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Teoria do produtor:

O objetivo do produtor é a maximização do lucro, tal como na teoria do consumidor o objetivo é a


maximização da utilidade.
Existe várias teorias no que tange ao objetivo do produtor:
⇨ Teoria tradicional do produtor:
o Parte-se do pressuposto que se procura maximizar o lucro
o Esta teoria está assente no princípio da racionalidade
o Existem outras teorias que partem do pressuposto de que as empresas, sobretudo
as grandes, têm outros objetivos além da maximização do lucro
⇨ Teoria da administração
o Problema do principal e do agente, com objetivo de maximização o lucro e o capital
o Principal contrata o agente para que o agente atue em benefício do principal (teoria
da agência)
o Normalmente o agente tem mais informação que o principal, implicando que o
agente maior parte das vezes aja em seu benefício, e não em benefício do principal
o Traduzindo assim, o problema do risco moral é a assimetria de informação entre o
principal e o agente
o Por vezes, não existe maximização do lucro devido a folga organizacional.
⇨ Folga organizacional:
o Considera que a empresa não tem como objetivo o lucro
o Dado a existência de vários grupos diferentes de interesses pode existir conflito
o Assim sendo, o objetivo desta teoria é a satisfação dos interesses dos vários grupos
de interesse.
Eficiência tecnológica versus Eficiência económica
Eficiência tecnológica Eficiência económica
Obtenção de uma dada produção com o Obtenção de um dado produto com o mínimo
mínimo de fatores produtivos. custo. (depende do preço dos fatores de
produção e do seu grau de substituibilidade)

Função de Produção – lei dos Rendimentos marginais finalmente decrescentes e


economias a escala
⇨ Função de Produção
⇨ Relação entre a produção (output) por período de tempo e os fatores de produção
(recursos) ou inputs utilizados no processo produtivo.
Q = f (X1, X2, X3,,..,Xn)
⇨ Q representa o produto/output e X1,X2,X3,…, XN são os fatores produtivos/inputs.

Teoria do produtor em curto e longo prazo


Curto prazo
⇨ Todos os fatores produtivos mantêm-se constantes exceto um traduzindo-se na lei dos
rendimentos marginais decrescentes em que há medida que se aumenta um input
(trabalho, capital) /especializa num objetivo, mantendo-se todos os restantes constantes,
leva a um aumento de outputs/de outro objetivo cada vez menor, ou seja, a função é
crescente a uma taxa decrescente.
⇨ 2ª derivada→ nula
Como é que obtenho a PMG (produto marginal)?
⇨ Derivar parcialmente em relação ao fator variável.
⇨ A PMG é crescente, cresce a uma taxa decrescente.
⇨ É uma função convexa
⇨ Cujos valores são inferiores á combinação convexa, sendo que a combinação convexa é
dada pela corda que une dois pontos da curva e é uma média ponderada pelas
probabilidades cujo somatório é igual a 1.

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⇨ Numa primeira fase quando se
adiciona inputs mantendo todos os
restantes constantes, o PT (produto
total) pode aumentar traduzindo-se
numa taxa de crescimento crescente do
produto, contudo depois de certo ponto
o PM declina, pelo que o PT aumenta a
uma taxa decrescente, ou seja,
aumenta cada vez menos traduzindo-
se na lei dos rendimentos
decrescentes.

Longo Prazo
Não há fatores fixos onde a escala da empresa pode mudar ou não, então, temos economias de
escala em que podemos ter:
⇨ Rendimentos constantes á escala – corresponde a CM (custo médios) constantes.
⇨ Rendimentos crescentes á escala – á medida que aumentamos a produção, o custo médio
diminui (CM decrescentes).
⇨ Rendimentos decrescentes á escala – á medida que aumentamos a produção, o custo
médio aumenta (CM crescentes)

Esta classificação relaciona-se com os feitos na variação do produto quando se alteram todos os
fatores produtivos da função produção.

Elasticidade do produto, produtividade marginal, produtividade média e produto total.


Estágios de produção
⇨ Elasticidade do produto – traduz a percentagem de variação do produto resultante de
uma dada variação percentual de um fator produtivo (input), ceteris paribus.

