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DIÁLOGOS
SOCIOEMOCIONAIS
INSTITUTO AYRTON SENNA
INTRODUÇÃO 04
CONTEÚDO:
Unidade 1 – Educação integral e o desenvolvimento de competências socioemocionais 06
ANEXOS 83
GLOSSÁRIO 85
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REFERÊNCIAS 89 navegar
INTRODUÇÃO
Caro(a) educador(a),
As competências socioemocionais são componentes indispensáveis para a formação integral dos estudantes. Todas as transições vividas pelos estudantes
dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio possuem relação com o desenvolvimento socioemocional, que diz respeito a aprender a se
relacionar consigo mesmo e com o outro, a estabelecer objetivos, tomar decisões e enfrentar situações adversas ou novas.
Muitos educadores já (re)conhecem a importância das competências socioemocionais e pesquisas científicas demonstram que trabalhar essas competências
de modo intencional em sala de aula impacta o desenvolvimento de crianças e jovens, tendo influência positiva na permanência do estudante na escola, no
clima escolar, na aprendizagem e em uma série de outras conquistas e realizações ao longo da vida.
O trabalho intencional com essas competências está dentro do conceito de educação integral que o Instituto Ayrton Senna propõe, que é aquela voltada ao
desenvolvimento pleno do estudante, nos âmbitos cognitivo e socioemocional, preparando-o para fazer escolhas com base em seu projeto de vida. Esse
conceito está alinhado com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que articula os conteúdos das áreas do conhecimento ao desenvolvimento de
competências e habilidades, incluindo as socioemocionais.
Considerando a importância da educação integral dos estudantes e baseado em um conjunto de evidências científicas, o Instituto Ayrton Senna criou o
Diálogos Socioemocionais , proposta educacional que apresenta uma metodologia de desenvolvimento e acompanhamento das competências
socioemocionais dos estudantes, fundamentada em práticas dialógicas e no processo de avaliação formativa que envolve o uso de um instrumento de
avaliação baseado em rubricas.
Para contribuir com sua reflexão e ação, este caderno apresenta a importância do tema e justifica a proposta Diálogos Socioemocionais pelas evidências
científicas robustas que levaram o IAS a se definir por este caminho, explicita o Modelo Pedagógico da proposta e traz orientações para inspirar o
planejamento de suas aulas por meio do Modelo Formativo. Assim, aqui você encontrará os fundamentos pedagógicos, a taxonomia de competências
socioemocionais, as metodologias ativas que sustentam o trabalho, bem como a concepção de avaliação formativa e os usos recomendados para o
instrumento de avaliação baseado em rubricas.
O conjunto de materiais do Diálogos Socioemocionais contempla, ainda, em outros capítulos, orientações sobre o que é importante saber para que a
proposta seja implantada na rede de ensino e beneficie todos os estudantes e profissionais que dela fazem parte, e como ela deve ser acompanhada na
rotina escolar, desde a sala de aula até a secretaria de educação, o que envolve as regionais de ensino, quando houver, segundo o documento Sistemática de
Acompanhamento. Além deste caderno, outra publicação envolve recomendações para a gestão escolar e para os profissionais que acompanham a
implementação da proposta nas secretarias de educação.
Não se pretende reduzir esta publicação a um mero guia sobre como fazer, mas que os conhecimentos e inovações aqui apresentados provoquem reflexões
que articulem teorias e práticas, e sejam fonte de inspiração para que o Diálogos Socioemocionais seja, de fato, componente ativo da política de educação
integral de sua rede de ensino. Buscamos, ao contrário, inspirar caminhos que contribuam com a educação integral dos estudantes.
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UNIDADE 1
EDUCAÇÃO INTEGRAL E A FORMAÇÃO PLENA DOS ESTUDANTES
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UNIDADE 1
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL INTENCIONAL
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UNIDADE 1
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL INTENCIONAL
AUTOGESTÃO
AUTOGESTÃO é a tendência a ser organizado, esforçado e responsável. Ela se reflete em pessoas mais autônomas, disciplinadas, eficientes, orientadas para seus
objetivos, e não impulsivas. Compreende as seguintes competências:
Responsabilidade Persistência
É a capacidade de gerenciar a nós mesmos a fim de conseguir É a capacidade de completar tarefas e terminar o que
realizar nossas tarefas, cumprir compromissos e promessas assumimos/começamos, ao invés de procrastinar ou desistir
que fizemos, mesmo quando é difícil para nós. quando as coisas ficam difíceis ou desconfortáveis.
É a capacidade de focar, isto é, a capacidade de selecionar Relaciona-se com objetivos, ambição e motivação
É a capacidade de organizar o tempo, as coisas e
uma tarefa ou atividade e direcionar toda nossa atenção para trabalhar duro, com fazer mais do que apenas o
as atividades, bem como planejar esses
apenas à tarefa/atividade "selecionada". mínimo que se espera.
elementos para o futuro.
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UNIDADE 1
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL INTENCIONAL
ENGAJAMENTO COM OS OUTROS é definida como orientação de interesses e energia em direção ao mundo externo, pessoas e coisas. A pessoa engajada é
amigável, sociável, autoconfiante, energética, aventureira e entusiasmada. Compreende as seguintes competências:
Diz respeito a habilidade de abordar e se conectar É a capacidade de expressar, e defender, suas opiniões, Consiste em envolver-se ativamente com a vida e com
com outras pessoas, sejam amigos ou pessoas necessidades e sentimentos, além de mobilizar as outras pessoas e a fazê-lo de uma forma positiva, isto é,
desconhecidas, e facilidade na comunicação. pessoas, de forma precisa. ter empolgação e paixão pelas atividades diárias e a vida.
