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Ex.: "O meu cartão de crédito é uma navalha." (Na frase em questão, fica implícito o
elemento comparativo “é como uma”, entretanto, a ideia de que se é feita uma
comparação entre o cartão de crédito e a navalha pode ser percebida).
Ex.: Eu via minha vida se ramificando à minha frente como a figueira verde
daquele conto. Da ponta de cada galho, como um enorme figo púrpura, um
futuro maravilhoso acenava e cintilava. Um desses figos era um lar feliz com
marido e filhos, outro era uma poeta famosa, outro, uma professora brilhante,
outro era Ê Gê, a fantástica editora, outro era feito de viagens à Europa, África
e América do Sul, outro era Constantin e Sócrates e Átila e um monte de
amantes com nomes estranhos e profissões excêntricas, outro era uma
campeã olímpica de remo, e acima desses figos havia muitos outros que eu
não conseguia enxergar. Me vi sentada embaixo da árvore, morrendo de fome,
simplesmente porque não conseguia decidir com qual figo eu ficaria. Eu queria
todos eles, mas escolher um significava perder todo o resto, e enquanto eu
ficava ali sentada, incapaz de tomar uma decisão, os figos começaram a
encolher e ficar pretos e, um por um, desabaram no chão aos meus pés[...]
Ex1.: “Terceiro mundo se for, piada no exterior, mas o Brasil vai ficar rico” [...]
Ex1.: “Palavras não são más, não são quentes, palavras são iguais”.
Ex2.: “Mesmo depois da sua partida, continuo a escutar o canto doce dos
passarinhos”.
Ex.: “Eu voei muito alto, quase não consegui voltar, dei duas voltas ao redor do Mundo
só pra te ver feliz e te conquistar”.
Catacrese: Nome que utilizamos para algo que não apresenta nome próprio. Assim,
pegamos “emprestado” o nome de algo e colocamos em outra coisa, totalmente
distinta.
Ex.: “Puxa vida, todos os dias da minha vida se passaram. Hoje, cá estou, com as
maças do rosto enrugadas e sentado, bêbado, ao lado da perna da mesa 21”.
Eufemismo: Essa figura de linguagem é utilizada para dar um tom mais suave a
frase e, assim, tentar amenizar alguma informação ou notícia, por exemplo.
Ex.: “Eu não queria ver você partir, me deixar aqui na Terra, sozinho, sem ninguém, foi
a coisa mais triste que pode me acontecer. Mas todos os dias eu peço para que
Iemanjá venha me buscar, para que eu poça dormir eternamente ao seu lado”.
Antítese: Consiste na exposição de ideia opostas. Essa figura de linguagem foi muito
utilizada no período Barroco, mas ainda ganha muito espaço nas escritas atuais.
Ex.: “Nasce o sol e não dura mais que um dia. Depois da luz se segue a noite escura.
Em triste sonhos morre a formosura, em contínuas tristezas as alegrias”.
Paradoxo: Apesar de muito parecido com a antítese, essa figura de linguagem busca
a contradição (sentidos opostos) em uma mesma construção sintática.
Ex1.: “Mas tem que me prender, tem que seduzir, tem que me soltar”.
Ex1.: As paredes do meu quarto estão sedentas para conhecer meu namorado.
Ex2.: Todos os dias, minha cama e meu travesseiro choram ao meu lado sentindo a
falta do teu cheiro.
Ironia: O interlocutor diz alguma coisa, mas que significa totalmente o contrário.
Ex.: “Moça linda bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta: um
amor”!
Ex1.: Ai que saudade da minha terra natal, de ouvir todos os dias o tic-toc do meu
relógio de porta.
Ex2.: Eu vou voltar para 1789, lá eu conseguia escutar o ‘triiiiiiiiin’, ‘triiiiiiiiin’ do meu
telefone.