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PEDAGÓGICO
ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS INICIAIS
DIÁLOGOS
SOCIOEMOCIONAIS
INSTITUTO AYRTON SENNA
PRESIDENTE DESIGN DE PROTÓTIPOS REDAÇÃO E EDIÇÃO DE TEXTOS
LÍDER DE PROJETO
Viviane Senna
Cynthia Sanches (coordenação) Ana Carolina Zuanazzi
Laura Pizzo (coordenação)
Ana Carolina Netto Camila Antunes
VICE-PRESIDÊNCIA CORPORATIVA Marcos Drummond
Ewerton Fulini Camila Antunes Cynthia Sanches
Maria Lucia Voto Morando
VICE-PRESIDÊNCIA DE EXPANSÃO E Cleidson Borges Isabel Furlan Jorge
RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL Mariana Marrara Vitarelli
Roberto Campos de Lima Debora Souza Marta Pagotto
INTRODUÇÃO 04
CONTEÚDO:
Unidade 1 – O que é a proposta Diálogos Socioemocionais 05
Unidade 2 – Educação Integral e o desenvolvimento de competências
socioemocionais e de inteligência emocional 14
O grande propósito desse trabalho é oferecer para as crianças dos anos Este documento tem por objetivo apresentar, de forma ampla, a
iniciais do ensino fundamental do país a oportunidade de uma educação fundamentação teórica e o desenho da proposta educacional, que
integral de qualidade como condição para uma vida digna e de sucesso. integra as diferentes áreas do conhecimento ao desenvolvimento das
Essa formação integral de todos os estudantes tem como pressuposto competências socioemocionais e da inteligência emocional, situando
específico o desenvolvimento das competências socioemocionais e da os estudantes como sujeitos ativos no processo de transformação de
inteligência emocional, ou seja, das capacidades de se relacionar consigo suas histórias, bem como na transformação do mundo em que vivem.
e com o outro, estabelecer objetivos, tomar decisões, enfrentar situações Além deste caderno, outras publicações envolvem recomendações
adversas ou novas. Nesse sentido, as competências socioemocionais e para a gestão escolar e para os profissionais que acompanham a
emocionais são componentes indispensáveis e têm papel chave nesse implementação da proposta nas secretarias de educação.
processo, uma vez que estão alinhadas a uma visão integrada do ser
humano e relacionadas a diferentes desfechos na vida. Não se pretende reduzir esta publicação a um guia sobre como fazer.
Buscamos, ao contrário, que os conhecimentos e as inovações
Muitos educadores (re)conhecem a importância das competências provoquem reflexões que articulem teorias e práticas, inspirando
socioemocionais e emocionais e pesquisas científicas demonstram que caminhos que contribuam com a educação integral dos estudantes.
trabalhar essas competências de modo intencional em sala de aula
impacta o desenvolvimento dos estudantes, tendo influência positiva na Boa leitura e bom trabalho!
permanência na escola, no clima escolar, na aprendizagem, e em uma
série de outras conquistas e realizações ao longo da vida.
Como os Cadernos de
Atividades estão organizados 11
Priorizando competências 12
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UNIDADE 1
O QUE É A PROPOSTA DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
O que é a proposta
Diálogos Socioemocionais
Para responder aos desafios apresentados pelas diversas realidades do país, a implementação
do Diálogos Socioemocionais é bastante flexível e pode ser associada às ações em curso nas
redes, potencializando seus resultados. Essa implementação se dá a partir da definição, pela
secretaria de educação, de como trabalhar o desenvolvimento socioemocional e emocional
dos estudantes de modo intencional. Para isso, algumas decisões são tomadas com base em
diagnósticos, tais como: quais competências socioemocionais/emocionais serão objeto de
desenvolvimento em cada ano (priorização); como a proposta se desenvolverá nas escolas; e
quais ações de formação e acompanhamento serão empregadas.
Por tudo isso, a implementação desta política educacional envolve uma visão sistêmica da
rede de ensino, bem como a participação de muitos dos seus profissionais.
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UNIDADE 1
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS: UMA VISÃO GERAL
Uma proposta que se articula A proposta favorece o desenvolvimento socioemocional/emocional dos estudantes, impactando também o desempenho
às políticas de educação acadêmico e outras esferas da vida, contribuindo para a instalação de políticas de educação integral.
integral
Práticas e vivências
As atividades propostas são planejadas e conduzidas com o uso de metodologias ativas e com a avaliação formativa como
estratégia para o desenvolvimento socioemocional/emocional intencional.
Promoção de letramento Com base em uma metodologia que envolve a avaliação formativa e o uso de um instrumento baseado em rubricas, além de
e desenvolvimento outras estratégias, a proposta promove o desenvolvimento socioemocional/emocional dos estudantes de modo sequencial e
socioemocional/
estruturado, ativo, focado, explícito.
emocional consistente
Tem base em evidências Os fundamentos da proposta compreendem pesquisas e estudos sobre desenvolvimento socioemocional/emocional, tendo
uma matriz de competências abrangente e robusta, organizada a partir de evidências sobre sua maleabilidade e
possibilidades de desenvolvimento no ambiente escolar.
Professor como mediador do A proposta permite aos professores compreender o que é o desenvolvimento socioemocional/emocional e o que fazer para
desenvolvimento integral garantir intencionalidade no processo. Deste modo, oferece conhecimento e estratégias para articular o desenvolvimento
socioemocional/emocional à experiência e à prática docente.
08
UNIDADE 1
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS: UMA VISÃO GERAL
Uma proposta com fim em si A proposta não tem como objetivo promover o desenvolvimento socioemocional /emocional dos estudantes como fim em si
mesma mesmo, mas sim de articulá-lo com o currículo e a proposta pedagógica das escolas, considerando uma formação integral,
como indicado na BNCC.
Aulas de competências A proposta não compreende aulas expositivas sobre competências socioemocionais/inteligência emocional ou que tratam o
socioemocionais ou de desenvolvimento socioemocional/emocional apartado da experiência dos estudantes.
inteligência emocional
Autoajuda A proposta não tem como finalidade ensinar técnicas ou emitir respostas fáceis e simplistas para o autoconhecimento e
desenvolvimento socioemocional /emocional dos estudantes.
Valoriza achismos A proposta não está fundamentada em teorias ou modelos que não são validados pela ciência.
Trabalhar de modo intencional o desenvolvimento socioemocional/emocional dos estudantes não significa que o professor
Professor como psicólogo
assume um lugar de “psicólogo” na vida deles, ou que tenha que fazer um atendimento nos moldes clínico. Em situações que
exijam um atendimento dessa natureza, a escola deve realizar um trabalho intersetorial com os equipamentos de saúde
locais.
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UNIDADE 1
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS – ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
A proposta Diálogos Socioemocionais - Ensino Fundamental Anos DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
Iniciais possui cinco Cadernos de Atividades, um para cada ano escolar
(1º ao 5º ano do Ensino Fundamental), elaborados com o intuito de
oferecerem suporte aos educadores no processo de desenvolvimento ● Acontece de modo articulado a ● O trabalho proposto é flexível,
socioemocional e emocional, apresentando atividades pautadas por qualquer componente curricular ou seja, é fácil de ser articulado
metodologias ativas e que propõem uma abordagem desafiante e das áreas do conhecimento. às outras ações pedagógicas em
conectada com a vida das crianças. curso.
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UNIDADE 1
ORIENTAÇÕES PARA O USO DO CADERNO DE ATIVIDADES
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UNIDADE 1
ORIENTAÇÕES PARA O USO DO CADERNO DE ATIVIDADES
Priorizando competências
Algumas atividades são dedicadas exclusivamente à prática intencional de desenvolvimento socioemocional e/ou emocional apresentadas pelas
competências socioemocionais, outras orientadas somente para o turmas. Nesse sentido, é importante lembrar que, ainda que um conjunto
desenvolvimento de inteligência emocional e há ainda aquelas que reduzido de competências seja considerado prioritário em uma atividade,
oportunizam o desenvolvimento de competências socioemocionais e o trabalho intencional proposto nos Cadernos de Atividades permitem que
emocionais em uma mesma aula. Em cada plano de aula, competências uma gama mais ampla de competências seja mobilizada e desenvolvida de
específicas têm maior centralidade e, por isso, são consideradas maneira simultânea.
prioritárias, estando destacadas em negrito. Já as outras competências,
chamadas secundárias, também podem ser exploradas e trabalhadas com Para apoiar professores e gestores pedagógicos na seleção de
intencionalidade em cada atividade. atividades fundamentadas nas competências apresentadas, os Cadernos
também trazem na seção Anexo quais são as competências consideradas
Conhecer as competências contempladas em cada plano de aula é prioritárias e secundárias em cada plano de aula.
particularmente importante caso a seleção das atividades para o
planejamento pedagógico se dê a partir de necessidades específicas de
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UNIDADE 1
ORIENTAÇÕES PARA O USO DO CADERNO DE ATIVIDADES
Além da especificação de formato e das competências contempladas, cada Atividade também apresenta
as seguintes informações:
• Componente(s) integrado(s): apresenta os componentes curriculares que podem ser integrados à proposta do
plano de aula.
• Relação com a BNCC: aponta, por componente curricular, a(s) unidade(s) temática(s), as habilidades e os objetos
do conhecimento que podem ser explorados na atividade.
Dentro do quadro de descrição de cada plano de aula constam informações relativas aos objetivos específicos da
Atividade, duração da dinâmica, materiais necessários e os procedimentos para a sua realização.
Esse quadro apresenta ainda indicações para “diferenciação” (sugestões para a adaptação das atividades
conforme diferentes momentos de desenvolvimento dos estudantes ou quaisquer limitações que possam impedir
o desempenho da proposta original) e para a sua avaliação acerca dos objetivos da aula.
