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A PACIÊNCIA QUE VEM DA CONFIANÇA

Salmo 119.81-88
A Confiança em Deus que nos conduz à paciência em meio a tribulação

O que fazer quando as coisas parecem não ir bem, ou não vão bem?

1. O QUÊ?
O sofrimento, aflição, tribulação do salmista (vs. 81-84)
Aqui a tribulação não é por causa de pecado (cfe. 65-72), tais sentenças nos
mostram isso: “...espero na tua palavra” (v.81); “... não me esqueço dos teus
decretos” (v. 83); “...que não andam consoante a tua lei” (v.85); “...eles me
perseguem injustamente” (v.86 cfe. 7.3-5); “...eu não deixo os teus preceitos” (v. 87);
“...guardarei os teus testemunhos...” (v.88)

2. A CAUSA DO SOFRIMENTO
Perseguição, mentira, armadilhas, morte pelos soberbos (v.84-87)

3. A POSTURA DO SALMISTA NESTA SITUAÇÃO

1. Paciência, esperança, firmeza na promessa (v.81-82),


Ele nos informa que suportou pacientemente todas as angústias, sob as quais
outros sucumbiriam. Vemos alguns abraçando com profundo ardor as promessas
de Deus; no entanto, seu ardor desvanece em pouco tempo; ou, pelo menos, se
acaba com a adversidade.
No caso salmista, isso estava descartado. O verbo que significa desfalecer ou
consumido, parece comunicar, à primeira vista, um sentido diferente. O salmista,
porém, nesta passagem, assim como em outras, ao usar o vocábulo desfalecer, tem
em mente a paciência que continua a ser nutrida por aqueles que se acham
privados de toda força e parecem já quase mortos e mesmo assim gemendo
mantem-se esperançosos. (Calvino).
Este desfalecimento do salmista é o oposto da fragilidade daqueles que não
podem suportar uma demora muito longa.
Ele demonstra que não há outra maneira pelo qual possamos esperar por
auxílio, senão descansando serenamente em sua palavra. O salmista, quando
suspira por salvação, declara com muita propriedade que ele mantinha seus olhos
fixos na Palavra de Deus, até que sua vista lhe falhasse.
Aqui, ele nos apresenta o maravilhoso e incrível poder da paciência, sob a
enfermidade da carne, quando, desfalecendo e privados de todo vigor,
recorremos a Deus em busca de auxílio, embora Ele nos esteja oculto.
Em suma, o salmista, para impedir que se pensasse dele como alguém muito
fraco e desfalecido, deixa claro que seu desfalecimento não era sem causa.
Ao perguntar a Deus: Quando tu me consolarás?, ele mostra, com clareza
suficiente, que não ficou por muito tempo esquecido.

2. Lembrança da lei (v.83),


A intenção do salmista é ensinar-nos que, embora tenha sido testado por
severas provações e ferido profundamente, não perdera o temor de Deus. Ao
comparar-se a um odre seco (O QUE ÉREA O ODRE?), ele sugere que estava, por
assim dizer, ressequido pelo contínuo calor das adversidades essa longa duração
da aflição física e tribulação mental produzem uma mudança semelhante na
estrutura humana, destruindo sua beleza e força, secando a umidade natural.
Podemos aprender aqui que aquela dor era tão intensa, a ponto de reduzi-
lo a um estado de miséria e definhamento, que ele parecia um odre enrugado e
abandonado. No entanto, parece que o salmista pretendia enfatizar não só a
severidade de sua aflição, mas também a sua natureza prolongada - ele era
atormentado como que num fogo brando, como a fumaça que procede do
aquecimento de odres secos, em graus baixos.
Ele experimentou uma longa série de tristezas, que poderiam tê-lo consumido
centenas de vezes, devido à sua natureza demorada e fatigante, se ele não tivesse
sido sustentado pela Palavra de Deus.
Ou seja, uma genuína evidência de verdadeira piedade se manifesta
quando, mergulhados nas mais profundas aflições, não cessamos de nos submeter
a Deus

3. Crê na fidelidade de Deus (v.86),


Neste versículo, ele confirma uma vez mais a afirmação de que, não
importando as maneiras como era afligido, sua mente não se distraía por vários
artifícios, porque, confiando na palavra de Deus, ele nunca duvidava da assistência
divina.

4. Mantém-se firme (v.87-88 cfe. Mt.13.4-5,20-21)


Embora tenha sido dolorosamente tentado, se mantinha de pé, visto que não
renunciara a verdadeira religião.
Quando somos abalados por conflitos extremos, somos tentados não
somente esquecemos a lei de Deus, mas também a maioria perde a coragem
mesmo antes de se envolverem no conflito. Por conta disso, esta maravilhosa virtude
do salmista é digna de nota especial, ou seja, que, embora quase reduzido à morte,
nunca cessara de avivar sua coragem mediante a meditação contínua na lei.

4. Ora (v.88)
Vivifica-me (v.88) traga-me de volta da morte, ou erga esta vida amortecida
e enfraquecida pela possibilidade de morte vinda das perseguições dos inimigos. A
tribulação tende a nos desanimar e desfalecer. Não me deixe prostrado (“para que
eu não seja envergonhado?” (v. 80) “...pois confio em ti!” (v.42; 141.8)

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