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São Leopoldo
2017
SAMARA TAUIL VITORINO
Trabalho Final de
Mestrado Profissional
Para a obtenção do grau de
Mestra em Teologia
Faculdades EST
Programa de Pós-Graduação em Teologia
Área de Concentração: Teologia
Fundamental-Sistemática
Linha de Pesquisa: Ética e Gestão
São Leopoldo
2017
SAMARA TAUIL VITORINO
Trabalho Final de
Mestrado Profissional
Para a obtenção do grau de
Mestra em Teologia
Faculdades EST
Programa de Pós-Graduação em Teologia
Área de Concentração: Teologia
Fundamental-Sistemática
Linha de Pesquisa: Ética e Gestão
Data de Aprovação:
___________________________________________________________________
Dusan Schreiber – Doutor em Administração – Universidade Federal do Rio Grande
do Sul
___________________________________________________________________
José Caetano Zanella – Mestre em Desenvolvimento – Universidade Regional do
Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul
“As palavras só têm sentido se nos
ajudam a ver o mundo melhor.
Aprendemos palavras para melhorar os
olhos.”
Rubens Alves
RESUMO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 19
1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................................................................ 23
1.1 Conceito e aspectos históricos da Administração Pública ........................... 23
1.2 Aspectos históricos dos modelos de Administração Pública no Brasil ...... 32
1.3 GesPública – Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização 40
1.4 Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP) ........................................ 43
1.5 Governança na Administração Pública ........................................................... 46
1.6 A ética na Gestão Pública................................................................................. 49
1.7 Instituto Federal do Ceará (IFCE) – uma instituição da administração
pública federal ......................................................................................................... 54
2 GESTÃO DE PESSOAS ........................................................................................ 57
2.1 Entendendo Gestão de Pessoas ...................................................................... 57
2.2 A relevância de valores morais e éticos na gestão de pessoas ................... 66
2.3 Sobre gestão de pessoas no serviço público................................................. 72
2.4 A área de gestão de pessoas do Instituto Federal do Ceará (IFCE) ............. 83
3 INDICADORES DE GESTÃO DE PESSOAS ........................................................ 89
3.1 Modelos de sistema de medição de desempenho – a escolha do Balance
Scorecard (BSC) ...................................................................................................... 89
3.2 Conhecendo indicadores de desempenho e sistema de medição da área de
gestão de pessoas ................................................................................................ 102
3.3 Proposta de conjunto de indicadores de gestão de pessoas para o IFCE à
luz do Balance Scorecard (BSC) .......................................................................... 114
3.3.1 Os indicadores de gestão de pessoas constantes no Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI) do Instituto Federal do Ceará (IFCE) ............. 117
3.3.2 Indicadores de desempenho da Secretaria de Educação Profissional e
Tecnológica (SETEC) .............................................................................................. 119
3.3.3 Proposta de indicadores de gestão de pessoas para o IFCE ......................... 120
CONCLUSÃO ......................................................................................................... 129
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 133
ANEXO 1 – MAPA ESTRATÉGICO DO INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ ....... 143
INTRODUÇÃO
1
BECKER, Brian E.; HESELID, Mark A.; ULRICH, Dave. Gestão Estratégica de Pessoas com
scorecard: interligando pessoas, estratégia e performance. 15. Impressão. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2001. p. 17-18.
2
CARVALHO, Patrícia Aparecida Silva et al. Análise da gestão de pessoas na administração
pública: um estudo de caso. XII Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, Rio de Janeiro,
28 a 30 de outubro de 2015. p. 7.
20
6
MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. 28. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. p. 19-22.
7
BOBBIO, Norberto. Estado, Governo e Sociedade: por uma teoria geral da política. 4. ed. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1987. p. 73.
8
BIANCHI, Álvaro. O conceito de estado em Max Weber. Revista Lua Nova, São Paulo, n. 92, p.
79-104, 2014. p. 89-91.
24
9
MATIAS-PEREIRA, José. Curso de administração pública: foco nas instituições e ações
governamentais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. 16.
10
MATIAS-PEREIRA, 2010, p. 17-18, p. 31.
11
MARTINS, Humberto Falcão et al. Um guia de governança para resultados na administração
pública. Brasília: Publix, 2010. p. 19-20.
25
estando sujeito a relação das forças sociais em determinado contexto, e sua atuação
se propõe ao bem comum.
Para Fernando C. Prestes Mota e Luiz C. Bresser-Pereira, a sociedade do
Estado moderno se caracteriza pela existência das organizações enquanto sistemas
sociais, sejam elas de natureza econômica, política, cultural, religiosa, mas que
estabelecem relações entre si, e além de contribuir para a formação da
personalidade do homem moderno, são imprescindíveis para o desenvolvimento de
qualquer nação. Esses autores classificam as organizações como sistemas sociais
organizados, tais como o Estado, grandes empresas, partidos políticos, escola,
dentre outros.12
A partir do surgimento do Estado moderno as organizações crescem e se
desenvolvem, assumindo importante atuação na sociedade seja na esfera pública ou
privada. Para a gestão dessas organizações, a administração se apresenta como
ferramenta indispensável para o desenvolvimento das atividades de cada segmento
de atuação.
Nesse sentido, a administração “é o processo de trabalhar com pessoas e
recursos para realizar objetivos organizacionais”, caracterizando o bom
administrador aquele que atua com eficácia e eficiência.13 As organizações são mais
eficientes que os indivíduos atuando sozinhos, portanto, são constituídas por
pessoas, com um propósito comum e possuem uma estrutura sistemática.14
Em se tratando da atividade administrativa do Estado, José Cretella Júnior
afirma que, por meio dos atos concretos e executórios, as organizações estatais
realizam os interesses públicos de forma direta, ininterrupta e imediata.15 Assim, a
Administração Pública em sentido objetivo corresponde à atividade concreta e
imediata que o Estado desenvolve sob regime jurídico total ou parcialmente público,
para o atendimento dos interesses coletivos; e em sentido subjetivo, como o
conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da
função administrativa do Estado.16
12
MOTA, Fernando C. Prestes; BRESSER-PEREIRA, Luiz C. Introdução à organização burocrática.
3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1983. p. 16-17, p. 24-25.
13
BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: construindo vantagem competitiva. São
Paulo: Atlas, 1998. p. 27.
14
ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2000. p. 31-
32.
15
CRETELLA JUNIOR, José. Curso de Direito Administrativo. Ed. revisada e atualizada. Rio de
Janeiro: Forense, 1997. p. 17.
16
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014. p. 50.
26
17
ALENCASTRO, M. A. C. Contratações sustentáveis na administração pública brasileira: a
experiência no poder executivo federal. 2014. 310 f. Tese (doutorado) - Universidade Federal do
Ceará, Fortaleza, 2014. p. 37.
18
MATIAS-PEREIRA, 2010, p. 112.
19
OLIVEIRA, Virgílio Cézar da Silva e. Modelos de administração pública. In: SANABIO, Marcos
Tanure; SANTOS, Gilmar José dos; DAVID, Marcus Vinicius (Orgs.). Administração pública
contemporânea: política, democracia e gestão. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2013. p. 9-34. p. 14.
20
PASCARELLI FILHO, Mario. A nova administração pública: profissionalização, eficiência e
governança. São Paulo: DVS Editora, 2011. p. 24.
21
TORRES, Marcelo Douglas de Figueiredo. Estado, democracia e administração pública no Brasil.
Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007. p. 144.