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UNIDADE 2
EDUCAÇÃO INTEGRAL E O
DESENVOLVIMENTO DE
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS
E DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
UNIDADE 2
ÍNDICE – EDUCAÇÃO INTEGRAL E O DESENVOLVIMENTO
DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS E DE
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
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UNIDADE 2
EDUCAÇÃO INTEGRAL E A FORMAÇÃO PLENA DOS ESTUDANTES
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UNIDADE 2
O ESTUDANTE DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental a criança está passando por intenso No âmbito socioemocional/emocional, a criança do 1º ano ainda tem
processo de desenvolvimento cognitivo, social e emocional, fundamental poucas amizades duradouras, está descobrindo seus gostos e
para sua vida presente e futura. É nessa fase que aprende, por exemplo, a ler preferências. Já a criança do 5º ano, costuma estabelecer um forte
e escrever, desenvolve conceitos numéricos básicos, estabelece relações vínculo com um ou dois amigos, com o(s) qual(is) se identifica
interpessoais mais complexas e duradouras e aprofunda sua noção de si. profundamente, misturando seus gostos com os desse(s) amigo(s).
Esse processo é tão marcante que é notória a diferença desenvolvimental Por isso, estar atento aos processos de desenvolvimento, auxilia no
entre as crianças do 1º ano e as do 5º ano, seja no âmbito cognitivo, seja no planejamento de intervenções voltadas às características de cada ano
físico, socioemocional e emocional. Diferença essa que não é tão acentuada dessa fase escolar.
nos anos finais do Ensino Fundamental, ou mesmo no Ensino Médio.
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UNIDADE 2
O ESTUDANTE DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Com o propósito de mapear as principais mudanças que acontecem ao Em termos institucionais, a sociedade passa a enxergar essa
longo dos anos iniciais do Ensino Fundamental, podemos organizá-las criança como capaz de assumir algumas responsabilidades e de
em 3 tipos: cognitivas, sociais e institucionais. seguir regras do bom convívio. Assim, a criança passa a ter um novo
tipo de interação com outros adultos para além de seu núcleo familiar
Cognitivamente, a criança refina a capacidade de pensar de maneira e também assume um novo papel perante a sociedade e as
cada vez mais abstrata, incluindo a capacidade de lidar instituições como um todo.
sistematicamente com mais ideias representacionais complexas. Ela
inicia executando tarefas simples que exigem a coordenação de uma ou Vale destacar que, para todas essas mudanças, há competências as
duas ideias e continua se desenvolvendo, culminando na capacidade de quais permeiam e auxiliam o desenvolvimento da criança. Citando o
entender eventos concretos, a lógica das relações e a organização de caso da metacognição, ou a capacidade de pensar sobre os próprios
ideias complexas, com a finalidade de gerar novos conhecimentos. pensamentos, auxilia a criança a refletir sobre os conteúdos que
aprende na escola, a estabelecer conexões entre informações e a
Socialmente, a criança se desenvolve no sentido de reconhecer as buscar estratégias de interação social e institucional. De forma
características pessoais nos colegas como mais permanentes (por semelhante, as competências socioemocionais e emocionais
exemplo, Maria é falante, João é agitado). Ao se comparar com os favorecem a organização, a responsabilidade, a descoberta do novo, o
colegas, ela própria vai refinando sua noção de si (por exemplo, gosto de estabelecimento de relações interpessoais, a compreensão das suas
falar tanto quanto a Maria, sou menos agitado do que o João). Nesse emoções e a dos outros.
processo de reconhecimento do outro e de si, começa a desenvolver
relacionamentos mais duradouros e aprende que cada pessoa tem uma
forma de ser no mundo.
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UNIDADE 2
A CRIANÇA E A ESCOLA
A criança e a escola
Na fase etária que corresponde aos anos iniciais do Ensino Fundamental, a Embora este continue sendo um período importante para desenvolver
escola se consolida como um grande divisor de águas na vida da criança, maior independência, as crianças ainda dependem substancialmente de
delimitando o tempo de brincar, de comer ou de passear, que passam a ser adultos e de ambientes institucionais para fornecer-lhes estabilidade e
definidos antes ou depois de ir para escola. Além disso, é incluído um novo um retorno sobre seu próprio comportamento, sobretudo porque eles
elemento nessa rotina: o tempo para o estudo e para as tarefas escolares. influenciam os julgamentos que as crianças fazem sobre si mesmas, seus
pares e sua identidade em desenvolvimento. Assim, o apoio dos adultos é
O desenvolvimento acadêmico também se transforma, sendo necessários vital para ajudar as crianças a construírem seu senso de identidade,
ajustes de percepções e reflexão para além de conhecimentos e habilidades engajarem-se em relacionamentos saudáveis e a compreenderem essas
com os quais a criança estava acostumada, em casa, com seus familiares e novas demandas.
amigos. Na escola, há mais descobertas, seus interesses e motivação são
aguçados. Além disso, a criança vai aprendendo como organizar esses O desenvolvimento de amizades positivas com os colegas por meio do uso
conteúdos e rotina. de suas competências direcionadas aos relacionamentos interpessoais
facilitará resultados positivos ao longo de sua vida.
No campo social, esta é uma fase de transformação na forma de se
relacionar socialmente. A criança fortalece a noção de que o outro tem
preferências e características pessoais próprias, identificando-se com
algumas em detrimentos de outras. No convívio com o diverso, ela aprende a
respeitar os direitos de cada um e a encontra seu espaço de acolhimento.
Muitas das relações interpessoais são estabelecidas dentro da escola. A
capacidade de lidar com conflitos interpessoais complexos, também se
desenvolve mais fortemente.
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UNIDADE 2
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
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UNIDADE 2
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
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UNIDADE 2
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
AUTOGESTÃO
Foco
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UNIDADE 2
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
ENGAJAMENTO COM OS
OUTROS
Iniciativa social
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UNIDADE 2
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
AMABILIDADE
Empatia
Confiança
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UNIDADE 2
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
RESILIÊNCIA EMOCIONAL
Tolerância ao estresse
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UNIDADE 2
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
ABERTURA AO NOVO
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UNIDADE 2
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente Curiosidade para aprender (para valorizar o conhecimento e
construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital continuar aprendendo);
1 para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colaborar para a construção de uma sociedade justa,
Respeito e Responsabilidade (para usar o conhecimento na
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva).
democrática e inclusiva.
Análise realizada por De Fruyt, Filip; John, Oliver e Primi, Ricardo (2019).
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UNIDADE 2
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
Análise realizada por De Fruyt, Filip; John, Oliver e Primi, Ricardo (2019).
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UNIDADE 2
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
e ao seu projeto de vida com liberdade, autonomia, Assertividade (para conhecer suas preferências e fazer
consciência crítica e responsabilidade. escolhas adequadas a elas).
Análise realizada por De Fruyt, Filip; John, Oliver e Primi, Ricardo (2019).
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UNIDADE 2
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
Análise realizada por De Fruyt, Filip; John, Oliver e Primi, Ricardo (2019). 31
UNIDADE 2
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
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UNIDADE 2
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
Aprendizagem
O processo de aprendizagem envolve aspectos múltiplos como cognitivos, motivacionais e socioemocionais. Em alguma medida todas
as cinco macrocompetências têm papel relevante nesse processo, aqui se destaca a Autogestão e a Abertura ao novo. Ser hábil em prestar atenção na
aula, esforçar-se para realizar as atividades da escola, escutar o professor, interessar-se em aprender coisas novas podem favorecer a aprendizagem de
conteúdos novos como a leitura, a escrita e os conceitos. A curiosidade nessa fase instiga o estudante a buscar por diferentes temas, aprendendo coisas
novas nesse percurso.
Relacionamentos interpessoais significativos envolvem interações que sejam frequentes e com qualidade. O Engajamento com os outros reflete
habilidades da criança em interagir socialmente com seus pares e outras pessoas, já a Amabilidade está associada à qualidade dessas interações e auxilia
na mediação de conflitos. Crianças com menores níveis de amabilidade apresentam mais situações de conflitos no dia a dia e têm relações menos
significativas com pares e professores. O baixo engajamento com os outros, por sua vez, está associado a timidez e ansiedade social a curto e longo prazo.
Prejuízos na saúde mental e comportamentos de risco têm relação com competências socioemocionais. Quando em níveis baixos, a Resiliência
emocional, o Engajamento com os outros e a Autogestão têm sido evidenciados como associados a comportamentos de risco e prejuízos na saúde
mental. Dificuldades em tolerar o estresse e a frustração, a baixa autoconfiança e comportamentos impulsivos podem favorecer o engajamento em
condutas de risco ou prejuízos na saúde mental como ansiedade, depressão, consumo excessivo de álcool e outras drogas.
34
UNIDADE 2
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Dos 9 anos 11 anos: compreensão de como uma pessoa pode reagir a uma situação por
diferentes perspectivas, manifestar diferentes sentimentos, simultânea ou Compreensão de aspectos externos da emoção
sucessivamente e adotar estratégias cognitivas para regular sua própria emoção. Assim,
nessa faixa etária, a criança é capaz de compreender que em dado evento (ser
provocada por um colega) diferentes emoções e expressões emocionais podem ser Compreensão de aspectos internos da emoção
manifestadas em diferentes pessoas, como uma criança pode chorar, outra ficar com
raiva, outra não dar bola etc. A criança também passa a compreender que para uma
mesma situação, tal como a citada acima, diferentes emoções poderão se manifestar na
Compreensão da multiplicidade das expressões emocionais
mesma pessoa, visto que uma criança pode ficar com raiva e depois triste. Nessa idade, a
regulação emocional pode ser percebida quando a criança passa a ser capaz de buscar
distrações ao se frustrar por não poder sair para brincar, por exemplo.
