Você está na página 1de 15

REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA


INSTITUTO MÉDIO DE GESTÃO DO KICOLO

TRABAL HO DE T.O.E

TEMA: A DESCOBERTA DO FOGO


Nome: Odete Guilherme Cazamba
Nº:30
Classe: 10ª
Sala: 03
Turma: CGM
Turno: Manhã

Docente:

LUAND|SETEMBRO|2022
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr


ser essencial еm minha vida, autor do meu
destino, meu guia, socorro presente nа hora dа
angústia, aos meus parentes е a toda minha
famílias que, cоm muito carinho е apoio, nãо
mediram o esforços para qυе eu chegasse аté
esta etapa da minha vida.”

LUAND|SETEMBRO|2022
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................1

1.1.DESENVOLVIMENTO..............................................................................................2

1.2PRIMEIRAS EVIDÊNCIAS REGISTRADAS...........................................................3

1.3.DOMÍNIO DO FOGO.................................................................................................4

1.4.CONTROLE DO FOGO.............................................................................................5

1.5.USO HABITUAL DO FOGO.....................................................................................6

2. ESTUDOS DAS EVIDÊNCIAS DE FOGO E DA INTERACÇÃO HUMANA EM


SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS............................................................................................7

2.1 FOGO E A EVOLUÇÃO HUMANA.........................................................................8

2.2.FOGO E RELAÇÕES ANTROPOGÊNICAS............................................................9

2.3.FOGO E A ALIMENTAÇÃO...................................................................................10

2.4.HÁBITOS ALIMENTARES.....................................................................................10

2.5.CONCLUSÃO...........................................................................................................11

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................12
A DESCOBERTA DO FOGO 2022

1. INTRODUÇÃO

No presente trabalho abordei sobre “ a descoberta do fogo” um tema muito


importante na disciplina de T.O.E.

O fogo foi a maior conquista humana durante a pré-história, responsáveis por


grandes avanços. Além disso, sua descoberta levou os homens a extrair energia da
natureza e moldá-la de acordo com suas necessidades.

No começo, elas eram sinónimos de protecção, pois afastavam os animais


selvagens e ajudavam nos dias frios. Depois, começaram a ser usadas na caça, em
tochas, para assustar a presa e capturá-la mais facilmente.

O fogo também foi utilizado para cozinhar alimentos, deixando-os mais


saborosos e saudáveis ao eliminar muitas das bactérias. Inclusive, também aumentou a
variedade de alimentos que podiam ser consumidos. 

1
A DESCOBERTA DO FOGO 2022

1.1. DESENVOLVIMENTO

Origem e primeiras evidências de uso do fogo:

O fogo, embora seja um fenómeno natural, actualmente, pode ser obtido tanto de
maneira natural como artificial. Há milhares de anos, no entanto, o uso de fogo era
obtido eventualmente, principalmente em tempestades em que relâmpagos atingiam
certos ambientes e provocavam incêndios.

Em eventos como esse, muitos animais reagiam a essa forma de emancipação de


energia se afugentando, ou mesmo se aproveitando da actividade do fogo, caso de
alguns pássaros que caçavam mais eficientemente em momentos como esse, quando
suas presas se mostravam aturdidas. No entanto, somente os humanos aprenderam a
dominar o fogo e usá-lo em benefício próprio.

O uso do fogo pelo homem foi considerado por Charles Darwin a descoberta mais
importante da humanidade depois da linguagem e estaria, assim, inteiramente associado
a questões de sobrevivência com seu uso se desenvolvendo de maneira gradativa a partir
das reais necessidades enfrentadas no ambiente em que os homicídios viviam.

Alguns pesquisadores classificam o uso do fogo em três processos integradores:


primeiro, para forrageamento; segundo, para cozimento, proteção e uso doméstico e
social do fogo; e terceiro, para uso em processos tecnológicos.

Tais processos não ocorreram simultaneamente e baseiam-se em hipóteses que


embora sejam distintas, não são mutuamente exclusivas, como as da consumo de
alimentos que necessitavam ser cozidos em suas dietas, e a hipótese social, associada ao
desenvolvimento cerebral dos homicídios e a importância de suas relações sociais e
auxílio mútuo (como para sobrevivência ao frio) com o uso do fogo.