Fases de Produção

1 fase
1drvda (+) pq a produção aumenta
2drvda (-) a partir do maxPMarg onde
aumenta, mas a um ritmo mais lento
justificando a E<1
2 fase
1drvda (+) pq a produção continua a aumentar
2 drv (-) pq aumenta cada vez mais lentamente
3 Fase
1 drda (-) pq a produção diminui
Pmarg (-) justificando a E<0

Inicialmente os rendimentos marginais


do fator variável são crescentes (no
exemplo dado, o fator trabalho), sendo a taxa de crescimento da função de produção crescente

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(nesta fase a curva da função de produção é convexa relativamente à origem), sendo a primeira e
segunda derivadas da função positivas.
Essas fases podem ser classificadas do seguinte modo:
a) Fase I – Pmg>PM(ηq > 1) o que quer dizer que com um aumento de um fator variável
( neste caso trabalho/trabalhador) cada trabalhador, em média, passa a produzir mais
do que produzia inicialmente. O PrdMé do input, atinge o máximo, onde iguala o Pmrg
atingindo a máxima eficiência. Ao longo desta fase, o produto médio é crescente,
apesar de o produto marginal esteja já a decrescer no final da fase.

b) Fase II – A fase II inicia-se com o ponto em que a PM começa a decrescer


(continuando a Pmg a ser decrescente) e termina no ponto em que a Pmg se anula.
Assim, o produto total cresce, mas a uma taxa decrescente (nesta fase intermédia a
curva do produto total é côncava em relação à origem) o que quer dizer que cada
trabalhador em média passa a produzir menos do que produzia anteriormente, contudo
a produção continua a aumentar (Pm<Pmarg).

c) Fase III – Na terceira fase a produtividade marginal do fator variável é negativa, o que
implica que a produção total decline. Uma empresa que tenha por objetivo a
maximização do lucro nunca utiliza uma quantidade de um input que leve a que a sua
produtividade marginal seja negativa, dado que, se o fizesse, poderia sempre diminuir a
utilização desse fator com produtividade marginal negativa e, deste modo, o output
aumentaria e os custos diminuiriam, implicando um aumento dos lucros, na hipótese de
toda a produção ser vendida

Funções homogéneas
Uma função é homogénea quando, ao multiplicar-se o escalar lambda a todos os argumentos eu
obtenho uma função idêntica.

A) Se λ > 1, tem-se λr > λ se e só se r > 1, apresentando retornos crescentes à escala


(economias de escala) – CM decrescentes
B) Se r < 1 tem-se λr < λ apresentando retornos decrescentes à escala, ou deseconomias de
escala – CM crescentes
C) Se r = 1, tem-se λr = λ apresentando retornos constantes à escala – CM ñ alteram

• No painel (a) - o produto cresce mais que proporcionalmente


do que os fatores de produção.
• No painel (b) - um determinado crescimento dos fatores de
produção implica que o produto cresce menos que
proporcionalmente
• No painel (c) - uma expansão dos fatores de produção leva a
um crescimento do produto na mesma proporção.

Teorema de Euler
Uma função linearmente
homogénea de grau r, pode
ser expressa como a soma
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dos termos, cada um dos quais é o produto de uma variável independente pela derivada parcial
de primeira ordem em relação a essa variável.
 (Permite chegar a resultados, ligados a concorrência perfeita)
 Consequência de uma função homogénea
 Conseguimos mostrar que a função produção, multiplicada por r

Caso simples:

Neste caso r=1, o que é pago aos fatores de produção (Pmg) é igual ao que é produzido. O que
acontece em concorrência perfeita, onde não existe lucro económico.

Elasticidades da função de produção em relação ao capital, K, e em relação ao trabalho, L,


e rendimentos à escala

Rendimentos à escola – relacionados c/:


⇨ - Elasticidade da função de produção em relação ao fator de capital, ηK.
⇨ - Elasticidade da função de produção em relação ao fator trabalho, ηL.
*sendo ηK a elasticidade de Q (produto) em relação ao fator capital, K.
*sendo ηL a elasticidade de Q (produto) em relação ao fator trabalho, L.

Estas elasticidades respondem às perguntas:


Como varia o produto, Q, quando o fator capital, ceteris paribus; e
como varia o produto, Q, quando varia o fator trabalho, ceteris
paribus

Função de Cobb-Douglas
Uma função homogénea, muito utilizada em economia quer como uma função de produção quer
como uma função utilidade desenvolvida inicialmente pelo matemático C. W. Cobb e pelo
economista Paul Douglas.
são normalmente frações positivas:

A função Cobb-Douglas…
 Especifica a tecnologia nos logaritmos das variáveis, facilitando o tratamento econométrico.
 Normalmente tem a soma dos expoentes igual a um ==> ter rendimentos constantes à escala.
 Pode ser facilmente transformada usando logaritmos nos dois membros da função como uma
função linear das variáveis: lnQ = lnA + a1 lnx1 + ... + an lnxn.