22
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Da administração pública burocrática à gerencial. In:
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos; SPINK, Peter Kevin (Orgs.). Reforma do Estado e
administração gerencial. 7. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006a. p. 237-270. p. 241.
27
23
PASCARELLI FILHO, 2011, p. 25-27.
24
Estado Social representa a rede de proteção que envolve os direitos sociais por meio de “toda a
estrutura legal e institucional concebida para proteger a população que mais precariamente se
enquadra nas relações de mercado”. TORRES, 2007, p. 26.
25
TORRES, 2007, p. 27-29.
26
PASCARELLI FILHO, 2011, p. 25-27.
27
MATIAS-PEREIRA, 2010, p. 113-114.
28
28
MOTA; BRESSER-PEREIRA, 1983, p. 23.
29
A onda ideológica neoliberal e globalista foi incialmente um reflexo da crise que ocorre nos
Estados Unidos nos anos 1970 devido ao estrangulamento dos lucros provocado pelo aumento da
pressão dos trabalhadores por maiores salários, e da nova competição representada pelos NICs
(newly industrialized countries) que passavam a exportar manufaturados usando sua mão-de-obra
barata e ao grande aumento dos preços das commodities a partir do primeiro choque de petróleo;
mas foi também uma reação ao aumento do poder da alta burocracia pública nos próprios países
ricos em decorrência do grande crescimento do aparelho do Estado e do aumento da carga
tributária que caracterizaram a transição do Estado Liberal, dominante no século XIX, para o
Estado Democrático e Social do século XX. BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Burocracia pública
e Estado no Brasil. Revista Eletrônica sobre a Reforma do Estado, Salvador, n. 11, p. 6-65,
set/out/nov., 2007. p. 6.
30
MATIAS-PEREIRA, 2010, p. 99.
31
MATIAS-PEREIRA, 2010, p. 100, p. 104-105.
29
32
OLIVEIRA, A.B.R.; SILVA, U.B.; BRUNI, A.L. Gerencialismo e desafios contemporâneos da gestão
dos custos públicos no Brasil. Revista de Estudos Contábeis, Londrina, v. 3, n. 5, p. 63-82,
jul./dez., 2012. p. 64.
33
OLIVEIRA; SILVA; BRUNI, 2012, p. 67-69.
34
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Gestão do setor público: estratégia e estrutura para um novo
Estado. In: BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos; SPINK, Peter Kevin (Orgs.). Reforma do Estado e
administração gerencial. 7. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006b. p. 21-38. p. 28-29.
35
FERREIRA, Victor Cláudio Paradela. II Administração Pública Gerencial. In: SANABIO, Marcos
Tanure, SANTOS, Gilmar José dos; DAVID, Marcus Vinicius (Orgs.). Administração pública
contemporânea: política, democracia e gestão. Juiz de Fora: Editora UFJF, 2013. p. 35-56, p. 39.
36
BRESSER-PEREIRA, 2006b, p. 21-38, p. 36.
30
37
OLIVEIRA, 2013, p. 9-34, p. 25.
38
MARTINS; MARINI, 2010, p. 22-24.
39
ABRUCIO, Fernando Luiz. Trajetória recente da gestão pública brasileira: um balanço crítico e a
renovação da agenda de reformas. RAP. Rio de Janeiro: Edição Especial Comemorativa, p. 67-86,
2007. p. 79-84.
40
As reformas de primeira geração atendiam prioritariamente os aspectos econômicos e fiscais, sem
contudo preocupar-se com a geração de resultados. MARTINS; MARINI, 2010, p. 25-29.
31
41
MATIAS-PEREIRA, 2010, p. 247.
42
PASCARELLI FILHO, 2011, p. 48-50.
43
RASSIER, José Carlos. Excelência e qualidade na gestão pública. Revista Linha Direta, Edição
142, Ano 13, Janeiro, 2010. p. 5. Disponível em:
<http://linhadireta.com.br/publico/images/revistas/arquivos/jtledbufcdo.pdf>. Acesso em: 15 nov.
2017.
32
44
PASCARELLI FILHO, 2011, p. 21-24.
45
TORRES, 2007, p. 145.
46
TORRES, 2007, p. 149.
33
47
PASCARELLI FILHO, 2011, p. 28.
48
MATIAS-PEREIRA, 2010, p. 92.
49
COSTA, Frederico Lustosa da. Brasil: 200 anos de Estado; 200 anos de administração pública;
200 anos de reformas. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, vol. 42, n. 5, p. 829-874,
set-out., Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, 2008. p. 846.
50
BRESSER-PEREIRA, 2007, p. 25-28.
51
BRESSER-PEREIRA, 2007, p. 25-28.
34
52
COSTA, 2008, p. 847-850.
53
KEINERT, Tania Margarete Mezzomo. Os paradigmas da administração pública no Brasil (1900-
92). Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v. 34, n. 3, p. 41-48, Mai./Jun., 1994. p.
44-45.
54
TORRES, 2007, p. 151-154.
55
PASCARELLI FILHO, 2011, p. 41.
56
BRESSER-PEREIRA, 2007, p. 38.
57
PASCARELLI FILHO, 2011, p. 41.
58
MATIAS-PEREIRA, 2010, p. 94.
35
59
BRESSER-PEREIRA, 2007, p. 41-43.
60
BRESSER-PEREIRA, 2007, p. 44.
61
KETTIL, Donald F. A revolução global: reforma da administração do setor público. In: BRESSER-
PEREIRA, Luiz Carlos; SPINK, Peter Kevin (Orgs.). Reforma do Estado e administração pública
gerencial. 7 ed. Trad. Carolina Andrade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. p. 75-121. p. 75.
62
PASCARELLI FILHO, 2011, p. 16.
36
qualidade dos serviços prestados ao cidadão por meio de uma atuação mais
eficiente.63
No Brasil, a promulgação da Constituição Federal de 1988 classificou o
Estado brasileiro como uma República Federativa, constituído de uma organização
político-administrativa, formado pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.64
É caracterizado também como Estado Democrático de Direito que cria e se submete
às suas leis, dirigindo e controlando suas ações por meio do exercício do poder com
vista ao bem comum do povo.
No contexto brasileiro, a administração pública é a função administrativa
tipicamente realizada pelo Poder Executivo cuja estrutura se compõe da
administração direta (Presidência da República e Ministérios) e indireta (autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações). 65
Na análise de Torres, a Constituição Federal de 1988 contempla um número
elevado de atribuições sociais que demandam do Estado uma administração
moderna, eficiente, ágil e gerencial.66
Nos anos seguintes à promulgação da Constituição Federal de 1988,
ocorreram fatos econômicos e políticos que levaram o Brasil a uma grande crise
fiscal: a falência do Pacto Popular-Democrático de 1977; o fim da política nacional-
desenvolvimentista que foi suplantada pelo Pacto Liberal-Dependente; o insucesso
dos planos econômicos; a assinatura de um Acordo entre Brasil e o Fundo
Monetário Internacional (FMI). De acordo com Bresser-Pereira, é nesse contexto que
o país vai enfrentar mais uma reforma do Estado, desta feita, a reforma gerencial da
gestão pública para atender ao Estado Democrático que se implementa. Tem início
com o governo de Fernando Collor, mas somente a partir de 1995, na era
governamental de Fernando Henrique Cardoso, ocorre o lançamento do Plano
Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE).