2
A DESCOBERTA DO FOGO 2022

1.2. PRIMEIRAS EVIDÊNCIAS REGISTRADAS

Os ancestrais de nossa espécie comummente designados como homicídios pela


comunidade científica, coevoluíram com o uso do fogo. Este processo acompanhou,
portanto, as necessidades e o desenvolvimento tecnológico de nossa linhagem, servindo-
se como uma ferramenta essencial para o caminho da civilização humana.

As evidências mais antigas demonstram que há cerca de 1,9 milhões de anos havia
comida cozida, embora o fogo provavelmente não tenha sido utilizado de forma
controlada até há um milhão de anos. Novos estudos e o surgimento de evidências estão
auxiliando a traçar o caminho da evolução humana com utilização do fogo como
artifício essencial em seu aprendizado e na sobrevivência de sua linhagem. O fogo foi
dominado a partir de eventos de manifestação natural que causavam incêndios, como
relâmpagos que atingiam florestas e áreas de campos abertos

Por muito tempo, o chamado Peking-Man de Zhoukoudian, localizado em uma


província chinesa, foi considerado o primeiro hominínea a produzir e manusear o fogo
em benefício próprio. Seus fósseis foram identificados pelo antropólogo canadense
Davidson Black e sua equipe como um membro da linhagem hominínea, datado de
meados de 500.000 anos antes de Cristo. Alguns compostos queimados encontrados no
sítio arqueológico junto com alguns agregados de poeira foram indicativos de que
aquela seria a evidência mais antiga do uso de fogo por hominínios. No entanto, estudos
surgidos nas décadas posteriores demonstraram que tais compostos, embora tenham
sido queimados por fogo, não entraram em estado de combustão de maneira intencional
e sim gerado por elementos por combustão espontânea de material orgânico. Até hoje
em dia, não há inteiro consenso na comunidade científica se esta situação representou o
uso de fogo pelo ancestral da linhagem humana de maneira intencional, visto que
embora a evidência do fogo fosse forte, a evidência de envolvimento humano no
processo era superficial e com interpretações não consolidadas.

3
A DESCOBERTA DO FOGO 2022

1.3. DOMÍNIO DO FOGO

É sabido que o fogo desempenhou um papel crucial para a humanidade nos últimos
milhares de anos, com papéis que vão desde adaptação ao ambiente, criação de novas
tecnologias, valores socioculturais e ideológicos, papéis esse muitas vezes interligados
entre si. Porém, uma questão que intriga os pesquisadores da área é como se
desenvolveu essa descoberta. Tradicionalmente, o estudo da relação humana com o fogo
estava mais preocupado em saber quando começamos a usar o fogo e quando ele se
incorporou ao quotidiano das adaptações dos hominínios. Porém, existem alguns
problemas com essas abordagens: buscar uma data exacta para determinar a partir de
que momento os hominínios começaram a usar o fogo não é tão simples quanto
determinar a data da invenção de uma máquina actualmente, por exemplo. Além disso,
não é fácil diferenciar em alguns sítios arqueológicos o que seria um fogo de causas
naturais, como resultado de um relâmpago, de um fogo feito por humanos. Outra
questão tem a ver com uma confusão, ou ausência de padronização nos termos usados
por pesquisadores para descrever a relação dos antigos com o fogo.

Uma dessas confusões tem a ver com a terminologia para o uso controlado do fogo,
que é o termo mais usado actualmente. Principalmente a partir do fim da década de
1970 e início da década de 1980, o foco das pesquisas nessa área era encontrar vestígios
desse uso controlado do fogo. O problema está justamente na atribuição de significado
que pesquisadores davam às evidências de uso de fogo, nas quais o seu “controle” tinha
um significado de manejo ou domínio básico do fogo, o que por sua vez gerava a
interpretação de que qualquer evidência antiga significava que ele já estaria
“controlado”. Haveria então uma ausência de discussões sobre um domínio do fogo em
etapas, de forma gradual, dando margem para um cenário de descoberta pontual das
técnicas de produção de fogo, e que a partir desse momento, toda a humanidade teria
acesso e conhecimento a essa descoberta. Poucos pesquisadores tentaram propor novas
terminologias para elucidar diferentes graus de “controlo” do fogo.