Regulação emocional
Para aprofundar, consulte Pons e colaboradores (2004). 35
UNIDADE 2
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Percepção emocional: capacidade de reconhecer diferentes formas de expressão alegria, curiosidade/antecipação, raiva/frustração,
emocional, seja na face, na postura, no tom de voz de alguém ou até mesmo em objetos, aversão/nojo/desgosto, tristeza, surpresa e
textos, imagens e representações artísticas.
medo/ansiedade. As emoções secundárias ou
Conhecimento emocional: capacidade de nomear e conhecer emoções classificadas como mistas se referem à combinação de emoções
primárias e secundárias. Ser capaz de ordenar emoções de acordo com sua intensidade e
de conhecer suas misturas. Além dos dois agrupamentos didáticos de emoções (primárias primárias, as quais em conjunto formam uma outra
e secundárias), há também um extenso vocabulário emocional que diz sobre emoção, mais complexa: amor (aceitação + alegria);
sua intensidade. Por exemplo, na emoção alegria podemos ter intensidades como:
serenidade, felicidade, êxtase. Já na emoção medo, podemos ter intensidades como: orgulho (alegria + raiva); inveja, ciúme, desprezo
apreensão, medo, terror e assim por diante. (aversão + raiva); remorso (tristeza + aversão);
Reconhecimento dos estímulos que provocam emoções: capacidade de reconhecer vergonha (medo + aversão); culpa (alegria + medo);
estímulos que provocam determinadas emoções, como ouvir uma música de que se gosta submissão (aceitação + medo).
muito pode provocar a emoção alegria.
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UNIDADE 3
A escola, especialmente nos anos iniciais de escolaridade para uma considerável parcela das crianças que
não frequentaram a Educação Infantil, muitas vezes, é ainda uma oportunidade singular de conviver com
outras pessoas que não as de seu círculo familiar. No espaço escolar, o aluno constrói novos
conhecimentos, aprende a tomar decisões, a ter foco, a resolver os conflitos, entre outros. Também nas
relações que estabelece, conhece e amplia as diversas formas de ser e estar num processo de
humanização constante, cria vínculos, estabelece diálogos, acolhe e é acolhido, enfim é nesses lócus de
aprendizagem que aprende a ser e a construir um clima favorável ao seu desenvolvimento e dos outros.
Na proposta da educação integral, as formas de lidar com as emoções, a empatia, as relações sociais, a
tomada de decisões de maneira responsável e sustentável, são valorizadas com foco no desenvolvimento
de pessoas mais críticas e que causem impactos positivos na sociedade. O cuidado consigo, com o outro,
com a sociedade e com o planeta podem favorecer uma aprendizagem mais socialmente consciente e
que também se conecta com as demandas do século 21. Isso tudo torna o ensino mais desafiante para os
educadores e os mobilizam a inovar com planejamentos e práticas que superem a compartimentalização
artificial dos saberes, descolada da vida real.
Isso exige, dos diferentes atores que compõem a equipe escolar, esforço consciente para direcionar as
áreas do conhecimento sem, contudo, perderem suas especificidades e os conteúdos a serem trabalhados
com o desenvolvimento explícito e intencional de competências socioemocionais e emocionais, o que
requer a atenção de todos os profissionais das escolas ao compromisso do trabalho cooperativo, abertura
ao novo, diálogo e planejamento sistemático.
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UNIDADE 3
40
UNIDADE 3
Investigar os conhecimentos prévios dos estudantes é um bom passo inicial para ▪ Valorizar a participação de cada um para que apresentem suas
se estabelecer um plano de ação de desenvolvimento intencional. Registrar o que considerações e pontos de vista instaura um clima de
trazem, sistematizando e valorizando o que apresentam e também esclarecendo e confiança, respeito e colaboração. Um ambiente propício a
desmistificando dúvidas são estratégias que cultivam a motivação, além de trocas, favorece o desenvolvimento, por exemplo, da resiliência
facilitar o acompanhamento por parte do professor. emocional e amabilidade.
41
UNIDADE 3
A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE DE GESTÃO PEDAGÓGICA
Um outro profissional que pode atuar como parceiro do professor é o Orientador Educacional, o
qual tem papel muito relevante no seu envolvimento e compromisso com alunos e famílias para a
efetivação do trabalho com desenvolvimento de competências socioemocionais e emocionais.
Esse profissional faz parte da equipe gestora da escola e, junto com o coordenador pedagógico,
acompanha o desenvolvimento das competências socioemocionais/emocionais, um com foco no
planejamento e desenvolvimento da aula pelo professor, outro com maior foco no aluno e
nas interações que esse estabelece com sua turma, professor e demais profissionais da escola.
42
UNIDADE 4
METODOLOGIAS ATIVAS:
O PAPEL ATIVO DO ESTUDANTE
EM SUA APRENDIZAGEM E
DESENVOLVIMENTO
UNIDADE 4
ÍNDICE - METODOLOGIAS ATIVAS: O PAPEL ATIVO DO
ESTUDANTE EM SUA APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
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UNIDADE 4
ÍNDICE - METODOLOGIAS ATIVAS: O PAPEL ATIVO DO
ESTUDANTE EM SUA APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
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UNIDADE 4
AS METODOLOGIAS ATIVAS E O PAPEL DO PROFESSOR
As metodologias ativas
e o papel do professor
A proposta Diálogos Socioemocionais - Ensino Fundamental Anos Iniciais O trabalho pedagógico realizado por meio de metodologias ativas promove
está fundamentada em metodologias ativas que investem, por um lado, na o protagonismo do estudante, mobilizando-o a desenvolver diversas
participação dos estudantes na construção de conhecimentos, e, por outro, na competências como o pensamento crítico, as
qualificação da mediação e da gestão da aula, do ensino e da aprendizagem socioemocionais/emocionais e a qualidade das suas relações
pelos professores. interpessoais. Ao fazer perguntas (problematização), buscar novos
conhecimentos e refletir sobre eles (sala de aula invertida), usar a
Prioritariamente, a proposta destaca a prática de algumas metodologias que imaginação para construir novas aprendizagens (gamificação) e descobrir
possibilitam aos estudantes vivenciarem concretamente a construção de como as coisas funcionam na prática (metodologias hands on), as crianças
conhecimentos e a transformação de si mesmos e do contexto em que vivem, têm a oportunidade de desenvolver as competências tais como
experimentando, em grupos de trabalho e sob a orientação do(a) professor(a), autogestão, abertura ao novo e inteligência emocional. Da mesma forma, a
o desenvolvimento de projetos que conectam saberes e competências: troca com os pares e o convívio ativo em grupo (aprendizagem
colaborativa e por projetos), que se dá por meio de pequenas
• Aprendizagem colaborativa; apresentações e combinados em grupos de trabalho, promove o
desenvolvimento das competências de amabilidade, de engajamento com
• Problematização;
os outros e também da resiliência emocional.
• Aprendizagem por projetos;
Para conduzir um trabalho pedagógico com base nessas metodologias, o
• Sala de aula invertida; professor tem um papel como mediador de todo o processo, exercitando
intencionalmente sua presença pedagógica.
• Metodologia Hands on;
• Gamificação;
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UNIDADE 4
PRESENÇA PEDAGÓGICA: UM MODO DE MEDIAR O PROCESSO DE
APRENDIZAGEM COM QUALIDADE
Presença pedagógica:
Um modo de mediar o processo de
aprendizagem com qualidade
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UNIDADE 4
PRESENÇA PEDAGÓGICA: UM MODO DE MEDIAR O PROCESSO DE
APRENDIZAGEM COM QUALIDADE
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UNIDADE 4
PRESENÇA PEDAGÓGICA: UM MODO DE MEDIAR O PROCESSO DE
APRENDIZAGEM COM QUALIDADE
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UNIDADE 4
PRESENÇA PEDAGÓGICA: UM MODO DE MEDIAR O PROCESSO DE
APRENDIZAGEM COM QUALIDADE
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UNIDADE 4
PRESENÇA PEDAGÓGICA: UM MODO DE MEDIAR O PROCESSO DE
APRENDIZAGEM COM QUALIDADE
1 2 3 4 5 6 7
Qualificar a interação Cabe ao professor abrir- Estar junto, em relação O engajamento e o Conduzir uma relação A presença pedagógica Em situações de
professor-estudante é a se cotidianamente para de reciprocidade, compromisso do educativa requer o não é um dom de alguns conflitos relacionais, o
base para o os estudantes e sua qualifica a interação e professor com reconhecimento de uma professores. Fazer-se professor que atua com
estabelecimento de um diversidade de possibilita o relação à dimensão de presente na vida dos presença pedagógica
bom convívio dentro e características, aprofundamento de aprendizagem dos autoridade. O exercício estudantes é uma busca envolver os
fora da sala de aula e interesses, demandas e trocas comunicativas. É estudantes se da presença pedagógica atitude que se estudantes na reflexão
para promover a desafios. É necessário essencial falar e escutar traduzem na não coloca o professor desenvolve, desde que sobre os diferentes
aprendizagem e o consolidar uma relação com o mesmo cuidado e confiança no como um “igual” (mito da haja disposição interior, aspectos da situação-
desenvolvimento de de respeito, confiança e atenção, favorecendo a potencial de cada horizontalidade), mas abertura, sensibilidade e problema e na resolução
competências de exigência no compreensão mútua. um, em expectativas sim, traz compromisso para tal. desta, em vez de agir
cognitivas e cotidiano escolar. elevadas sobre suas intencionalidade para a como o único
socioemocionais/ capacidades para construção de uma resolvedor.
emocionais. aprender e na influência construtiva e
persistência em respeitosa na vida do
ensinar. estudante, ensinando
também pelo exemplo.