Posteriormente, com a alteração da legislação infraconstitucional e a
aprovação das emendas constitucionais em 1998, é que se observaram
63
COUTINHO, Marcelo James Vasconcelos. Administração pública voltada para o cidadão: quadro
teórico-conceitual. Revista do Serviço Público, Ano 51, N. 3, p. 40-73, Jul-Set, 2000. p. 42-43.
64
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF, 1988. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao compilado.htm>. Acesso em: 01
mar. 2016.
65
MEIRELES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 39. ed. São Paulo: Malheiros Editores,
2013. p. 63-65.
66
TORRES, 2007, p. 167.
37
67
BRESSER-PEREIRA, 2007, p. 46-50.
68
BRESSER-PEREIRA, 2007, p. 50.
69
BRESSER-PEREIRA, 2007, p. 51-52.
70
COSTA, 2008, p. 863.
71
ABRUCIO, 2007, p. 72-74.
72
MATIAS-PEREIRA, 2010, p. 117-119.
73
TORRES, 2007, p. 141.
38
78
KEINERT, 1994, p. 43.
79
COSTA, 2008, p. 866-869.
80
KEINERT, 1994, p. 46-47.
81
BRASIL, 2009a, p. 8.
40
82
BRASIL, 2009a, p. 10.
83
BRASIL, 2009a, p.10-11.
84
LIMA, 2013, p. 4, p. 46.
85
LIMA, 2013, p. 4.
86
BRASIL, 2010, p. 10-11.
41
89
BRASIL, 2009a, p. 32.
43
90
BRASIL, 2009a, p. 15.
91
BRASIL, 2009a, p. 17.
92
BRASIL, 2009a, p. 20-28.
93
FOWLER et al., 2011, p. 838.
94
BRASIL, 2009a, p. 29.
44
95
BRASIL, 2009a, p. 29-30
96
As oito partes do Modelo de Excelência em Gestão Pública foram transformadas em Critérios para
Avaliação da Gestão Pública. A esses critérios foram incorporados referenciais de excelência
(alíneas) a partir dos quais a organização pública pode implementar ciclos contínuos de avaliação
e melhoria de sua gestão. BRASIL, 2009a, p. 30.
97
BRASIL, 2009b, p. 7.
45
O simples fato de que um planejamento tenha sido feito e de que tenha sido
construída uma estrutura organizacional para permitir que sejam atingidos
os objetivos no planejamento e que as funções de liderança sejam
desempenhadas não significa que as finalidades da organização tenham
sido atingidas. O mau desempenho de qualquer função administrativa
aumenta a importância dos ajustes a serem feitos, seja nos meios para
99
atingir os objetivos, seja nos próprios objetivos.
98
FERREIRA, André Ribeiro. Modelo de excelência em gestão pública no governo brasileiro:
importância e aplicação. XIV Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de
la Administración Pública, Salvador de Bahia, Brasil, 27 - 30 oct. 2009. p. 13.
99
FERREIRA, 2009, p. 14.
46
100
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Referencial básico de governança. Brasília: TCU,
Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, Coordenação-Geral de Controle Externo dos
Serviços Essenciais ao Estado e das Regiões Sul e Centro-Oeste, 2013. p. 9-11.
101
SALES, Elana Carla de Albuquerque Silva et al. Governança no Setor Público Segundo a IFAC –
Estudo nas Universidades Federais Brasileiras. XXII Congresso Brasileiro de Custos. Foz do
Iguaçu, PR, Brasil, 11 a 13 de novembro de 2015. p. 3.
102
MATIAS-PEREIRA, José. A governança corporativa aplicada no setor público brasileiro. Revista
Administração Pública e Gestão Social. Viçosa, v.2, n.1, pp. 109-134, jan./mar. 2010. p. 131.
103
Dentre eles: (a) o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal (Decreto 1.171/1994) e a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000),
que têm por objeto aspectos éticos e morais e o comportamento da liderança; (b) o Programa
Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GesPública), instituído em 2005 e revisado em
2009 e em 2013, cujos treze fundamentos norteiam-se pelos princípios constitucionais da
47
conter critérios comuns, que “estão diretamente relacionados ao capital humano das
organizações: liderança; informações e conhecimento; e pessoas”.108
Assim, nessa nova síntese governamental, gestão e liderança pressupõem o
envolvimento das pessoas como fator decisivo no processo de mudança na
administração pública.
108
BRASIL, 2013a, Item 23 do Relatório.
109
BRASIL, 2013a, Item 20 do Relatório.
110
BRASIL, 2013a, Item 1 do Relatório.
111
BRASIL, 2013a, Item 33 da Proposta de Deliberação.
112
BRASIL, 2013a, Item 9.1.1.1
49
113
BRASIL, 2013a, Item 7.
114
BRASIL, 2013, p. 32.
50
Ser ético, portanto, nada mais é do que agir e proceder bem, sem prejudicar
os outros pares. É ser altruísta, é estar tranquilo com a consciência pessoal.
É, também, agir de acordo com os valores morais de uma determinada
sociedade. Essas regras morais são resultado da própria cultura de uma
118
comunidade. Elas variam de acordo com o tempo e localização no mapa.
115
RUIZ ALONSO, Felix; LÓPEZ, Francisco G.; CASTRUCCI, Plínio de L. Curso de ética em
administração: empresarial e pública. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2012. p. 4.
116
COLOMBO, Irineu Mario et al. Ética na gestão pública. Curitiba: IFPR, 2011. p. 10.
117
SROUR, Robert H. Ética empresarial: posturas responsáveis nos negócios, na política e nas
relações pessoais. 8. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. p. 29.
118
COLOMBO, 2011, p. 11.
119
BETTO, Frei. Gosto de uva: escritos selecionados. Rio de Janeiro: Garamond, 2003. p. 83.
120
RUIZ ALONSO, 2012, p. 192.
51
comportamento ético sem qualidade no trabalho. A Ética torna o ser humano íntegro,
coerente e feliz”.121
Mario Sérgio Cortella reforça a necessidade de que a ética na empresa deve
estar fortemente conectada ao seu negócio para que tenha uma visão estratégica de
futuro e ações coerentes com os princípios estabelecidos. Destaca que a ética,
como a capacidade de proteger a vida coletiva, é altruísta, percebe a multiplicidade
de pontos de vista e ajuda a resolver os dilemas resultantes das relações
humanas.122
Assim, quando se trata de ética nas organizações, implica registrar que ela
se sustenta em princípios e valores que conduzirão o fazer cotidiano das pessoas na
consecução dos objetivos institucionais. Por consequência, uma empresa ética
pressupõe uma cultura em que o conjunto de valores morais comuns sejam aceitos
para guiar a ação dos indivíduos, inclusive nas tomadas de decisão. Para tanto, a
cultura deve ser “moldada e gerida pela alta administração no sentido de produzir
um clima ético permanente”.124
O desenvolvimento da cultura ética dentro das empresas, pautada em
princípios sociais, tais como o respeito à dignidade, a primazia do trabalho e do bem
comum, por meio do comportamento ético das pessoas, tem classificado a ética
como o maior ativo intangível porque direciona a organização para o sucesso e para
a mitigação dos riscos.125
Richard L. Daft destaca a importância do comportamento ético da alta
administração e das lideranças para criar e sustentar a cultura ética na organização
121
RUIZ ALONSO, 2012, p. 194.
122
CORTELLA, Mario Sergio. Qual é tua obra?: inquietações propositivas sobre gestão, liderança e
ética. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2013. p. 117-140.
123
PICHLER, Nadir Antônio; PADILHA, Ana Claudia Machado. Sobre o novo éthos empresarial. In:
PICHLER, Nadir Antônio; PADILHA, Ana Claudia Machado; ROCHA, Jefferson Marçal. (Orgs.).