4
A DESCOBERTA DO FOGO 2022

1.4. CONTROLE DO FOGO

Uma proposta recente para diferenciar melhor como os hominínios teriam


desenvolvido o controlo do fogo foi feita por Pruetz e Laduke, na qual haveria três
etapas, ligadas tanto cronologicamente e cognitivamente, ao domínio do fogo. A
primeira etapa seria caracterizada pela conceitualização do fogo, ao entender como o
fogo se comportava e quais suas propriedades, permitindo que fossem feitas actividades
próximas a ele; a segunda etapa consistiria na habilidade de controlar o fogo, ou seja,
um conjunto de conhecimentos atrelados a contenção, alimentação e apagamento das
chamas. Por fim, a terceira etapa estaria atrelada à habilidade de fazer o fogo à vontade,
por meio de conhecimentos e tecnologias diversas.

Uma outra proposta levantada classificaria os estágios de controlo do fogo em


quatro fases:

2. Habituação;
3. Uso;
4. Curadoria/manutenção;
5. Manufactura.

Há, ainda, uma duas ideias para como a relação da humanidade com o fogo
teria sido moldada ao longo do tempo e que também é composta de dois estágios:

1.º Estágio: por volta de há 1 milhão de anos, talvez um pouco antes. O fogo seria
sazonal, esporádico, com limitações em sua manutenção. Não haveria evidências de
produção própria do fogo ou fogueiras que durassem muito tempo, o que descartaria a
possibilidade de controlo sobre o fogo.

2.º Estágio: haveria uma melhora na capacidade de manutenção do fogo, associada a


acampamentos. Essa etapa teria se consolidado há entre 400 e 200 mil anos, e conta
como evidências a ocorrência de deposição de cinzas e carvão, associados com ossos
queimados e artefactos líticos.

5
A DESCOBERTA DO FOGO 2022

1.5. USO HABITUAL DO FOGO

Uma outra terminologia bastante presente em publicações mais atuais é o ou uso


habitual do fogo. Esse termo aparece mais em trabalhos que estudam locais com
evidências de uso contínuo, sistemático e repetitivo do fogo, sobretudo em sítios
individuais. Outros significados encontrados em pesquisas sobre o “uso habitual do
fogo” são de “regular”, “persistente”, “contínuo”. O que falta é uma certeza sobre qual a
diferença de tempo entre uma fogueira e outra. Seria uma diferença diária, semanal,
mensal? Ou estariam separadas uma da outra por anos, décadas e até mesmo milênios?
Ainda há muito a ser estudado para preencher essas lacunas importantes de
conhecimento sobre o processo de domínio do fogo.

Lugares que possuem evidências inequívocas desse tipo de uso de fogo são
sítios em cavernas em Israel, com os registos datando há entre 350 e 200 mil anos. Com
isso, esses sítios também representam locais onde teria havido um comportamento
repetitivo e regular de uso de fogo, o que provavelmente também teria influência na
organização da população local. Cavernas são especialmente importantes para buscar
essas evidências de uso de fogo pois estão menos expostas às acções erosivas do
ambiente em relação a sítios ao ar livre, como ventos, chuvas, e até mesmo incêndios.

Como é de se esperar, nem todos os sítios arqueológicos com presença de fogo


são parecidos entre si. Quanto mais antigo, menor é a probabilidade de encontrar
registos de uso de fogo, além de haver a possibilidade de perda de resíduos efémeros de
fogo ao longo do tempo. Além disso, os achados também estão condicionados a locais
em latitudes mais próximas ao Equador e aos trópicos, bem como em regiões com
condições climáticas favoráveis para ocorrência de fogo naturalmente. Por fim, ressalta-
se que embora as propostas que tratam o domínio do fogo como um processo gradual,
em etapas, sejam de certa forma direccionais, elas não são necessariamente uma seguida
da outra. Isto é, nada impede que uma população tenha pulado uma das etapas no
controle do fogo.

6
A DESCOBERTA DO FOGO 2022

2. ESTUDOS DAS EVIDÊNCIAS DE FOGO E DA INTERACÇÃO HUMANA


EM SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS

As investigações do uso do fogo não podem ser interpretadas com base em uma
única evidência local. A ciência necessita de reconhecer a contextualização e unificar os
dados obtidos para que, então, se tenha conhecimento que aquela situação demonstra a
utilização do fogo intencional em questão.