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A função Produção Cobb-Douglas…
⇨ Tem rendimentos decrescentes, constantes ou crescentes à escala, respetivamente, se a
soma dos expoentes for menor, igual ou maior que um.

Função de Cobb- Douglas C/2 fatores produtivos


K=capital A=constante +
L=trabalho α=fração +
Nesta função a…
PMK é 
PML é 
Podendo ser generalizada β = fração +
α = fração +
para
pode ou ñ ser igual a 1 – α.

CARACTÉRISTICAS:
• Homogénea de grau α + β, pois se multiplicarmos, na função, K e L por δ, e fazendo a
substituição na função, tem-se:
• Linearmente homogénea qdo α + β = 1 , havendo retornos constantes à escala. A função é
homogénea de grau um mas não é uma função linear.

Rendimentos constantes à escala se α + β = 1


CONFORME A SOMA
DOS SEUS Rendimentos crescentes à escala se α + β > 1
EXPOENTES Rendimentos decrescentes à escala se α + β < 1
PODE SER:

α e β são as elasticidades parciais do produto em relação ao capital e ao trabalho

Progresso técnico neutral e não-neutral e as contribuições da neuroeconomia. Tipos de


stress e produtividade
⇨ Todos os métodos de produção são dinâmicos e tendem a integrar os progressos
técnicos, incluindo as técnicas de gestão, com efeitos na estrutura das empresas,
nomeadamente nos custos de produção.
⇨ A melhor afetação dos recursos, nomeadamente o fator força de trabalho, permitirá uma
maior eficiência e, por conseguinte, um aumento da produtividade.
⇨ A redução de conflitos na empresa e o aumento da confiança pode traduzir- -se
também num aumento da produtividade

Capital humano
⇨ É entendido que a procura de trabalho, por parte das empresas, depende da produtividade
marginal dos trabalhadores. Diferenças na produtividade tendem a levar a diferenças nos
salários.
⇨ O principal fator que leva a diferenças na produtividade é o nível de capital humano, que é
consubstanciado nas capacidades intelectuais (conhecimento) e físicas que podem ser
utilizadas no processo produtivo, e que é obtido ao longo da vida através da educação
formal e não formal, do desenvolvimento de aptidões e experiências.
⇨ O investimento no capital humano é o fator mais determinante do desenvolvimento
económico e social, pois o investimento em capital humano é permanente, diferentemente
do investimento em capital físico.

Lucros e custos

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⇨ Os lucros que as empresas realizam advêm de obterem maiores proveitos das suas
vendas, relativamente aos custos em que incorrem no processo produtivo.
⇨ O lucro total ( π ) é a diferença entre o total de receitas das suas vendas e os custos
económicos totais (CT) ou custos de oportunidade:
π = RT – CT
⇨ Sendo o lucro força motivadora para os negócios, importa distinguir entre o modo como
são medidos os custos em termos económicos e em termos contabilísticos.
⇨ Define-se custos de oportunidade (valor da melhor alternativa sacrificada pela opção na
utilização do bem) como a soma dos custos implícitos com os custos explícitos
⇨ Os custos explícitos correspondem aos pagamentos efetuados pela obtenção de
recursos (matérias-primas, salários, rendas)
⇨ Custos implícitos ou custos sombra: são custos que não têm um preço, por exemplo o
governo aumentar multas para quem abandonar os animais. Se fizeres a ação não ‘‘tens’’
que pagar isso, apenas se fores apanhado, se não fores não tens necessariamente de
pagar.
⇨ O conceito de custo, tem se em consideração os custos implícitos e explícitos, ou seja, o
custo económico.

Os custos de capital
⇨ É importante a determinação do custo de oportunidade/económico do capital, tal como a
terra, equipamento e edifícios.
⇨ Quando à avaliação do custo de oportunidade do capital surgem duas questões:
o Relacionada com o modo como afetar o custo inicial da compra ao longo do tempo.
o Prende-se com o que se deve fazer se o valor do capital se modificar ao longo do
tempo.