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UNIDADE 1
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL INTENCIONAL
AMABILIDADE
AMABILIDADE é a tendência a agir de modo cooperativo e não egoísta. A pessoa amável ou cooperativa se caracteriza como tolerante, altruísta, modesta,
simpática, não teimosa e objetiva. Compreende as seguintes competências:
Diz respeito ao uso da nossa compreensão da realidade, da É a capacidade de tratar as pessoas com consideração, lealdade e Refere-se à habilidade de perceber que os
vida e habilidades para entender as necessidades e tolerância, isto é, demonstrar o devido respeito aos sentimentos, outros geralmente têm boas intenções e de
sentimentos dos outros, agir sobre esse entendimento com desejos, direitos, crenças ou tradições dos outros. perdoar aqueles que cometem erros
bondade e investir em nossos relacionamentos, prestando
apoio, assistência, sendo solidário.
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UNIDADE 1
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL INTENCIONAL
RESILIÊNCIA EMOCIONAL
RESILIÊNCIA EMOCIONAL é a previsibilidade, consistência e equilíbrio de reações emocionais, sem mudanças bruscas de humor. Quando a pessoa não
tem essa competência desenvolvida, ela é emocionalmente instável e caracterizada como preocupada, irritadiça, ansiosa, impulsiva e não autoconfiante.
Compreende as seguintes competências:
Consiste na capacidade de regular ansiedade e resposta ao É a presença de estratégias efetivas para regular suas Engloba um sentimento de força interior, isto é, a
estresse, e de resolver problemas com calma. emoções, como raiva e irritação, mantendo a tranquilidade e habilidade de se satisfazer consigo mesmo e sua vida, ter
serenidade frente às frustrações, evitando assim o mal pensamentos positivos e manter expectativas otimistas.
humor, fácil perturbação ou a instabilidade.
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UNIDADE 1
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL INTENCIONAL
ABERTURA AO NOVO
ABERTURA AO NOVO é a tendência a ser aberto a novas experiências estéticas, culturais e intelectuais. A pessoa aberta a novas experiências caracteriza-
se como imaginativa, artística, excitável, curiosa, não convencional e com amplos interesses. Compreende as seguintes competências:
Diz respeito ao forte desejo de aprender e adquirir É a capacidade de gerar novas maneiras de pensar e Diz respeito a capacidade de admirar e valorizar
conhecimentos, e paixão pela aprendizagem. agir por meio da experimentação, aprendendo produções artísticas, de diferentes formatos como
com seus erros, ou a partir de uma visão de algo artes visuais, música ou literatura.
que não sabíamos.
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UNIDADE 1
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL INTENCIONAL
Uma importante contribuição para se pensar e praticar a formação do Na BNCC, competência é definida como a mobilização de
estudante são as 10 competências gerais da Educação Básica explicitadas conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades
pela BNCC. (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para
resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno
Ao definir essas competências, a BNCC (Brasil, 2017, p. 8) reconhece que a
exercício da cidadania e do mundo do trabalho”.
“educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a
transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e,
também, voltada para a preservação da natureza”, ressaltando a importância
de se inter-relacionarem e se desdobrarem nas práticas pedagógicas de
modo articulado à “construção de conhecimentos, no desenvolvimento de
habilidades e na formação de atitudes e valores, nos termos da LDB” .
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UNIDADE 1
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL INTENCIONAL
Conheça o resultado de um estudo mais detalhado sobre as competências gerais preconizadas na BNCC e sua relação com as competências socioemocionais
apresentadas.
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos Curiosidade para aprender (para valorizar o conhecimento e
sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e continuar aprendendo);
1 explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a
Respeito e Responsabilidade (para usar o conhecimento na
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva).
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UNIDADE 1
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL INTENCIONAL
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, Interesse artístico (para apreciação de várias manifestações
3 das locais às mundiais, e também participar de práticas artísticas e culturais e participação em produções artísticas e
diversificadas da produção artístico-cultural. culturais).
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis Empatia, Respeito e Assertividade (para negociar e defender
para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e adequadamente as ideias e os direitos humanos);
decisões comuns que respeitem e promovem os direitos humanos,
7 a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito
Responsabilidade e autoconfiança (para o consumo responsável
e o cuidado de si e dos outros), além de habilidades envolvidas em
local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao
pensamento crítico (híbrida).
cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e Autoconfiança, Tolerância ao Estrese e Tolerância à Frustração
emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
8 reconhecendo suas emoções e as dos outros com autocrítica e
(para cuidar de sua saúde física e suas emoções, envolvendo a
resiliência emocional e a autoconsciência).
capacidade para lidar com elas.
Evidências nacionais e internacionais demonstram que o desenvolvimento de competências socioemocionais melhora o aprendizado e o ambiente escolar, além de
ter efeitos em outros aspectos da vida, como aprendizagem, empregabilidade, saúde, bem-estar, entre outros.
A seguir, reunimos alguns resultados de como cada macrocompetência se relaciona com diferentes aspectos de vida.
É importante para o resultado Os estudantes que o No contexto do Ensino Médio, Está associada à redução de Está relacionada ao avanço na
acadêmico. Estudos no Brasil desenvolvem podem se está associada à diminuição ausências no trabalho escolaridade, ao aumento de
indicam que altos níveis dessa adaptar mais facilmente ao da agressividade dos (Störmer e Fahr, 2010), à competências cognitivas, à
competência melhoram o mundo do trabalho (Cattan, estudantes (Duncan e promoção de equilíbrio salarial diminuição das taxas de
desempenho nas disciplinas 2010); além disso, diminui a Magnusson, 2010) e à redução (Pinger e Piatek, 2010; ausência na escola e à
de Matemática e Química evasão escolar (Carneiro et de indicadores de violência Rosenberg, 1965), à melhoria melhoria de notas escolares.
(Santos, Primi e Miranda, al, 2007). em geral (Santos, Oliani, de desempenho no emprego Um estudo realizado por
2017). Para além da esfera Scorzafave, Primi, De Fruyt e (Duckworth et al, 2011) e ao Santos, Primi e Miranda (2017)
escolar, essas competências John, 2017). aumento nas chances de indica que altos níveis desta
ajudam no alcance de metas ingresso no Ensino Superior competência melhoram o
profissionais, segundo estudo (Rosenberg, 1965). Estudos no desempenho nas disciplinas
de Barros, Coutinho, Garcia e Brasil também associam o de Português, História,
Muller (2016). desenvolvimento desta Geografia, Física e Biologia.
competência à diminuição de
distúrbios alimentares (Tomaz
e Zanini, 2009).