O estudo do papel do fogo ao longo da história da evolução humana, e de seus


ancestrais, através da análise de artefactos e estruturas encontradas em sítios
arqueológicos é complexo. Pesquisadores e estudiosos devem integrar uma série de
etapas no processo de análise dos sítios arqueológicos para que se possam estabelecer
interpretações que sejam adequadas às, em geral, poucas evidências que têm em mãos.
Arqueólogos chamam atenção para o fato de que a maioria das interpretações das
primeiras interacções dos hominínios com o fogo não levam em conta o enorme viés de
preservação de artefactos, o que pode implicar consequências significativas para a
forma que o passado é mapeado. Em muitos casos de análise de evidências, a pesquisa
se limita a determinar se houve ou não a presença de fogo, falhando em reconhecer que
as primeiras interacções dos hominínios podem ter ocorrido com fogos naturais e pode
nem mesmo ter incluído o uso intencional de fogueiras, por exemplo. Resquícios de
fogueiras são o tipo de artefacto que mais provém dados científicos para que
arqueólogos consigam determinar a associação do fogo com os primeiros humanos e
seus ancestrais.

Para dificultar as investigações, o uso do fogo deixa poucas evidências e o


registo arqueológico de actividade hominínia geralmente é superficial, com poucas
chances de ser preservado ao longo do tempo. Os traços do fogo desaparecem e podem,
inclusive, desaparecer durante a colecta em uma investigação, se não forem tomados os
devidos cuidados pela equipe profissional, visto que os restos possuem uma densidade
muito baixa de colecta também.

7
A DESCOBERTA DO FOGO 2022

Mesmo assim, por vezes, o estudo do fogo se mostra controverso. Para resolver
algumas questões, as equipes de arqueólogos tomam como base alguns pontos para
nortear sua investigação:

 Fogo natural sempre vem primeiro, ocorrendo em áreas frequentadas por


seres humanos. Caso contrário, os hominínios naquele local não teriam como
dominá-lo.
 As fogueiras intactas (chamadas também de “coração”), representam uma
das evidências mais fortes de domínio e utilização intencional do fogo.
 Para discriminar fogo artificial de natural, o uso de métodos tradicionais,
como a medição de temperatura, não se mostra unicamente eficaz,
necessitando do estudo de todo o contexto e de restos de objectos queimados
que promovam uma inferência conclusiva

2.1. FOGO E A EVOLUÇÃO HUMANA

Cada vez mais se vê crescente o número de sítios arqueológicos de fogo, mas,


relativamente, a quantidade de material ainda é bastante escassa. No entanto, o interesse
no tópico “fogo e evolução” vêm crescendo, principalmente por descobertas
importantes recentes feitas em sítios na Europa, Oriente Médio e África, e arqueólogos
fazem um apelo para que se tenha cuidado na preservação e no estudo das evidências,
sugerindo que haja uma integração com diferentes áreas da ciência, como por exemplo
primatologia e psicologia evolucionária, a fim de se estabelecer hipóteses melhores
fundamentadas. A arqueologia por si só não é capaz de realizar um panorama geral com
acurácia das primeiras interacções com o fogo, geralmente ressaltando apenas
momentos particulares.

Isso se dá porque apenas em circunstâncias específicas e favoráveis arqueólogos


são capazes de reconhecer fogo manipulado por humanos. No entanto, tais
circunstâncias são incrivelmente raras e dependem de condições de preservação de
materiais excepcionais.

8
A DESCOBERTA DO FOGO 2022

É por essa tendência de processar eventos fundamentalmente raros que, na busca


de um cenário amplo para a presença do fogo e sua influência na evolução do ser
humano, a arqueologia deve integrar-se com outras disciplinas. Quando se tenta avaliar
o histórico de fogo de determinada ocupação antiga, pesquisadores estão limitados pela
abundância e qualidade dos materiais presentes. A inspecção de materiais queimados
como pedra, madeira e carvão podem ser suficientes para determinar um “passado de
fogo” mas não são capazes de determinar a causa, natural ou antropogênica. No entanto,
o enorme corpo de dados científicos, acumulado principalmente na tentativa de
prevenção de incêndios, permite que as interpretações de causa de fogo sejam mais
precisas.

2.2. FOGO E RELAÇÕES ANTROPOGÊNICAS

Pesquisadores do sítio arqueológico de Gesher Benot Ya’aqov, em Israel,


conseguiram, através da associação do histórico arqueológico da região com dados
científicos das áreas da ecologia do fogo e paleoecologia, determinar que a causa para o
grande número de materiais queimados no sítio não eram grandes queimadas naturais
recorrentes do passado, como se acreditava anteriormente, e sim, devido a causas
antropogênicas. O conhecimento para criar fogo e as habilidades tecnológicas dos
hominínios antigos os permitiam atear fogo à vontade, organizando grandes queimadas
intencionais, com o intuito de desmatar a vegetação e também de caça. A noção das
habilidades desses hominínios é um passo significativo para compreender melhor o
comportamento e habilidades dos primeiros humanos em relação ao fogo. A presença de
artefactos em GBY é escassa e apenas com a junção dos dados de outras ciências é que
os arqueólogos foram capazes de realizar essa descoberta.

