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ABSTRACT
INTRODUÇÃO
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ROMEIRO, Paulo. Supercrentes: o Evangelho segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e
os profetas da prosperidade - 7ª ed. - São Paulo: Mundo Cristão, 1998, p.6
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“natureza divina”, “teologia da prosperidade” e tantas outras heresias conquistam
espaço nos púlpitos de pregadores deslumbrados e invadem os lares de fiéis com
pouca base teológica, que se atraem com as benesses desse “novo evangelho”.
Moreira2 observa que a busca pelo conforto material e uma vida financeira
mais próspera cria uma espécie de “misticismo protestante”, que promove uma
distorção da sã doutrina através da inserção de elementos pagãos, busca por
manifestações sobrenaturais alegóricas e práticas que se originam nas religiões de
matriz africana. O resultado são templos lotados de pessoas que não possuem uma
base sólida nas escrituras sagradas, não buscam um compromisso verdadeiro com
Deus e são facilmente manipuladas por quaisquer novidades que lhes são
apresentadas.
A PROSPERIDADE DA TEOLOGIA
Abel, citado inclusive na galeria dos heróis da fé, em Hebreus 11, foi morto
por seu irmão, apesar de ser fiel a Deus e proprietário de rebanhos (Gn 4.4). Noé
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MOREIRA, W. L. A idolatria protestante (pós)moderna e o uso do monte como lugar sagrado
em Ezequiel 6.2-3. Ijuí: Revista Ensaios Teológicos, v. 03, n. 02, dez. 2017, p.30
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era “justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus.” (Gn
6.9). Abraão foi próspero, dizimava e oferecia sacrifícios mesmo antes do
estabelecimento da lei (Gn 14.18-20), mas apesar de toda riqueza que possuía, seu
maior anseio era ter um filho (Gn 15.1-5).
Além destes, tantos outros exemplos, cujas riquezas eram apenas reflexos de
seus atos e a prosperidade financeira, sim, foi resultado de sua fidelidade com Deus,
porém não se caracterizava como objetivo final, e sim mais um meio de perceberem
que estavam caminhando corretamente.
Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, vira o rosto para
os montes de Israel e profetiza contra eles, dizendo: Montes de Israel, ouvi
a palavra do Senhor Deus: Assim diz o Senhor Deus aos montes, aos
outeiros, aos ribeiros e aos vales: Eis que eu, eu mesmo, trarei à espada,
diante dos vossos ídolos. (Ez 6.1-4)
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infidelidade, mas apenas uma posição dentre tantas existentes e possíveis na
sociedade.
Ele mesmo afirmou em Mateus 8.20: “(...) As raposas têm seus covis, e as
aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.” Em
outra ocasião, relatada em Mateus 17.24-20, ao ser questionado sobre os impostos,
Ele ordena que Pedro vá pescar um peixe e, de forma milagrosa, o valor referente
aos impostos dos dois estava na boca do peixe. Desta forma entende-se que nem
Cristo, nem Pedro dispunham do valor necessário para sanar os impostos.
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A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
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MOREIRA, W. L. A idolatria protestante (pós)moderna e o uso do monte como lugar sagrado
em Ezequiel 6.2-3. Ijuí: Revista Ensaios Teológicos, v. 03, n. 02, dez. 2017, p.37
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STELLA, M.K. TEOLOGIA DA PROSPERIDADE: riscos de uma teologia controversa. Curitiba:
Teologia e espiritualidade, v. 06, n. 09, jun. 2018, p.47
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LEMOS, C.S. TEOLOGIA DA PROSPERIDADE E SUA EXPANSÃO PELO MUNDO. Revista
Eletrônica Espaço Teológico, v. 11, n. 20, jul/dez. 2017, p.93
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É possível ver absurdos sendo falados nas igrejas onde essa vertente é
disseminada, tudo para que o nome de Cristo seja ligado a essa teologia, como
forma de validação de pensamento e crédito aos teóricos da mesma.
CONCLUSÃO
Cristo não se fez empresário do Reino, mas servo de todos. Entregou sua
vida pela salvação da humanidade e não pelo enriquecimento ilícito de poucos
líderes às custas de uma infinidade de fiéis enganados, manipulados e usurpados
através de falsos ensinamentos.
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REFERÊNCIAS
BÍBLIA. Português. Bíblia NVI. Nova Versão Internacional. São Paulo: Editora Vida,
2001.
BÍBLIA. Português. Bíblia SHEDD. Almeida Revista e Atualizada. São Paulo: Vida
Nova, 1997.