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UNIDADE 1
UMA ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL INTENCIONAL
Por meio desse instrumento os estudantes são convidados a estabelecer E EXPLÍCITO: Explicitar o que é a competência em foco e propor o
metas pessoais, e a monitorá-las de forma a rever e/ou ajustar as suas estabelecimento individual de metas de desenvolvimento.
ações para alcança-las.
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UNIDADE 2
O QUE É A PROPOSTA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
UNIDADE 2
ÍNDICE – O QUE É A PROPOSTA DIÁLOGOS
SOCIOEMOCIONAIS
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UNIDADE 2
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS: UMA VISÃO GERAL
Diálogos Socioemocionais:
uma visão geral
A implantação dos Diálogos Socioemocionais como política de educação integral envolve uma visão
sistêmica da rede de ensino e visa cobertura universal de estudantes e profissionais das escolas,
regionais/diretorias, quando houver, e da Secretaria de Educação.
Cabe também à Secretaria definir como a proposta acontecerá nas escolas: como um componente
curricular chamado projeto de vida, ou de forma integrada às aulas de determinadas disciplina, o que é
chamado de duplo foco.
Seja qual for o formato escolhido, é essencial que a Secretaria se organize para oferecer o modelo de
formação proposto, além de garantir seu monitoramento ao longo do ano.
Em seguida, iniciam-se o planejamento e a mobilização dos profissionais da rede para que a proposta
aconteça na escola. Para tanto, é essencial que todos conheçam seus princípios e objetivos.
Para saber mais sobre a implementação do Diálogos Socioemocionais, acesse o Caderno do Gestor.
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UNIDADE 2
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS: UMA VISÃO GERAL
Uma proposta que se articula A proposta favorece o desenvolvimento socioemocional dos estudantes, impactando também o desempenho acadêmico e outras
às políticas de educação esferas da vida, contribuindo para a instalação de políticas de educação integral.
integral
Focada em Práticas e As atividades propostas são planejadas e conduzidas com o uso de metodologias ativas e com a avaliação formativa como estratégia
vivências para o desenvolvimento socioemocional intencional.
Promotora de letramento Com base em uma metodologia que envolve a avaliação formativa e o uso de um instrumento baseado em rubricas, além de outras
e desenvolvimento estratégias, a proposta promove o desenvolvimento socioemocional dos estudantes de modo sequencial, estruturado, ativo, focado
socioemocional consistente e explícito.
Baseada em evidências Os fundamentos da proposta compreendem pesquisas e estudos sobre desenvolvimento socioemocional, tendo uma matriz de
competências abrangente e robusta, organizada a partir de evidências sobre sua maleabilidade e possibilidades de desenvolvimento no
ambiente escolar.
Coloca o professor como A proposta permite aos professores compreender o que é o desenvolvimento socioemocional e o que fazer para garantir
mediador do desenvolvimento intencionalidade no processo. Deste modo, oferece conhecimento e estratégias para articular o desenvolvimento socioemocional à
integral experiência e prática docente.
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UNIDADE 2
COMO O DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS ACONTECE NA ESCOLA
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UNIDADE 3
A AVALIAÇÃO FORMATIVA
COMO ESTRATÉGIA PARA
O DESENVOLVIMENTO
SOCIOEMOCIONAL
UNIDADE 3
A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL
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UNIDADE 3
A AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL
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UNIDADE 3
AVALIAÇÃO FORMATIVA NA PROPOSTA DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
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UNIDADE 3
AVALIAÇÃO FORMATIVA NA PROPOSTA DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
A avaliação pode ser um poderoso instrumento de diálogo entre Uma ação de grande importância é o registro regular das observações
professores e estudantes na construção de uma relação crítica e ativa com
e práticas. O uso de um caderno pelo professor – tipo “diário de bordo”
o conhecimento e no desenvolvimento das competências
socioemocionais. – ou de ferramentas tecnológicas como vídeos, gravações de áudio,
blogs etc., para registrar de maneira livre e pessoal as reflexões sobre
O primeiro passo é perceber que avaliar não é apenas medir, e que a nota
não é o único indicador a ser considerado. Ela não é nem o ponto de o desenvolvimento da aula planejada, a aprendizagem dos
partida, nem o ponto de chegada. O ponto de partida é fazer boas estudantes, os desafios e conquistas do dia etc., é um instrumento
perguntas: Que efeito essa escola quer causar na vida do aluno? Que
avaliativo que, além de ser um guardião das memórias do processo
competências esse estudante precisa desenvolver para ser autônomo e
fazer escolhas responsáveis em sua vida? educativo, apoia a tomada de decisões pedagógicas mais
fundamentadas e permite o compartilhamento de práticas com os
A educação integral – que considera todas as dimensões do
colegas e gestores da escola.
desenvolvimento humano – demanda a busca de caminhos em que a
avaliação se configure num ato diagnóstico, em que os processos de
ensino e de aprendizagem sejam permanentemente revistos, analisados e
melhorados, a partir da combinação, sobretudo, dos pontos de vista do
professor e do estudante.
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UNIDADE 3
AVALIAÇÃO FORMATIVA NA PROPOSTA DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Avaliar envolve a percepção do estudante sobre o próprio desenvolvimento, com vistas a incrementá-lo. É também, para o professor, um exercício constante de analisar e
aprimorar sua estratégia de ensino.
Avaliar não visa efeitos comparativos ou constrangedores. É um processo que passa pelo reconhecimento do desenvolvimento pessoal, mas que pode abranger práticas mais
colaborativas ao identificar as dificuldades e potencialidades em comum e propor possibilidades de os estudantes agirem com foco na ajuda mútua.