Ética, Negócios & Pessoas. Jaguarão: Unipampa, 2011. p. 13.
124
FARAH, Flávio. Ética na gestão de pessoas: uma visão prática. São Paulo: Edições Inteligentes,
2004. p. 46.
125
RUIZ ALONSO, 2012, p. 194.
52
126
DAFT, Richard L. Organizações: teoria e projetos. 11. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2014. p.
399-404.
127
COLOMBO, 2011, p. 35.
128
MENDES, Annita Valléria Calmon. Ética na administração pública federal: a implementação de
comissões de éticas setoriais: entre o desafio e a oportunidade de mudar o modelo de gestão.
Brasília: FUNAG, 2010. p. 103-104.
53
Lei de Acesso à Informação. Contudo, eles não se bastam para resolver os dilemas
decorrentes da relação entre a lei, o poder e a política.
Assim, a Ética está para além dos ditames legais e formais, e “considerada
como código moral, percebe a multiplicidade de caminhos e ideais humanos como
um desafio, e a ambivalência dos juízos morais como um estado mórbido a serem
corrigidas”.129
Dessa forma, nas instituições públicas, a alta gestão deve promover o
desenvolvimento ético de todos os agentes públicos para a consecução do bem
comum, observando o caráter histórico e social da moral, com vistas à mudança da
cultura organizacional e dos valores, podendo ser por meio da institucionalização da
ética no Planejamento Estratégico, da realização de treinamento de todos os
servidores e da implantação de Comitês de Ética.
Ademais, além de apoiar a conduta dos agentes públicos nos princípios
constitucionais, o Referencial Básico de Governança situa a ética no mesmo nível
dos princípios, e dessa forma, a ética “significa tomar decisões e agir pautando-se
pelo respeito e compromisso com o bem, a honestidade, a dignidade, a lealdade, o
decoro, o zelo, a responsabilidade, a justiça, a isenção, a solidariedade e a
equidade”.130
129
MENDES, 2010, p. 28.
130
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Referencial básico de governança. 2013. p. 32
131
MENDES, Annita Valléria Calmon; BESSA, Luiz Fernando de Macedo; SILVA, Suylan de Almeida
Midlej. Gestão da Ética: A Experiência da Administração Pública Brasileira. Administração Pública
e Gestão Social, v. 7, n. 1, jan-mar, 2015. p. 4.
132
Código de Ética do Programa Nacional da Gestão Pública e Desburocratização – GesPública,
instituído pela Resolução no 07 de 28 de fevereiro de 2007, do Comitê Gestor do GesPública.
133
BRASIL, 2009a, p. 48.
54
Isto significa que “a boa gestão da ética pode levar a melhores níveis de
governança pública”, e por consequência, visa “promover a confiança da sociedade
na conduta dos funcionários públicos e dar a eles segurança e clareza sobre o que
pode ou não ser feito”.134
Diante da exposição teórica sobre administração pública e dos aspectos que
envolvem de gestão das instituições públicas no contexto do Estado pós-moderno,
apresenta-se a seguir os aspectos relevantes do IFCE para o presente estudo sobre
o uso de indicadores na área de gestão de pessoas.
134
MENDES; BESSA; SILVA, 2015, p. 7-8.
135
Esta Rede é constituída de 38 institutos federais de educação tecnológica, criados por meio da Lei
nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, distribuídos em todos os Estados da federação
possuidores de características próprias, que os distinguem dos demais entes que integram a
Administração Pública Federal. São autarquias detentoras de autonomia administrativa,
patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar, especializadas na oferta de educação
profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino. BRASIL. Lei nº 11.892/2008.
Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos
Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Brasília, DF, 2008.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ _ato2007-2010/2008/lei/l11892.htm>. Acesso
em: 01 mar. 2017.
55
136
BRASIL. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11892.htm>. Acesso em: 18 abr.
2017.
137
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ.<http://ifceemnumeros.ifce.edu.br/> Acesso em: 30 set. 2017.
138
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ, 2014, p. 24.
139
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ. Conselho Superior. Resolução nº 004, de 31/01/2014. Aprova
o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFCE. 2014-2018. p. 23.
56
140
LUCENA, Maria Diva da Salete. Planejamento de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 1999. p.
52-54.
141
LUCENA, 1999, p. 54.
142
MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 3. ed.
São Paulo: Futura, 2002. p. 22
58
143
CARVALHO; NASCIMENTO; SERAFIM, 2014, p. 67-68.
144
MARRAS, 2000, p. 34.
145
BERGUE, 2010, p. 420-421.
146
CARVALHO; NASCIMENTO; SERAFIM, 2014, p. 62-124.
59
147
MARRAS, 2002, p. 254.
148
VERGARA, Sylvia Constant. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2014. p. 31.
61
155
CHIAVENATO, 2010, p. 9.
156
BECKER; HESELID; ULRICH, 2001, p. 27.
157
SILVA, Georgina Alves Vieira da; BASQUES, Paula Valadares; FACCO, Fúlvio César. Conectando
recursos humanos e estratégia: em busca de indicadores de resultados na gestão de pessoas.
Revista de Gestão, São Paulo, v. 13, n. 3, p. 87-100, JUL/SET, 2006. p. 90-91.
158
CHIAVENATO. 2010, p. 76-77.
159
TEIXEIRA, Gilnei et al. Gestão estratégica de pessoas. Rio de Janeiro: FGV, 2006. p. 79.
63
160
TEIXEIRA et al., 2006, p. 79-84.
161
CARVALHO, Antonio Vieira de; NASCIMENTO, Luiz Paulo do; SERAFIM, Ozilea Clen Gomes.
Administração de recursos humanos. 2. ed. rev. São Paulo: Cengage Learning, 2014. p. 47.
162
FERREIRA, Victor Cláudio Paradela et al. Modelos de gestão. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006. p.
131.
163
CERTO, Samuel C.; PETER, J. P. Administração estratégica: planejamento e implantação da
estratégia. Adaptado por Reynaldo Cavalheiro Marcondes e Ana Maria Roux Cesar. 2. ed. São
Paulo: Pearson Educacion do Brasil, 2005. p. 17.
164
CERTO; PETER, 2005, p. 4.
64
165
CERTO; PETER, 2005, p. 7.
166
VERGARA, 2014, p. 31.
167
CARVALHO; NASCIMENTO; SERAFIM, 2014, p. 13-14.
168
ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2005. p. 424-426.
65
estabilidade, mas podem ser administradas por meio de táticas como educação e
comunicação, participação, facilitação e apoio, negociação, manipulação e
cooptação, e até mesmo coerção.
Peter Drucker entende que não se gerencia mudanças, mas antecipa-se a
elas por meio de constante aperfeiçoamento que conduz a mudanças fundamentais
nos processos da empresa, a partir de uma política sistemática de inovação, que faz
“a organização inteira veja mudanças como oportunidades”.169
O modelo estratégico da gestão de pessoas proposto por Teixeira et al
compreende a análise dos desafios da ambiência da gestão de pessoas, os
princípios e a estrutura do modelo. Acerca dos princípios desse modelo, enumera,
dentre outros, os seguintes: ênfase na interação com a ambiência externa e interna
da empresa, na gestão de mudanças e na cultura estratégica; alinhamento da
gestão de pessoas à estratégia corporativa; avaliação permanente da gestão de
pessoas.170
Originado a partir da estratégia organizacional, o planejamento estratégico
de gestão de pessoas – que deve ser um programa global, amplamente difundido e
comunicado, de consenso geral com capacidade de motivar e envolver todos os
colaboradores – é o modo como a gestão de pessoas contribui para o alcance dos
objetivos organizacionais e, simultaneamente, favorece e incentiva a realização dos
objetivos individuais.171 Em resumo, esse planejamento está além da função de
suprir a quantidade de pessoas para a organização,
169
DRUCKER, Peter. Desafios gerenciais para o século XXI. São Paulo: Cenange Learning, 1999. p.
