Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Cristóvão – SE
2017
Jéssica do Nascimento Magalhaes
São Cristóvão – SE
2017
Jéssica do Nascimento Magalhaes
____/____/____
Banca Examinadora:
________________________________
Prof. Me. Marcelo Coelho de Sá
Orientador
________________________________
Prof. Me. Cristiane Toniolo Dias
________________________________
Prof.
Prof. Dr. José Rodrigo Santos Silva
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pois, sem ele nada disto seria possível, Aos meus
familiares por toda compreensão e dedicação, em destaque minha mãe Maria Cícera,
minhas amadas irmãs Silvânia e Karoline. Por último não menos importante meu amado e
querido esposo Pedro Rodrigues que ao longo desses cincos anos de graduação foi o meu
amparo. Por fim agradeço a todos aqueles que me apoiaram e acreditaram em mim.
RESUMO
The supplementary health sector is a link between service providers and the consumer.
Being the offer of the service of charge of the Operators of Health Plans, private
companies, in order to provide medical and hospital assistance. Having as supervisory
body the National Agency of Supplementary Health.When detected abnormalities that
compromise the continuity of the service or the quality of the same some measures are
adopted by the organ, in more drastic cases the termination of the activities of the Health
Plan Operator. In this paper, it is interesting to evaluate the relationship between
administrative expenditure and solvency of health plan operators in Brazil. Considering
that Administrative expenses are all expenses that are not directly linked to the provision of
the health care service. Thus, within the administrative expenses are included the
investments, that is expenses that will provide future returns and other expenses for
operating the health plan. For this it was gauged from ANS data listing with all the
Operators that went into insolvency status and another with the active operators, forming
two groups. Data descriptive statistics and hypothesis testing were applied. he result is not
in line with the initial hypothesis of the study that insolvent operators generally have low
administrative expenditure. Because the test for mean difference shows evidence of the
difference between means. Therefore, the investment takes place differently where the
insolvency agents used an average of 38.5% of their income in administrative expenses
while the solvents 21.8%.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 11
2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 13
3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 14
5 METODOLOGIA............................................................................................................. 28
7 CONCLUSÕES ................................................................................................................ 43
11
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 JUSTIFICATIVA
4REVISÃO LITERARIA
reclamaçõespor parte dos usuários, tendo como principal motivo as negativas constantes de
atendimentos.
Em seguida, através da Lei 9.961 de 28 de janeiro de 2000 foi criada a ANS,
agencia com caráter regulamentador do mercado de Saúde Suplementar no Brasil. Dessa
forma lhe compete regular, supervisionar, controlar e incentivar as atividades do
seguimento de saúde suplementar.
Apesar da existência de legislação para monitoramento da assistência a saúde, a
aplicação das medidas fiscalizadoras era desigual. Neste sentido, as seguradoras de saúde
que atuavam no mercado eram fiscalizadas ainda pela SUSEP, mesmo após a criação da
ANS. Porém, com a Lei 10.185 de 12 de fevereiro de 2001, ficou estabelecida às
especificações das entidades que comercializavam serviços vinculados a saúde, e assim
passou a ser equiparado a OPS, logo supervisionado pela ANS.
O seguimento saúde suplementar logo após a regulamentação por meio da criação
da agencia reguladora apresentava o seguinte cenário:
Neste momento, convive-se com uma grande heterogeneidade nos padrões de
qualidade do setor, fragmentação e descontinuidade da atenção que
comprometem a efetividade e a eficiência do sistema como um todo, atingindo as
redes de cuidados básicos, especializados e hospitalares, que atendem à clientela
de planos de saúde (PIETROBON et al. 2008, p. 772)
Segundo a lei 9.656 fica estabelecido que planos de saúde privados sejam a
prestação continuada de serviços ou cobertura de custos assistenciais, com a finalidade de
garantir, sem limites financeiros a assistência à saúde.
Segundo a ANS em março de 2016 as OPS contavam com cerca de 48,8 milhões de
beneficiários vinculados aos planos de assistência médica com ou sem odontologia, sendo
a quantidade de operadoras neste período é de 965. A tabela 1 expõe a evolução do setor de
19
Em outras palavras, no que diz respeito aodomínio no setor, nota-se que as OPS de
grande porte dominam a prestação de serviços. Na visão de Vianna (2003, p. 342), o
mercado comporta-se da seguinte maneira:
20
Contudo até 2015, a ANS constatou alguns cancelamentos de registro como também
novos registros, sendo eles respectivamente 27 e 91. O fato que chama atenção é a
quantidade de operadoras que estão na ativa, no entanto sem beneficiários. A Tabela 3
expõe a situação dos registros e situação das OPS ao longo dos últimos quatros anos.
4.2.1 Investimento
4.2.2 Custo
Custo é o gasto que está diretamente ligado ao produto final, ou seja, o esforço
financeiro até deixá-lo em condições de venda. O custo é singular para cada ramo de
atividade, podendo ter dimensões e mensuração diferentes. Dentro da definição de custo
encontramos duas vertentes, o custo referente ao processo de fabricação e ao volume de
produção, o primeiro édiscriminado em diretos e indiretos,o segundo em fixo evariável.
