝑉𝑛 ⋮ ⋮ ⋮ 𝑄𝑛
𝐷𝑛1 𝐷𝑛𝑖 2ℎ𝑛
𝑙𝑛 … 𝑙𝑛 … 𝑙𝑛 Forma compacta: 𝑉 = 𝑃 𝑄
𝑑𝑛1 𝑑𝑛𝑖 𝑟𝑛

𝑉1 𝑃11 … 𝑃1𝑖 … 𝑃1𝑛 𝑄1
𝑉 = 𝑃 𝑄 , sendo 𝑃 a matriz dos coeficientes de
⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ potencias de Maxwell, na qual os coeficientes são
𝑉𝑖 = 𝑃𝑖1 … 𝑃𝑖𝑖 … 𝑃𝑖𝑛 𝑄𝑖
obtidos pelas expressões:
⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮
𝑉𝑛 𝑃𝑛1 … 𝑃𝑛𝑖 … 𝑃𝑛𝑛 𝑄𝑛 1 2ℎ𝑖 1 𝐷𝑖𝑗
𝑃𝑖𝑖 = 𝑙𝑛 𝑃𝑖𝑗 = 𝑙𝑛 , para 𝑖 ≠ 𝑗
2𝜋𝜀 𝑟𝑖 2𝜋𝜀 𝑑𝑖𝑗
◼ Ressalta-se que 𝑟𝑖 corresponde ao raio externo do condutor 𝑖, ou corresponde raio

equivalente (raio externo) quando os condutores formarem um feixe (condutores múltiplos).
◼ A matriz 𝑃 é simétrica, pois 𝐷𝑖𝑗 = 𝐷𝑗𝑖 e 𝑑𝑖𝑗 = 𝑑𝑗𝑖
1 1 1
◼ Como = = = 17,98 𝑘𝑚Τ𝜇𝐹
2𝜋𝜀 2 ∙ 𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12 𝐹 Τ𝑚 −12 106
2 ∙ 𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10 ∙ −3 𝜇𝐹 Τ𝑘𝑚
10
É aceitável trabalhar com a expressões mais simplificadas:
2ℎ𝑖 𝐷𝑖𝑗
𝑃𝑖𝑖 = 17,98 ∙ 𝑙𝑛 𝑘𝑚Τ𝜇𝐹 𝑃𝑖𝑗 = 17,98 ∙ 𝑙𝑛 𝑘𝑚Τ𝜇𝐹 , para 𝑖 ≠ 𝑗
𝑟𝑖 𝑑𝑖𝑗

◼ Da forma compacta, tem-se 𝑉 = 𝑃 𝑄 , sendo 𝑃 a matriz dos coeficientes de potencias
de Maxwell
𝑄 = 𝑃 −1 𝑉
◼ A matriz inversa dos coeficientes de potência de Maxwell é determinada como sendo a

matriz de capacitâncias 𝐶 , logo:
𝐶 = 𝑃 −1 𝑄 = 𝐶 𝑉
𝑑𝑞(𝑡)
◼ Lembrando que 𝑖(𝑡) = , ao considerar as três fases, essa expressão pode ser
𝑑𝑡
𝑑
expressa na forma matricial 𝑖𝑎𝑏𝑐 (𝑡) = 𝑞 (𝑡)
𝑑𝑡 𝑎𝑏𝑐
◼ Assim, para o regime senoidal, em valores fasoriais, tem-se a seguinte relação entre
correntes e cargas elétricas:
𝑄 = 𝐶 𝑉 𝐼 : vetor de correntes fasoriais
𝐼 = 𝑗𝜔 𝑄 𝐼 = 𝑗𝜔 𝐶 𝑉 𝑉 : vetor de tensões fasoriais
𝑌 : vetor de admitâncias nodais
𝐼 = 𝑌 𝑉 𝑌 = 𝑗𝜔 𝐶

𝐼 : vetor de correntes fasoriais, injetadas nos nós
𝑉 : vetor de tensões fasoriais nodais
𝐼 = 𝑌 𝑉
𝑌 : vetor de admitâncias nodais
𝑌 = 𝑗𝜔 𝐶
◼ Ressalta-se que, por se tratar da análise de um linha de transmissão,

consideram-se parâmetros distribuídos. Logo, ao se referir a corrente
injetada nos nós, refere-se a uma parcela de corrente transversal (𝐼𝑖 ) às
linhas de transmissão.
Capacitância entre
condutores
◼ Para essa análise, despreza-se o feito das

correntes longitudinais. A formulação completa
(que considera o efeitos longitudinais e transversais)
Capacitância entre
será estudada futuramente. condutores e o terra

𝐶11 𝐶12 ⋯ 𝐶1𝑛
◼ A matriz de capacitâncias é definida por: 𝐶 𝐶22 ⋯ 𝐶𝑛2
 𝐶𝑖𝑖 é a soma das capacitâncias incidentes no nó 𝑖 𝐶 = 21
⋮ ⋮ ⋱ ⋮
 𝐶𝑖𝑗 é a capacitância entre os nós 𝑖 e 𝑗 𝐶𝑛1 𝐶𝑛2 ⋯ 𝐶𝑛𝑛
◼ Se os condutores aéreos possuem as fases 𝑎, 𝑏 e 𝑐, tem-se:

 Capacitância própria de uma fase: 𝐶11 = 𝐶𝑎𝑡 + 𝐶𝑎𝑏 + 𝐶𝑎𝑐
 Capacitâncias mútuas entre as fases: 𝐶12 = −𝐶𝑎𝑏
◼ Para o caso de uma linha trifásica, tem-se então:

