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R. C. Sproul
Esse ponto simplesmente serve para nos distinguir dos universalistas, que
crêem que a expiação assegurou salvação para todos. A doutrina da expiação
limitada vai além disso. Refere-se à questão mais profunda da intenção do Pai
e do Filho na cruz. Declara que a missão e morte de Jesus foi restrita a um
número limitado — a seu povo, suas ovelhas.
Jesus foi chamado de “Jesus” porque Ele salvaria seu povo de seus
pecados (Mt 1.21). O Bom Pastor dá sua vida pelas ovelhas (Jo 10.15). Essas
passagens são encontradas freqüentemente no Novo Testamento.
Não tivesse havido um número fixo de contemplados por Deus quando Ele
designou que Cristo morresse, então os efeitos da morte de Cristo teriam sido
incertos. É possível que a missão de Cristo tivesse sido uma tristeza e
completo fracasso.
A expiação de Cristo foi real. Ela efetivava tudo o que Deus e Cristo
pretendiam dela. O desígnio de Deus não foi e não pode ser frustrado pela
incredulidade humana. O Deus soberano soberanamente enviou seu Filho para
propiciar pelo seu povo.
Nossa eleição é em Cristo. Somos salvos por Ele, nele e para Ele. O
motivo para nossa salvação não é meramente o amor que Deus tem por nós. É
especialmente baseada no amor que o Pai tem pelo Filho. Deus insiste que seu
Filho verá o trabalho de sua alma e ficará satisfeito (Is. 53. 10-12). Nunca
houve a menor possibilidade de que Cristo pudesse ter morrido em vão. Se o
homem está verdadeiramente morto no pecado e preso ao pecado, uma mera
expiação potencial ou condicional não somente pode ter acabado em fracasso,
como muito certamente teria acabado em fracasso.
Os arminianos não têm razão verdadeira para crer que Jesus não morreu
em vão. São deixados com um Cristo que tentou salvar a todos, mas na
realidade não salvou ninguém.