Um outro exemplo de sucesso recente na integração da arqueologia com outras


ciências permitiu que pesquisadores em uma caverna na Espanha, aparentemente
utilizada por hominínios antigos como um mortuário, determinassem que a presença de
inúmeras pequenas fogueiras adornadas com chifres fossem puramente cerimonial, e
associadas com a cerimónia de morte de uma criança.

9
A DESCOBERTA DO FOGO 2022

2.3. FOGO E A ALIMENTAÇÃO

Acredita-se que o fogo foi essencial para alterações ocorridas nas espécies de
hominídeos. Entre Ardipithecus e Australopithecus ocorreram mudanças anatómicas
importantes, como o aumento de tamanho do crânio, além de modificações na arcada
dentária e no osso mandibular. Muitos especialistas acreditam que a alimentação foi
uma das principais forças a moldarem grande parte das mudanças morfológicas e
anatómicas que ocorreram durante a evolução do género. A exemplo disso, podemos
citar a bipedia, associada a novos hábitos alimentares, ocasionados por mudanças na
paisagem do continente africano.

Os hábitos alimentares do género Homo foram essenciais para o seu sucesso


nessa nova paisagem da África, um ambiente de savana. Esse ambiente de vegetação
mais aberta, possibilitava aos hominídeos a caça de mamíferos, já que estes estavam
mais visíveis nesse tipo de ambiente. Isso, em conjunto com uma dieta generalista,
possibilitou que o género Homo tivesse sucesso evolutivo alimentar, quando comparado
com Australopithecus. Entretanto, foi só com o cozimento dos alimentos que a
alimentação desse género foi revolucionada.

2.4. HÁBITOS ALIMENTARES

Os primeiros registos de cozimento de fogo são atribuídos ao género Homo há


cerca de 2,6 milhões de anos, na África. Acredita-se que H. habilis era capaz de
produzir fogo a partir de faíscas geradas pelo atrito de rochas. Entretanto, foi H. erectus
o primeiro a utilizar efectivamente o fogo para cozinhar alimentos, por volta de 1,8
milhões de anos. O fogo foi importante para a diminuição de infecções causadas pela
ingestão de alimentos estragados e para combater microorganismos presentes nos
alimentos, como fungos e bactérias. Além disso, sabemos que alimentos cozidos
possibilitam uma maior absorção de nutrientes, quando comparados a alimentos não
cozidos. A partir do cozimento, o género Homo passou a precisar se alimentar menos
vezes ao dia, suprindo sua demanda energética com menos comida. Com uma maior
disponibilidade de nutrientes, foi possível caçar por mais tempo e se alimentar melhor.

10
A DESCOBERTA DO FOGO 2022

2.5. CONCLUSÃO

Depois de tantas pesquisas feitas concernente o tema, cheguei a conclusão que o


fogo parece algo normal por simples facto dela está em nossos fogões, nas nossas
churrasqueiras e em tantos outros lugares. Mas ela teve que ser descoberto! E isso
aconteceu no período paleolítico. Nesta época, o homem primitivo observava o fogo que
surgia espontaneamente. O fogo “aparecia” devido a queda de algum raio em uma
árvore ou um incêndio natural em alguma floresta. E isso causava muito medo entre o
homem.

Com o passar o tempo, esse medo foi passando e eles começaram,


primeiramente, a utilizá-lo de vez em quando e de maneira desorganizada, como fonte
de iluminação e aquecimento. Para isto foi necessário descobrir como mantê-lo aceso,
isto também resultou provavelmente da observação de que brasas resultantes da queima
natural de madeira podiam ser realizadas pela acção do vento, ou pelo sopro, fazendo a
fogo reaparecer.

Obrigado!

11
A DESCOBERTA DO FOGO 2022

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
.

https://dimensaoincendio.com.br › história-do-fogo.

https://www.bloguito.com.br › descoberta-do-fogo.

https://pt.wikipedia.org › wiki › controle -do- fogo.

12

Você também pode gostar