𝐼1 𝐶11 𝐶12 𝐶13 𝑉1
𝐼2 = 𝑗𝜔 𝐶21 𝐶22 𝐶23 ∙ 𝑉2
𝐼3 𝐶31 𝐶32 𝐶33 𝑉3
𝑉1 𝑃11 𝑃12 𝑃13 𝑄1
𝑉2 = 𝑃21 𝑃22 𝑃23 ∙ 𝑄2
𝑉3 𝑃31 𝑃32 𝑃33 𝑄3
𝑄1 𝐶11 𝐶12 𝐶13 𝑉1
𝑄2 = 𝐶21 𝐶22 𝐶23 ∙ 𝑉2
𝑄3 𝐶31 𝐶32 𝐶33 𝑉3

Matriz de Capacitâncias –
Consideração dos Cabos guarda
◼ A consideração da presença dos cabos-guarda é realizada
de modo semelhante ao caso da matriz de impedâncias,
admitindo-se os casos de cabos aterrados e cabos isolados.
◼ Para uma linha trifásica, com as fases 𝑎, 𝑏 e 𝑐, a inclusão de

um cabo-guarda ocorre pela adição de mais uma linha e uma
coluna na matriz dos coeficientes de potenciais de Maxwell
𝑉𝑎 𝑃𝑎𝑎 𝑃𝑎𝑏 𝑃𝑎𝑐 𝑃𝑎𝑔 𝑄𝑎
𝑉𝑏 𝑃𝑏𝑎 𝑃𝑏𝑏 𝑃𝑏𝑐 𝑃𝑏𝑔 𝑄𝑏
𝑉𝑐 = 𝑃𝑐𝑎 𝑃𝑐𝑏 𝑃𝑐𝑐 ∙ 𝑄
𝑃𝑐𝑔 𝑐
𝑉𝑔 𝑃𝑔𝑎 𝑃𝑔𝑏 𝑃𝑔𝑐 𝑃𝑔𝑔 𝑄𝑔
◼ Analogamente, a matriz dos coeficientes de potenciais de Maxwell com dois cabos-guarda é

feita com a inclusão de duas linhas e duas colunas
𝑉𝑎 𝑃𝑎𝑎 𝑃𝑎𝑏 𝑃𝑎𝑐 𝑃𝑎𝑔1 𝑃𝑎𝑔2 𝑄𝑎
𝑉𝑏 𝑃𝑏𝑎 𝑃𝑏𝑏 𝑃𝑏𝑐 𝑃𝑏𝑔1 𝑃𝑏𝑔2 𝑄𝑏 Forma compacta, para um caso genérico:
𝑉𝑐 = 𝑃𝑐𝑎 𝑃𝑐𝑏 𝑃𝑐𝑐 𝑃𝑐𝑔1 𝑃𝑐𝑔2 ∙ 𝑄𝑐
𝑉𝑔1 𝑉𝑐 𝑃𝑐𝑐 𝑃𝑐𝑔 𝑄𝑐
𝑃𝑔1𝑎 𝑃𝑔1𝑏 𝑃𝑔1𝑐 𝑃𝑔1𝑔1 𝑃𝑔1𝑔2 𝑄𝑔1 = ∙
𝑉𝑔2 𝑉𝑔 𝑃𝑔𝑐 𝑃𝑔𝑔 𝑄𝑔
𝑃𝑔2𝑎 𝑃𝑔2𝑏 𝑃𝑔2𝑐 𝑃𝑔2𝑔1 𝑃𝑔2𝑔2 𝑄𝑔2
◼ Quando é necessário efetuar cálculos que dependem apenas dos condutores, é conveniente
eliminar os cabos-guarda. Esse procedimento deve considerar se os cabos-guarda estão
aterrados ou isolados, conforme descrito a seguir.
1) Cabos-guarda aterrados
◼ Quando os cabos-guarda forem aterrados, para baixas frequências, como a frequência
nominal operativa, assume-se uma queda de potencial nula na torre, estando o cabo-guarda
no memo potencial do solo.
𝑉𝑔 = 0
𝑉𝑐 𝑃𝑐𝑐 𝑃𝑐𝑔 𝑄𝑐
Logo: = ∙ 𝑄
0 𝑃𝑔𝑐 𝑃𝑔𝑔 𝑔
𝑉𝑐 = 𝑃𝑐𝑐 𝑄𝑐 + 𝑃𝑐𝑔 𝑄𝑔 1
0 = 𝑃𝑔𝑐 𝑄𝑐 + 𝑃𝑔𝑔 𝑄𝑔 2

1) Cabos-guarda aterrados
𝑉𝑐 = 𝑃𝑐𝑐 𝑄𝑐 + 𝑃𝑐𝑔 𝑄𝑔 1 0 = 𝑃𝑔𝑐 𝑄𝑐 + 𝑃𝑔𝑔 𝑄𝑔 2
◼ Por meio da redução de Kron, elimina-se o vetor de corrente 𝑄𝑔 nos para-raios. Para tanto,
isola-se 𝑄𝑔 na equação 2 : −1
𝑄𝑔 = − 𝑃𝑔𝑔 𝑃𝑔𝑐 𝑄𝑐
◼ Substituindo 𝑄𝑔 na equação 1 , define-se a equação das quedas de tensão:

−1
𝑉𝑐 = 𝑃𝑐𝑐 𝑄𝑐 − 𝑃𝑐𝑔 𝑃𝑔𝑔 𝑃𝑔𝑐 𝑄𝑐 𝑉𝑐 = 𝑃𝑐𝑐 − 𝑃𝑐𝑔 𝑃𝑔𝑔 −1 𝑃𝑔𝑐 𝑄𝑐
◼ Dessa forma, elimina-se as cargas do cabo-guarda e define-se a matriz equivalente de

coeficientes de potenciais, que inclui o efeito dos cabos-guarda:
𝑃 = 𝑃𝑐𝑐 − 𝑃𝑐𝑔 𝑃𝑔𝑔 −1 𝑃𝑔𝑐

2) Cabos-guarda isolados
𝑉𝑐 = 𝑃𝑐𝑐 𝑄𝑐
𝑄𝑔 = 0 𝑉𝑐 𝑃𝑐𝑐 𝑃𝑐𝑔 𝑄
Logo:
𝑉𝑔 = ∙ 𝑐
𝑃𝑔𝑐 𝑃𝑔𝑔 0 𝑉𝑔 = 𝑃𝑔𝑐 𝑄𝑐
Para se obter a tensão induzida no cabo-guarda, ou em qualquer condutor paralelo à linha de

transmissão, em vazio, tem-se:
−1 −1
𝑄𝑐 = 𝑃𝑐𝑐 𝑉𝑐 𝑉𝑔 = 𝑃𝑔𝑐 𝑃𝑐𝑐 𝑉𝑐

Aplicação das Componentes Simétricas
◼ Considerando uma linha trifásica transposta com as fases 𝑎, 𝑏 e 𝑐, o balanceamento da
matriz dos coeficientes de potenciais de Maxwell é realizado conforme descrito a seguir.
𝑉𝑎 𝑃𝑝 𝑃𝑚 𝑃𝑚 𝑄𝑎 𝑃𝑎𝑎 + 𝑃𝑏𝑏 + 𝑃𝑐𝑐 𝑃𝑎𝑏 + 𝑃𝑏𝑐 + 𝑃𝑐𝑎

Sendo: 𝑃𝑝 = 𝑃𝑚 =
𝑉𝑏 = 𝑃𝑚 𝑃𝑝 𝑃𝑚 ∙ 𝑄𝑏 3 3
𝑉𝑐 𝑃𝑚 𝑃𝑚 𝑃𝑝 𝑄𝑐
◼ Após o balanceamento, efetua-se a inversão da matriz 𝑃 , obtendo a matriz de

capacitâncias da linha transposta:
𝑄𝑎 𝐶𝑝 𝐶𝑚 𝐶𝑚 𝑉𝑎
𝐶 = 𝑃 −1
𝑄 = 𝐶 𝑉 𝑄𝑏 = 𝐶𝑚 𝐶𝑝 𝐶𝑚 ∙ 𝑉𝑏
𝑄𝑐 𝐶𝑚 𝐶𝑚 𝐶𝑝 𝑉𝑐
◼ Aplicando as componentes simétricas, tem-se:
𝑄𝑎 𝑄0 𝑉𝑎 𝑉0
𝑄𝑏 = 𝑇 𝑄1 𝑉𝑏 = 𝑇 𝑉1
𝑄𝑐 𝑄2 𝑉𝑐 𝑉2

Aplicação das Componentes Simétricas
𝑄0 𝐶𝑝 𝐶𝑚 𝐶𝑚 𝑉0 Pré-multiplicando os dois
𝑇 𝑄1 = 𝐶𝑚 𝐶𝑝 𝐶𝑚 ∙ 𝑇 𝑉1 membros por 𝑇 −1
𝑄2 𝐶𝑚 𝐶𝑚 𝐶𝑝 𝑉2
𝑄0 𝐶0 0 0 𝑉0
𝑄1 = 0 𝐶1 0 ∙ 𝑉1 Sendo: 𝐶0 = 𝐶𝑝 + 2𝐶𝑚 𝐶1 = 𝐶𝑝 − 𝐶𝑚 𝐶2 = 𝐶1
𝑄2 0 0 𝐶2 𝑉2
𝑄0 = 𝐶0 𝑉0 𝑄1 = 𝐶1 𝑉1
◼ Ressalta-se que, como 𝐶𝑚 tem sinal negativo na matriz de capacitâncias, as capacitâncias

de sequência positiva são maiores do que as capacitâncias de sequência zero.
Logo 𝐶1 > 𝐶0

Exemplo 1
Uma linha de transmissão trifásica, com feixe de dois subcondutores aéreos, utiliza o cabo
Drake e apresenta a geometria indicada abaixo. Considerando essa linha, calcule:
a) A matriz de impedâncias série em Ω/𝑘𝑚, sem a presença de cabo-guarda, sendo
fornecida a resistência a 70°C. Considerar a resistividade do solo ρ = 0.
b) As impedâncias de sequência positiva e de sequência zero, considerando-se a
transposição da linha
c) A queda de tensão na fase 𝑎, admitindo-se a linha sem transposição e com comprimento
de 50km. Suponha o condutor 𝑐 aterrado nas extremidades e sabendo que foram
medidas as correntes nas fases 𝑎 e 𝑏 iguais a: 𝐼መ𝑎 = 500∠0° 𝐴 e 𝐼መ𝑏 = 800∠ − 110° 𝐴
d) A matriz de capacitâncias sem o cabo-guarda
e) A impedância série e a capacitância da linha,
desconsiderando o efeito do solo. Compare os
valores de sequência positiva obtido no item 𝑎)