A avaliação é um instrumento de comunicação, de diálogo entre professor e estudante. É uma construção, marcada por múltiplos processos, de um conhecimento compartilhado
sobre o percurso do aluno, sempre na perspectiva de ampliar os horizontes de desenvolvimento e de aprendizagem.
Avaliar é assumir a corresponsabilidade nos processos de ensino e de aprendizagem. Professor e aluno – os dois sujeitos principais desse processo – se colocam em parceria. Cada
um assume o compromisso e a responsabilidade com o desenvolvimento mútuo.
Avaliar é fazer um convite ao estudante a sempre buscar novos modos de conhecer, a identificar novas possibilidades de aprender o que lhe parece difícil, de perceber que o caminho
da construção do conhecimento é múltiplo e, por isso, singular para cada estudante. É um exercício constante de abertura para o novo.
Avaliar é problematizar, é rever o processo de construção de respostas para as mais diversas questões, analisando as variadas possibilidades de elaboração de tais respostas. Há que
se compreender que aprender é tornar-se apto a resolver problemas complexos e a avaliação deve ser um exercício que incremente essa competência.
Avaliar é promover uma reflexão sobre a relação do jovem com o conhecimento – que deve ser de apropriação e recriação, e não de repetição. Afinal, conhecer não é só assimilar.
Conhecer é investigar, selecionar, interpretar informações. É estabelecer conexões entre ideias e teorias, num movimento de autoria intelectual. Ou seja: a avaliação precisa estar a
serviço do pensamento crítico.
Avaliar é um exercício rico em possibilidades. Pode envolver instrumentos variados e deve deslocar o olhar do aluno: convidá-lo a resolver problemas de novas maneiras, reinventar
seu jeito de aprender, romper com pensamentos padronizados e experimentar diversas formas de construir o conhecimento. É um processo que exige e desenvolve a criatividade.
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UNIDADE 3
AVALIAÇÃO FORMATIVA NA PROPOSTA DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
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UNIDADE 3
AVALIAÇÃO FORMATIVA NA PROPOSTA DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
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UNIDADE 3
AVALIAÇÃO FORMATIVA NA PROPOSTA DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
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UNIDADE 3
O QUE É O INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO FORMATIVA DE
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS BASEADO EM RUBRICAS
Instrumentos de avaliação formativa baseado em rubricas são cada vez mais utilizados na educação. As rubricas são feitas sob medida para as tarefas ou aprendizagens
que se deseja acompanhar e tornam mais fácil avaliar temas e competências complexas.
Compõe um tipo de matriz que define degraus de desenvolvimento de competências socioemocionais com critérios claros, ordenados e observáveis, tornando os
estudantes responsáveis pelo próprio desenvolvimento e orientando caminhos para seu crescimento.
Os degraus se organizam em um percurso crescente de desenvolvimento das competências socioemocionais, de modo que o desenvolvimento de cada estudante seja
transparente para ele e para o professor.
A utilização do instrumento de rubricas em diferentes momentos das atividades é estratégica para comunicar aos estudantes e professores sobre o progresso de cada
um e apoia o acompanhamento do desenvolvimento de suas competências.
O exercício de autoconhecimento e a autorreflexão feitas pelo estudante com auxílio do instrumento por rubrica auxilia-o a entender quais pontos
necessita desenvolver para evoluir, o quanto se aproxima de dominar o conteúdo que está sendo desenvolvido e a regular sua própria aprendizagem (Andrade, 2000).
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UNIDADE 3
O QUE É O INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO FORMATIVA DE
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS BASEADO EM RUBRICAS
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UNIDADE 3
O QUE É O INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO FORMATIVA DE
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS BASEADO EM RUBRICAS
Parâmetros psicométricos
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UNIDADE 3
O QUE É O INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO FORMATIVA DE
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS BASEADO EM RUBRICAS
Conheça o instrumento
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UNIDADE 3
O QUE É O INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO FORMATIVA DE
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS BASEADO EM RUBRICAS
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UNIDADE 3
COMO UTILIZAR O INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO FORMATIVA DE
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS BASEADO EM RUBRICAS: DOIS USOS RECOMENDADOS
Ambos os usos do instrumento, estruturado pela rede ou pelo professor, são Nesse tipo de utilização, o professor identifica a necessidade de
sempre articulados ao ciclo de avaliação formativa, ou seja, o uso do desenvolvimento de competências específicas na turma e articula a
instrumento é integrado à experiência do estudante em atividades desafiantes avaliação formativa, com base no instrumento por rubricas, com as
no modelo SAFE, às devolutivas formativas e ao estabelecimento de metas de atividades que está desenvolvendo junto aos estudantes.
desenvolvimento pessoal.
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UNIDADE 3
COMO UTILIZAR O INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO FORMATIVA DE
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS BASEADO EM RUBRICAS: DOIS USOS RECOMENDADOS
REGISTRO E COMUNICAÇÃO
O instrumento de avaliação socioemocional baseado em rubricas é
central para o desenvolvimento dos estudantes, no entanto, é desejável o
(a) professor (a), ao planejar suas aulas, oriente cada estudante a ter um Primeiro, os estudantes se identificarão na
caderno de registro em que possam registrar impressões, dúvidas e primeira página do Cadernos de Respostas
aprendizagens, bem como intercale momentos de reflexão e de ação, do instrumento.
considerando a avaliação como prática de comunicação,
autodesenvolvimento e autorregulação. Assim, a avaliação gera insumos Depois, lerão as instruções e responderão
para a qualificação do processo formativo de cada estudante, bem como as rubricas de exemplo para entender
para o aperfeiçoamento contínuo do trabalho docente. melhor como responder o instrumento
42
UNIDADE 3
COMO UTILIZAR O INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO FORMATIVA DE
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS BASEADO EM RUBRICAS: DOIS USOS RECOMENDADOS
ESTUDE!