Afetação dos custos de capital ao longo do tempo


⇨ Os bens de capital podem ser alugados ou arrendados, ou comprados.
⇨ No caso de a empresa arrendar ou alugar um bem de capital, terá de pagar uma renda
pelo uso do bem, é o seu custo explícito.
⇨ Esta renda pode ser ajustada ao longo do tempo, dependendo das condições e
circunstâncias do mercado que se refletirão no valor da renda paga.
⇨ No caso de a empresa adquiri o bem de capital, existem duas possibilidades:
o O custo da compra do bem é registado todo de uma vez no período da compra
(incomum)
o São efetuadas amortizações do custo ao longo de vários períodos
Custo económico:
⇨ É o somatório dos custos implícitos e explícitos
⇨ O custo económico de qualquer fator produtivo é a renumeração que o mesmo receberia
na utilização da sua melhor alternativa.

Custo contabilístico:
⇨ Traduzem-se nos custos explícitos
⇨ Integram-se as amortizações e depreciações, pois constituem custos explícitos que
anteriormente foram pagos pelos bens de capital.
⇨ As amortizações correspondem ao capital constantes, cujo valor se integra no valor total
do bem produzido num determinado período, não criam valor, mas apenas transmitem
valor.

Lucros normais como parte do custo económico:


⇨ O lucro normal é o mínimo lucro necessários para manter a empresa em atividade.
⇨ Uma empresa que tem lucro normal, tem um RT (rend total) = C.ECO, logo o lucro
económico é nulo.
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⇨ O lucro económico é nulo indica que a empresa recebe, a taxa normal de lucro ou taxa
de retorno no mercado pelos investimentos efetuados, ou seja, recebe o que obteria na
melhor alternativa em qualquer parte.

Lucro económico e lucro contabilístico


⇨ Lucro contabilístico traduz-se na diferença entre o rendimento total e os custos
explícitos.
⇨ É normalmente utilizado para fins distintos do conceito do lucro económico,
nomeadamente controlo de fraudes e apurar impostos sobre o rendimento.
⇨ Lucro econômico traduz-se na diferença entre as receitas totais e os custos totais (custos
explícitos mais custos implícitos).
⇨ Os custos implícitos levam a que os lucros contabilísticos sejam maiores que os lucros
económicos, ou os prejuízos sejam menores.
⇨ O lucro económico apenas será positivo se o rendimento da empresa incluir o custo de
oportunidade de todos os recursos utilizados, incluindo o custo de oportunidade de todos
os ativos possuídos pela empresa.

Custos de produção no curto prazo


⇨ O objetivo da maximização do lucro implica que as empresas, para cada nível de
produção, visem a minimização dos custos.

Custos sociais e externalidades


⇨ Os custos sociais traduzem-se no total de custos originados pelas ações dos sujeitos
económicos.
⇨ As externalidades são negativas quando os efeitos das ações de um sujeito económico
se traduzem em custos de qualquer natureza suportados por terceiros
⇨ As externalidades negativas ou custos externos integram os custos sociais.
⇨ As externalidades positivas traduzem-se nos benefícios recebidos por terceiros devido a
ações ou comportamentos de outrem, exemplo vacina contra o covid-19.

Custos totais a curto prazo. Custo total, custo fixo e custo variável total.
⇨ A função de custo total (CT) a curto prazo é composta por uma parcela de custos fixos
(CF) – independentes do nível de produção – e custos variáveis (CV) – que dependem do
nível de produção, que poderá ser representada pela seguinte expressão:
CT = CV + CF

Considera-se que a função de custo total de curto prazo é dada pela seguinte equação
de 3º grau:

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CT e x são variáveis
a,b,c e B são parâmetros, sendo B igual ao custo fixo
A função de custo variável depende da quantidade produzida xi, a equação da função de
custo variável não terá os custos fixos e será dada por:

É fácil verificar quando a empresa não produz nada, isto é, quando X = 0, o CT será

Ou seja, quando a produção = 0, o CT da empresa = ao CF


Graficamente, o custo fixo total (CF) pode ser representado por uma linha horizontal,
como no gráfico anterior. Quando x=0, tem-se:

E, se qualquer x > 0, teremos CV > 0:

⇨ Inicialmente o CV cresce, mas a uma taxa decrescente traduzindo a evolução do custo


marginal que decresce inicialmente, e a partir de certo ponto, começa a crescer devido à
lei dos rendimentos marginais finalmente decrescentes.
⇨ Podemos observar que a curva é côncava numa fase inicial, relativamente a origem
(quando existem rend marginais crescentes, e os custos marginais decrescentes) e depois
de um ponto de inflexão, a curva variável torna-se convexa, evidenciando os custos
marginais crescentes, resultantes dos rendimentos marginais decrescentes

Custo médios e marginais no curto prazo


⇨ Como determinar o nível de produção que maximize o lucro da empresa?
⇨ Embora os custos fixos, os custos variáveis totais e os custos totais sejam importantes
medidas, não são, contudo, muito úteis na determinação do produto que maximiza o lucro
e minimiza as perdas.
⇨ Outras medidas para estimar os lucros ou perdas, como:
o Custo marginal (Cmg): é a mudança no custo total quando se aumenta ou se
diminui a produção total de bens ou serviços em uma unidade
o Custo fixo médio (CFM): custo fixo total dividido pelo nº de unidades produzidas
o Custo variável médio (CVM): custo variável total dividido pelo nº de unidades
produzidas
o Custo médio total (CMT): Custo de produção de cada unidade padrão produzida
⇨ Estes 4 constituem a estrutura de custo da empresa.
⇨ A estrutura da empresa é o modo como os vários custos variam com o nível de produção.

Custo marginal

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⇨ O custo marginal (Cmg) é o custo adicional de produzir mais uma unidade de produto,
podendo tbm ser definido com a variação do custo total (C).
⇨ No curto prazo, a variação do custo total é apenas devida a variações no custo variável
(CV), assim sendo, o custo marginal pode ser também definido como a variação do custo
variável por unidade produzida:

⇨ Em termos diferenciais o Cmg é expresso pela derivada do custo total (C) em relação a
x (quantidade produzida). Assim, se tivermos a seguinte função de custo total (C):

⇨ O Cmg é:

⇨ Obtendo-se o mesmo resultado derivando a função de custo variável total.

Como se calcula o custo médio unitário a curto prazo (CM):

⇨ O custo variável medio (CVM) e o custo fixo médio (CFM), dividindo-se pela
quantidade do produto (x), respetivamente o custo total, o custo variável e o custo fixo:

⇨ Sendo a função de custo total dado por:

⇨ A função de custo médio é dada por:

⇨ A função de custo fixo médio é dada por:

O CFM é decrescente com a produção, pois o CF é dividido por maiores quantidades de


produtos, aproximando-se, do eixo das abcissas.
A curva do CVM é, relacionada com a curva do custo marginal (matematicamente).
A curva de Cmg interseta com a curva de CVM no deu ponto mínimo.
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A curva de CM é decrescente, a curva de Cmg está abaixo da curva de CM, o que implica que a
curva de custo médio é decrescente enquanto a curva de Cmg lhe for inferior.

O Cmg é = ao CM quanto este é mínimo

O que implica que o custo total seja

Derivando esta última expressão em relação a x, tem-se:

⇨ Como dC/dx e dCM/dx são duas expressões para o custo marginal, a forma da curva do
custo marginal é o reflexo e a consequência da lei dos rendimentos marginais
decrescentes (é decrescente no início e a um certo ponto, é crescente)
⇨ A curva do custo marginal tem a forma de U, sendo uma função do 2º grau.
⇨ O segmento decrescente da curva dos custos marginais reflete rendimentos
marginais crescentes.
⇨ O segmento crescente dos custos marginais reflete rendimentos marginais
decrescentes.

Se: Cmg < CM , o custo médio tende a diminuir.


Se: Cmg > CM, então o custo médio subirá.

Se o CVM < CM, o custo médio tende a diminuir.


Se o CVM > CM, então o custo médio subirá.

⇨ Enquanto a curva de custo marginal (CM ) se encontra abaixo da curva de custo variável
médio, esta será decrescente.
⇨ Quando a curva de Cmg iguala a curva de custo variável médio (CVM ) esta atinge o seu
mínimo
⇨ Do mesmo modo enquanto a curva de Cmg for inferior à curva de CM esta vai
decrescendo.
⇨ Quando a curva de Cmg iguala a curva de CM esta atinge o seu mínimo, passando a ser
crescente a partir deste ponto.

⇨ A curva de custos médios é a soma da curva de CVM com a curva de custos fixos
médios (CFM).

