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Theo, no final das contas, tenta fazer Breno compreender que o processo
psicanalítico exige comprometimento e que o passo a passo é uma conquista diária. Até
que este questiona para o analisando: “Você quer enfrentar esse passo a passo de
autoconhecimento?”. Este último, no entanto, é uma pessoa que tende a seguir as regras
de alguém, não é a toa que não assumiu a sua responsabilidade pela tragédia na escola,
apenas a atribuiu para o superior. Breno, após o questionamento, diz que pode ser
interessante ouvir mais o que o analista tem a dizer e deixar ser ajudado por ele. Além
disso, afirma que precisa mirar em outros alvos, sem necessariamente esperar a ordem
do seu comandante, como fez a vida inteira. Logo depois, traz outra questão: “se eu
mirar nesse passo a passo, não estarei, de toda forma, acatando a uma ordem?”. O
paciente, no final das contas, parecia estar tentando compreender qual era o sentido de
uma análise. Pela demanda que ele trouxe, a ideia era trazer mais autonomia para a vida
desse sujeito, questão que poderia e/ou deve começar no processo terapêutico. Theo
responde que pode ser, no máximo, o seu ajudante.