73-74.
170
TEIXEIRA et al., 2006, p. 79-85.
171
CHIAVENTAO, 2010, p. 77.
172
CHIAVENATO, 2010, p. 80.
66
173
FERREIRA et al., 2006, p. 177.
67
174
TAMAYO, Álvaro; GONDIM, Maria das Graças Catunda. Escala de valores organizacionais.
Revista de Administração, São Paulo. v. 31, n. 2, p. 62-72, Abril/junho, 1996. p. 63.
175
TAMAYO; GONDIM, 1996, p. 63.
176
ARAÚJO, Paulo Roberto de. A Bíblia e a gestão de pessoas, trabalhando mentes e corações.
Curitiba: AD Santos Editora, 2012. p. 33-34.
177
MURGEL, Deborah Orsi; SILVA, João da Cruz Oliveira da; NEVES, José Manoel Souza das. A
ética nos negócios como diferencial competitivo. XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de
Outubro de 2006. p. 1.
178
MURGEL, 2006, p. 8.
68
179
SILVA, Jesué Graciliano da. Liderança ética e servidora: experiência concreta aplicada nos
Institutos Federais Brasileiros. Editora do IFSC: Florianópolis, 2014. p. 39.
180
SILVA, 2014, p. 64-65.
181
VERGARA, 2014, p. 184.
182
MARRAS, 2000, p. 301.
69
Assim, o trabalho para o ser humano precisa ter significado a fim de que
possa exercer suas potencialidades e estar satisfeito, e a conjugação dos valores
pessoais e da organização sinaliza para o exercício ético e a definição da moral que
esteja em consonância com os objetivos organizacionais, que por sua vez devem
contemplar, além do interesse próprio, o bem comum da sociedade.
A cultura de valores como respeito à pessoa, primazia do trabalho sobre o
capital, solidariedade, direito de propriedade e o princípio da subsidiariedade e a
prevalência do bem comum caracteriza a empresa ética e dessa forma, “recebe o
reconhecimento não só de quantos nela trabalham, mas principalmente de clientes
ou consumidores”.184
Paulo da Costa Xavier, em seu estudo sobre a ética protestante nas
relações humanas das corporações, propõe um modelo de gestão alicerçado na
moral e no código de éticas cristãs, mediante resgate do valor do trabalho como
vocação e valorização do ser humano, em contraponto ao racionalismo e ao
individualismo decorrente do crescimento do capitalismo, para a construção de uma
sociedade mais justa e solidária.185
Para o enfrentamento da cultura do individualismo do capitalismo,
potencializada pela concorrência que visa eliminar o outro para seu triunfo pessoal,
Danusa S. Robers, Gabriela F. Oliveira e Giovana B. da Silva defendem a ética
foucaultiana do ‘cuidado de si’186 e a ‘prática ética’ de Maturana. A primeira baseia-
se numa liderança ética e servidora tanto da área de gestão de pessoas como por
parte dos demais gestores da organização; e a segunda, pontua que o outro é parte
do mundo de cada um, vivendo em espaços compartilhados, como o das
183
MARRAS, 2000, p. 294.
184
RUIZ ALONSO; LÓPEZ; CASTRUCCI, 2012, p. 194.
185
XAVIER, Paulo da Costa. Ética protestante e relações de trabalho: contribuições do calvinismo
para gestão de pessoas. 2013. 141 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião).
Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo, 2013. p. 129-130.
186
“O ‘cuidado de si’, em Foucault, transcende a contemporaneidade individualizante e normativa –
como é o caso de nossa sociedade moralista. Refere-se a uma concepção de sujeito livre que, em
situação de autodomínio, torna-se capaz de se integrar ao tecido social, colaborando para
potencializar relações cujo padrão ético implica no cuidado não só de si, mas que vai ao encontro
do cuidado com o outro”. ROBERS, Danusa Simon; OLIVEIRA, Gabriela Freire; SILVA, Giovana
Barbosa da. Por uma vida bonita: o reconhecimento do outro como legítimo outro, a liderança ética
e servidora e o cuidado de si - reflexões acerca da educação e da gestão de pessoas mediadas
por Maturana e Foucault. XIV Colóquio Internacional de Gestão Universitária. Florianópolis, 3, 4 e
5 de dezembro de 2014. p. 4.
70
187
ROBERS; OLIVEIRA; SILVA, 2014, p. 4-5.
188
FARAH, 2004, p. 67-68.
189
FARAH, 2004, p. 69.
190
FARAH, 2004, p. 72.
191
FARAH, 2004, p. 74.
192
FARAH, 2004, p. 75-90.
71
197
ARAÚJO, 2012, p. 19.
198
CARVALHO et al., 2015, p. 4.
199
SIQUEIRA, Marcus Vinicius Soares; MENDES, Ana Magnólia. Gestão de pessoas no serviço
público e a reprodução do discurso do setor privado. Revista do Serviço Público. Brasília, v. 60, n.
3, p. 241-250, Jul/Set, 2009. p. 242, p. 248.
73
200
PDCA é uma metodologia que tem como função básica o auxílio no diagnóstico, análise e
prognóstico de problemas organizacionais, também denominado Ciclo de Deming: P de PLAN
(planejar), D de DO (executar), C de CHECK (verifcar), e A de ACTION (atuar corretivamente).
PACHECO, Ana Paula Reusing et al. O ciclo PDCA na gestão do conhecimento: uma abordagem
sistêmica. PPGEGC–Universidade Federal de Santa Catarina–Programa de Pós-Graduação em
Engenharia e Gestão do Conhecimento–apostila, v. 2, 2012. p. 3-4.
201
BERGUE, 2010, p. 18.
202
BERGUE, 2010, p. 35.
203
VIEIRA, Sueli Mendes. Gestão Estratégica de Pessoas na Administração Pública: Um Estudo de
Caso na Secretaria Municipal de Saúde de Brumado/BA. Revista NAU Social, v. 5, n. 9, p. 83-95,
Novembro/ 2014-Abril/ 2015. p. 86.
74
204
VIEIRA, 2014-2015, p. 86.
205
CARVALHO et al., 2015, p. 15.
206
SCHIKMANN, Rosane. Gestão Estratégica de Pessoas: bases para a concepção do Curso de
Especialização em Gestão de Pessoas no Serviço Público. In: SOUZA, Marizaura Reis de
Camões; PANTOJA, Maria Júlia; BERGUE, Sandro Trescastro (Orgs.). Gestão de pessoas: bases
teóricas e experiências no setor público. Brasília: ENAP, 2010. p. 13-14.
207
SCHIKMANN, 2010, p. 12-13.
75
208
SCHIKMANN, 2010, p. 16.
209
OCDE. Avaliação da Gestão de Recursos Humanos no Governo - Relatório. Brasília: OCDE, 2010.
p. 19-20.
210
OCDE, 2010, p. 122-123.