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⇨ Porque os custos fixos médios estão continuamente a baixar com o aumento da produção
a curva de custos médios totais vai-se aproximando da curva de custos médios variáveis à
medida que a produção vai aumentando.
⇨ A distância vertical entre a curva de custo médio (CM) e a curva de custo variável médio
(CVM) iguala os custos fixos médios (CFM).
⇨ Note-se que as duas curvas se vão aproximando devido à diminuição dos custos fixos
médios.

Isoquanta. Produção com duas variáveis – minimização dos custos com vários fatores

⇨ Tecnologia de uma empresa utiliza dois fatores de produção, supondo que são o
trabalho e capital para produzir uma determinada quantidade de um bem.
⇨ Se existem dois fatores de produção, a função de produção pode ser representada por
uma curva chamada isoquanta, ou curva de indiferença do produtor.
⇨ É uma curva que traduz as várias combinações dos fatores de produtivos que
produzem uma certa quantidade, de forma eficiente.
⇨ Cada ponto da isoquanta representa uma combinação dos dois fatores que produzem a
mesma quantidade de produto.
⇨ A isoquanta tem declive negativo, dado que reduzindo a quantidade de um dos F.P, terá
de se aumentar a quantidade de outro F.P, desde que a produtividade marginal destes
fatores seja positiva.
⇨ Sendo que, o objetivo do produtor é maximizar o lucro, não seria assumida uma
produtividade negativa.
⇨ Assim sendo, a função produção com os fatores produtivos capital (K) e trabalho (L):

⇨ Então, a equação para uma isoquanta, onde o produto é constante (Q0) é:

⇨ Aumento dos F.P requer uma diminuição de outro F.P , a fim de que se mantenha o mesmo
nível de produção (desde que Produtiv marginal seja positiva) sendo uma das razões das
isoquanta terem um declive negativo, dentro de uma região de produção.
⇨ Como Q0 é um determinado nível de produção, uma isoquanta é um uma fronteira da
função produção, pois satisfaz a relação , no pressuposto os F.P estarem a ser
utilizados eficientemente.
⇨ Ao longo de todos os pontos da curva, a
quantidade do produto é constante,
resultante de vários F.P.
⇨ Significando que se pode obter a mesma
quantidade de produto (Q0), com +K e – L
ou – K e +L, dependendo da elasticidade de
substituição entre os dois fatores.
⇨ Assim sendo, a combinação dos dois F.P
pode ser mais capital-intensiva ou mais
trabalho-intensivo, consoante o que se
utilize mais.

⇨ A evolução tecnológica pode levar a uma combinação produtiva de capital-intensiva.


⇨ A flexibilização quanto à combinação de F.P para obter uma determinada produção,
permite a escolha dessa combinação que minimize os custos de produção, contribuindo
para a maximização dos lucros.

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⇨ A inclinação das isoquanta traduz a taxa à qual um fator produtivo pode ser substituído por
outro, mantendo se o nível de produção inalterado, denominando-se por Taxa Técnica de
Substituição (TMS).

Mapa de isoquantas

⇨ Um mapa de isoquanta é um conjunto de isoquantas, cada uma das quais mostra o nível
máximo de produção que se pode obter com um conjunto qualquer dos dois fatores de
produção utilizados no processo produtivo.
⇨ A inclinação destas curvas evidencia a taxa à
qual L (o trabalho) pode ser substituído por K
(capital) metendo o produto constante,
representado por cada isoquanta.
⇨ A inclinação da curva é negativa, traduzindo a
TMS .
⇨ A TMS de um fator produtivo por outro, é a
medida da quantidade de um fator por outro
(K por L, por exemplo) sem aumentar nem
diminuir o montante de produção.
⇨ Existe diferenças entre a CI e isoquantas, pois
enquanto nas curvas de indiferença não é
possível medir a utilidade, as isoquantas têm
um determinado valor cardinal, medido em
unidades de produto.
⇨ Um mapa de isoquantas é um dos modos de
descrever uma função de produção, de forma
semelhante ao que acontece com as curvas
de indiferença do consumidor que descrevem
a função utilidade do consumidor.

Progresso técnico e as isoquantas

⇨ Têm efeitos na função produção, levando a empresa a


produzir uma quantidade de produto maior com os
mesmos fatores de produção, levando a isoquanta a
deslocar-se para baixo e para a esquerda devido a
progresso técnico.

