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CINCO ENCRUZILHADAS ATUAIS

Vale a pena pensar nessas cinco opções que já estamos fazendo de uma maneira ou de
outra.

1. A encruzilhada do olhar: olhar com indiferença ou com sensibilidade crescente

"Tudo é segundo com a dor com a qual você olha" (Mario Benedetti). "Não se trata de
coletar muita informação, mas de tornar-se dolorosamente consciente..." (Papa
Francisco). "Tua indiferença faz de você um cúmplice" (Manos Unidas), enquanto a
sensibilidade nos compromete. Que caminho vamos tomar em nosso olhar?

2. A encruzilhada do individualismo ou o caminho conjunto

O vírus nos tem mostrado que somos interdependentes, que pode alcançar todos, que
todos devemos colaborar para derrotá-lo. E vemos que o comportamento de um
pequeno grupo tem repercussões para todos. Por separado, não há solução. Não tem
sentido ignorá-lo. Mas o comunitário supõe disciplina, responsabilidade, alto custo.
Estamos dispostos a pagar esse preço ou queremos ofertas, descontos e oportunidades?

3. A encruzilhada da economia: "Não deixar ninguém para trás" ou "salve-se quem puder"

Vivemos uma cultura de descarte, que dispensa a muitos e onde alguns se aproveitam,
como podemos ver no que aconteceu na crise de 2008. Todos nós vamos compartilhar
essa crise ou não? Não é apenas uma questão de boa vontade, é necessária a intervenção
dos poderes públicos. Mas isso não é suficiente sem a iniciativa dos indivíduos e grupos
sociais.

4. A encruzilhada do estilo de vida

Nosso estilo de vida é saudável, tolerável para o planeta e para a sociedade? Queremos
voltar à vida de sempre ou ir para uma nova normalidade? Quanto é o suficiente? Desejar
ir além do suficiente é deixar a outros sem o básico e ir contra a natureza. Nós nos
referimos ao material, não ao cultural, onde você sempre pode avançar... "Para quem o
suficiente é pouco, nada é suficiente" (Epicuro).

5. A encruzilhada da solidariedade entre o próximo que está perto ou com o que vive
distante

O ruim é ficar sozinho com um deles. Não basta ajudar os distantes e ser um desastre
para o que está perto. Mas temos que terminar com "nós primeiro". Devemos ser
cidadãos do mundo, sem esquecer aqueles que mais sofrem e menos recursos têm: basta
observar a diferença de gastos com a saúde por países: de 10.500 $ por pessoa por ano
nos EUA a 42 no Chade. O vírus será o mesmo, mas são necessários laços de solidariedade
universal.

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