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Figuras de Linguagem

Metáfora: Comparação feita de forma IMPLÍCITA, sem se utilizar de elementos


comparativos, como, por exemplo: “no qual”, “assim como”, “igual a”, entre outros.

Ex.: "O meu cartão de crédito é uma navalha." (Na frase em questão, fica implícito o
elemento comparativo “é como uma”, entretanto, a ideia de que se é feita uma
comparação entre o cartão de crédito e a navalha pode ser percebida).

Símile/Comparação: Comparação feita de forma EXPLÍCITA, em que se utiliza dos


elementos comparativos.
Ex.: “Te ver e não querer é como mergulhar em um rio, é como mergulhar em um rio e
não se molhar...” (Diferente da metáfora, a símile utiliza de termos que deixam
explícito a comparação a ser feita, como no exemplo em questão, em que se utilizou
do termo comparativo: “é como”, para deixar explícita a comparação feita).

Analogia: Também se comporta como uma comparação, mas, diferente da símile e


da metáfora, a ANALOGIA consiste em uma comparação feita entre elementos
distintos, diferentes. É como se, para ter um maior entendimento, utilize de coisas
conhecidas para se entender das desconhecidas.

Ex.: Eu via minha vida se ramificando à minha frente como a figueira verde
daquele conto. Da ponta de cada galho, como um enorme figo púrpura, um
futuro maravilhoso acenava e cintilava. Um desses figos era um lar feliz com
marido e filhos, outro era uma poeta famosa, outro, uma professora brilhante,
outro era Ê Gê, a fantástica editora, outro era feito de viagens à Europa, África
e América do Sul, outro era Constantin e Sócrates e Átila e um monte de
amantes com nomes estranhos e profissões excêntricas, outro era uma
campeã olímpica de remo, e acima desses figos havia muitos outros que eu
não conseguia enxergar. Me vi sentada embaixo da árvore, morrendo de fome,
simplesmente porque não conseguia decidir com qual figo eu ficaria. Eu queria
todos eles, mas escolher um significava perder todo o resto, e enquanto eu
ficava ali sentada, incapaz de tomar uma decisão, os figos começaram a
encolher e ficar pretos e, um por um, desabaram no chão aos meus pés[...]

Metonímia: Ocorre quando um único nome é citado para representar um todo


referente a ele.

Ex1.: “Terceiro mundo se for, piada no exterior, mas o Brasil vai ficar rico” [...]

Ex2.: Adoro ler Clarisse Lispector.

Perífrase: Acontece quando se tem a substituição de um nome por algum


característica marcante sua ou por algum fato que o tenha tornado célebre.

Ex1.: “Cidade maravilhosa, cheia encantos mil” (...)

Ex2.: A cidade da luz continua linda.


Sinestesia: É um figura de linguagem bastante utilizada na arte, principalmente na
música e na poesia, em que se utiliza da mistura de dois ou mais sentidos (tato, olfato,
paladar, audição e visão).

Ex1.: “Palavras não são más, não são quentes, palavras são iguais”.

Ex2.: “Mesmo depois da sua partida, continuo a escutar o canto doce dos
passarinhos”.

Hipérbole: Tem como objetivo retratar o exagero, com frases impactantes.

Ex.: “Eu voei muito alto, quase não consegui voltar, dei duas voltas ao redor do Mundo
só pra te ver feliz e te conquistar”.

Catacrese: Nome que utilizamos para algo que não apresenta nome próprio. Assim,
pegamos “emprestado” o nome de algo e colocamos em outra coisa, totalmente
distinta.

Ex.: “Puxa vida, todos os dias da minha vida se passaram. Hoje, cá estou, com as
maças do rosto enrugadas e sentado, bêbado, ao lado da perna da mesa 21”.

Eufemismo: Essa figura de linguagem é utilizada para dar um tom mais suave a
frase e, assim, tentar amenizar alguma informação ou notícia, por exemplo.

Ex.: “Eu não queria ver você partir, me deixar aqui na Terra, sozinho, sem ninguém, foi
a coisa mais triste que pode me acontecer. Mas todos os dias eu peço para que
Iemanjá venha me buscar, para que eu poça dormir eternamente ao seu lado”.

Pleonasmo: Consiste na repetição de palavras similares em uma mesma frase, com


o mesmo sentido, tendo uma repetição de ideia.

Ex1.: “Me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã”.

Ex2.: “Vamos fugir, para outro lugar baby”.

Ambiguidade/Anfibologia: Essa figura de linguagem é muito utilizada no meio


literário e artístico, entretanto, em artigos ou redações devem ser evitados. Ela ocorre
quando uma frase fica com duplo sentido.

Ex.: Um primo contou ao outro que sua mãe estava doente.

Antonomásia: Ocorre a substituição do nome de uma pessoa por um conjunto de


palavras que a caracteriza.

Ex.: “A ‘Dama de Ferro’ despertou admiração e ódio”.

Antítese: Consiste na exposição de ideia opostas. Essa figura de linguagem foi muito
utilizada no período Barroco, mas ainda ganha muito espaço nas escritas atuais.

Ex.: “Nasce o sol e não dura mais que um dia. Depois da luz se segue a noite escura.
Em triste sonhos morre a formosura, em contínuas tristezas as alegrias”.
Paradoxo: Apesar de muito parecido com a antítese, essa figura de linguagem busca
a contradição (sentidos opostos) em uma mesma construção sintática.

Ex1.: “Mas tem que me prender, tem que seduzir, tem que me soltar”.

Ex2.: O riso é coisa séria demais.

Personificação/Prosopopeia: Personificar é atribuir características humanas a seres


inanimados e irracionais.

Ex1.: As paredes do meu quarto estão sedentas para conhecer meu namorado.

Ex2.: Todos os dias, minha cama e meu travesseiro choram ao meu lado sentindo a
falta do teu cheiro.

Ironia: O interlocutor diz alguma coisa, mas que significa totalmente o contrário.

Ex.: “Moça linda bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta: um
amor”!

Onomatopeia: Figura utilizada com o objetivo de reproduzir um som ou ruído.

Ex1.: Ai que saudade da minha terra natal, de ouvir todos os dias o tic-toc do meu
relógio de porta.

Ex2.: Eu vou voltar para 1789, lá eu conseguia escutar o ‘triiiiiiiiin’, ‘triiiiiiiiin’ do meu
telefone.

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