Com o Quadro 1 esses rumos podem ser definidos e exemplificados (MARTINS, 2003;
RIBEIRO, 2003; VICENCONTE, 2010)
Quadro 1 – Tipos de Custos
TIPO DEFINIÇÃO EXEMPLO
São aqueles que permanecem estáveis independentemente Energia elétrica,
Fixo
de alterações no volume da produção telefone,
Variável Aqueles que variam em decorrência do volume da produção. Comissões
Direto Compreendem os gastos que integrarem os produtos. Matéria-prima
Compreendem os gastos que integrarem os produtos,
Indireto entretanto é impossível uma segura identificação de suas Aluguel.
quantidades e valores em relação a cada produto fabricado
Fonte: Ribeiro (2013)
4.2.3 Despesa
Antes de tudo vale ressaltar que o conceito adotado pela ANS aos gastos com
assistência a saúde não vai ao encontro do verificado na literatura.A ANS classifica o
montante financeiro destinado a prover saúde aos beneficiários como despesa assistencial.
Compreendem-se, assim que as despesas assistenciais consistem nos gastos resultantes da
utilização por parte do beneficiário dos serviços contratados, ou seja, provimento da
assistência médico-hospitalar eodontológica aos usuários (KELLES, 2013).
22
5 METODOLOGIA
1
Disponível em :<http://www.ans.gov.br/planos-de-saude-e-operadoras/informacoes-e-avaliacoes-de-
operadoras/operadoras-em-regime-especial-de-liquidacao-ou-falencia> Acesso em: 30 de novembro de 2016
2
Disponível em :<http://www.ans.gov.br/anstabnet/index.htm> Acesso em: 30 de novembro de 2016
29
Foi usado software Microsoft Office Excel versão 2013 tratar as informações
coletadas da ANS e para obtenção do gráfico e analise descritivas dos dados.
5.1Estatística Descritiva
Tipos de Variáveis
Existem dois tipos de variável, qualitativa e quantitativa, a primeira é dividida entre
ordinal e nominal. A segunda em discreta e contínua. O quadro 2 demonstra definição e
exemplo de variáveis(MORETTIN; BUSSAB, 2012).
Dados em Tabelas
Tabelas3 são quadros onde as informações são organizadas em linhas e colunas.
Existem alguns elementos característicos da Tabela, tais como título, cabeçalho, corpo e
fonte. Esses representam respectivamente o assunto da Tabela, conteúdo da coluna ou
linha, conteúdo por completo, extração dos dados.
3
Disponível em: <https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/41572/1/01d20t03.pdf >Acesso em: 04
de Março de 2017
30
Dados em gráficos
Gráfico é a representação gráfica da distribuição de uma ou mais variáveis. Essa
ferramenta demonstra de forma clara e objetiva as informações(MORETTIN; BUSSAB,
2012).
Dentre os mais diversos gráficos, foram utilizados neste estudo os seguintes gráficos4:
Gráfico de barras: Ilustra comparações entre itens individuais. É usado para
apresentar variáveis quantitativas ou ordinais.
Gráfico de setores: Mostra quanto cada valor representa sobre o valor total.É usado
para variáveis quantitativas ou ordinais.
Gráfico de Linhas: Pode exibir dados contínuos ao longo do tempo, definidos em
relação a uma escala comum e são, portanto, ideais para mostrar tendências em
dados a intervalos iguais. É para variáveis quantitativas.
Medidas Descritivas
Média Aritmética: a média é uma das medidas mais utilizadas, para obtê-la
basta tão somente somar os valores de todos os dados e dividir pelo número de
ocorrência total(MORETTIN; BUSSAB, 2012).
∑ni=1 xi
x̅ =
n
Onde:
xi - Observação
n - número de observações
Onde:
xi - Observação
x̅ - média
4
Disponível em :<http://www.fundacaobradesco.org.br/vv-apostilas/Excel_2007/Tipos%20de%20gr%C3%A1ficos.HTM> Acesso em :
04 de Março de 2017
31
n - número de observações
dp(X)=√(s)
Sxy
rxy =
√Sxx Syy
Onde:
∑X∑Y ∑ (Y)2
Sxy = ∑ XY- Syy = ∑ Y2 -
n n
∑ (X)2
Sxx = ∑ X2 - ∑ XY = ∑ni=1 xi yi
n
5
Representação gráfica dos pares de dados em coordenadas cartesianas.
32
O teste de hipótese para diferença entre duas médias é aplicado com o intuito de
avaliar se em média dados grupos são diferentes. (KAZMIER, 1982).