51
UNIDADE 4
APRENDIZAGEM COLABORATIVA: CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CONHECIMENTO
Aprendizagem colaborativa:
Construção coletiva do conhecimento
NA APRENDIZAGEM COLABORATIVA
O PROFESSOR ATUA COMO
Aprendizagem colaborativa é uma metodologia que transforma as relações de
MEDIADOR PARA:
aprendizado e a organização da turma. Trabalhando em times, cada estudante vai
se tornando apto a enfrentar, de modo cooperativo, os desafios de aprendizagem e
do desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais/emocionais, Transformar as relações de
corresponsabilizando-se tanto com relação à qualidade do convívio da turma aprendizado e organização da turma.
quanto com o que está sendo ou não aprendido por ele mesmo e pelos colegas.
Esse modo de aprender promove a ampliação da autonomia dos estudantes em
relação ao conhecimento e abre caminho a novos modos de interação com o
professor e com os pares. Promover o trabalho em
times.
Assim como a presença pedagógica, a aprendizagem colaborativa se fundamenta
na premissa de que o conhecimento e a autonomia se constroem por meio da
interação. Essa interação pode acontecer de diversas maneiras: entre professor e Estimular o estudante a enfrentar
estudantes, entre estudantes reunidos em pequenos e grandes grupos de trabalho, desafios de aprendizagem e
em situações de roda de conversa coletiva ou em outras oportunidades de desenvolvimento de competências
encontro e troca que se dão no espaço escolar. Se no exercício da presença socioemocionais/emocionais
pedagógica está em jogo a qualidade da relação professor-aluno, no e cognitivas.
desenvolvimento da aprendizagem colaborativa a relação das crianças entre si é
que ganha destaque.
52
UNIDADE 4
APRENDIZAGEM COLABORATIVA: CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CONHECIMENTO
No trabalho em times:
A metodologia aprendizagem colaborativa incentiva que os alunos trabalhem
em agrupamentos diversos: duplas, trios, quartetos e “times”, compostos por
cinco a dez estudantes. Assim, o professor estimula as crianças a colaborarem É importante que os alunos experimentem liderar os colegas e
no enfrentamento dos problemas propostos nas aulas, projetos e outras serem liderados por eles. Liderar o time, na perspectiva da
modalidades de atividade. aprendizagem colaborativa, é disponibilizar seus
conhecimentos, atuar como um incentivador da participação
dos colegas, fazer a gestão do tempo e ter foco no trabalho
Ao propor atividades em que os estudantes atuam coletivamente, o que se que precisa ser feito naquele momento. É indicado que seja
deseja não é promover a simples divisão de tarefas. Ao realizarem atividades feito rodízio na liderança, para que todos exercitem esse papel
agrupados em times de trabalho, os estudantes se afetam mutuamente. Essa é e aprendam com ele.
uma dinâmica em que a ação ou o discurso do outro causa modificações na
forma de pensar e de agir de cada um, interferindo no modo como a elaboração
e a apropriação do conhecimento se consolidam. Os estudantes exercitam a
abertura ao novo para descobrir distintos pontos de vista, experimentam modos
de se comunicar com clareza, praticando a argumentação para defender ideias,
partilham repertórios, escolhem caminhos a seguir, aprendem a respeito das
características, interesses e dificuldades de cada um. Além disso, tendo em
vista o conhecimento específico que envolve a atividade, quem sabe menos
aprende com quem sabe mais e estes últimos aprendem mais ainda, pela
necessidade que têm de estruturar modos de “ensinar” o colega. Não se trata,
portanto, de uma “ajuda”, mas de um processo em que todos aprendem
conhecimentos e desenvolvem competências.
53
UNIDADE 4
APRENDIZAGEM COLABORATIVA: CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CONHECIMENTO
Cada membro se preocupa consigo mesmo. Cada membro se preocupa com a própria aprendizagem, com a do
colega e com o desempenho do time.
Pode haver um líder que orienta o trabalho dos demais. A responsabilidade da liderança é compartilhada por todos, em
rodízio, e todos os estudantes realizam as tarefas.
As questões relacionais e produtivas não são trabalhadas como As competências relacionais – liderança, comunicação, confiança,
tarefa do grupo. convívio – são alvo do trabalho do time, pois geram aprendizados
importantes.
Tenta-se chegar ao resultado de aprendizagem independentemente A interação positiva entre os membros do time potencializa os
do clima de interação entre os componentes. resultados de aprendizagem.
Há somente a avaliação global do grupo. Mesmo que não participe, o Cada estudante é avaliado pelo próprio desempenho e pelo
aluno pode ser bem avaliado (em função do trabalho dos demais). progresso dos demais. A partir dessa avaliação, os membros do time
devem ser incentivados a motivar e a apoiar aqueles que
demonstrem algum tipo de dificuldade.
O professor não se envolve com o trabalho dos alunos (está O professor acompanha o trabalho dos estudantes, circulando pelos
preocupado com o produto final) ou estabelece uma relação de times, orientando-os quando se desviam da tarefa, incentivando-os
dependência, dando respostas prontas ou resolvendo os problemas a persistirem nos momentos de frustração, provocando-os a
por eles. pensarem soluções antes de ouvirem a sua opinião, potencializando
a aprendizagem.
54
UNIDADE 4
APRENDIZAGEM COLABORATIVA: CONSTRUÇÃO COLETIVA DO
CONHECIMENTO
55
UNIDADE 4
PROBLEMATIZAÇÃO: PROMOVENDO O APRENDER A APRENDER
Problematização:
Promovendo o aprender a aprender
NA PROBLEMATIZAÇÃO O
PROFESSOR ATUA COMO MEDIADOR
A problematização faz contraponto à ideia de que estudantes silenciosos e cadernos
cheios de anotações são sinônimos de aprendizagem. Assim como a aprendizagem PARA:
colaborativa, a problematização é uma metodologia que se desenvolve pela
participação em torno de situações-problema e que exige o exercício da presença Construir o conhecimento por meio
pedagógica do professor durante a mediação. Ela assume um papel de destaque na de perguntas e exploração de
construção do conhecimento escolar, uma vez que é um meio de provocar a diferentes materiais.
participação, a criticidade, a curiosidade e a superação do conhecimento
simplesmente transferido.
Articular os conhecimentos
prévios dos estudantes e os
A problematização imprime às práticas pedagógicas a importância de considerar o saberes escolares.
aprendizado como um processo incessante, inquieto, curioso e, sobretudo,
permanente por saber. Nessa metodologia ativa, a construção do conhecimento se
dá a partir de perguntas/problemas que o(a) professor(a) apresenta a seus
estudantes com o objetivo de provocá-los a pesquisarem e a construírem Engajar os estudantes para pensar e agir
conhecimento. como resolvedores de problemas.
56
UNIDADE 4
PROBLEMATIZAÇÃO: PROMOVENDO O APRENDER A APRENDER
O conhecimento prévio é o ponto de partida dessa interação estudante- O mito do bom aluno
conhecimento. As diferentes bagagens culturais que as crianças trazem para a
escola são fruto de suas experiências e aprendizados e precisam ser consideradas O mito do bom aluno diz respeito a um estudante que é
sempre pelos professores em sua mediação. altamente motivado, sabe participar, não "atrapalha" a aula,
aprende (ou reproduz?) o conteúdo apresentado pelo professor
As perguntas são a base da problematização. Boas perguntas, para serem por meio da escuta, faz anotações, vai bem nos exames de
desafiantes e mobilizadoras, precisam ser planejadas a partir do reconhecimento do verificação etc.
que os estudantes já sabem e do que ainda precisam saber. Sem uma boa
mobilização inicial, é como se a criança não entrasse na aula com boas condições É preciso refletir: O que esse modelo de bom aluno indica?
para aprender, e as etapas seguintes de aprendizagem podem simplesmente não Existe, realmente, um modelo do bom estudante?
fazer sentido para quem, de fato, não se engajou com a situação a ser realizada ou
estudada.
57
UNIDADE 4
APRENDIZAGEM POR PROJETOS: CONEXÃO COM A PRÁTICA
NA APRENDIZAGEM
A aprendizagem por projetos abre oportunidades de aprendizagens significativas POR PROJETOS:
protagonizadas pelos estudantes. Os projetos são uma chave fundamental para o
desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais pelos alunos,
fomentando a autonomia intelectual, tão importante na sociedade do conhecimento, Professores e estudantes pensam,
e sendo um terreno adequado para a concretização da integração curricular em produzem e aprendem juntos.
profundidade.
Ao desenvolverem projetos, as crianças aprendem a conhecer suas motivações e Cabe aos educadores orientar os times
interesses, a configurar um problema, a transformar a realidade, a organizar as exercendo uma mediação qualificada, mas
tarefas e se projetarem no futuro, a avaliar as vivências intervindo nelas durante o também aportando informações durante
processo, a generalizar aprendizados. todo o processo.
Os projetos estruturam a participação dos alunos na escola como protagonistas, É exigida dos educadores a investigação e
exercendo influência construtiva sobre as formas de aprender e de relacionar dos o aprofundamento em temas para a
estudantes. No entanto, a participação protagonista nos projetos não é demanda elaboração de seus planejamentos.
apenas dos estudantes, pois o professor também aprende nesse processo que
envolve orientação e mediação.
