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HARARI, Yuval Noah. Uma breve história da humanidade. Porto Alegre: L&PM, 2018.

[livro narra as transformações históricas que a humanidade passou. Destaca a Revolução Agrícola, a
Revolução Cognitiva e Revolução Científica. Destaca grandes destruições causadas neste processo, mas não
as julga como mal (nem boas), como se fossem inevitáveis. Apenas questiona se elas nos tornaram mais
felizes. Cultura atua como um agente transformador (chega a compará-la a um parasita), mas sofre
constantemente as determinações biológicas. Há vários pontos polêmicos, como igualar religião, comunismo,
liberalismo e nazismo. O que seria a grande “cola social” que mantém os humanos unidos, seriam os mitos
compartilhados (valores). A perspectiva de análise é bastante weberiana, dá bastante enfoque para as ideias
como motor da História. A grande capacidade humana é o intelecto. O livro se destaca pelo volume de
informações novas que apresenta, muitos dados interessantes e outras perspectivas de análise que ainda não
são dominantes na academia, principalmente na área de Antropologia. Bastante provocador. Valeu a leitura.
Apesar de um livro longo (550 páginas), oferece um panorama da História da Humanidade. Fiquei com
vontade ler de novo o livro de Leo Huberman: História da Riqueza do Homem, para comparar as análises. O
livro teria uma continuidade: Homo Deus]

A Revolução Cognitiva: Para pensar a evolução: olhar para a família dos felinos e dos canídeos: dividem
características em comum, mas espécies diferentes. Homo Sapiens teve diferentes espécies, algumas
convivendo, como os neandertais. HS vem do Austrolopithecus (mediados por outros) e não dos Neandertais.
Custos da evolução: cérebro pesado, consome mais energia (25%), corpo frágil. Evolução favorece os que
tinham fortes laços sociais (24); o fato de nascerem antes de “estarem prontos”, torna os humanos mais
flexíveis – EDUCAÇÃO. Há 2 milhões de anos temos cérebros grandes, mas somente há 400 mil anos
começamos a assumir o topo da cadeia alimentar (26). Os sapiens 70 mil anos atrás. Essa mudança repentina
não possibilitou às outras espécies se adaptar, foram subjugadas. “ditador de uma república de bananas” -
medo e ignorância nos torna cruéis (26); fogo muda a biologia e a química dos alimentos (27) – intestino
menor, cérebro maior [!*] (28); fogo mostra o poder que a humanidade teria. Teoria da substituição entre
sapiens e neandertais vem perdendo espaço para a teoria da miscigenação – teriam produzidos diferentes
humanos: eurasianos não seriam sapiens puros - “teoria racial explosiva” (32). Neandertais eram parecidos
demais para ignorar, mas diferentes demais para tolerar – genocídio? (35).

