Você está na página 1de 2

Setembro 2022

PORTUGUÊS – 10º ANO


Ficha Informativa- Curiosidades da Idade Média
MÓDULO 1- Lírica Trovadoresca e Fernão Lopes
Nome
Curso

Idade Média
Na Idade Média, não havia escovas de dente, perfumes, desotorizantes e muito menos
papel higiénico. O excremento humano era jogado das janelas do palácio.
Num dia de festa, a cozinha do palácio podia preparar um banquete para 1500 pessoas,
sem a mínima higiene.
Nos filmes de hoje, vemos as pessoas daquela época a sacudir-se ou a abanar-se.
A explicação não está no calor, mas no mau cheiro que exalavam sob as saias (feitas de
propósito para conter o cheiro das partes íntimas, já que não havia higiene). Também
não era costume tomar banho devido ao frio e à quase inexistência de água corrente.
Só os nobres tinham lacaios para abaná-los, dissipar o mau cheiro que o corpo e a boca
exalavam, além de afugentar os insetos.
Quem esteve em Versalhes admirou os imensos e belos jardins que, naquela época, não
eram apenas para ser contemplados, mas serviam de wcs nas famosas baladas
promovidas pela monarquia, por não haver casas de banho.
Na Idade Média, a maioria dos casamentos acontecia em junho (para eles, o início do
verão).
O motivo é simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio; então, em junho, o
cheiro das pessoas ainda era tolerável. Porém, como alguns cheiros já começavam a
incomodar, as noivas carregavam buquês de flores perto do corpo para disfarçar o fedor.
Daí a explicação da origem do buquê de noiva.
Os banhos eram feitos em uma única banheira enorme cheia de água quente. O chefe da
família teve o privilégio do primeiro banho em água limpa. Então, sem trocar a água, os
demais chegaram à casa, por ordem de idade, mulheres, também por idade e, por fim,
filhos. Os bebês eram os últimos a se banhar.

Cantigas de Amigo Cantigas de Amor Cantigas de Escárnio e Maldizer 1


Fernão Lopes
As vigas de madeira, que sustentavam os telhados das casa, eram o melhor lugar para os
animais, cachorros, gatos, ratos e besouros, se aquecerem. Quando chovia, as goteiras
obrigavam os animais a pularem no chão.
Quem tinha dinheiro tinha chapas de lata. Certos tipos de alimentos oxidam o material,
fazendo com que muitas pessoas morressem de envenenamento. Os hábitos de higiene
da época eram terríveis. Os tomates, por serem ácidos, foram considerados venenosos
por muito tempo, as xícaras de lata eram usadas para beber cerveja ou uísque; essa
combinação às vezes deixava o indivíduo "no chão" (numa espécie de narcolepsia
induzida pela mistura de bebida alcoólica com óxido de estanho). Alguém andando na
rua pensaria que ele estava morto, então eles recolhiam o corpo e se preparavam para o
funeral. Em seguida, o corpo era colocado na mesa da cozinha por alguns dias e a
família observava, comia, bebia e esperava para ver se o morto acordava ou não.
A Inglaterra é um país pequeno, onde nem sempre havia um lugar para enterrar todos os
mortos. Os caixões foram então abertos, os ossos removidos, colocados em ossários e a
tumba foi usada para outro cadáver. Às vezes, ao abrir os caixões, percebia-se que havia
arranhões nas tampas internas, indicando que o morto havia, de fato, sido enterrado
vivo.
Assim, ao fechar o caixão, surgiu a ideia de amarrar uma alça do pulso do falecido,
passando-a por um orifício feito no caixão e amarrando-a a uma campainha. Após o
enterro, alguém foi deixado de plantão ao lado do túmulo por alguns dias. Se o
indivíduo acordasse, o movimento de seu braço faria soar a campainha. E seria "salvo
pelo gongo ", que é uma expressão popular que usamos até hoje.

- Douglas Brizzante
In Manifesto Visionário

Cantigas de Amigo Cantigas de Amor Cantigas de Escárnio e Maldizer 2


Fernão Lopes

Você também pode gostar