58
UNIDADE 4
SALA DE AULA INVERTIDA
59
UNIDADE 4
METODOLOGIAS HANDS ON
AS METODOLOGIAS HANDS ON
Aprendizagem mão na massa POSSIBILITAM OS ESTUDANTES:
60
UNIDADE 4
GAMIFICAÇÃO
A GAMIFICAÇÃO É UM
Gamificação: RECURSO QUE PERMITE:
Utilização da sistemática dos
jogos como recurso didático
61
UNIDADE 5
PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES
UNIDADE 5
ÍNDICE – PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES
Isso quer dizer que o professor de qualquer componente curricular pode conduzir
as aulas com foco no desenvolvimento socioemocional/emocional empregando
atividades de maneira intencional e explícita nas sequências didáticas de
desenvolvimento cognitivo previstas. Para que isso ocorra de forma bem sucedida,
um planejamento cuidadoso das atividades de aula é fundamental.
64
UNIDADE 5
O QUE É DUPLO FOCO
65
UNIDADE
UNIDADE 4
5
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM A METODOLOGIA SAFE
O planejamento de aulas
com a metodologia SAFE
66
UNIDADE 5
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM A METODOLOGIA SAFE
Sensibilização
É importante lembrar os estudantes de que todos possuem Peça aos estudantes que tragam, oralmente, exemplos de situações nas
2 quais precisaram mobilizar essa competência em suas vidas;
todas as competências, mas em graus diferentes e que este é
um processo para aprofundar o autoconhecimento deles e as
possibilidades para o desenvolvimento pleno. Leia a definição da competência, adequando o vocabulário ao nível de
3 desenvolvimento da turma, para ampliar a discussão sobre o significado
desta. Se possível apresente exemplos de como essa competência é
identificadas no dia a dia;
67
UNIDADE 5
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM A METODOLOGIA SAFE
Desenvolvimento e acompanhamento
O momento do desenvolvimento das atividades promove oportunidades para que os estudantes possam mobilizar a competência em foco durante a aula. É durante
a realização da atividade proposta que é possível observar e estimular o exercício da competência socioemocional/emocional.
Trata-se de um momento importante também para que o professor, na medida do possível, faça registros das observações feitas sobre os comportamentos dos
estudantes durante a realização das atividades. Neste momento, esse registro pode ser simples - como palavras-chaves e esquemas -, pois o objetivo é apenas ter
subsídios para que se possa retornar a esses registros posteriormente, com vistas a uma reflexão mais aprofundada sobre o processo. Esses registros auxiliam a
organizar a avaliação do que os estudantes já aprenderam e do que eles ainda não aprenderam em relação aos conhecimentos trabalhados e ao desenvolvimento da
inteligência emocional, das competências socioemocionais e cognitivas durante a realização das atividades.
1 4
Coloque em ação estratégias de aprendizagem que façam uso de metodologias
Realize periodicamente conversas ou pequenas dinâmicas ao longo do processo para
ativas, que engajem os estudantes para resolverem problemas, trabalhar entre
que os estudantes possam falar sobre como estão mobilizando a competência em
pares ou realizar projetos, por exemplo. Deste modo, conseguirão mobilizar de
foco, como essa competência tem colaborado para a aprendizagem das habilidades
modo intencional a competência socioemocional em foco.
específicas, quais são os principais desafios e quais são as conquistas que já tiveram
no processo. Formule perguntas que os ajudem a manter a conexão entre o que
2 vivenciam nas aulas e as suas experiências fora da escola. Se pertinente, a partir
Exercite, intencionalmente, a sua presença pedagógica. É justamente a dessa reflexão, convide os estudantes a planejarem, individualmente ou em turma,
qualidade das interações do professor durante as aulas que irão contribuir no uma ação que possa ser realizada com vistas a exercitar de modo intencional o
desenvolvimento das competências socioemocionais. desenvolvimento daquela competência.
3
Busque explicitar, para os estudantes, as oportunidades para o
desenvolvimento da competência em foco sempre que possível e os convide
para sentir, pensar e agir de modo mais consciente e com intencionalidade.
68
UNIDADE 5
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM A METODOLOGIA SAFE
Avaliação em processo
69
UNIDADE 5
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM A METODOLOGIA SAFE
• Foi possível identificar o uso da competência em foco pelos estudantes? O uso de um caderno de registros – o chamado “diário de bordo” – ou de ferramentas
digitais (como gravações de áudio e/ou vídeo, fotos e aplicativos de texto) permite
• As estratégias metodológicas utilizadas promoveram a aprendizagem
que você, professor(a), compile de forma livre e pessoal as reflexões sobre a
entre pares?
execução da aula planejada, a aprendizagem dos estudantes, os desafios e
• Saberia identificar o empenho dos estudantes para com as atividades e as conquistas do dia etc. Além de ser um guardião das memórias do processo educativo,
suas principais dificuldades?
esse registro apoia a tomada de decisões pedagógicas mais fundamentadas e
• Você foi capaz de oferecer apoio, promover a colaboração e/ou oferecer permite o compartilhamento de práticas e percepções sobre o desenvolvimento dos
estratégias mais personalizadas de acordo com as dificuldades e estudantes com os colegas e gestores da escola.
motivação de cada um?
70
UNIDADE 5
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM A METODOLOGIA SAFE
Responsabilidade
Determinação
O desenvolvimento das competências de autogestão exige situações de aprendizagem
Persistência
Organização
que envolvam planejamento prévio e o cumprimento de ações para a realização de
etapas desafiadoras.
Foco
No decorrer do trabalho, o professor pode assinalar, via feedbacks estruturados, se
houve determinação, capricho, atenção aos detalhes e capacidade de superar Conseguir trabalhar duro.
obstáculos, por exemplo. Também é importante promover diálogos sobre o processo,
permitindo que os estudantes troquem impressões e valorizem atitudes de Conseguir vencer obstáculos difíceis.
organização, força de vontade e persistência.
Ser ordeiro, apresentável e pontual.
Para o desenvolvimento de cada competência, foque em suas características
centrais quando estiver planejando suas escolhas metodológicas para as atividades. Organizar-se e seguir um plano.
Por exemplo, para Determinação, proponha situações em que os estudantes precisem
superar obstáculos e que vocês possam analisar e valorizar o trabalho duro realizado e Priorizar a atenção seletiva.
as conquistas, além de indicar os pontos de melhoria para desenvolvimento;
Se concentrar até em tarefas difíceis sem distrações.
para Persistência, proponha situações em os estudantes têm como objetivo ir até o fim
do que foi proposto mesmo em desafios longos, buscando alternativas de solução da
Terminar o que começou.
situação-problema; se o interesse estiver em desenvolver o Foco, pense
em situações que promovam o exercício da atenção seletiva e a concentração em
Ir até o fim sem desistir nem procrastinar.
tarefas difíceis; para Responsabilidade, planeje situações nas quais os combinados
sejam claros e compartilhados, sendo fundamental cumpri-los, de modo a não Cumprir obrigações e compromissos.
prejudicar o andamento do trabalho; e, por fim, se sua intenção é trabalhar
a Organização, promova situações nas quais os estudantes precisarão garantir ordem, Inspirar confiança por realizar o que prometeu.
sistematização e pontualidade para alcançar um bom resultado.
71
UNIDADE 5
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM A METODOLOGIA SAFE
Inciativa social
Assertividade
Para o desenvolvimento de competências socioemocionais de engajamento com os
Entusiasmo
outros, planeje situações que permitam o trabalho entre pares, colocando o
enfoque nas oportunidades de comunicação e de interação, ou seja, na qualidade
das interações produtivas e de convívio, nas quais é necessário se posicionar de
forma assertiva. Metodologias que envolvam momentos de falar em público
(incluindo apresentações com colegas de outras turmas ou com pessoas Se aproximar e se relacionar com os outros.
desconhecidas), o debate regrado, as rodas de conversa em que o turno da palavra é
rotativo e a prática da escuta ativa aconteça, a valorização do diálogo e de diversos Iniciar, manter e apreciar o contato social.
pontos de vistas, de modo firme e respeitoso, são situações que engajam os
estudantes para a mobilização dessas competências socioemocionais, Saber ouvir com atenção e conseguir dizer o que pensa
independentemente do conteúdo curricular a ser abordado. sem ser indiferente ou rude.
No decorrer do trabalho, o professor pode criar oportunidades para o exercício do Expressar argumentos e opiniões de forma
entusiasmo – ou seja, colocar energia - para aprender, comunicar-se, engajar-se clara e respeitosa.
nas atividades, para tomar decisões e promover reflexões sobre os momentos em
que cada um “dá o melhor de si”. Empenhar energia no que faz, dando o melhor de si.
Confiança
Respeito
Empatia
componente curricular, metodologias que envolvam a aprendizagem entre pares. Para
isso, situações de trabalho em grupo com estudantes que não costumam trabalhar
juntos é um caminho interessante. Promova momentos de aprendizagem colaborativa
que promovam atitudes de confiar uns nos outros para conseguir chegar ao resultado Se colocar no lugar do outro.
final, de respeito às opiniões diversas e aos pontos de vistas, de resolução pacífica e
consensual nas negociações. Ajudar, prestar assistência tentando entender o outro.
No decorrer do trabalho, o professor promove a reflexão sobre a qualidade do trabalho Conviver bem, sem ofensas, intimidações e descasos.
em grupo, estimulando a ajuda mútua, a colaboração na resolução de problemas,
prezando pelo bom convívio entre estudantes durante a realização das ações. Valorize Convivência pacífica e respeitosa.
sempre as atitudes de cooperação, de tolerância, de respeito e aprendizado com as
diferenças e de convivência pacífica. Se aproximar das pessoas com confiança.