Sapiens dominou o mundo não somente pela inteligência, mas graças a sua linguagem única (36); entre 70 e
30 mil anos atrás surgem instrumentos, arte, religião (39). Linguagem levou a conquista do mundo
[consequência do social?]; fofoca seria o nosso grande salto evolutivo; (41); ainda são importantes, giram em
torno de comportamentos inadequados (4º poder); linguagem leva à Revoução Cognitiva – abstração –
religião – mito e ciência (pensamento). Aumenta a capacidade de cooperação entre estranhos – ideais
coletivos (43). Os sapiens não conseguiam manter um grupo grande unido, entre desconhecidos (46); a
“fofoca” funciona em grupos de até 150 indivíduos. Vale hoje para todas as organizações. Além disso, é
necessário a ficção – Peugeot. A realidade imaginada controla o mundo material/físico (54); RC marca a
separação entre a História e a biologia dos seres humanos (60); o que nos diferencia hoje dos outros primatas
é a cola mítica em grupos numerosos, “nos tornou mestres da criação” (61); o mundo dos caçadores/coletores
moldou a nossa psiqué [será?] e o que sofremos hoje é consequência do industrialismo sobre ela. Ex:
obesidade, monogamia [explicação “biologizante”] (64); boa parte da história dos coletores é feita pelos
poucos artefatos que tinham (68); a diversidade de culturas era grande, mesmo entre tribos próximas (71);
aldeias de pescadores surgiram antes da Rev. Agrícola; maior parte das calorias vinham da coleta, não da
caça – nomadismo em busca de conhecimentos (75); o homem coletor tinha conhecimentos mais profundos e
abrangentes do que o homem moderno (76); agricultura e a indústria aumentaram os “nichos para
ignorantes” (77); dieta dos coletores era muito melhor do que os agricultores, até a pré-modernidade [velho
dilema: aumenta a qtdd mas não a qualdd] (79). Saúde também era melhor, menos doenças, densidade
populacional baixa (80); questiona a ideia de que os coletores eram pacíficos (91); os coletores mudaram o
mundo drasticamente: força mais destrutiva que o reino animal já produziu (94); ocupação da Austrália
revela a engenhosidade humana, navegação há 45 mil anos. Equiparada à Colombo e à Apolo XI;
ecossistema completamente diferente e é quase totalmente destruído pelo hs (1ª grande marca sua no planeta)
(98), “assassino em série da ecologia” (100); seguida pela devastação da América. Em 14 mil a.C. o Alasca,
em 10 mil a.C. já tinham chegado à Patagônia Argentina. A 1ª grande extinção causada pelos sapiens foi de
outros humanos – neandertais. Seriam então, 3 grandes ondas de extinção: caçadores/coletores; agrícola;
industrial (109). Pxmo alvo seriam os oceanos; nossa mente é dos coletores e a culinária é dos antigos
agricultores (mais de 90% de nossas proteínas datam de 10 mil a.C.);
Revolução Agrícola: contra a ideia de uma revolução agrícola, pois piorou a vidas dos hs, trigo domesticou
o homem. Possibilitou o aumento da população no território, mas em condições piores. Revolução agrícola
foi uma armadilha (121); aumento da mortalidade infantil (124); “se eu trabalhar mais, terei uma vida
melhor” - sem volta (126); “luxos viram necessidades e geram novas obrigações” (126); descobertas
arqueológicas de estruturas que remetem à religiosidade em 9500 a.C. (coletores). Hipótese que o cultivo de
trigo começou para alimentar os construtores que não tinham mais tempo para coletar/caçar (129);
crueldades envolvidas no processo de domesticação de animais (135); sucesso junto com sofrimento
[dialética?]; (137); Revolução Agricola acabou com a simbiose h/n e começou a ganância e a alienação:
“minha casa”, preocupação com o futuro, stress causado pela atividade agrícola, foram a base de sistemas
políticos de grande escala – elites (143-4); as guerras não teriam sido causados por escassez, ms porque a
Rev agrícola criou grandes cidades em poucos anos, e a hdd não teve tempo de desenvolver um instinto de
cooperação [explicação dos conflitos pela biologia?!]. Foram criados, então, mitos: deuses, pátrias e
empresas - “redes de cooperação em massa”, boa parte baseada na opressão (147); Ex Código de Hamurabi,
que dividia as pessoas em superiores, comuns e escravos, com penas diferentes ou Decl. de Indep. Dos EUA,
partem da premissa de uma realidade imaginada (154) – Direitos humanos são um mito [!!!!] (115); é muito
difícil organizar a violência do Estado: elites precisam acreditar (156). As leis precisam ser tratadas como
naturais e não imaginadas. 3 fatores que a naturalizam: 1) tem base material. Ex individualismo; 2) definem
nossos desejos. Desde o nascimento – mitos nacionalistas, românticos, capitalistas ou humanistas (160) -
“diversidade de experiências”, dedicamos a vida a “construir pirâmides” sem questionar os motivos. 3) é
intersubjetiva. Coletiva, não depende de um só indivíduo; para mudar uma ordem imaginada, é preciso
imaginar outra. Não há como escapar de uma, são prisões diferentes (165);

cérebro humano não teria sido adaptado para armazenar grande qtde de dados materiais. Leva a invenção de
um sistema para armazenar o processar dados fora do cérebro: escrita, pelos sumérios + ou – 3,5 mil a.C.
uma tábua de argila com incrições. Provavelmente o primeiro nome descoberto pela História seja de um
contador [!!!]. Foco não era o registro da linguagem falada, mas fazer o que ela não dava conta – aumenta o
controle sobre as ordens imaginadas. A escrita e a necessidade de arquivamento dos documentos mudou a
forma como pensamos e concebemos o mundo: pensamento holístico deu lugar a compartamentalização
(180); “métodos burocráticos de processamento de dados”; mensurar pobreza, felicidade, bem-estar (182);
com os computadores a escrita passa a dominar a consciência (183): Ias.

