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Zeros da Função Quadrática

Estudamos anteriormente que o zero de uma função f é todo valor x que anula f(x), ou seja,
tornam f(x) = 0. Também vimos que os zeros de uma função são os locais onde a função
intersecta o eixo das abscissas (eixo x). Assim, fazendo f(x) = 0 na função
, temos uma equação do 2º grau.

Graficamente, as raízes da função do segundo grau são os pontos em que a parábola corta
o eixo x. Para fazer referência a essas raízes, costumamos usar símbolos tais como x’ e x”
ou e . Veja um exemplo.

Quantidade de raízes da função quadrática

Toda função do 2º grau possui sempre 2 raízes. No entanto, nem sempre essas 2 raízes
serão números reais. A quantidade de raízes reais de uma função quadrática depende do
valor obtido para Δ = b² – 4ac, chamado de discriminante.

Sendo assim, temos três possibilidades:

★ Se ∆ > 0 → há duas raízes reais e distintas


Quando o discriminante (∆) de uma função quadrática é um valor positivo, as duas raízes
desta função são reais e diferentes. Por isso, graficamente, a parábola corta o eixo x em
dois pontos distintos (x’, 0) e (x”, 0).

★ Se ∆ = 0 → há duas raízes reais e iguais (raiz ou zero duplo)

Quando o discriminante (∆) de uma função quadrática é igual a zero, as duas raízes desta
função são reais e iguais. Por isso, graficamente, a parábola toca o eixo x em um único
ponto (x’, 0) ou (x”, 0), já que x’ = x”.

★ Se ∆ < 0 → não há raiz real (duas raízes complexas)

Quando o discriminante (∆) de uma função quadrática é um valor negativo, nenhuma das
duas raízes desta função é um número real. Por isso, graficamente, a parábola não
determina nenhum ponto no eixo dos x.
Aqui é importante lembrar que o fato de algumas funções não possuírem raízes reais não
significa que elas não possuem nenhuma raiz. Ainda assim, estas funções possuem
duas raízes. Contudo, essas raízes pertencem ao conjunto dos números complexos,
conjunto estudado no terceirão.

Para calcular as raízes de uma função quadrática, utilizamos a fórmula de Bháskara.

Para isso, basta identificar os coeficientes a, b e c, substituir esses valores na fórmula, e


com alguns cálculos simples, chega-se as duas raízes da função.

★ Quando ∆ > 0, o valor resultante da raiz quadrada é real e positivo, o que possibilita
determinar duas raízes com valores diferentes:

★ Quando ∆ = 0, o valor resultante da raiz quadrada também é zero, o que possibilita


eliminar a raiz quadrada da fórmula. Desta maneira, não há como obter dois valores
diferentes para as raízes, que podem ser calculadas assim:

★ Quando ∆ < 0, chega-se a uma raiz quadrada de número negativo, que não pode ser
resolvida no conjunto dos números reais. Desta forma, não é necessário calculá-las.

Exemplos:
1. Determine, se existirem, os zeros das funções abaixo:

a)
b)
c)

Para determinar as raízes, primeiramente calculamos o discriminante da função quadrática


que nos permite conhecer o comportamento das raízes antes mesmo de conhecer os seus
valores das numéricos. Se o discriminante for igual a zero (∆ = 0), podemos encontrar as
raízes de forma mais simplificada, e se o discriminante for negativo (∆ < 0), sabemos que as
raízes não existem dentro do conjunto dos números reais, e assim, nem precisamos
envolver a fórmula de Bhaskara no assunto!

Por isso, vamos encontrar o discriminante de cada uma das funções apresentadas, e então,
de acordo com o resultado obtido, iremos ou não em busca do valor numérico das raízes,
aplicando Bháskara.

a)

Sendo assim, sabemos que esta função possui duas raízes reais e iguais. Isso nos permite
calcular as raízes de forma simplificada.

b)

Temos um discriminante positivo, assim teremos duas raízes reais e diferentes. Aplicamos
Bháskara para calculá-las.
c)

Temos aí um discriminante negativo, isso significa que essa função não possui raízes reais.
Então, paramos por aqui.

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