Para desenvolver confiança, proponha situações que aproximem os estudantes para Não ser ingênuo, mas também não julgar os outros.
resolverem determinada questão de interesse de todos, realizando combinados cujo
cumprimento será acompanhado e é determinante para o alcance dos
resultados. Para desenvolver intencionalmente a empatia, promova situações de modo
articulado ao conteúdo que está trabalhando, que desafiem os estudantes a se
colocarem no lugar do outro e a ajudar, tentando entendê-lo em seus sentimentos e
necessidades e sem julgamentos prévios. Por fim, para desenvolver o respeito, inclua
em seu planejamento situações metodológicas que englobem em seus objetivos o
exercício da convivência pacífica, sem ofensas, intimidações ou descaso e a
valorização da existência e participação do outro.
73
UNIDADE 5
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM A METODOLOGIA SAFE
Tolerância à frustração
Tolerância ao estresse
Para desenvolver as competências socioemocionais vinculadas à resiliência
emocional de modo integrado a qualquer componente curricular, planeje situações
Autoconfiança
de aprendizagem nas quais haja espaço para os estudantes refletirem sobre si
mesmos, seus potenciais e desafios e compartilharem essas reflexões de modo
seguro e empático.
74
UNIDADE 5
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM A METODOLOGIA SAFE
Imaginação criativa
Interesse artístico
Curiosidade para
Para promover o desenvolvimento intencional das competências socioemocionais
de abertura ao novo, planeje situações de aprendizagem que compreendam
aprender
a observação, a pesquisa e a aprendizagem mão na massa, por exemplo.
Inteligência emocional
O desenvolvimento da inteligência emocional prevê situações de aprendizagem em que as crianças
tenham a oportunidade de raciocinar sobre as próprias emoções ou emoções de outras pessoas.
Nesse sentido, cabe, em um primeiro momento, oferecer recursos didáticos que possibilitem aos
estudantes reconhecer quais emoções são provocadas a partir de contextos específicos e como
essas emoções são expressas fisicamente. Pequenas histórias, vídeos, narrativas construídas por
meio de imagens ou mesmo rodas de conversa sobre as situações cotidianamente vivenciadas pelos Reconhecer emoções provocadas por
estudantes são todas possibilidades que os permitem observar como os personagens das narrativas diferentes situações do cotidiano.
se sentiram nas situações apresentadas e como eles se sentiriam também. Fundamentado nessa
Identificar expressões faciais e corporais
observação, o próximo passo é orientar os estudantes a reconhecer como as emoções sentidas são ligadas às emoções trabalhadas.
expressadas.
Expandir o vocabulário emocional,
Há aqui o convite para um esforço de investigação e de análise: qual é a expressão facial de uma nomeando diferentes emoções.
pessoa que sente essas emoções? Como ficam a boca, os olhos, as sobrancelhas de alguém que sente
essas emoções? O reconhecimento das emoções, bem como a nomeação delas, são etapas Compreender como diferentes emoções
se misturam e formam outras.
fundamentais do trabalho pedagógico de desenvolvimento da inteligência emocional. Dentre outros
fatores, elas apoiam o estudante a se expressar quando precisar de amparo e a apoiar colegas que Empregar o conhecimento emocional para
eventualmente precisem de apoio também, o que, de maneira geral, favorece um comportamento regular as próprias emoções e construir
mais empático na turma. relações interpessoais de mais qualidade.
Esse conhecimento pode ser ampliado por meio da complexificação das emoções trabalhadas em
sala de aula, promovendo a compreensão de que diferentes emoções podem ser combinadas,
formando novas. Essa expansão do vocabulário emocional ganha maior significado na vida do
estudante se estiver atrelada às suas vivências, dentro e fora da escola, e a recursos lúdicos, como
desenhos, colagens, jogos e contação de histórias.
76
UNIDADE 6
A AVALIAÇÃO FORMATIVA
COMO ESTRATÉGIA PARA
O DESENVOLVIMENTO
SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
UNIDADE 6
A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
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UNIDADE 6
ÍNDICE - A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
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UNIDADE 6
A AVALIAÇÃO FORMATIVA NA PROPOSTA DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
80
UNIDADE 6
A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIOEMOCIONAL
81
UNIDADE 6
AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
Avaliar é sinônimo de atribuir nota. É o olhar do professor acerca da aprendizagem de conteúdos pelo aluno.
Avaliar é “classificar” os jovens em “os melhores e os piores” alunos, com base em seu desempenho. Os “melhores” são exemplo de mérito e destaque;
os “piores” são punidos. Há um clima de competição: quem tira a melhor nota, quem é o melhor aluno...
Avaliar é emitir uma mensagem ao estudante (o indicador de seu desempenho) que a recebe passivamente. Cabe ao jovem buscar, por sua conta, meios
de melhorar esse desempenho.
Avaliar é um instrumento para o professor mostrar ao estudante os pontos em que precisa avançar, para que pense e construa meios para se desenvolver.
82
UNIDADE 6
AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL E EMOCIONAL
Avaliar envolve a percepção do estudante sobre o próprio desenvolvimento, com vistas a incrementá-lo. É também, para o professor, um exercício constante de analisar e aprimorar
sua estratégia de ensino.
Avaliar não visa a efeitos comparativos ou constrangedores. É um processo que passa pelo reconhecimento do desenvolvimento pessoal, mas que pode abranger práticas
mais colaborativas ao identificar as dificuldades e potencialidades em comum e propor possibilidades de os estudantes agirem com foco na ajuda mútua.
A avaliação é um instrumento de comunicação, de diálogo entre professor e estudante. É uma construção, marcada por múltiplos processos, de um conhecimento compartilhado sobre
o percurso do aluno, sempre na perspectiva de ampliar os horizontes de desenvolvimento e de aprendizagem.
Avaliar é assumir a corresponsabilidade nos processos de ensino e de aprendizagem. Professor e aluno, os dois sujeitos principais desse processo, colocam-se em parceria. Cada um
assume o compromisso e a responsabilidade com o desenvolvimento mútuo.
Avaliar é fazer um convite ao estudante a sempre buscar novos modos de conhecer, a identificar novas possibilidades de aprender o que lhe parece difícil, de perceber que o caminho da
construção do conhecimento é múltiplo e, por isso, singular para cada estudante. É um exercício constante de abertura para o novo.
Avaliar é problematizar, é rever o processo de construção de respostas para as mais diversas questões, analisando as variadas possibilidades de elaboração de tais respostas. Há que se
compreender que aprender é tornar-se apto a resolver problemas complexos e a avaliação deve ser um exercício que incremente essa competência.
Avaliar é promover uma reflexão sobre a relação do jovem com o conhecimento, que deve ser de apropriação e recriação, e não de repetição. Afinal, conhecer não é assimilar. Conhecer é
investigar, selecionar, interpretar informações. É estabelecer conexões entre ideias e teorias, num movimento de autoria intelectual. Ou seja: a avaliação precisa estar a serviço do
pensamento crítico.
Avaliar é um exercício rico em possibilidades. Pode envolver instrumentos variados e deve deslocar o olhar do aluno: convidá-lo a resolver problemas de novas maneiras, reinventar seu
jeito de aprender, romper com pensamentos padronizados e experimentar diversas formas de construir o conhecimento. É um processo que exige e desenvolve a criatividade.
83
UNIDADE 6
A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIOEMOCIONAL
84
UNIDADE 6
A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIOEMOCIONAL
85
UNIDADE 6
A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIOEMOCIONAL
86
UNIDADE 6
A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIOEMOCIONAL
Na proposta Diálogos Socioemocionais - Ensino Fundamental Anos Iniciais o professor conta com
um instrumento de avaliação formativa, chamado Senna Kids. Esse instrumento está disponível via
web e pode ser acessado por qualquer computador, tablet ou celular com acesso à internet.
O instrumento Senna Kids consiste em dois conjuntos de subtestes que captam, sob diferentes
perspectivas, a autopercepção socioemocional e conhecimento emocional dos estudantes: Senna
Kids - Competências Socioemocionais e Senna kids - Inteligência Emocional.
• Senna Kids - Inteligência Emocional: nesse subteste a criança responde tarefas que avaliam seu
desempenho em vocabulário das emoções, conhecimento e uso de estratégias de regulação
emocional. Há figuras, textos e áudios que auxiliam no processo de resposta às questões.
87
UNIDADE 6
A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIOEMOCIONAL
Competências Socioemocionais
compreendidas pelo instrumento Senna Kids
Na fase etária que corresponde aos anos iniciais do Ensino Fundamental, a avaliação
socioemocional tem alta influência contextual, ou seja, os comportamentos dos estudantes
são mais claramente reflexo da relação familiar e social a sua volta. A criança ainda não tem
bem consolidada a noção de si, seus gostos e preferências. Isso está em processo de
construção, por isso, seus gostos e preferências estão ainda muito moldados nesse contexto
de micro de interações.
O recorte nas 8 competências listadas acima não quer dizer que as demais competências não
estejam presentes ou não possam ser trabalhadas em sala de aula. Esse recorte significa
apenas que nesse momento do desenvolvimento foi possível identificar por meio do
instrumento Senna Kids, de forma singular e clara, comportamentos característicos das 8
competências indicadas.