As hierarquias sociais permitem à estranhos “saber com que estamos falando” (188); se quiser isolar
qualquer grupo social, basta dizer q seriam contaminados (191); Porque escolher o escravo africano:
distância, pré-existÊncia de mercado, clima/doenças (192); fim da escravidão não acabou com os mitos
racistas que a justificaram (194), foram reforçados pelo “ciclo vicioso”; $ gera $, o mesmo para pobreza e a
ignorância (198); no mundo existe diferentes formas de hierarquias sociais, mas a de gênero está presente em
todas as culturas (199); a crítica de que a homossexualidade é contra as leis da natureza não tem fundamento,
pois se acontece é porque a natureza permite (212); os órgãos do corpo do homem fazem coisas diferentes
daquilo que foram projetados. Ex: boca; mitos definem os papéis sociais (205); por que a supremacia do
macho? (211); Força? Mas as mulheres não ocuparam trabalhos que não exigem força (juízes, sacerdotes,
políticos) (212); homens de 60 anos dominam mulheres de 20; outra explicação seria a tendÊncia à violência
do macho (213), mas por que não há mulheres no comando de exércitos?; mulher seria submissa para ter
apoio na criação dos filhos? (217) Então por que não uma rede colaborativa feminina, como as elefantes?
Como uma espécie colaborativa foi dominada pelo macho menos colaborativo?

Unificação da humanidade: cultura desenvolve-se também por contradições (224); “dissonância cognitiva”
(226); H mostra as culturas sempre em direção de aglutinações mais complexas (227); no passado a Terra era
uma “galáxia de mundos” diferentes, hoje é basicamente uma cultura (231) mas não homogênea (233); a
perspectiva ideológica de uma cultura universal teve avanço no 1º milênio a.C.; pela ordem monetária,
política/imperial, religiosa/monoteísmo; o maior conquistador de todos os tempos é o dinheiro (235);
Revolução agrícola trouxe a especialização e a dificuldade para o escambo (239); dinheiro é um sistema de
confiança mútua (245) a ideia de um equivalente universal (dinheiro/ouro) tornou possível a unificação do
mundo (250); dinheiro é o apogeu da tolerância humana (252); mas corroem-se tradições locais (253), como
amor e honra, não confiam um nos outros, mas no $;
Domínio econômico foi fortalecido pela espada - IMPÉRIO (254); (cerco romano à Numância séc. II a.C. -
memória dos derrotados) (257); Impérios são responsáveis pela diminuição da diversidade humana –
padroniza (259); “Império do mal?” não necessariamente, motivos: forma mais comum de organização
política nos últimos 2,5 mil anos (260). Trouxe progressos: filosofia, arte, etc. (262); homo sapiens é uma
criatura xenofóbica (265); lógica imperialista diminuiu a fronteira entre “nós” e “eles” [mas não acaba];
períodos imperiais eram vistos como “eras de ouro”, para o bem dos conquistados (268); também absorvem
cultura dos dominados (269); lutas contra a cultura imperialista pode ocultar nacionalismos e intolerância
(276); estaríamos em direção a um novo império global capaz de enfrentar problemas como o ambiente;
nacionalismo estaria em declínio [Será? E o BREXIT?] (280)