A região económica de produção

⇨ Pmg definido com o aumento no produto total, devido ao aumento unitário de um fator
produtivo, ceteris paribus.
⇨ Considerando se a função de produção geral Q = f (x1, x2, ... xn), a produtividade marginal
de um fator xi (i=1,...,n) é dada pela derivada parcial:

⇨ Produtividade marginal de um fator produtivo é traduzida pela derivada parcial da função


produção, em relação a esse fator.

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⇨ Contudo, se num dado nível de produção um dos fatores tiver uma produtividade marginal
negativa, então, um aumento deste fato com produtividade marginal negativa implica que o
outro fator tbm tenha que aumentar.
⇨ Com o objetivo manter o mesmo nível de produção, implicando que a isoquanta, tenha
inclinação positiva (fora da região eco).
⇨ A curva de isoquanta (dentro região económica) representa uma combinação eficiente dos
dois fatores produtivos (L e K), ou seja, representa o máximo de produto que se pode obter
com cada combinação destes dois fatores:

⇨ Considerando os segmentos da isoquanta com inclinação positiva e negativa, a forma das


isoquantas é dada por:

⇨ Se a produtividade marginal dos dois F.P for positiva, a curva de isocusto aproxima-se dos
eixos, sendo convexa em relação à origem.
⇨ Enquanto que se a produtiv marg dos dois F.P for negativa, a curva de isoproduto afasta-
se dos eixos, sendo concava em relação à origem, implicando a diminuição do produto.
⇨ Apenas são considerados segmentos de isoquantas com inclinação negativa (implicando
que a produtiv marg positiva), pois parte-se do pressuposto que o objetivo da empresa é a
maximização do lucro.
⇨ Os segmentos com inclinação positiva acontecem quando um dos fatores produtivos tem
produtividade marginal negativa e o outro tem produtividade marginal positiva.

Região Económica de produção

Matematicamente é uma reta tangente, uma reta tangente num ponto dá-nos a derivada, dQ/dL = 0, que é a
produtividade marginal do trabalho (nula).dQ/dk = 0, que é Produtividade marginal do capital.

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Taxa marginal de substituição técnica (porque estamos a falar de produção)
⇨ A taxa marginal de substituição técnica entre os fatores K e L (TMS) é a derivada da
função produção, com dois fatores produtivos que podem ser substituídos em proporções
variáveis para uma produção constante.
⇨ A TMS técnica entre fatores K e L é dada pela variação na quantidade empregada de
capital (vari K), dividida pela variação da quantidade empregada de trabalho L.
⇨ Considerando a substituição do K por L. Então, para manter o mesmo nível de produção,
ao aumentar-se um fator tem de se diminuir em outro.

A TMS é negativa, dentro da região económica, pois para manter a produção constante, é
necessário aumentar outro F.P e diminuir a quantidade empregada de outro.
Utilizando a derivada, a TMS KL será dada por:

Traduzida graficamente, por a inclinação da tangente à isoquanta, num determinado ponto.

A notação Q = Q0, tem o objetivo de relembrar que o produto é mantido constante quando

substituído por K.

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Isocustos

A reta de isocusto representa o mesmo custo das diferentes combinações de dois fatores de
produção (por exemplo capital e trabalho) C = C0, onde C0 significa que o custo é constante

Linha do isocusto
⇨ O custo de produção para um dado nível de produção depende do preço dos fatores de
produção, trabalho (L) e capital (K), sendo:
o W o preço do trabalho
o R o preço do capital
⇨ O custo dos fatores produtivos, L e K, são dados por:
o wL que é o salário vezes a quantidade utilizada de L
o rK que é o preço do capital vezes a quantidade utilizada de k
⇨ A empresa pode utilizar muitas combinações de trabalho e capital que tem o mesmo
custo.
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⇨ A equação do isocusto (de igual custo) está para a empresa assim como a restrição
orçamentar está para o consumidor.
⇨ Para gerar produto finial, a empresa suposta o custo dos F.P.
⇨ Supondo que a empresa faz parte de um mercado competitivo, implicando que o preço
dos fatores, w e r, é um dado da empresa, determinado pelo mercado, sendo por
conseguinte, esses preços considerados como parâmetros.
⇨ Ou o custo total é uma quantidade fixa, conhecida como C =C0

⇨ A partir destas equações podemos representar (L,K) num diagrama, o custo total por um
segmento de reta unido por dois pontos (C/r, C/w), segmento de reta que representa o
isocusto:

Em todos os pontos da linha de isocusto, o custo da empresa é sempre o mesmo.