88
UNIDADE 6
A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIOEMOCIONAL
Na proposta Diálogos Socioemocionais - Ensino Fundamental Anos Iniciais, o instrumento de avaliação formativa
Senna Kids considera:
• A utilização do instrumento em diferentes momentos durante o ano escolar. Recomendamos que o instrumento
seja aplicado em três momentos: logo no começo do ano letivo (fevereiro a março), para que se possa mapear a condição
inicial de desenvolvimento socioemocional e da inteligência emocional das turmas; entre os meses de agosto e
setembro, para que ainda haja tempo de interferência no processo de desenvolvimento dos estudantes antes do fim do
ano letivo; e entre os meses de novembro e dezembro, de modo que se possa analisar o fechamento desse ciclo de
desenvolvimento e registrar informações que apoiem o trabalho pedagógico que será construído no ano seguinte. É
importante que o período de aplicação do instrumento não esteja muito próximo do início ou do término das férias: o
mapeamento imediatamente antes do recesso de aulas não permite a realização de atividades que atendam às
necessidades apontadas naquele momento específico do ano; da mesma forma, se realizado logo após o retorno das
aulas pode ser comprometido pela readaptação dos estudantes à rotina de aulas.
O instrumento foi desenvolvido por pesquisadores do edulab21, laboratório de ciências para educação do Instituto Ayrton
Senna. Desde sua criação, tem sido testado e aperfeiçoado considerando propriedades psicométricas como validade e
precisão, além de métodos para controle de viés de resposta como a aquiescência. Com isso, se almejou construir um
instrumento confiável, que permitisse o uso em contextos educacionais e adequado a essa fase do desenvolvimento.
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UNIDADE 6
A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIOEMOCIONAL
Simule uma autoavaliação para praticar: para se familiarizar com as instruções e SIMULE!
tempo de uso do instrumento de avaliação formativa , simule uma autoavaliação, em
Permite que você, professor (a), conheça o instrumento e a forma
um exercício de homologia de processos.
como os subtestes referentes ao desenvolvimento
socioemocional e à inteligência emocional são apresentados.
Além disso, é um excelente modo de exercitar a empatia,
colocando-se no lugar do estudante.
90
UNIDADE 6
A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIOEMOCIONAL
91
UNIDADE 6
A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIOEMOCIONAL
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS
A partir da aplicação do instrumento de avaliação Senna Kids são gerados relatórios que
agregam as informações analisadas em quatro níveis diferentes: nível turma, nível escola, nível
A partir dos resultados apresentados nos Relatórios de turma, o professor, contando com
o envolvimento da gestão da sua unidade escolar, pode compreender quais das
competências socioemocionais/emocionais precisam ser desenvolvidas para apoiar no
trabalho com os desafios particulares de cada turma. Nesse tipo de utilização, professores e
gestores identificam a necessidade ou a oportunidade de fortalecimento de
competências específicas e as articulam ao planejamento de atividades pedagógicas.
92
UNIDADE 6
A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIOEMOCIONAL
1 2 3 4 5 6 7
O maior efeito da A avaliação formativa O processo de avaliação A avaliação formativa de As devolutivas O instrumento de Ao estabelecer suas
avaliação formativa não não tem o objetivo de formativa de competências formativas acontecem a avaliação de metas no Plano de
é o “efeito retrovisor”, de quantificar, de atribuir competências socioemocionais/ partir da autoavaliação competências Desenvolvimento
avaliar o que passou, nota ou de avaliar ao socioemocionais/ emocionais compreende pelos estudantes socioemocionais e da Pessoal, os estudantes
mas o “efeito bússola”, final de um processo; emocionais favorece o quatro eixos centrais: a (utilizando o inteligência emocional elencam ações que
de olhar para a frente, ela acontece ao longo letramento proposição de atividades instrumento de Senna Kids apresenta pretendem executar
norteando caminhos do processo, em socioemocional, a no modelo SAFE, a avaliação formativa descrições sobre o nível para alcançar seus
para que os estudantes momentos variados, e é autorreflexão e a autoavaliação dos baseado em Senna Kids) de desenvolvimento objetivos. A partir desse
possam continuar a se sempre voltada para o autorregulação dos estudantes utilizando o aliadas à visão, socioemocional/ registro e de seu
desenvolver. avanço socioemocional/ estudantes no processo instrumento de avaliação experiência e emocional dos acompanhamento
emocional dos de desenvolvimento formativa Senna Kids, as conhecimento do estudantes. Ele também frequente, eles
estudantes. socioemocional/ devolutivas formativas professor sobre a possibilita, no processo exercitam a autonomia,
emocional intencional. (feedbacks) e o turma. Além disso, o de autoavaliação, que o o automonitoramento e
estabelecimento de um Relatório da Turma estudante reflita sobre a autorregulação
plano de apresenta dados e suas dificuldades e essenciais para o
desenvolvimento junto informações que potencialidades. desenvolvimento
com os estudantes, contribuem para as socioemocional.
que pode se dar na forma devolutivas do
de combinados com professor.
a turma.
93
UNIDADE 6
DEVOLUTIVA FORMATIVA (FEEDBACK)
DEVOLUTIVAS FORMATIVAS
A devolutiva formativa (feedback) é um fator motivacional que promove o
conhecimento, as habilidades e o entendimento do estudante sobre algum
aspecto ou área da sua vida. No contexto educacional, a devolutiva pode
PROFESSOR - ESTUDANTE
acontecer após uma situação de avaliação, ou mesmo em momentos propícios
nas aulas, sendo considerada um recurso formativo quando ocorre durante a Formato individualizado que promove uma
situação de aprendizagem, enquanto ainda há tempo de agir sobre ela. Portanto, intervenção mais personalizada.
realizar devolutivas não é sobre dar conselho, elogiar ou punir.
94
UNIDADE 6 UNIDADE 4
DEVOLUTIVA FORMATIVA (FEEDBACK)
• É específica, mas não complexa ou longa. Por exemplo, se a devolutiva for longa ou
complicada, o estudante simplesmente não prestará atenção na mensagem e o processo
perde seu valor. Portanto, é indicado que a devolutiva tenha foco.
• Possui frequência, ou seja, também acontece após o estudante ter tido tempo para agir
sobre o que foi conversado para que possa continuar se desenvolvendo.
95
UNIDADE 6
DEVOLUTIVA FORMATIVA (FEEDBACK)
96
UNIDADE 6
DEVOLUTIVA FORMATIVA (FEEDBACK)
O Relatório da Turma, gerado com os dados da autoavaliação dos estudantes por um ELEMENTOS DE DESTAQUE NA SEÇÃO SOBRE COMPETÊNCIAS
sistema informatizado, é um documento que contribui na construção e atualização SOCIOEMOCIONAIS
da visão do professor sobre o desenvolvimento da turma, favorecendo a elaboração
das devolutivas e o acompanhamento do processo. Ele traz informações
consolidadas sobre as respostas dos estudantes ao instrumento de avaliação Gráficos comentados que permitem visualizar qual a
porcentagem de estudantes que se percebem como
formativa de competências socioemocionais/emocionais.
menos desenvolvidos.
O Relatório da Turma é composto por quatro seções:
• ABRANGÊNCIA.
• COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS.
• INTELIGÊNCIA EMOCIONAL.
• ORIENTAÇÕES PARA VOCÊ, PROFESSOR(A). Gráficos comentados que mostram como os estudantes
percebem seu nível de desenvolvimento socioemocional.
Ao longo do ano, você poderá ter acesso aos Relatórios da Turma com informações
customizadas para cada momento do ciclo de avaliação formativa estruturado pela
rede de ensino.
A automatização dos dados referentes ao desenvolvimento de inteligência emocional Pontos para a reflexão que apoiam a consolidação de
ainda se encontra em fase de validação. uma avaliação diagnóstica da turma e que permitem
construir um olhar individualizado sobre cada estudante.
97
UNIDADE 6
DEVOLUTIVA FORMATIVA (FEEDBACK)
Uma vez realizadas a avaliação formativa e a consolidação dos resultados, cabe a você,
professor(a), promover um momento de devolutiva para os seus estudantes. Essa devolutiva
pode ser em feita em forma de roda de conversa e deve contemplar a reflexão e problematização
sobre as competências menos desenvolvidas pelos estudantes.
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UNIDADE 6
CONSTRUÇÃO DE UM OLHAR INDIVIDUALIZADO SOBRE O ESTUDANTE
Construção de um olhar
individualizado sobre o estudante
Para incentivar o protagonismo estudantil, professor(a), procure estabelecer alguns O importante é as crianças participarem desse processo de construç
combinados com os estudantes que os ajudem a desenvolver as competências identificadas ão de soluções/estratégias possíveis para o seu desenvolvimento.
com níveis mais baixos. Registre esses combinados e os deixe expostos em sala de aula para Ao final de cada semana, cada criança pode colocar uma estrelinha
que todos se lembrem deles diariamente. na competência que entende que conseguiu exercitar mais, por
exemplo.
Você pode adotar algumas práticas simples, que ajudem os estudantes manter o foco nas
competências que mais necessitam fortalecer, como:
• Construa um mural na parede da sala de aula para que os nomes das (até duas) competências
priorizadas fiquem expostos para toda a turma;
• Em uma roda de conversa, pergunte às crianças o que elas pensam que pode ser feito para se
desenvolverem nessas competências e, a partir do que elas disserem, estabeleça alguns
combinados com os estudantes;
• Construa com a turma "símbolos" ou "palavras de segurança" que ajudem as crianças a sinalizar
suas emoções. Por exemplo: se uma das competências em foco for tolerância à frustração,
um estudante pode usar uma "palavra de segurança" previamente combinada quando quiser
expressar tristeza, para que todos possam apoiá-lo. Uma outra possibilidade seria ir sentar-se
em determinado local da sala para respirar e ficar um pouco sozinho até se sentir mais calmo.