Os gestores da rede de ensino podem estabelecer algumas aplicações para acompanhamento do desenvolvimento das competências socioemocionais. Quando esse é o
caso, é esperado que ela estabeleça até quatro ciclos de avaliação:
• Autoavaliação das 17 competências • Autoavaliação das competências • Autoavaliação das 17 competências socioemocionais
socioemocionais (ou das competências priorizadas socioemocionais estabelecidas como ou das competências priorizadas pela rede utilizando o
pela rede) utilizando o Instrumento de Avaliação meta de desenvolvimento pela turma Instrumento de Avaliação Formativa com base
Formativa com base em rubricas – é recomendado utilizando o Instrumento de Avaliação em rubricas;
que sejam avaliadas, no mínimo, 2 competências; Formativa com base em rubricas; • Realização das devolutivas formativas (feedbacks).
• Feedback formativo, promove-se a reflexão da • Realização das devolutivas formativas • Acompanhamento das metas de desenvolvimento
turma sobre as duas competências mais (feedback); estabelecidas pelos estudantes e atualização dos PDPs;
desafiadoras para o grupo; • Acompanhamento das metas de • Balanço do exercício das competências
• Estabelecimento de metas de desenvolvimento desenvolvimento estabelecidas pelos socioemocionais no período letivo.
pessoal para até duas competências escolhidas estudantes e atualização dos PDPs. • Os resultados de uso do instrumento de avaliação
pela turma (dentre as priorizadas pela rede de formativa pelos estudantes geram informações que são
ensino); sistematizadas no Relatórios da Turma, permitindo
• Elaboração do PDP e registro de metas pessoais e ao professor uma visão clara e consolidada sobre
da turma. sua turma e qualificando suas intervenções.
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UNIDADE 3
COMO UTILIZAR O INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO FORMATIVA DE
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS BASEADO EM RUBRICAS: DOIS USOS RECOMENDADOS
Em sua interação com a turma, o professor identifica necessidades e desafios específicos com relação ao desenvolvimento socioemocional dos estudantes.
Nestes casos, as rubricas podem ser integradas às atividades do seguinte modo:
1 2 3 4 5 6 7
Apresente aos Oriente a leitura Combine um tempo Para consolidar a Cada estudante Após algumas Durante esse
estudantes qual da rubrica adequado para que cada autoavaliação da turma, estabelece uma meta de semanas, oriente a processo, realize
competência correspondente estudante possa refletir o professor pode onde quer chegar em turma a realizar uma devolutivas
socioemocional e a autoavaliação e responder à promover a construção termos de nova autoavaliação formativas com os
será foco de dos estudantes, autoavaliação, de um mural. Realize, no desenvolvimento dessa utilizando a rubrica, estudantes.
desenvolvimento esclarecendo registrando um exemplo coletivo, o diálogo sobre competência e a repetindo o
no período e qualquer dúvida. concreto de situação as respostas do mural e registra. Oriente que, procedimento.
porquê. vivenciada que incentive o nas próximas aulas,
justifique sua resposta. compartilhamento das devem ficar atentos
justificativas. para exercitar essa
competência de modo
intencional.
Especificamente no Diálogos Socioemocional – Duplo Foco, o professor é convidado a articular uma competência socioemocional ao planejamento, execução e avaliação
de uma situação de aprendizagem. Para saber mais, confira a Unidade 6 " Planejamento de atividades Duplo Foco".
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UNIDADE 3
COMO UTILIZAR O INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO FORMATIVA DE
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS BASEADO EM RUBRICAS: DOIS USOS RECOMENDADOS
IMPORTANTE
Alguns cuidados são importantes nos dois usos previstos do Instrumento (Projeto de Vida ou Duplo Foco):
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UNIDADE 3
DEVOLUTIVA FORMATIVA (FEEDBACK)
As devolutivas formativas podem ser realizadas entre professor e estudante, ESTUDANTE - ESTUDANTE
professor e turma ou estudante e estudante. Formato que promove o diálogo entre pares
e o fortalecimento de vínculos de confiança.
Acesse o anexo 13 e saiba mais sobre a devolutiva formativa.
47
UNIDADE 3
DEVOLUTIVA FORMATIVA (FEEDBACK)
Existem diferentes formatos e funções de devolutivas. Segundo Black e Wiliam (1998), as funções
principais são duas: diretiva e facilitadora. A devolutiva diretiva aponta para o estudante o que
precisa ser corrigido ou revisado. Já a devolutiva facilitadora fornece comentários e sugestões para
ajudar a guiar os estudantes em sua própria revisão. Seja qual for o tipo de devolutiva, conheça
algumas características de uma devolutiva eficaz:
• É específica, ou seja, se for genérica demais o estudante não se sentirá representado e pode
considerá-la inútil e frustrante.
• É específica, mas não complexa ou longa. Por exemplo, se a devolutiva for longa ou complicada, o
estudante simplesmente não prestará atenção na mensagem e o processo perde seu valor.
Portanto, é indicado que a devolutiva tenha foco.
• Permite ao estudante reconhecer os aspectos nos quais possui bom desempenho em quais
outros necessita aprimorar.
• Possui frequência, ou seja, também acontece após o estudante ter tido tempo para agir sobre o
que foi conversado para que possa continuar se desenvolvendo.
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UNIDADE 3
DEVOLUTIVA FORMATIVA (FEEDBACK)
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UNIDADE 3
DEVOLUTIVA FORMATIVA (FEEDBACK)
O Relatório da Turma, gerado com os dados da autoavaliação dos estudantes por ELEMENTOS PRESENTES NAS TRÊS PRINCIPAIS SEÇÕES
um sistema informatizado, é um documento que contribui na construção e
atualização da visão do professor sobre o desenvolvimento socioemocional da
turma, favorecendo a elaboração das devolutivas e o acompanhamento do
processo. Ele traz informações consolidadas sobre as respostas dos estudantes Gráficos comentados que permitem visualizar como a
sua turma está em relação às demais turmas da rede,
nas rubricas presentes no instrumento de avaliação formativa de competências
apresentando a média das respostas dos estudantes
socioemocionais.
da turma específica e as médias das demais turmas da
rede nas macrocompetências e competências
O Relatório da Turma é composto por cinco seções: socioemocionais.
