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UFPA
Belém-PA
2022
FABIELY BEATRIZ B. SOARES
FABÍOLA BAHIA RIBEIRO
JÉSSICA M. DO NASCIMENTO
KAANDRA DE AMORIM FURTADO
NATALIA COSTA SILVA
UFPA
Belém-PA
2022
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debate continuaria e assim por diante. Diante disso, Hegel acreditava que o mundo
era feito de ideias melhoradas. Já Marx postulava o materialismo, concepção que
defende o pressuposto de que são os fatos empíricos e as condições materiais da
vida que movem o mundo. Tendo primeiro uma ação natural do corpo e
posteriormente surgiria a ideia, por exemplo: nós trabalhamos para sobreviver,
houve primeiro uma ação natural do corpo para depois surgir a ideia que precisamos
trabalhar para a subsistência
Deste modo, Hegel exerceu uma influência em Marx, e não só em Marx, mas
em toda a política de seu tempo. Na época existiam dois grupos políticos relevantes,
a direita hegeliana que empregava o pensamento de Hegel para defender o
cristianismo e o estado, e a oposição da esquerda hegeliana. Marx escreveu contra
essa esquerda, porque eles eram idealistas e Marx era materialista, enquanto Marx
via o Estado como um resultado dos fatos históricos a esquerda hegeliana tentava
justificá-lo como sendo o resultado das melhores ideias, com esse raciocínio Marx
surge com sua popular frase “não é a consciência que determina a vida e sim a vida
que determina a consciência e, a libertação do ser humano é um ato histórico não
uma libertação da mente e uma mudança de ideias é uma mudança nas cabeças
das pessoas”.
Karl Marx também faz crítica sobre socialismo utópico, porque os autores que
falavam sobre isso apesar de terem germinado a semente do comunismo
analisavam a situação de forma utópica.
Karl Marx, junto com Friedrich Engels (filósofo alemão), que foi seu principal
aliado, com uma série de simultaneidades de apurações conduziu-os a um trabalho
comum. Sendo o primeiro desses trabalhos, a sagrada família, tendo como subtítulo
a crítica de uma crítica crítica, verifica as implicações políticas do Neo-hegelianismo.
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É uma contestação ferrenha contra Bruno Bauer e seus irmãos, Edgard e Egbert,
porque eles eram editores da Gazeta Geral Literária, publicada em Charlottemburgo,
e pregavam uma política liberal “elitista” como se diria na contemporaneidade. Em
lugar da solitude do espírito defronte das massas, já Marx e Engels pregavam um
extenso entrosamento da teoria com os proletários, desse modo, falavam “nada é
mais ridículo do que uma ideia apartada de interesses palpáveis.”
Além da obra sagrada família, Engels junto com Marx produziram várias obras
importantíssimas, dentre elas, O Manifesto Comunista e a Ideologia Alemã, com
uma parceria inseparável Marx e Engels pretendiam criar o socialismo científico e
descobrir de fato como capitalismo se desenvolve.
A religião é outro tema de crítica para Marx, já que ele via que era o humano
que fazia a religião, mas na verdade a religião é um reflexo do mundo capitalista em
que vivemos, e que a religião tem o papel de entorpecer as pessoas para a
realidade. A eliminação da religião só viria com a eliminação do capitalismo, essas
foram as principais críticas que Marx fez em sua obra. Os principais conceitos da
filosofia de Marx São alienação que bebendo da fonte de Feuerbach que se baseia
nos aspectos da filosofia materialista e na teoria da alienação para trazer uma
moderna inspiração filosófica chamada de materialismo histórico, Marx analisou
conciliar o materialismo de Feuerbach com o idealismo de Hegel em sua concepção
dialética.
Analisando o capítulo estudado verificamos que Karl Marx tece críticas ferozes ao
sistema filosófico hegeliano por afirmar que o mundo real é determinado por ideias e
aos chamados neo-hegelianos por se apoderarem unicamente da filosofia de Hegel
para fundamentar suas produções filosóficas. No primeiro capítulo intitulado a
oposição entre a concepção materialista e a idealista fundamenta sua crítica aos
idealistas, de uma maneira muito irônica, dizendo que a revolução que fizeram os
neo-hegelianos não passa do mundo das ideias e que na verdade nada aconteceu
no mundo real [...] Tudo isso teria ocorrido nos domínios do pensamento puro.