211
BERGUER, Sandro T. Gestão de pessoas em organizações públicas. 3. ed. Caxias do Sul/RS:
Educs, 2010. p. 201.
76
212
TEIXEIRA, H. J.; SALOMÃO, S. M.; NASCIMENTO, F. O mecanismo e outros ismos na gestão de
pessoas no setor público. In: TEIXEIRA, Hélio Janny; BASSOTTI, Ivani Maria; SANTOS, Thiago
Souza (Orgs.). Mérito, desempenho e resultados: ensaios sobre gestão de pessoas para o setor
público. 1. ed. São Paulo: FIA/USP, 2014. p. 63.
213
TEIXEIRA; SALOMÃO; NASCIMENTO, 2014, p. 45-52.
214
CARVALHO, Hamilton Coimbra. Serviço público: o cemitério da motivação? In: TEIXEIRA, Hélio
Janny, BASSOTTI, Ivani Maria; SANTOS, Thiago Souza (Orgs.). Mérito, desempenho e
resultados: ensaios sobre gestão de pessoas para o setor público. 1. ed. São Paulo: FIA/USP,
2014. p. 131-132.
77
217
GARCIA, Ronaldo Coutinho. A reorganização do Processo de Planejamento do Governo Federal:
o PPA 2000-2003. Texto para discussão nº 726. MPOG/IPEA: Brasília/DF, 2000. p. 5-20.
218
CAVALCANTE, Pedro. Avaliação dos programas do PPA: estudo de caso da implantação do
orçamento por desempenho. APGS, Viçosa, v.2, n.2, pp. 220-241, abr./jun. 2010. p. 222.
219
BRASIL. Ministério do Planejamento. Plano Plurianual 2016–2019: Mensagem presidencial.
Brasília/DF, 2015a. p.34
220
BRASIL, 2015a, p.34
79
221
BERGUE, Sandro Trescastro. Especialização em Gestão de Pessoas no Serviço Público: uma
perspectiva da vivência docente no contexto curso. In: CAMÕES, Marizaura Reis de Souza;
PANTOJA, Maria Júlia; BERGUE, Sandro Trescastro (Orgs.). Gestão de pessoas: bases teóricas
e experiências no setor público. Brasília: ENAP, 2010. p. 40, p. 43.
222
VELASCO, Simone Maria Vieira de. Gestão de Desempenho: Estudo de uma Carreira Típica da
Administração Pública Federal In: CAMÕES, Marizaura Reis de Souza; PANTOJA, Maria Júlia;
BERGUE, Sandro Trescastro (Orgs.). Gestão de pessoas: bases teóricas e experiências no setor
público. Brasília: ENAP, 2010. p. 198.
223
BERGUE, 2010, p. 196.
80
224
MELLO, Márcio Luiz Braga Corrêa de; AMÂNCIO FILHO, Antenor. A gestão de recursos humanos
em uma instituição pública brasileira de ciência e tecnologia em saúde: o caso Fiocruz. RAP —
Rio de Janeiro, v. 44, n. 3, p. 613-636, Maio/Jun., 2010. p. 626.
225
ABRUCIO, Fernando; LEVY, Evelyn. Mérito, desempenho e resultados: a gestão de pessoas
como política pública. II Congresso sobre Gestão de Pessoas, São Paulo, 2013. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=V98-7b4M81w>. Acesso em: 14 ago. 2017.
81
226
MARTINS; MARINI, 2010, p. 202-203.
227
MARTINS, MARINI, 2010, p. 201-202.
228
OCDE, 2010, p. 218-219.
82
perder as características próprias de “ser público”, por isso está ancorado nos
princípios constitucionais da administração pública e estruturado nos fundamentos
da excelência gerencial contemporânea.229
O MEGP está subdividido em quatro blocos que contemplam as oito partes
de forma integradas, evidenciando o enfoque sistêmico do modelo de gestão:
a) Planejamento (liderança, estratégias e planos, cidadãos e sociedade);
b) Execução (pessoas e processos);
c) Controle (resultados);
d) Inteligência da organização (informações e conhecimentos).230
Neste modelo de gestão, o que representa a execução do planejamento é o
bloco Execução – ‘Pessoas e Processos’ – em que a efetividade das ações
transformam objetivos e metas em resultados. “São as pessoas, capacitadas e
motivadas, que efetuam esses processos e fazem com que cada um deles produza
os resultados esperados”.231
Para o MEGP, a atuação da gestão de pessoas do órgão público deve
229
BRASIL, 2009a, p. 17.
230
BRASIL, 2009a, p. 29-30.
231
BRASIL, 2009a, p. 29.
232
BRASIL, 2009a, p. 25.
233
BRASIL, 2013a, Item 18.
234
BRASIL, 2013a, Item 20.
83
235
BRASIL, 2013a, Item 22.
84
236
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ, Resolução nº 040, de 14/09/2015.
237
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ. Sistema SUAP. Disponível em: <https://suap.ifce.edu.br/>.
Acesso em: 15 ago. 2017.
238
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ. Conselho Superior. Resolução nº 007, de 04/03/2016. Aprova
o Regimento Geral do Instituto Federal do Ceará. art. 61.
239
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ. Conselho Superior. Resolução nº 007, de 04/03/2016. Aprova
o Regimento Geral do Instituto Federal do Ceará. art. 62, 63, 63F.
85
240
INSTITUFO FEDERAL DO CEARÁ. Organograma Reitoria. Disponível em:
<http://ifce.edu.br/acesso-a-informacao/Institucional/organograma_ifce-1.pdf>. Acesso em: 15 ago.
2017.
241
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ. Sistema SUAP. Disponível em: <https://suap.ifce.edu.br/>.
Acesso em: 15 ago. 2017.
86
246
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ, 2014, p. 83-84, p. 90.
88
247
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ, 2014, p. 142.
3 INDICADORES DE GESTÃO DE PESSOAS
248
CHIAVENATO, 2010, p. 531.
249
CERTO; PETER, 2005, p. 133.
90
250
MÜLLER, Claudio José. Modelo de gestão integrando planejamento estratégico, sistemas de
avaliação de desempenho e gerenciamento de processos (MEIO – estratégia, indicadores e
operações). 2003. 292 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) - Programa de Pós-
Graduação em Engenharia de Produção - UFRGS. Porto Alegre, 2003. p. 102.
251
MIRANDA; SILVA, 2002, p. 133.
252
MIRANDA; SILVA, 2002, p. 132-133.
253
CAMPOS, José Antonio. Cenário balanceado: painel de indicadores para gestão estratégica dos
negócios. São Paulo: Aquariana, 1998. p. 123.
254
MÜLLER, 2013, p. 117-178.
91
255
MIRANDA; SILVA, 2002, p. 138-141.
256
MARTINS; MARINI, 2010, p. 81, p. 86.
257
CERTO; PETER, 2005, p. 156.
258
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. Mapas estratégicos - balance scorecard: convertendo ativos
intangíveis em resultados tangíveis. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. p. 5.
92
A gestão por indicadores não traz novos conceitos contábeis, ela apenas
chama a atenção para pontos não mensurados pela controladoria,
disponibilizando ao gestor um painel de controle que potencializa a melhor
utilização do seu talento com foco na estratégia e nos resultados
261
alcançados, tão necessários nos tempos modernos e competitivos.
259
MIRANDA, Luiz Carlos; SILVA, José Dionísio Gomes da. Medição de desempenho. In: SCHMIDT,
Paulo. Controladoria: agregando valor a empresa. Porto Alegre: Bookman, 2002. p. 132.