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UNIDADE 3
PLANO DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL
51
UNIDADE 4
AS METODOLOGIAS DOS
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
UNIDADE 4
ÍNDICE – AS METODOLOGIAS DOS DIÁLOGOS
SOCIOEMOCIONAIS
PROBLEMATIZAÇÃO: PROMOVENDO O 57
APRENDER A APRENDER
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UNIDADE 4
AS METODOLOGIAS ATIVAS E O PAPEL DO PROFESSOR
As metodologias ativas
e o papel do professor
A proposta Diálogos Socioemocionais está fundamentada em metodologias AS METODOLOGIAS ATIVAS ENGAJAM E REFORÇAM O PROTAGONISMO
ativas, comprometidas com a participação dos estudantes na construção de DO ESTUDANTE. PARA ISSO, É IMPORTANTE GARANTIR QUE:
conhecimentos, e na qualificação da mediação e da gestão da aula, do ensino e
da aprendizagem pelos professores.
▪ Problematização
Tenham como base situações de aprendizagem estruturadas,
▪ Aprendizagem por projetos
intencionais e com a duração adequada para o desenvolvimento
▪ Sala de aula invertida de competências cognitivas e socioemocionais.
54
UNIDADE 4
PRESENÇA PEDAGÓGICA: UM MODO DE MEDIAR O PROCESSO DE APRENDIZAGEM COM QUALIDADE
Presença pedagógica é uma condição essencial para favorecer uma boa mediação da aprendizagem. Por meio do seu exercício, o professor abre uma via de diálogo efetivo
com os jovens, acolhendo-os em suas singularidades ao mesmo tempo em que exige responsabilidade e compromisso, ajudando-os a gerirem suas aprendizagens e
desafiando-os a crescerem. Conheça 7 pontos importantes sobre a Presença Pedagógica:
1 2 3 4 5 6 7
Qualificar a Cabe ao professor Estar junto, em O engajamento e o Conduzir uma relação A presença Em situações de
interação professor- abrir-se relação de compromisso do educativa requer o pedagógica não é um conflitos relacionais,
estudante é a base cotidianamente para reciprocidade, professor com relação reconhecimento de dom de alguns o professor que atua
para o os estudantes e sua qualifica a interação e à aprendizagem dos uma dimensão de professores. Fazer-se com presença
estabelecimento de diversidade de possibilita o estudantes se autoridade. O presente na vida dos pedagógica busca
um bom convívio características, aprofundamento de traduzem na exercício da presença estudantes é uma envolver os
dentro e fora da sala interesses, demandas trocas comunicativas. confiança no pedagógica não atitude que se estudantes na
de aula e para e desafios. É É essencial falar e potencial de cada um, coloca o professor desenvolve, desde reflexão sobre os
promover a necessário consolidar escutar com o mesmo em expectativas como um “igual” (mito que haja disposição diferentes aspectos
aprendizagem e o uma relação de cuidado e atenção, elevadas sobre suas da horizontalidade), interior, abertura, da situação-problema
desenvolvimento de acolhimento e de favorecendo a capacidades para mas sim, traz sensibilidade e e na resolução desta,
competências exigência no compreensão mútua. aprender e na intencionalidade para compromisso para tal. em vez de agir como o
cognitivas e cotidiano escolar. persistência em a construção de uma único resolvedor.
socioemocionais. ensinar. influência construtiva
e respeitosa na vida do
estudante, ensinando
também pelo exemplo.
Aprendizagem colaborativa:
construção coletiva do conhecimento
Aprendizagem colaborativa é uma metodologia que transforma as relações de aprendizado e a organização da turma. Trabalhando em times, cada estudante vai se
tornando apto a enfrentar, de modo cooperativo, os desafios de aprendizagem e do desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais,
corresponsabilizando-se tanto com relação à qualidade do convívio da turma quanto com o que está sendo ou não aprendido por ele mesmo e pelos colegas. Esse modo
de aprender promove a ampliação da autonomia dos estudantes em relação ao conhecimento e abre caminho a novos modos de interação com o professor e com os
pares. Conheça 7 pontos importantes sobre a Aprendizagem Colaborativa:
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Planejar atividades Apresentar os objetivos Valorizar e propiciar a Estimular todos os Mediar e estimular a Promover o respeito à Garantir momentos para
complexas, que do trabalho: o que será organização do espaço estudantes a participação dos diversidade, a troca de a autoavaliação dos
necessitam do trabalho realizado e o que se físico para que os assumirem a liderança estudantes para saberes e a circulação estudantes sobre seu
colaborativo para serem espera alcançar. grupos de trabalho e a dos grupos de trabalho, resolverem por si da palavra nos desempenho como
resolvidas. Não deixar Estabelecer roda de conversa em rodízio, para que mesmos os problemas momentos da roda de participante no grupo ao
os estudantes sem combinados, tendo em coletiva possam ser possam experimentar de convívio ou de discussão coletiva, para longo das atividades. É
acompanhamento vista que todos estão formados situações em que serão aprendizagem, além das que todos os estudantes fundamental também
durante o trabalho aprendendo a trabalhar adequadamente. líderes e liderados. questões que os possam participar promover com a turma a
em grupos: é colaborativamente. Envolver a turma como Assim, todos desafiam, evitando ativamente. reflexão e a discussão
fundamental circular corresponsáveis na experimentam papeis e responder ou solucionar sobre os resultados
pela sala para ouvir, organização do espaço. responsabilidades de tais questões por eles. alcançados.
observar como estão se modo ativo e
organizando e se colaborativo.
desenvolvendo nesse
processo, além, é claro,
prestar assistência
quando necessário.