Procedimento (KAZMIER, 1982):
1 - Fixam-se as Hipóteses:
Ho:𝜇1 =𝜇2
{
H1:𝜇1 ≠𝜇2
Maio de 2017
33
𝑋̅−𝑌̅
4 - Calcula Tobs=
2 2 2 2
√(𝑠1 ) + (𝑠2 )
𝑛1 𝑛1
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
40 700%
Quantidade de Operadoras
Percentual de Crescimento
35 600%
500%
30
400%
25
300%
20
200%
15
100%
10 0%
5 -100%
0 -200%
2002
2003
2005
2006
2008
2009
2011
2014
2016
2001
2004
2007
2010
2012
2013
2015
Ano
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados ANS, Brasil, 2016
Figura 3 - Evolução da quantidade de operadoras selecionadas para o estudo que entraram em estado de
Insolvência
30
26
25
Quantidade de Operadoras
20 19
15
12
10
5 4
0
2013 2014 2015 2016
Ano
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados ANS, Brasil, 2016
48;
79%
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados ANS, Brasil, 2016
36
2;
9; 3%
15%
50;
82%
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados ANS, Brasil, 2016
37
Centro Oeste 2
Sul 2
Norte 1
Sudeste 36
Nordeste 20
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados ANS, Brasil, 2016
O passo seguinte foi uma análise voltada à receita e despesas administrativa das
operadoras. Deste modo apurou-se o comportamento entre dois grupos de operadoras, solventes e
insolventes. A Figura 8 demonstra a correlação entre a despesa administrativa e a quantidade de
clientes. No entanto, ao analisar o gráfico não foi possível detectar um padrão de relacionamento
entre tais variáveis, pois, existem muitas observações do grupo solvente e os mesmos estão bem
distribuídos.
Figura 8 - Correlação entre despesa administrativa e clientes
100.000.000
Insolvente Solvente
90.000.000
80.000.000
Despesa Administrativa (R$)
70.000.000
60.000.000
50.000.000
40.000.000
30.000.000
20.000.000
10.000.000
0
0 5.000 10.000 15.000 20.000
Clientes
Contagem 420 48
Fonte: Elaborado pela autora
Amostra 420 48
Média 21,77% 38,48%
Desvio Padrão 10,34% 25,33%
Coeficiente Variação 47,51% 65,84%
Menor 1,7% 7,4%
1◦ Quartil 14,6% 16,7%
Mediana 19,5% 32,6%
3◦ Quartil 27,4% 57,7%
Maior 56,0% 111,4%
Fonte: Elaborado pela autora
Variáveis ( Insolventes)
𝑋̅ 0,385
S¹ 0,253
n¹ 48
Variáveis ( Solventes)
𝑌̅ 0,218
S² 0,103
n² 420
Informação Resultados
Grau de liberdade 51,476
T – Observado 2,248
T – Tabelado 2,007
P – valor 0,00008
Com o Tobs = 2,248> Ttab = 2,007, temos evidência para rejeitar Ho, ou seja, em
outras palavras ao nível de significância de 5%, não há evidências de que o investimento
médio no segmento administrativo sobre Receita de Contraprestação pelas operadoras
Insolventes e Solventes sejam iguais, logo as médias são diferentes.Em outras palavras, o
investimento médio da razão entre despesa administrativa por receita é realizado de forma
diferenciada entre os grupos.
43
7 CONCLUSÕES
ALMEIDA, Renata Gasparele de. O capital Basiado em Risco: uma abordagem para
Operadoras de planos de saúde. 2008. 115 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia
de Produçao, Universidade Federal de São Paulo, Niteroie, 2008.
ALVES, Sandro Leal. Eficiência das operadoras de planos de saúde. Revista Brasileira
de Risco e Seguro, Rio de Janeiro, v. 4, n. 8, p.87-112, 2009. Semestral. Disponível em:
<http://www.rbrs.com.br/edicoes.php>. Acesso em: 21 fev. 2017.
FUNDAÇÃO BRADESCO
Disponível em :<http://www.fundacaobradesco.org.br/vv-
apostilas/Excel_2007/Tipos%20de%20gr%C3%A1ficos.HTM> Acesso em : 04 de mar.
2017.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos fácil. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
SÁ, Marcelo Coelho de. Análise dos custos assistenciais de uma operadora de plano de
saúde no Brasil. 2012. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do
Norte.
SÁ, Marcelo Coelho de; JÚNIOR, José Nazareno Maciel; REINALDO, Luciana Moura.
Processo de Ruína Finito: Um Estudo de Caso na Saúde Suplementar no Brasil. In:
Seminário de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade Federal da Paraíba Centro de
Ciências Sociais Aplicadas,2.,2016, João Pessoa. Anais... .2016. p. 72 – 88.
SOARES, Maria Aparecida; THÓPHILO, Carlos Renato; CORRAR, Luiz João. Avaliação
de Indicadores Econômico-financeiro de Operadoras de Planos de Saúde Brasileiras:
Uma aplicação da Análise Fatorial. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE
PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 9., 2009, São Paulo.
Anais... . São Paulo: Anpad, 2009. p. 13 - 23.
VIANNA, Cid Manso de Melo. O Impacto das ações da Agencia Nacional da Saúde
Suplementar no Mercado Operador. In: AGENCIA NACIONAL DE SAðDE
SUPLEMENTAR (Rio de Janeiro). Ministério da Saúde. Regulação e Saúde: Documentos
Técnicos de Apoio ao fórum de Saúde Suplementar de 2003. 3. ed. Rio de Janeiro: Ans,
2003. p. 333-347.