260
MIRANDA; SILVA, 2002, p. 133; MÜLLER, 2003, p.104; KAPLAN; NORTON, 2000, p. 12.
261
SANTOS, Daniela Mesquita; CARVALHO, Gilmar Dias de. Indicadores de performance
organizacionais relativos a pessoas. 2010. p. 3. Disponível em:
<http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/indicadores-de-performance-organizacionais-
relativos-a-pessoas/37574/>. Acesso em: 31 ago. 2017.
262
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. Organização orientada para a estratégia. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2000. p. 11.
93
263
BRASIL, 2009b, p. 25.
264
LIMA, 2013, p. 105.
265
LIMA, 2013, p. 193.
94
266
BRASIL. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Referencial básico de governança. Brasília: TCU,
2013. p. 26-42.
267
BRASIL, 2013, p. 37.
95
268
KAPLAN; NORTON, 2000, p. 11-13.
269
KAPLAN; NORTON, 2000, p. 33-34.
270
CAMPOS, 1998, p. 59-60.
271
MÜLLER, 2003, p. 129-137.
96
272
CAMPOS, 1998. p. 64-65
273
KAPLAN; NORTON, 2000, p. 17-18.
97
274
FISCHMANN, Adalberto A.; ZILBER, Moisés Ari. Utilização de indicadores de desempenho como
instrumento de suporte à gestão estratégica. 1999. p. 4. Disponível em:
<http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad1999-ae-11.pdf>. Acesso em: 01 set. 2017.
98
275
COSTA, Ana Paula Paulino da. Balance scorecard: conceito e guia de implementação. São Paulo:
Atlas, 2008a. p. 13.
276
COSTA, 2008a, p. 13-15.
277
MARTINS; MARINI, 2010, p. 105-107.
278
KAPLAN; NORTON, 2004, p. 9-14.
99
279
MARTINS; MARINI, 2010, p. 37.
280
COSTA, 2008a, p. 9.
281
KAPLAN; NORTON, 2004, p. 7-9.
282
PASCARELLI FILHO, 2011.
283
MARTINS; MARINI, 2014, p. 48-49.
100
284
KAPLAN; NORTON, 2000, p. 12.
285
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ. Pró-Reitoria de Administração e Planejamento. Manual de
planejamento estratégico: conceitos e diretrizes. Fortaleza: IFCE, 2013. p. 10.
286
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ, 2013, p. 11.
101
Por sua vez, o BSC como metodologia estratégica de gestão que utiliza
largamente os indicadores para mensurar o desempenho institucional em relação ao
atendimento dos objetivos definidos no planejamento, estabelece a integração entre
287
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ, 2013, p. 27.
102
[...] mostrar uma realidade e induzir alguém a uma ação, então, o indicador
deve “indicar a dor”. Portanto, se uma organização desejar, de verdade,
aprender com as informações provenientes de indicadores e atuar sobre o
fato gerador de uma anomalia, então deve preferir indicadores que mostram
291
o tamanho da anomalia.
292
MARTINS; MARINI, 2010, p. 111.
293
FERREIRA, Helder; CASSIOLATO, Martha; GONZALEZ, Roberto. Uma experiência de
desenvolvimento metodológico para avaliação de programas: o modelo lógico do programa
segundo tempo. Texto para discussão nº 1369. IPEA, Brasília, janeiro de 2009. p. 24.
294
BERGUE, 2010, p. 289.
295
CAMPOS, 1998, p. 125.
296
BRASIL, 2009b, p. 88.
104
Fonte: Pesquisa.
297
BRASIL. Ministério do Planejamento. Orientações para elaboração do Plano Plurianual 2016-2019.
Brasília, 2015. p. 8.
105
298
CAMPOS, 1998, p.124-125.
299
MARTINS; MARINI, 2010, p. 112-113; FERREIRA; CASSIOLATO; GONZALEZ, 2009. p. 24;
UCHOA, 2013, p. 12; INSTITUTO TEONTÔNIO VILELA. Manual de plano plurianual – PPA.
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Acesso em: 31 ago. 2017. p. 16-17.
300
MARTINS; MARINI, 2010, p. 112; UCHOA, 2013, p. 30; INSTITUTO TEONTÔNIO VILELA, p. 30;
BRASIL, 2015, p. 8-9.
106
301
COSTA, 2008a, p. 21.
302
UCHOA, 2013, p. 19.
303
KAPLAN; NORTON, 2000, p. 392.
304
COSTA, 2008a, p. 18.
107
comunicação seja periódico, de modo que não ultrapasse o lapso temporal de três
meses.305
Uchoa306 destaca as seguintes características acerca das metas dos
indicadores: desafiadoras, interdependentes, balanceadas e desvinculadas da
remuneração, pois dessa forma impulsionam as ações, influenciam a lógica das
inter-relações entre os objetivos estratégicos e motivam as pessoas. Para o autor,
“interpretar os resultados não deve servir para explicar o passado, mas para
aprender sobre o futuro”.
Enfim, o sistema de indicadores de desempenho
305
UCHOA, 2013, p. 24, p. 33.
306
UCHOA, 2013, p. 30-31
307
FISCHMANN; ZILBER, 1999, p. 5.
308
BRASIL, 2012, p. 25-27.
309
ASSIS, Marcelino Tadeu de. Indicadores de Gestão de Recursos Humanos. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2012. p. 16.
310
UCHOA, 2013, p. 19-24.
108
311
ASSIS, 2012, p. 28.
312
UCHOA, 2013, p. 34-35.
313
BRASIL, 2009, p. 11.
314
BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001, p. 38.
109
315
SILVA; BASQUES; FULVIO, 2006, p. 88.
316
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recursos humanos – uma aproximação possível? Revista Eletrônica Gestão & Sociedade, v. 9, n.
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317
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scorecard para uma atuação estratégica de recursos humanos. In: FISCHER, A. L.; DUTRA, J. S.;
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organizações. São Paulo: Atlas, 2010. p. 79.
110
318
BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001, p. 26-27.
319
RODRIGUES, Waldir Ronaldo et al. A contribuição da função de recursos humanos para o
negócio: uma avaliação da possibilidade de mensuração. In: FISCHER, A. L.; DUTRA, J. S.;
AMORIM, W. A. C. de (Orgs.). Gestão de pessoas: práticas modernas e transformação nas
organizações. São Paulo: Atlas, 2010. p. 103.
320
CHIAVENATO, 2010, p. 535.
321
BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001, p. 97-98.
322
BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001, p. 142.
111
[...] indicadores não existem apenas para mostrar se as metas estão sendo
atingidas. Servem para deixar claras as prioridades, gerar alinhamento,
indicar se são necessários ajustes, apoiar a tomada de decisão e para
323
motivar e reconhecer o desempenho.
323
UCHOA, 2013, p. 13.
324
TEIXEIRA et al,. 2006, p. 128.
325
SANTOS; CARVALHO, 2010, p. 10.
326
MIRANDA; SILVA, 2002; SILVA; CORREIA; ALBUQUERQUE, 2010; CAMPOS, 1998; KAPLAN;
NORTON, 2004.
112
Fonte: Pesquisa.
327
BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001, p. 27, p. 63, p. 68-69.
328
CHIAVENATO, 2010, p. 554-555.
329
BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001, p. 39.
114
330
BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001, p. 185-202.
331
BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001, p. 202.
332
ASSIS, 2012, p. 195-196.
115
333
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metodológico. Brasília: MPOG, 2010. p. 7.