Problematização: promovendo o
aprender a aprender
A problematização faz contraponto à ideia de que estudantes silenciosos e cadernos cheios de anotações são sinônimos de aprendizagem. Assim como a aprendizagem
colaborativa, a problematização é uma metodologia que se desenvolve pela participação em torno de situações-problema e que exige o exercício da presença
pedagógica do professor durante a mediação. Ela assume um papel de destaque na construção do conhecimento escolar, uma vez que é um meio de provocar a
participação, a criticidade, a curiosidade e a superação do conhecimento simplesmente transferido. Conheça 7 pontos importantes sobre a Problematização:
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Problematizar é mais Problematizar a partir A problematização Resolver problemas de Considerar os saberes Orientar os estudantes Promover
que uma metodologia, é de perguntas acontece em um modo colaborativo: eis e as experiências dos com informações, deslocamentos, sair da
uma postura frente ao consistentes e bem ambiente protegido uma estratégia-chave estudantes. Cada um dicas de fontes de zona de conforto,
conhecimento. Cabe ao formuladas é um para o erro, no qual para lidar com situações- traz conhecimentos pesquisa e sugestões incentivar os alunos a
professor problematizar convite realmente hipóteses, opiniões problema complexas. A prévios e pode de métodos, com não se restringir a dar a
para que se instale nos instigante para que os conflitantes e participação articulada e (re)construí-los a partir vistas a incentivar o resposta que o
estudantes o processo alunos possam ir além equivocadas têm colaborativa dos de problematizações desenvolvimento da professor quer ouvir.
ativo de construção, de seus conhecimentos espaço e valor. estudantes possibilita a que levem essas autonomia intelectual Nada de acomodação,
busca e apropriação de prévios e ampliar organização de um plano bagagens em conta. dos estudantes. problematizar é sair da
saberes. repertórios e horizontes de ação cuja realização “mesmice”.
de sentidos. amplia o repertório
de conhecimentos e de
estratégias de
aprendizagem de
cada um.
A aprendizagem por projetos abre oportunidades de aprendizagens significativas protagonizadas pelos estudantes. Os projetos são uma chave fundamental para o
desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais pelos alunos, fomentando a autonomia intelectual, tão importante na sociedade do conhecimento, e
sendo um terreno adequado para a concretização da integração curricular em profundidade. Conheça 7 pontos importantes sobre a Aprendizagem por Projetos:
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Permite que os Promove a conexão Possibilita que os Tem na mediação do Permite aos estudantes Promove situações de Possibilita a
estudantes relacionem entre os interesses dos estudantes professor um aspecto- aprender aprendizagem personalização do
teoria e prática, por estudantes e a escola, estabeleçam uma chave. O acolhimento conhecimentos novos, estruturadas que currículo, ao possibilitar
meio de vivências e tornando a vivência relação ativa, reflexiva, dos interesses e das desenvolver habilidades envolvem transformar que os estudantes
situações estruturadas escolar aberta à colaborativa e singularidades dos de pesquisa, bem como planos em ação, possam escolher temas
e colaborativas que exploração do mundo a significativa ao acessar estudantes, o aporte de aprofunda o acessar, analisar, de projetos de pesquisa
envolvem colocar partir de interesses conhecimentos novos conhecimentos, a autoconhecimento. relacionar, produzir e ou de intervenção,
conhecimentos à prova
pessoais e coletivos. existentes e construir orientação em relação Realizar projetos é um compartilhar participar ativamente da
da realidade.
novos saberes. ao percurso do projeto, “palco” para o conhecimentos. construção e execução
a problematização dos desenvolvimento de desses projetos, ou
pontos de vista e competências mesmo, possam
escolhas dos cognitivas e idealizar e construir
estudantes e o estímulo socioemocionais. projetos de presente e
à aprendizagem são de futuro para suas
marcas importantes da vidas.
atuação do professor na
orientação de projetos.
Ampliar o tempo de aprendizagem de modo intencional e estruturado para NA SALA DE AULA INVERTIDA:
além do período da aula, investindo na autonomia dos estudantes para ler,
pesquisar e formular suas questões sobre temas diversos, é o que a
metodologia sala de aula invertida propõe.
• O uso das diferentes tecnologias promove a inversão entre
A sala de aula invertida propõe o melhor aproveitamento do tempo das aulas, sala de aula e espaço fora da sala de aula.
ao considerar que muitas das etapas de aprendizagem podem ser realizadas
pelos estudantes em outros tempos e espaços de sua rotina extraescolar. • O espaço de aprendizagem em grupo se inicia por
Assim, atividades como a leitura de um texto ou a pesquisa sobre uma aprendizagem individual que retorna ao grupo para
determinado conteúdo podem ser realizadas de modo independente pela um movimento dinâmico e interativo
turma, orientada pelo professor.
• O educador orienta os alunos conforme aplicam conceitos e
Essa metodologia, em sua essência, propõe que os estudantes acessem se engajam criativamente em um assunto.
individualmente um roteiro de trabalho organizado pelo professor sobre o
assunto a ser explorado em aula e, durante o momento da aula, o professor,
contando com a participação ativa da turma, soluciona as dúvidas, corrige
equívocos, realiza discussões, exercícios e projetos sobre o material
disponibilizado, invertendo um momento que seria de exposição sobre o
tema para um momento de reflexão e aplicação dele.
59
UNIDADE 5
O COMPONENTE PROJETO DE VIDA
E OS MATERIAIS DA PROPOSTA
UNIDADE 5
ÍNDICE – O COMPONENTE PROJETO DE VIDA E OS
MATERIAIS DA PROPOSTA
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UNIDADE 5
O QUE É PROJETO DE VIDA?
Projeto de Vida pode ser compreendido como o propósito pessoal que faz
com que alguém se engaje com empenho no cotidiano do próprio viver, PROJETO DE VIDA:ESTABILIDADE, SIM!
fundamentado em valores positivos e éticos. IMUTABILIDADE, NÃO!
62
UNIDADE 5
O QUE É PROJETO DE VIDA?
Para desenvolver o projeto de vida dos estudantes na escola, é fundamental a problematização acerca de seus modos de ver e conceber a si mesmos, os estudos, a vida
familiar e o mundo do trabalho. Muitas de suas concepções podem estar associadas a impressões negativas e estereotipadas da escola, dos conteúdos ensinados, das
relações professor-aluno, do baixo autoconhecimento, do relacionamento com colegas, das dificuldades de iniciar um curso superior, das profissões, entre outros.