99
GLOSSÁRIO
Glossário
APRENDIZAGEM COLABORATIVA. Metodologia ativa que se baseia no princípio da AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO
aprendizagem entre pares. Possibilita a ampliação da autonomia dos estudantes e da SOCIOEMOCIONAL. Não tem o objetivo de quantificar, de atribuir nota ou de avaliar ao
capacidade de se corresponsabilizar em relação ao conhecimento e a novos modos de final de um processo; ela acontece ao longo do processo, em momentos variados, e é
interação com o professor e com os colegas. sempre voltada para o avanço socioemocional/emocional dos estudantes. Favorece o
letramento socioemocional/emocional, a autorreflexão e a autorregulação dos
estudantes e compreende quatro eixos centrais: a participação dos estudantes em
APRENDIZAGEM POR PROJETOS. Metodologia ativa que propõe um processo
atividades desafiantes no modelo SAFE, a autoavaliação dos estudantes acerca de
estruturado, constituído por seis etapas: mobilização, iniciativa, planejamento,
suas competências socioemocionais/emocionais utilizando um instrumento Senna
execução, avaliação e apropriação de resultados. Ao desenvolverem projetos (de vida,
Kids, as devolutivas formativas (feedbacks) e a elaboração de planos de
de estudos, de intervenção ou de pesquisa), os estudantes aprendem a conhecer suas
desenvolvimento pessoal pelos estudantes.
motivações e interesses, a configurar um problema, a transformar a realidade, a
organizar as tarefas e se projetarem no futuro, a avaliar as vivências intervindo nelas
durante o processo e a generalizar aprendizados. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC). Documento de caráter normativo que
define “o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os
estudantes devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação
AUTORREGULAÇÃO. Processo no qual o estudante estrutura, monitora e avalia o seu
Básica” (Brasil, 2018, p. 7). A regulação de uma base comum era prevista na
próprio comportamento (Zimmerman; Schunk, 2011), o que envolve
Constituição Federal de 1988 (artigo 210), nas Leis de Diretrizes e Bases da Educação
autoconhecimento, autorreflexão, controle de pensamentos, domínio emocional e
de 1996 (artigo 26) e nas Diretrizes Curriculares Nacionais de 2010 (artigo 14).
mudança de atitude (Bembenutty, 2008) e (Wolters; Benzon, 2013). A autorregulação
envolve crenças pessoais, aspectos motivacionais, uso de estratégias de
aprendizagem e gerenciamento de emoções.
COMPETÊNCIA. Mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos),
habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM. Avaliação alinhada à educação integral que demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo
do trabalho (BNCC, 2018).
considera as múltiplas dimensões do desenvolvimento humano. Configura-se num ato
diagnóstico, em que os processos de ensino e de aprendizagem são
permanentemente revistos, analisados e melhorados, a partir da combinação,
sobretudo, dos pontos de vista do professor e do estudante. Ao invés de perseguir a
régua, que traz a ideia de uma métrica, adota-se a perspectiva da avaliação como uma
bússola e uma prática dialógica.
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GLOSSÁRIO
Glossário
COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC: Visam assegurar aos estudantes uma formação DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL/EMOCIONAL. Processo não linear que
humana integral, definindo o cidadão que se pretende formar, norteando a educação acontece ao longo da vida, variando de acordo com a idade dos estudantes e com o
dos estudantes ao longo de toda a Educação Básica. Não existe uma hierarquia entre contexto no qual cada um está inserido. É importante respeitar a individualidade dos
as 10 competências gerais, nenhuma é mais importante do que outra. Essas estudantes e a diversidade da turma para o trabalho intencional de desenvolvimento
competências devem ser trabalhadas em todos os componentes curriculares (Fonte: de competências socioemocionais/emocionais.
materiais de apoio para implementação da BNCC. MEC, 2018).
DEVOLUTIVA FORMATIVA (FEEDBACK). Fator motivacional que promove o
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS. Capacidades individuais que se manifestam de conhecimento, as habilidades e o entendimento do estudante sobre algum aspecto ou
modo consistente em padrões de pensamentos, sentimentos e comportamentos. Por área da sua vida. É compreendida como a comunicação de informações ao estudante
algum tempo, acreditou-se que essas competências eram inatas e fixas, sendo a pelo professor com a finalidade de melhorar seu desempenho (Shute, 2007). Também
primeira infância o estágio ideal de desenvolvimento. Hoje, com o avanço da pode ocorrer entre pares. Acontece após uma situação de avaliação, ou em momentos
neurociência, sabemos que o desenvolvimento humano é complexo e permanente e propícios nas aulas, sendo considerada um recurso formativo quando ocorre durante a
que as competências socioemocionais são maleáveis e possíveis de serem situação de aprendizagem, enquanto ainda há tempo de agir sobre ela. Portanto,
desenvolvidas tanto em experiências de aprendizagem que acontecem na escola realizar devolutivas não é sobre dar conselho, elogiar ou punir.
como fora de seus muros (John; De Fruyt, 2015).
EDUCAÇÃO INTEGRAL. Educação integral pode acontecer em escolas de tempo
COMUNIDADE DE PRÁTICA. Envolve o aprendizado coletivo dos docentes que dela regular ou de tempo integral e visa “à formação e ao desenvolvimento humano global,
fazem parte. É um ambiente em que professores compartilham conhecimentos, o que implica compreender a complexidade e a não linearidade desse
trocam experiências, apresentam desafios concretos e busca-se soluções. Aproxima desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão
professores a partir de seus interesses e motivações, valorizando a autoria docente e intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa, ainda, assumir uma visão
o desenvolvimento profissional. plural, singular e integral da criança, do adolescente, do jovem e do adulto –
considerando-os como sujeitos de aprendizagem – e promover uma educação voltada
ao seu acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas
DESENVOLVIMENTO INTEGRAL. Compreensão de que a educação integral, enquanto
singularidades e diversidades” (BNCC, 2018, p. 14). Propõe a formação humana nas
processo formativo, deve atuar pelo desenvolvimento dos indivíduos nas suas
múltiplas dimensões, com foco no desenvolvimento de competências que preparem
múltiplas dimensões: física, intelectual, social, emocional e simbólica (Centro de
os estudantes a atuar de modo solidário, ético e responsável nos contextos
Referências em Educação Integral).
contemporâneos.
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GLOSSÁRIO
Glossário
GAMIFICAÇÃO. Uso de sistemáticas de jogos no processo de aprendizagem, com METODOLOGIAS ATIVAS. As três metodologias ativas – que têm como base o exercício
o objetivo de promover maior engajamento dos estudantes nas atividades, aumento da presença pedagógica pelo professor – fazem parte da proposta Diálogos
da sua motivação e desenvolvimento do pensamento para a resolução de problemas. Socioemocionais. Elas orientam as práticas pedagógicas para uma abordagem coesa,
estruturada, intencional, compromissada, colaborativa e problematizadora. Além
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO FORMATIVA SENNA KIDS. O instrumento de avaliação disso, buscam a promoção do protagonismo dos estudantes, bem como o
formativa desenvolvido por pesquisadores do edulab21, laboratório de ciências para desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais/emocionais.
educação do Instituto Ayrton Senna. É composto por dois subtestes, um específico
para avaliação de 8 competências socioemocionais e o outro para avaliação da METODOLOGIAS HANDS ON. Processos de aprendizagem pautados na experiência,
inteligência emocional. Desde sua criação, tem sido testado e aperfeiçoado ou seja, que implicam na participação ativa do estudante no planejamento e
considerando propriedades psicométricas como validade e precisão, além de na construção de um produto ou protótipo que o permita observar a aplicação
métodos para controle de viés de resposta como a aquiescência. Com isso, se almejou prática dos objetos de conhecimento que estão estudando.
construir um instrumento confiável, que permitisse o uso em contextos educacionais
e adequado a essa fase do desenvolvimento. PRESENÇA PEDAGÓGICA. Envolve a mediação qualificada do professor. É um
exercício de interação, marcado pela abertura, pela confiança e pelo compromisso
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. Se refere à capacidade de raciocinar sobre emoções. Isso com o estudante, fortalecendo o vínculo interpessoal e a mediação da aprendizagem e
quer dizer ser capaz, em relação a si mesmo e ao outro, de: perceber, avaliar de conflitos. O professor abre uma via de diálogo efetivo com os jovens, acolhendo-os
e expressar as emoções adequadamente; gerar um estado de humor, a fim de em suas singularidades, ao mesmo tempo em que exige responsabilidade e
facilitar um pensamento e uma tarefa; entender a forma como as emoções se compromisso, ajudando-os a gerirem suas aprendizagens e desafiando-os a crescer.
misturam e se alternam de maneira fluida ao longo do tempo; e autorregular as
emoções a fim de promover crescimento emocional e intelectual .
PROBLEMATIZAÇÃO. Metodologia ativa que fomenta o “aprender a aprender”,
promovendo a participação dos estudantes em torno de situações-problema, a
LETRAMENTO SOCIOEMOCIONAL. Envolve a compreensão dos estudantes sobre o que
criticidade, a curiosidade e a superação do conhecimento simplesmente transferido.
é cada competência, socioemocional, associando o seu significado com experiências
pessoais, ou seja, significando a competência em sua vida. Para isso, é preciso que o
professor tenha claro o que é cada competência e como elas se organizam, isto é,
conhecer sua taxonomia.
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GLOSSÁRIO
Glossário
SAFE: Acrônimo para sequencial, ativo, focado e explícito. Segundo estudos de Durlak
e colegas (2011), o desenvolvimento socioemocional apresenta melhores resultados
quando as situações de aprendizagem são desenhadas pensando uma sequência de
objetivos de aprendizagem, adota metodologias ativas para a sua execução, garante
tempo e intencionalidade para o desenvolvimento de uma competência por vez e
explicita para os estudantes quais competências estão em foco a cada momento.
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