Religião: dava legitimidade às conquistas (283); “sistema de normas e valores”; precisa ser universal e
missionária (284); só aparecem mil a.C.; Revolução Agrícola transformou a relação de igualdade entre H e N
em dominação (286) entidades locais não dão conta de Impérios (287); Politeísmo eleva o status do homem
(288); politeístas não tentavam convencer os conquistados, mas exigiam respeito às suas divindades. Como
os cristãos não o fizeram, foram perseguidos. Depois se tornaram perseguidores [como os judeus] (Massacre
de São Bartolomeu – decoração do Vaticano, de Giorgio Vasari (292)); judaísmo durante muito tempo não foi
missionário(293); avanço veio com o cristianismo. Monoteístas são mais fanáticos e missionários (294);
Dificuldade de explicar o mal. Seria Deus Maligno? (298) a presença do mal seria somente para exercer o
livre-arbítrio? Explicação do budismo [bastante valorizada na obra. Faz em outros locais] (304). Foco no
desejo/controle dele. Sofrimento surge do desejo [freudiana?] (305) a crença nos deuses não é fundamental;
comunismo, liberalismo e nazismo seriam religiões, baseadas em leis naturais, normas e valores; culto do
homem – humanistas (sociedade, indivíduo e raça superior, respect); direitos humanos seria uma forma de
proteger a santidade humana (311); “o que parece inevitável e retrospectiva, estava longe de ser óbvio na
época”; quanto mais se conhece uma época, mais difícil é explicá-la (322); A História é caótica (324), suas
escolhas não são em prol do humano (326); ideia de que a cultura é uma parasita que se espalha pelos
hospedeiros; “memética”: memes (como os genes) são unidades de informação cultural (327) [Biologia]