Exemplo 1
2ℎ𝑖
Impedância própria do 𝑍𝑖𝑖 = 𝑅𝑖𝑖 + 𝑗2𝜔 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 ΩΤ𝑘𝑚
Como ρ = 0, a matriz 𝑖 − é𝑠𝑖𝑚𝑜 condutor 𝑟𝑒𝑞𝑧𝑖
impedância será:
Impedância mútua entre 𝐷𝑖𝑗
os condutores 𝑖 e 𝑗
𝑍𝑖𝑗 = 𝑗2𝜔 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 ΩΤ𝑘𝑚 para 𝑖 ≠ 𝑗
𝑑𝑖𝑗
𝑅𝑎𝑐(20°𝐶) = 0,1172 ΩΤ𝑚𝑖 a 20°C

228 + 70 228 + 70
𝑅𝑎𝑐(70°𝐶) = ∙ 𝑅𝑎𝑐(20°𝐶) = ∙ 0,1172 = 0,1408 ΩΤ𝑚𝑖 𝑅𝑎𝑐(70°𝐶) = 0,0875 ΩΤ𝑘𝑚
228 + 20 228 + 20
1 𝑚𝑖 = 1,60934𝑘𝑚
Exemplo 1
1 𝑝é (′) = 30,48𝑐𝑚
𝑅𝑎𝑐(70°𝐶) = 0,0875 ΩΤ𝑘𝑚
RMG do condutor tipo Drake é 𝐷𝑆 = 0,03730′
Como são dois feixes subcondutores, são
duas resistências em paralelo. Logo: 𝐷𝑆 = 0,0373 ∙ 30,48 = 1,1369 𝑐𝑚
𝑅𝑎𝑐 0,0875
𝑅𝑒𝑞 = = = 0,0438 ΩΤ𝑘𝑚 Raio equivalente do feixe com dois subcondutores,
2 2
os quais estão espaçados entre si de 20cm
𝐷𝑆𝑏 = 𝐷𝑆 ∙ 𝑑 = 1,1369 ∙ 20
𝐷𝑆𝑏 = 𝑟𝑒𝑞𝑧 = 4,768 𝑐𝑚
Exemplo 1
Da geometria da linha (Figura 2.20), verifica-se que ℎ𝑐 = 20𝑚. Então:

2ℎ𝑖
𝑍𝑖𝑖 = 𝑅𝑖𝑖 + 𝑗2𝜔 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 ΩΤ𝑘𝑚 𝑍𝑎𝑎 = 𝑍𝑏𝑏 = 𝑍𝑐𝑐
2 ∙ 20
𝑍𝑎𝑎 = 0,0438 + 𝑗2 ∙ 2 ∙ 𝜋 ∙ 60 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 = 0,0438 + 𝑗0,5076 ΩΤ𝑘𝑚
4,768 ∙ 10−2
𝐷𝑖𝑗 Considerando
𝑍𝑖𝑗 = 𝑗2𝜔 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 ΩΤ𝑘𝑚 para 𝑖 ≠ 𝑗 𝑍𝑎𝑏 = 𝑍𝑏𝑐
𝑑𝑖𝑗 condutor imagem
2ℎ𝑐 2 + 𝑑 2 2 ∙ 20 2 + 102
𝑍𝑎𝑏 = 𝑗2𝜔 ∙ 10 −4
∙ 𝑙𝑛 = 𝑗2 ∙ 2𝜋 ∙ 60 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 = 𝑗0,1068 ΩΤ𝑘𝑚
𝑑 10
2ℎ𝑐 2 + 2𝑑 2 2 ∙ 20 2 + 202
−4 −4
𝑍𝑎𝑐 = 𝑗2𝜔 ∙ 10 ∙ 𝑙𝑛 = 𝑗2 ∙ 2𝜋 ∙ 60 ∙ 10 ∙ 𝑙𝑛 = 𝑗0,0607 ΩΤ𝑘𝑚
2∙𝑑 2 ∙ 10

Exemplo 1
𝑍𝑎𝑎 = 0,0438 + 𝑗0,5076 ΩΤ𝑘𝑚 𝑍𝑎𝑏 = 𝑗0,1068 ΩΤ𝑘𝑚 𝑍𝑎𝑏 = 𝑍𝑏𝑐
𝑍𝑎𝑎 = 𝑍𝑏𝑏 = 𝑍𝑐𝑐 𝑍𝑎𝑐 = 𝑗0,0607 ΩΤ𝑘𝑚
Matriz de impedâncias:
𝑍𝑎𝑎 𝑍𝑎𝑏 𝑍𝑎𝑐 0,0438 + 𝑗0,5076 𝑗0,1068 𝑗0,0607
𝑍 = 𝑍𝑏𝑎 𝑍𝑏𝑏 𝑍𝑏𝑐 = 𝑗0,1068 0,0438 + 𝑗0,5076 𝑗0,1068 ΩΤ𝑘𝑚
𝑍𝑐𝑎 𝑍𝑐𝑏 𝑍𝑐𝑐 𝑗0,0607 𝑗0,1068 0,0438 + 𝑗0,5076
b) As impedâncias de sequência positiva e de sequência zero, considerando a transposição

