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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM CLÍNICA
ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA

LEANDERSON ANTONIO DA SILVA


ENFERMAGEM 2021.2
Nº DA MATRÍCULA; 20210031840

FICHAMENTO SOBRE O PRIMEIRO CAPÍTULO DO LIVRO:


NATUREZA, NATUREZA HUMANA E DIFERENÇA HUMANA

João Pessoa
2022
Fichamento Textual
SMITH, Justin E. H. Natureza, Natureza Humana e Diferença Humana. Princeton University
Press; Reprint edição (14 março 2017).
O autor cita, de início, o filósofo John Stuart Mill, remontando o seu pensamento sobre a raça
e suas subdivisões. Para Mill, se um grupo determinado começa a se identificar ser ou não um
tipo natural, tal questão poderá apenas se resolver através do senso comum, do empírico.
Atribuindo ao pensamento sobre à raça, Mill destaca que se as diferenças existentes entre o
branco e o negro podem ser atribuídas ao clima, hábitos ou diferenciação notórias na
estrutura, elas não são, na visão do lógico, especificamente distintas.
Puxando para a visão essencialista sobre a raça, o autor questiona a ausência de defesa do
essencialismo para com o assunto racial, uma vez que ninguém que acreditava na
superioridade branca estava pronto para pensar/supor na possibilidade de existência de uma
essência positiva a aqueles de raça não brancas. Ao contrário, “(...) a grande maioria dos
teóricos raciais supôs que apenas um subgrupo de seres humanos representa a humanidade por
excelência – e na história moderna, esse subgrupo é sempre constituído por pessoas brancas –
enquanto outros grupos são definidos em termos do grau de proximidade do padrão
estabelecido por esse grupo privilegiado”. (SMITH, 2017).
O essencialismo racial não é tão essencialista assim, de maneira padrão, haja vista que apenas
a suposição – por parte dos pensadores raciais – de que há apenas uma essência humana e são
as distintas raças que não conseguem se adequar a ela, foge do pensamento do essencialismo
ideal no qual toda e qualquer raça, por si só, tem uma essência.
Por fim, historicamente, os teóricos raciais se apegaram a raça de um único modelo, em que
“todos os seres humanos são sustentados pelo ideal do homem branco, e os homens e
mulheres não brancos são vistos como meras aproximações desse ideal”. (SMITH, 2017).

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