Revolução Científica: população aumentou 14 vezes, a produção 240x; consumo energia 115x nos últimos
500 anos (333); “Revolução da Ignorância”, do não-saber (338); hoje temos mais disposição em abraçar a
ignorância (342) [Considera que a forma de conhecimento pré-científico era a religião. E a Filosofia?] “livro
da Natureza está escrito em Matemática” (345); depois vem a estatística para as sociedades (346); Hoje há
um movimento irresistível rumo às ciências exatas (349); parâmetro de um conhecimento não é a verdade,
mas a sua utilidade (350); relação entre conhecimento e tecnologia é recente (353-4); quando é incluído a
questão da tecnologia militar, o mundo é transformado (355); principal objetivo da Ciência é a vida eterna
(360); a vida após a morte não é mais uma preocupação (364); pesquisa científica só pode florescer aliada à
uma ideologia (369): determina o que fazer; casamento entre Ciência e Império: dominação europeia do
mundo entre 1750 e 1850 (376); os europeus puderam desfrutar melhor da tecnologia, pois já existia o mito
do capitalismo difundido (378) [seguindo Max Weber]; cientistas e militares europeus caminhavam juntos
(381): novos conhecimentos + novos territórios; Colombo não acreditava que o continente que descobriu era
novo até a sua morte; Américo Vespúcio é quem afirmou “não conhecemos” (387); Descoberta da América
foi a base para Revolução Científica: necessidade de conhecimentos; ambição inigualável dos europeus
[Weber] (390), combinada com a ingenuidade do Novo Mundo; Conhecimento dava justificativa ideológica
aos Impérios (403): “levar o progresso aos conquistados” [Império para além do bem/mal. Isso não justifica
novas conquistas?]; arianos teriam sido os primeiros conquistadores europeus. Não se misturavam aos
conquistados – superiores (405); racismo foi substituído por “culturismo”: a diferença está na cultura. É mais
difícil de refutar e está presente nos discursos nacionalistas de hoje (406); credo capitalista: dinheiro é
essencial para construção de Impérios e promoção da ciência (405); palavra-chave: crescimento; banco pode
emprestar 10x mais dinheiro do que tem (411); podemos construir coisas no presente, usando receitas
financeiras do futuro (413); crédito é o que teria levado ao crescimento global, impulsionado pelo
Império/ciência [Idealismo novamente. Diferencial é o trabalho] (416); defesa do argumento de A. Smith: a
ganância é boa (418); lucros devem ser reinvestidos na produção; Capitalismo começa como uma doutrina
econômica, hoje se tornou uma ética [Weber] (421); estaríamos caminhando para um “estouro da bolha”?
Depende de novos conhecimentos – novos ramos da indústria (423); Financiamento das Grandes Navegações
(425); Caso da Holanda (429): investimentos em empresas colonizadoras privadas – ações – mercado de
ações; Wall Street era um reduto da Cia. das Índias Orientais (Holanda) (432); Colonização, Capitalismo e
Impérios (435); Guerra do Ópio: Inglaterra era traficante de drogas para a China (436) – Guerras se tornam
ações de Estado para proteger interesses privados (437); crença do “livre” mercado (440), mas por ex, no
tráfico de escravos, mercado não garante justiça para todos; exploração do Congo por uma “Cia
humanitária”: morte e genocídio e $ (445), em 1908; temor ao comunismo freou a ganância do Capital (446);
crescimento econômico baseado em confiança no futuro, mas também exige matéria-prima e energia –
descoberta frequente de novas fontes – Revolução Industrial; todos conviviam com chaleiras, mas não
percebiam seu potencial (451); calor – movimento; matéria – energia: vapor, combustão, eletrecidade (454) a
descoberta de novas fontes de energia também leva à novas matérias-prima (457) – explosão de
produtividade; horrores da pecuária industrial (461); consumismo, uma nova ética (465), que ao contrário
das antigas, como a religião, é mais fácil seguir (468): o paraíso está na TV; massa de toda a população: 300
milhões T; animais de criação: 700 milhões T; animais selvagens: 100 milhões T (469); Revolução Industrial
trouxe: tempo, urbanização, democratização, cultura jovem, desintegração do patriarcado, colapso da família
e da comunidade local, em prol do Estado e do mercado (476): usaram o poder para enfraquecer a família
(“tornem-se indivíduos”, “façam o que quiserem”) (480) – indivíduos alienados; função casamenteira do
mercado (484); comunidades imaginadas (487), tem o mesmo papel que “reinos”, religiões, mas essas viram
secundárias; transformações mudam a lógica da “Ordem”: agora é instável, mudanças frequentes (489);
as transformações ficaram menos violentas (490) [não acredito]; cita vários estudos p. 571; nº de mortos no
ano de 2000: suicídios é igual o das guerras!; compara o nº de mortos entre os Yanomami e os mortos pela
Ditadura de 64 [!!!!!]; fim pacífico de vários Impérios (494); desinteresse por guerras: “Hoje há paz de
verdade” (497); preço das guerras aumentou muito – Bombas atômicas; Império Global – paz mundial (500);
mas é cedo para comemorar. É preciso uma análise macro-histórica; História deveria se perguntar se as
mudanças trouxeram felicidade [????] (503); continua defendendo que os caçadores/coletores tinham uma
vida mais plena; o que nos torna felize? (507); dinheiro traz felicidade, até certo ponto (509); doenças
somente as de dor crônica ou debilitante tiram a felicidade; família e comunidade têm mais impacto que
saúde e dinheiro (510), justa aquilo que está em crise; amizades quando existem, são superficiais (511);
Felicidade depende de correlações entre condições objetivas e expectativas subjetivas (512): expectativas são
infladas pela publicidade e são inatingíveis para a maioria (514); momentânea, uma estratégia da evolução
(516); difere de pessoa para pessoa (biologicamente) (518); Revoluções não são garantia de felicidade (520);
felicidade pode ser obtida por ter “um sentido na vida” ou no que faz, não importa as dificuldades. Ex da
criação de um filho. É uma atribuição ilusória (523), “autoilusão?” (524); “dieta de slogans” nos faz acreditar
que a felicidade está no indivíduo. Antigamente era o contrário: eram as religiões que diziam para o
indivíduo o que é bom (525); para o budismo, a raiz do sofrimento é a incessante busca por sensaçoes
efêmeras (528);

Fim do Homo Sapiens: limiar de uma revolução biológica, uma nova “era cósmica”, design inteligente em
oposição à seleção natural (534); várias possibilidades: saúde, tecnologia; super homem? Deuses? (550);
mito de Frankenstein: não sabemos o que queremos querer – grande risco (554), não sabemos para onde
vamos: “Existe algo mais perigoso do que deuses insatisfeitos e irresponsáveis que não sabem o que
querem?” (556).

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