334
Tribunal de Contas da União – TCU: Tribunal administrativo que dentre outras finalidades tem a
responsabilidade de julgar a prestação de contas dos gestores públicos. Disponível em:
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116
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Federal. Relator: Ministro Marcos Bemquerer Costa. Pesquisa de Jurisprudência, Acórdão Nº
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337
Acórdão nº 2.267/2005 – TCU/Plenário; Art. 8º da Lei Nº 11.892/2008; Termo de Acordo de Metas
e Compromissos – TAM; Acórdão nº 104/2011 – TCU/Plenário; Acórdão nº 2.508/2011 – TCU – 1ª
Câmara; Estratégias 11.11 e 12.3 do anexo à Lei Nº 13.005/2014 (Plano Nacional de Educação-
PNE); Indicadores de Permanência e Êxito - Ofícios-Circulares Nº 60/2015 e Nº 77/2015 e Nota
Informativa Nº 138/2015; Indicadores do Decreto Nº 5.840 – PROEJA.
338
BRASIL. Ministério da Educação. Manual para cálculo dos indicadores de gestão das Instituições
da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica – 2.0., abr., 2016. p. 6.
339
BRASIL, 2016, p. 10.
117
340
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ, 2013, p. 10.
341
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ, 2013, p. 30.
342
Nos Processos Internos, são estabelecidos objetivos voltados para a melhoria dos processos já
existentes e implantação de processos inovadores. INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ, 2013, p.
25.
118
343
A Aprendizagem e Crescimento tem por objetivo promover o crescimento e modernização da
infraestrutura (tecnológica, capital e humana) em longo prazo, visando impulsionar o
desenvolvimento da instituição. INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ, 2013, p. 26.
344
MARTINS; MARINI, 2010, p. 114.
345
BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001, p. 49.
346
UCHOA, 2013, p. 16-17.
119
positivo; por outro lado, resta saber se realmente estão sendo analisados à luz da
capacidade técnica de cada indicador.
347
BRASIL, 2016, p. 7.
348
ASSIS, 2012, p. 98.
349
BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001, p. 77.
120
350
BRASIL, 2016, p. 7.
351
BRASIL, 2009, p. 6.
121
não foram incluídos no grupo de indicadores aqueles definidos pela SETEC, por
estes se tratarem de obrigação legal, cabendo à instituição estabelecer os
procedimentos necessários que a legislação requer.
O grupo de indicadores proposto está distribuído em cinco dimensões:
Qualificação e capacitação dos servidores; Planejamento da força de trabalho;
Gestão e liderança; Clima organizacional; e, Excelência operacional.
Os indicadores da dimensão Qualificação e Capacitação dos Servidores
pertencem à categoria das métricas relacionadas ao Treinamento &
Desenvolvimento e seu uso pelas organizações é considerado clássico. Existe uma
variedade de indicadores quanto ao que se quer medir e procuram demonstrar a
eficiência, eficácia e efetividade desse produto de RH, tais como política de
valorização profissional, estratégias de retenção, estímulo ao crescimento funcional
e formação de talentos.359
Segundo Assis, a aplicação de recursos financeiros em treinamento expande
a capacidade da organização a partir da ampliação das capacidades da sua força de
trabalho.360 Além disso, no âmbito do serviço público, a escolha de indicadores
dessa natureza corrobora com uma das finalidades da Política Nacional de
Desenvolvimento de Pessoal, instituída pelo decreto federal nº 5.707/2006, qual
seja, “adequação das competências requeridas dos servidores aos objetivos das
instituições”. Então, é uma ação que precisa ser monitorada em vários aspectos
para verificar o retorno esperado e orientar melhor o investimento financeiro nas
ações correspondentes.
Aqueles referentes ao Planejamento da Força de Trabalho estão
relacionados às ações de longo prazo, representando o capital humano de que a
organização precisa para alcançar seus objetivos. Tal planejamento está para além
de sugerir a quantidade de pessoas necessárias, devendo, então, pautar-se na
administração das competências existentes, na análise do perfil necessário e na
contribuição para que os gerentes trabalhem com equipes de forma eficiente e eficaz
com foco na missão organizacional.361 De acordo com a Avaliação da Gestão de
Recursos Humanos no Governo Federal (Relatório da OCDE),
359
TEIXEIRA et al., 2006, p. 127.
360
ASSIS, 2012, p. 98.
361
CHIAVENATO, 2010, p. 80.
124
367
BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001, p. 68.
126
Fonte: Pesquisa
368
BASSI, Eduardo Rocha; SIMONETTO, Eugênio de Oliveira; COSTA, Vania Medianeira Flores.
Utilização de indicadores de gestão de recursos humanos pelos institutos federais de educação,
ciência e tecnologia (IFETs). XI Congresso Nacional de Excelência em Gestão, Rio de Janeiro, 13
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<http://www.inovarse.org/sites/default/files/T_15_350.pdf>. Acesso em: 02 mar. 2017.
369
CHIAVENATO, 2010, p. 559-563.
127
370
BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001, p. 143.
371
RODRIGUES et al., 2010, p. 108.
372
TEIXEIRA et al., 2006, p. 136.
128
373
BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001, p. 245.
CONCLUSÃO
humano, emerge como importante elemento capaz de gerar valor nos processos
produtivos.
Nesse sentido, durante a investigação teórica, verificou-se que a
metodologia do Balance Scorecard (BSC), como ferramenta para implementação da
estratégia, integra os setores chaves da organização, convergindo metas e ações
para a realização dos objetivos estratégicos por meio de um sistema de indicadores
de desempenho balanceados e com foco na estratégia. Para a definição de tais
indicadores, a gestão da organização deve identificar os fatores críticos que
concorrem para os melhores resultados tendo como referência a missão da
instituição.
O BSC propõe um grupo de indicadores de resultados e de tendências
balanceados e escolhidos a partir da definição da estratégia da organização. Com
base no mapa estratégico, em que estão estabelecidas as conexões do tecido
organizacional e identificados os fatores críticos de sucesso, o conjunto de
indicadores passa a subsidiar o grupo gestor nas tomadas de decisão e correção
dos desvios para manter o foco na estratégia definida e realizar a missão
institucional.
A apropriação da ferramenta do BSC, sob a orientação estratégica da
organização, possibilita à gestão de pessoas a administração de seus produtos para
atender aos objetivos do planejamento institucional. Tal perspectiva representa uma
mudança de foco da atuação. Ao invés de pensar e agir apenas no âmbito dos seus
processos internos, a área de gestão de pessoas intervém de forma transversal por
toda a empresa visando o alcance dos resultados esperados. Essa intervenção
promove a superação do status de centro de custo para unidade estratégica que dá
suporte a toda organização no sentido de administrar os ativos intangíveis,
notadamente o ser humano, na perspectiva do cumprimento da missão institucional.
Por outro lado, o estudo evidenciou que os indicadores tradicionalmente
utilizados pela área de gestão de pessoas são insuficientes para mensurar o impacto
nos resultados da organização. Essa constatação torna ainda mais relevante a
necessidade de se promover uma avaliação adequada dos ativos intangíveis para
que possam influenciar no desempenho da organização. Dessa forma, o BSC
apresenta-se como horizonte para desmitificar o pensamento ainda arraigado
segundo o qual gerir pessoas é de competência exclusiva da área de gestão de
pessoas. Não há centro de excelência de gestão de pessoas na organização, todos
131
374
COSTA, 2008a, p. 60-63.
132
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Pessoas com scorecard: interligando pessoas, estratégia e performance. 15.
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