da linha 𝑍𝑎𝑎 + 𝑍𝑏𝑏 + 𝑍𝑐𝑐
𝑍𝑝 = = 0,0438 + 𝑗0,5076 ΩΤ𝑘𝑚
3
𝑍𝑎𝑏 + 𝑍𝑏𝑐 + 𝑍𝑐𝑎 𝑗0,1068 + 𝑗0,1068 + 𝑗0,0607
𝑍𝑚 = = = 𝑗0,09143 ΩΤ𝑘𝑚
3 3
𝑍1 = 𝑍2 = 𝑍𝑝 − 𝑍𝑚 = 0,0438 + 𝑗0,5076 − 𝑗0,09143 = 0,0438 + 𝑗0,4162 ΩΤ𝑘𝑚
𝑍0 = 𝑍𝑝 + 2𝑍𝑚 = 0,0438 + 𝑗0,5076 + 2 ∙ 𝑗0,09143 = 0,0438 + 𝑗0,6905 ΩΤ𝑘𝑚
Exemplo 1
c) A queda de tensão na fase 𝑎, admitindo-se a linha sem transposição e com comprimento
de 50km. Suponha o condutor 𝑐 aterrado nas extremidades e sabendo que foram
medidas as correntes nas fases 𝑎 e 𝑏 iguais a: 𝐼𝑎 = 500∠0° 𝐴 e 𝐼𝑏 = 800∠ − 110° 𝐴
Queda de tensão por meio da matriz impedância ∆𝑉𝑎 𝑍𝑎𝑎 𝑍𝑎𝑏 𝑍𝑎𝑐 𝐼𝑎
dos condutores das três fases: ∆𝑉𝑏 = 𝑙 𝑍𝑏𝑎 𝑍𝑏𝑏 𝑍𝑏𝑐 ∙ 𝐼𝑏
Como o condutor 𝑐 é aterrado nas extremidades ∆𝑉𝑐 = 0.
∆𝑉𝑎 0,0438 + 𝑗0,5076 𝑗0,1068 𝑗0,0607 500∠0°
∆𝑉𝑏 = 50 𝑗0,1068 0,0438 + 𝑗0,5076 𝑗0,1068 ∙ 800∠ − 110°
0 𝑗0,0607 𝑗0,1068 0,0438 + 𝑗0,5076 𝐼𝑐
Da terceira linha, tem-se:

0 = 50 ∙ 𝑗0,0607 ∙ 500∠0° + 𝑗0,1068 ∙ 800∠ − 110° + 0,0438 + 𝑗0,5076 ∙ 𝐼𝑐 𝐼𝑐 = 157,6∠95,73° 𝐴
∆𝑉𝑎 = 50 ∙ 0,0438 + 𝑗0,5076 ∙ 500∠0° + 𝑗0,1068 ∙ 800∠ − 110° + 𝑗0,0607 ∙ 157,6∠95,73°

∆𝑉𝑎 = 12,1∠67,49° 𝑘𝑉

Exemplo 1
1,108′′ 2,54𝑐𝑚
Diâmetro externo do condutor é 1,108′′. Logo, o raio externo em cm é: 𝑟 = ∙ = 1,4072 𝑐𝑚
2 1′′
Como cada fase é composta por dois condutores, 𝑏

𝑏
𝐷𝑆𝐶 = 𝑟∙𝑑= 1,4072 ∙ 20 𝐷𝑆𝐶 = 5,305 𝑐𝑚
então, deve-se calcular o RMG modificada do cabo:
2ℎ𝑖 2 ∙ 20
𝑃𝑖𝑖 = 17,98 ∙ 𝑙𝑛 𝑘𝑚Τ𝜇𝐹 𝑃𝑎𝑎 = 17,98 ∙ 𝑙𝑛 = 119,1247 𝑘𝑚Τ𝜇𝐹
𝑟𝑖 5,305 ∙ 10−2
𝑃𝑏𝑏 = 𝑃𝑐𝑐 = 𝑃𝑎𝑎 = 119,1247 𝑘𝑚Τ𝜇𝐹

Exemplo 1
𝐷𝑖𝑗 𝑃𝑏𝑏 = 𝑃𝑐𝑐 = 𝑃𝑎𝑎 = 119,1247 𝑘𝑚Τ𝜇𝐹
𝑃𝑖𝑗 = 17,98 ∙ 𝑙𝑛 𝑘𝑚Τ𝜇𝐹 , para 𝑖 ≠ 𝑗
𝑑𝑖𝑗
2ℎ𝑐 2 + 𝑑 2 2 ∙ 20 2 + 102
𝑃𝑎𝑏 = 17,98 ∙ 𝑙𝑛 = 17,98𝑙𝑛 = 25,471 𝑘𝑚Τ𝜇𝐹
𝑑 10
𝑃𝑎𝑏 = 𝑃𝑏𝑐 = 25,471 𝑘𝑚Τ𝜇𝐹 ,
2ℎ𝑐 2+ 2𝑑 2 2 ∙ 20 2 + 2 ∙ 10 2
𝑃𝑎𝑐 = 17,98 ∙ 𝑙𝑛 = 17,98𝑙𝑛 = 14,469 𝑘𝑚Τ𝜇𝐹
2𝑑 2 ∙ 10
𝑃𝑎𝑎 𝑃𝑎𝑏 𝑃𝑎𝑐 119,1247 25,471 14,469
𝑃 = 𝑃𝑏𝑎 𝑃𝑏𝑏 𝑃𝑏𝑐 = 25,471 119,1247 25,471 ∙ 106 𝑘𝑚Τ𝐹
−1
𝑃𝑐𝑎 𝑃𝑐𝑏 𝑃𝑐𝑐 14,469 25,471 119,1247
𝐶 = 𝑃
8,8525 −1,7426 −0,7026
𝐶 = −1,7426 9,1398 −1,7426 𝑛𝐹 Τ𝑘𝑚
−0,7026 −1,7426 8,8525