⇨ Para se obter a reta de isocusto basta igualar o fator trabalho (L=0), pelo que K = C/r
(ponto A).
⇨ Do mesmo modo, se K=0, tem-se L = C/w (ponto B)
⇨ Se a empresa gastar tudo em capital poderá obter C/r.
⇨ Se a empresa gastar tudo em trabalho, poderá obter C / w unidades de trabalho.
Juntando estes dois pontos (A e B) temos uma linha reta, que traduz o isocusto, que representa a
combinação dos dois fatores que geram o mesmo custo.
A inclinação da reta de isocusto (que é constante), que é a TMS, é:

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É constante e negativa, ou seja, igual ao rácio do preço dos fatores produtivos, com o sinal
negativo representado a TMSX,Y de um outro fator.
O declive das retas de isocusto depende dos preços relativos dos fatores de produção.

Equilibrio do produtor. Tangência entre um isocusto e a curva isoquanta mais elevada possível

Importa saber qual a combinação de fatores que com menos custo produz uma determinada
quantidade de produto, ou seja, como se expressa o equilíbrio do produtor.

Em termos gráficos, o equilíbrio do produtor é representando quando a isoquanta mais elevada é


a tangente a uma particular curva de isocusto.

⇨ A solução ótima é constituída pela


combinação produtiva dos fatores K e L,
situados sobre a reta de isocusto tangente
à isoquanta mais elevada.
⇨ Indicada pelo ponto M, ponto de tangencia
entre o isocusto e a isoquanta.
⇨ As suas coordenadas devem ser
combinadas para maximizar a produção
eficiente.

⇨ Se a empresa estiver a produzir na


isoquanta I, não está a ser eficiente, não
maximiza o seu produto, pois com os
custos atuais (dados pelo isocusto),
poderia se obter um produto mais elevado
dado pela isoquanta II.

⇨ A empresa não pode atingir a isoquanta III


com os custos atuais e sem que se
verifique progresso técnico.

⇨ Se a empresa altera os seus gastos


enquanto os preços do trabalho e do capital
permanecem constantes, a reta de isocusto
da empresa tem uma deslocação paralela –
para a direita e para cima se os custos
sobem, para a esquerda se os custos
baixam.
⇨ Estes diferentes isocustos são tangentes a
diferentes isoquantas, definindo os vários
pontos de equilíbrio para a empresa. Na
figura anterior, os pontos D, M e P
determinam a máxima produção para dados
níveis de custo total.

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Método de Lagrande. Questão da dualidade

Matematicamente, visa-se minimizar os CT dado que q = f(K,L) = q0, para uma dada produção,
através da função lagrangiana que, pelo multiplicador de Lagrange, Y , nos permite transformar
um problema de maximização de um constrangimento numa questão de maximização de não
constrangimento (dualidade de análise).
Tanto se pode desejar maximizar a produção (maximizar a função de produção, função objetivo)
sujeita ao constrangimento dos custos da empresa, como se pode desejar minimizar os custos
(aqui função objetivo) para uma dada produção. O que importa é definirmos qual a função
objetivo e qual a função constrangimento a fim de desenvolver a função Lagrangeana.

2ºPasso: Derivar parcialmente em relação às diversas variáveis e aos multiplicador de


Lagrange e igualar as derivadas a zero, para a obtenção de um max ou min.

3º Passo:
Verificar a Matriz Hessiana

Multiplicador de Lagrange: interpretação económica


⇨ Das equações antes deduzidas, relativas às derivadas parciais da função de Lagrange, fL
e fK, quanto à minimização dos custos como função objetivo, aqui reproduzidas para
facilitação:

⇨ Esta equação expressa o multiplicador de Lagrange,


em função dos rácios do custo unitário dos fatores de
produção (w,r) pela produtividade marginal (fL, fk),
evidenciando a relação entre o custo marginal
decorrente de seobtermmais uma unidade de um fator
de produção e a produtividade marg desse fator.

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⇨ Se o objetivo da empresa é minimizar custos, a razão entre o custo marginal de
incrementar o produto por qualquer fator e a produtividade marginal deve ser igual quer se
utilizem unidades adicionais de trabalho (w/fL) ou capital (r/fk)

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