Critica também a falta e originalidade da filosofia alemã por se basear apenas em
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Vocabulário.
Trabalho alienado: trabalho cujo seu produtor não é seu proprietário, nem dos
produtos por ele criados, pois estes são apropriados pelo capitalista, senhor dos
meios de produção e, momentaneamente, proprietário da própria força de trabalho
do operário. Nessas condições, o produto do trabalho aparece ao sujeito da criação-
o trabalhador- como algo que lhe é estranho, uma força independente dele, na qual
não se reconhece. Por isso, o trabalho assume o caráter de algo forçado, que
constitui apenas um meio de o assalariado ganhar sua sobrevivência.
Capital: é um dos fatores de produção, formado pela riqueza e que gera renda. É
representado pelo dinheiro. O capital pode também ser definido como todos os
meios de produção que foram criados pelo trabalho e que são utilizados para a
produção de outros bens.
Autores
Karl Marx (1818-1883): foi um filósofo e revolucionário socialista alemão que criou
as bases da doutrina comunista, onde criticou o capitalismo. Sua filosofia exerceu
influência em várias áreas do conhecimento, tais como Sociologia, Política, Direito e
Economia.
Ludwig Andreas Feuerbach (1804-1872): foi um filósofo alemão, reconhecido pelo
ateísmo humanista antropológico e pela influência que o seu pensamento exerce
sobre Karl Marx e Friedrich Engels.
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Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831): foi um filosofo alemão idealista que
abriu novos campos de estudo na história, Direito, Arte, entre outros, através dos
seus postulados e da lógica dialética.
Fato Histórico
O período da Revolução Industrial que gerou consequências para a produção
de mercadorias e no processo de trabalho transformando o processo produtivo de
uma manufatura, onde a produção era artesanal, para maquinofatura, com a
presença da máquina na produção. Nesse contexto foram produzidos os
manuscritos da obra A Ideologia Alemã de Karl Marx e F. Engels.
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Esquema
Resumo
A filosofia hegeliana defendia que era por meio da dialética que se poderia
pensar a realidade. Contudo, para Marx era o meio material que determinava a
realidade de cada indivíduo. Sob essa ótica, Marx confronta, com seu materialismo
histórico, a filosofia de Hegel. Diante disso, levando em consideração o período da
Revolução Industrial e a consolidação do capitalismo como modelo econômico, Marx
e Engels elaboram vários conceitos para representar essa filosofia e compreender a
sociedade da época, como por exemplo, o de divisão da sociedade em classes, que
seria a classe burguesa, dona dos meios de produção, e a classe operária,
proprietária somente da sua força de trabalho.
A partir da realidade dessas classes antagônicas, Marx pensa no proletariado
como explorado excessivamente pelo burguês, essa exploração apresentava-se de
várias formas como a mais valia, conceito que Marx e Engels citam no livro O
capital, explica que tudo que o trabalhador produz não fica em suas mãos, parte vai
para o patrão, ou seja, seria a diferença entre o valor que o trabalhador produz e o
que ele recebeu por isso. Ademais, a alienação é outra forma de exploração, já que
o trabalhador dentro de um processo produtivo ele não tem acesso ao que produz,
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Referências
Karl Marx- Toda Matéria. Produção de Julia Bezerra de Menezes, 09 de out. 2020.
Vídeo (10 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mZbgdo2JQho.
Acesso em: 08 set.2022
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Karl Marx: vida e obra| prof. Cristiano. Produção de saber em foco, 26 de nov.2018.
Vídeo (10 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XGc2oYL3g6o.
Acesso em: 08 set.2022
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia alemã. 8°. Ed. São Paulo: Hucitec,
1991.p. 17-19, 23-28.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Como ler um texto de filosofia. 1°. ed. São Paulo:
Paulus, 2008. p.14-19.