Exemplo 1
8,8525 −1,7426 −0,7026
Matriz de capacitâncias,
𝐶 = −1,7426 9,1398 −1,7426 𝑛𝐹 Τ𝑘𝑚
sem transposição
−0,7026 −1,7426 8,8525
Capacitância própria de uma fase: 𝐶11 = 𝐶𝑎𝑡 + 𝐶𝑎𝑏 + 𝐶𝑎𝑐 𝐶𝑎𝑡 = 8,8525 − 1,743 − 0,703 = 6,4065
Capacitâncias mútuas entre as fases: 𝐶12 = −𝐶𝑎𝑏 𝐶12 = 𝐶23 = 1,743 𝐶13 = 0,703

Exemplo 1
119,1247 25,471 14,469
Fazendo a transposição: 𝑃 = 25,471 119,1247 25,471 𝑘𝑚Τ𝜇𝐹
14,469 25,471 119,1247
𝑃𝑎𝑎 + 𝑃𝑏𝑏 + 𝑃𝑐𝑐

𝑃𝑝 = = 119,1247 𝑘𝑚Τ𝜇𝐹
3
𝑃𝑎𝑏 + 𝑃𝑏𝑐 + 𝑃𝑐𝑎 25,471 + 25,471 + 14,469
𝑃𝑚 = = = 21,803 𝑘𝑚Τ𝜇𝐹
3 3
Matriz capacitância com transposição:
𝑃𝑝 𝑃𝑚 𝑃𝑚 −1 8,8985 −1,3767 −1,3767

𝐶 = 𝑃
𝑃 = 𝑃𝑚 𝑃𝑝 𝑃𝑚 𝐶 = −1,3767 8,8985 −1,3767 𝑛𝐹 Τ𝑘𝑚
𝑃𝑚 𝑃𝑚 𝑃𝑝 −1,3767 −1,3767 8,8985
𝐶1 = 𝐶2 = 𝐶𝑝 − 𝐶𝑚 = 8,8985 − −1,3767 = 10,2752 𝑛𝐹 Τ𝑘𝑚

𝐶0 = 𝐶𝑝 + 2𝐶𝑚 = 8,8985 + 2 ∙ −1,3767 = 6,1451 𝑛𝐹 Τ𝑘𝑚

Exemplo 1
e) A impedância série e a capacitância da linha, desconsiderando o efeito do solo. Compare
os valores de sequência positiva obtido no item 𝑎)
Desconsiderando efeito do solo = sem considerar método das imagens

𝐷𝑒𝑞 Slide 81 – Aula 3_ParametrosLT_Indutancia
𝑍 = 𝑅 + 𝑗2𝜔 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 ΩΤ𝑘𝑚
𝐷𝑆𝑏
3
𝐷𝑆𝑏 = 𝑟𝑒𝑞𝑧 = 4,768 𝑐𝑚 𝐷𝑒𝑞 = 10 ∙ 10 ∙ 20 = 12,5992 𝑚
12,5992
𝑍 = 0,0438 + 𝑗2 ∙ 2 ∙ 𝜋 ∙ 60 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 = 0,0438 + 𝑗0,4205 ΩΤ𝑘𝑚
4,768 ∙ 10−2
𝑍1 = 0,0438 + 𝑗0,4162 ΩΤ𝑘𝑚
2𝜋𝜀𝑜 𝐹ൗ
𝐶𝑎𝑛 = 𝑚 Slide 40 – Aula 4_ParametrosLT_Capacitancia_Resistencia
𝐷𝑒𝑞
𝑙𝑛 𝑏
𝐷𝑠𝐶 𝑏
𝐷𝑆𝐶 = 5,305 𝑐𝑚
Para as linhas analisadas (transpostas e sem
2𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12 cabo guarda, verifica-se a proximidade dos
𝐶𝑎𝑛 = = 10,165 𝑛𝐹ൗ𝑘𝑚 valores de sequência positiva obtidos por meio
12,5992 das análises matriciais considerando o efeito do
𝑙𝑛
5,305 ∙ 10−2 solo e dos cálculos sem incluir o efeito do solo .
𝐶1 = 10,2752 𝑛𝐹 Τ𝑘𝑚
Exemplo 2
Na mesma linha de transmissão do Exemplo 1,
verificou-se a necessidade de dois cabos-guarda,
simetricamente espaçado, conforme apresentado
na Figura 2.20. A posição dos cabos-guarda (um
aterrado e o outro isolado), assim como suas
conexões com as torres são indicadas na
Figura 2.21. Com base nessa configuração,
determine a matriz de impedância série:

Exemplo 2
Na matriz de impedância só considera o cabo
guarda 2, pois o cabo-guarda 1 não está
conectado com a torre.
ℎ𝑔 − ℎ𝑐
ℎ𝑡 = 29,2𝑚 𝑓 = 6𝑚
Altura média do cabo guarda:

2 2
ℎ𝑔 = ℎ𝑡 − 𝑓 = 29,2 − 6 = 25,2𝑚
3 3
ℎ𝑔 + ℎ𝑐
a’
10𝑚 + 5𝑚
cg2’

Exemplo 2
Matriz de impedâncias sem considerar os cabos guarda:
𝑍𝑎𝑎 𝑍𝑎𝑏 𝑍𝑎𝑐 0,0438 + 𝑗0,5076 𝑗0,1068 𝑗0,0607

𝑍𝑐𝑎 𝑍𝑐𝑏 𝑍𝑐𝑐 𝑗0,0607 𝑗0,1068 0,0438 + 𝑗0,5076
Matriz de impedâncias considerando os cabos guarda:
𝑍𝑎𝑎 𝑍𝑎𝑏 𝑍𝑎𝑐 𝑍𝑎𝑔

𝑍𝑏𝑎 𝑍𝑏𝑏 𝑍𝑏𝑐 𝑍𝑏𝑔 É necessário calcular: 𝑍𝑔𝑔 , 𝑍𝑔𝑎 , 𝑍𝑔𝑏 e 𝑍𝑔𝑐
𝑍= 𝑍 𝑍𝑐𝑏 𝑍𝑐𝑐
𝑐𝑎 𝑍𝑐𝑔
𝑍𝑔𝑎 𝑍𝑔𝑏 𝑍𝑔𝑐 𝑍𝑔𝑔
Cálculo da RMG própria do cabo, a partir da reatância de um pé (𝑋𝑎 ). Valor informado: 𝑋𝑎 = 0,84 ΩΤ𝑚𝑖
1
𝑋𝐿 = 2,022 ∙ 10−3 ∙ 𝑓 ∙ 𝑙𝑛 + 2,022 ∙ 10−3 ∙ 𝑓 ∙ 𝑙𝑛𝐷𝑚 Ω/𝑚𝑖 Slide 57 –
𝐷𝑆
Aula 3_ParametrosLT_Indutancia
𝑋𝑎 𝑋𝑑
1 1
𝐷𝑆 = 𝑋𝑎
= 0,84
= 0,000984 𝑓𝑡 𝐷𝑆 = 0,03 𝑐𝑚
𝑒 2,022∙10−3 ∙60 𝑒 2,022∙10−3 ∙60
1 𝑓𝑡 = 30,48 𝑐𝑚
Exemplo 2
De acordo com a disposição dos cabos (slide 54), tem-se: Do enunciado: 𝑅𝑔 = 5,43 ΩΤ𝑘𝑚
2ℎ𝑔
𝑍𝑔𝑔 = 𝑅𝑔 + 𝑗2𝜔 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 ΩΤ𝑘𝑚 𝐷𝑆 = 0,03 𝑐𝑚
𝐷𝑆
2 ∙ 25,2
𝑍𝑔𝑔 = 5,43 + 𝑗2 ∙ 2 ∙ 𝜋 ∙ 60 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 = 5,43 + 𝑗0,9072 ΩΤ𝑘𝑚
0,03 ∙ 10−2
2 2
ℎ𝑔 + ℎ𝑐 + 𝑑+5
𝑍𝑎𝑔 = 𝑗2𝜔 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 ΩΤ𝑘𝑚
2
ℎ𝑔 − ℎ𝑐 + 𝑑+5 2
25,2 + 20 2 + 10 + 5 2
−4
𝑍𝑎𝑔 = 𝑗2 ∙ 2𝜋 ∙ 60 ∙ 10 ∙ 𝑙𝑛 = 𝑗0,0828 ΩΤ𝑘𝑚
25,2 − 20 2 + 10 + 5 2
2
ℎ𝑔 + ℎ𝑐 + 52
−4
𝑍𝑏𝑔 = 𝑗2𝜔 ∙ 10 ∙ 𝑙𝑛 ΩΤ𝑘𝑚 𝑍𝑐𝑔 = 𝑍𝑏𝑔
2
ℎ𝑔 − ℎ𝑐 + 52
25,2 + 20 2 + 52
−4
𝑍𝑏𝑔 = 𝑗2 ∙ 2𝜋 ∙ 60 ∙ 10 ∙ 𝑙𝑛 = 𝑗0,1388 ΩΤ𝑘𝑚
25,2 − 20 2 + 52
Exemplo 2
𝑍𝑔𝑔 = 5,43 + 𝑗0,9072 ΩΤ𝑘𝑚 𝑍𝑏𝑔 = 𝑗0,1388 ΩΤ𝑘𝑚
𝑍𝑐𝑔 = 𝑗0,1388 ΩΤ𝑘𝑚

𝑍𝑎𝑔 = 𝑗0,0828 ΩΤ𝑘𝑚
Matriz de impedâncias sem considerar os cabos guarda:
𝑍𝑎𝑎 𝑍𝑎𝑏 𝑍𝑎𝑐 0,0438 + 𝑗0,5076 𝑗0,1068 𝑗0,0607

𝑍𝑐𝑎 𝑍𝑐𝑏 𝑍𝑐𝑐 𝑗0,0607 𝑗0,1068 0,0438 + 𝑗0,5076
Matriz de impedâncias considerando os cabos guarda:

𝑍𝑎𝑎 𝑍𝑎𝑏 𝑍𝑎𝑐 𝑍𝑎𝑔
𝑍𝑏𝑎 𝑍𝑏𝑏 𝑍𝑏𝑐 𝑍𝑏𝑔
𝑍= 𝑍 𝑍𝑐𝑏 𝑍𝑐𝑐
𝑐𝑎 𝑍𝑐𝑔
𝑍𝑔𝑎 𝑍𝑔𝑏 𝑍𝑔𝑐 𝑍𝑔𝑔
0,0438 + 𝑗0,5076 𝑗0,1068 𝑗0,0607 𝑗0,0828

𝑗0,1068 0,0438 + 𝑗0,5076 𝑗0,1068 𝑗0,1388
𝑍= ΩΤ𝑘𝑚
𝑗0,0607 𝑗0,1068 0,0438 + 𝑗0,5076 𝑗0,1388
𝑗0,0828 𝑗0,1388 𝑗0,1388 5,43 + 𝑗0,9072
Universidade Escola de Engenharia Elétrica,
Federal de Goiás Mecânica e Computação
Dúvidas?
Obrigada pelo interesse!
Até a próxima aula!

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Federal de Goiás Mecânica e Computação

Transmissão de Energia Elétrica

Profª. Maria Leonor Silva de Almeida

◼ Cálculo matricial de parâmetros de linhas de transmissão

Transmissão Energia Elétrica 2022-2 Profª. Maria Leonor Silva de Almeida 2

◼ Considera-se inicialmente o solo como um condutor perfeito, com

◼ Considera-se, posteriormente, avaliação do solo com resistividade não nula.

Transmissão Energia Elétrica 2022-2 Profª. Maria Leonor Silva de Almeida 3

◼ Matriz de Impedância Série

Transmissão Energia Elétrica 2022-2 Profª. Maria Leonor Silva de Almeida 4

Transmissão Energia Elétrica 2022-2 Profª. Maria Leonor Silva de Almeida 5

c) A permeabilidade do solo é admitida constante, com o terreno plano e homogêneo, com

d) O campo eletromagnético produzido por um cabo individualmente não se altera com a

A consideração do efeito do solo ocorre admitindo um solo perfeito, com resistividade

A consideração do efeito do solo, por meio da aplicação do método das imagens,

Transmissão Energia Elétrica 2022-2 Profª. Maria Leonor Silva de Almeida 6

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Cabos aéreos Imagens

𝐷𝑖1 2ℎ𝑖 𝐷𝑖𝑛

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𝐷𝑖1 2ℎ𝑖 𝐷𝑖𝑛

𝐷𝑖1 2ℎ𝑖 𝐷𝑖𝑛

Reatâncias próprias: Reatâncias mútuas:

∆𝑉1 = 𝑅11 + 𝑗𝑋11 𝐼1 + ⋯ + 𝑗𝑋1𝑖 𝐼𝑖 + ⋯ + 𝑗𝑋1𝑛 𝐼𝑛

◼ Define-se, então, as impedâncias por unidade de comprimento:

Impedância própria do 𝑖 − é𝑠𝑖𝑚𝑜 condutor 𝑍𝑖𝑖 = 𝑅𝑖𝑖 + 𝑗𝑋𝑖𝑖

Impedância mútua entre os condutores 𝑖 e 𝑗 𝑍𝑖𝑗 = 𝑗𝑋𝑖𝑗

◼ 𝑍 é a matriz impedância série da linha de transmissão, que apresenta estrutura simétrica

𝑍11 ⋯ 𝑍1𝑖 ⋯ 𝑍1𝑛

◼ Por simplificação, no caso de feixes de condutores, será utilizado o conceito de raio

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◼ No entanto, na realidade, o solo não é um condutor perfeito, possuindo

◼ Para essa formulação, que contempla 𝜌 ≠ 0, utiliza-se a correção de Carson

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◼ Com correção de Carson 1

Para considerar 𝜌 = 0, adota-se: 𝑓

Em que: 𝑧𝑖𝑖 é a indutância própria da fase 𝑖

𝑧𝑎𝑎 𝑧𝑎𝑏 𝑧𝑎𝑐 𝑧𝑎𝑛

◼ A aplicação da lei das tensões de Kirchhoff para o ramo resulta em:

∆𝑉𝐹 = (𝑍𝐴 − 𝑍𝐵 ∙ 𝑍𝐶 ∙ 𝑍𝐷−1 ) ∙ 𝐼𝑓 = 𝑍 ∙ 𝐼𝑓

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◼ O processo de redução da dimensão da matriz primitiva de rede é conhecido

◼ Vale registrar o fato de que a redução de Kron promove uma simplificação no

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◼ Para considerar a influência dos cabos guarda

◼ Assim, são consideradas as quedas de tensão longitudinais (variações de tensão com a

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1) Cabos guarda aterrados

Cabos guarda aterrados - tipo de

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◼ Por meio da redução de Kron, elimina-se o vetor de corrente −1

◼ Substituindo 𝐼𝑔 na equação 1 , define-se a equação das quedas de tensão:

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∆𝑉𝑎 𝑍𝑎𝑎 𝑍𝑎𝑏 𝑍𝑎𝑐 𝑍𝑎𝑔 𝐼𝑎

Matriz impedância correspondente aos condutores das três fases

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∆𝑉𝑐 𝑍𝑐𝑐 𝑍𝑐𝑔 𝐼𝑐 𝐼𝑔 = 0 ∆𝑉𝑐 𝑍𝑐𝑐 𝑍𝑐𝑔 𝐼

Assim, do ponto de vista das quedas de tensão nos

◼ Se o sistema estiver perfeitamente transposto (equilibrado), para simplificar a análise,