Ressignificar como cada estudante pensa, sente e atua nas dimensões pessoal, social, acadêmica e profissional é um caminho para o desenvolvimento socioemocional e
para uma formação escolar que amplie seus campos de possibilidades.
63
UNIDADE 5
O QUE É PROJETO DE VIDA?
Em função da potência do projeto de vida para a vida escolar, a BNCC, explicita sua
importância para os currículos. Nesse documento, a escola é considerada como
um espaço que contribui para o delineamento do projeto de vida dos estudantes, o
que “ pode representar mais uma possibilidade de desenvolvimento pessoal e
social” (BNCC, 2018, p. 62). Nesse sentido, o projeto de vida tanto diz respeito “ao
estudo e ao trabalho como também no que concerne às escolhas de estilos de
vida saudáveis, sustentáveis e éticos” (BNCC, p.463).
64
UNIDADE 5
ORIENTAÇÕES PARA PLANOS DE AULA E CADERNO DO ESTUDANTE
65
UNIDADE 5
ORIENTAÇÕES PARA PLANOS DE AULA E CADERNO DO ESTUDANTE
Vale destacar que as OPAs não pretendem ser uma “camisa de força”, uma
abordagem tecnicista ou que subjugue a autoria docente. As orientações nelas
expressam um caminho inspirador, considerando que é o professor o conhecedor
dos contextos locais e das dinâmicas da escola. Nesse sentido, as OPAs são abertas
às reedições de cada professor, que constrói na interação com os estudantes os
sentidos da prática educativa.
66
UNIDADE 5
ORIENTAÇÕES PARA PLANOS DE AULA E CADERNO DO ESTUDANTE
No anexo 19, conheça a atividade “Meu projeto de vida e minha família”, proposta
para a 1ª série do Ensino Médio, 3º bimestre, comentada de modo a explicitar esses
propósitos. Essa atividade tem o objetivo de discutir as aspirações das famílias
sobre o que desejam para o futuro de seus filhos e promover a apresentação e
conversa dos jovens com seus familiares sobre o que estão desejando e construindo
para si.
67
UNIDADE 6
PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES
COM DUPLO FOCO
UNIDADE 6
ÍNDICE – PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES COM
DUPLO FOCO
DESENVOLVIMENTO E ACOMPANHAMENTO 73
AS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS E O 81
O DIÁRIO DE BORDO DOCENTE 74 CONSELHO DE CLASSE
PLANEJAMENTO DAS SEQUÊNCIAS DE 75
ATIVIDADES – AUTOGESTÃO
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UNIDADE 6
O QUE É DUPLO FOCO
70
UNIDADE 6
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM DUPLO FOCO NA METODOLOGIA SAFE
Acesse o anexo 18 ‘Duplo foco na prática: análise de uma atividade exemplo’ e veja
um exemplo de atividade com duplo foco e no anexo 16 um conjunto de atividades
exemplares para Língua Portuguesa e Matemática.
71
UNIDADEUNIDADE
1 6
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM DUPLO FOCO NA METODOLOGIA SAFE
Sensibilização e autoavaliação
COLOCANDO EM PRÁTICA A SENSIBILIZAÇÃO E AUTOAVALIAÇÃO
O momento de sensibilização acontece logo na primeira aula de uma Apresente à turma o nome da competência socioemocional que será objeto
situação de aprendizagem e tem como objetivo apresentar aos 1 de desenvolvimento intencional nas próximas aulas, escrevendo seu nome
estudantes, de modo explícito, qual é a competência no quadro. É importante também destacar no quadro as habilidades
específicas que são objetivo de aprendizagem.
socioemocional que será foco de desenvolvimento intencional nessa
situação. Além disso, nesse momento é importante realizar uma breve
conversa para levantar os conhecimentos prévios da turma sobre a Peça aos estudantes que tragam, oralmente, exemplos de situações
2
competência socioemocional em questão, bem como fazer uso nas quais precisaram mobilizar essa competência em suas vidas.
do Instrumento de Avaliação Formativa com base em rubrica, de modo
que cada estudante possa iniciar o seu processo de autoconhecimento
Leia a definição da competência socioemocional presente no cabeçalho
e autorregulação ao longo das aulas que se seguirão. 3 do instrumento de rubrica, para ampliar a discussão sobre o significado desta.
72
UNIDADEUNIDADE
1 6
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM DUPLO FOCO NA METODOLOGIA SAFE
Desenvolvimento e acompanhamento
COMO ESTIMULAR O EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA SOCIOEMOCIONAL
O momento do desenvolvimento da sequência de atividades Coloque em ação estratégias de aprendizagem que façam uso de
promove oportunidades para que os estudantes possam mobilizar 1 metodologias ativas, que engajem os estudantes para resolverem
a competência socioemocional durante a aprendizagem das problemas, trabalhar entre pares ou realizar projetos, por exemplo. Deste
habilidades específicas. É durante a interação dos estudantes modo, conseguirão mobilizar de modo intencional a competência
socioemocional em foco.
com os objetos de conhecimento que é possível observar e
estimular o exercício da competência socioemocional.
Exercite, intencionalmente, a sua presença pedagógica. É justamente
2 a qualidade das interações do professor durante as aulas que irão contribuir
no desenvolvimento das competências socioemocionais como um todo.
73
UNIDADEUNIDADE
1 6
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM DUPLO FOCO NA METODOLOGIA SAFE
Para apoiar seu trabalho, sugerimos o uso de um diário de bordo docente para subsidiar o planejamento e também o acompanhamento do processo de autoavaliação
do desenvolvimento socioemocional pelos estudantes e, assim, realizar as devolutivas formativas.
Também é importante, em seu momento de reflexão, professor(a), registrar uma autoavaliação sobre a sua mediação do processo de desenvolvimento das
competências socioemocionais, a partir de perguntas como:
• Como você, professor(a) avalia a sua mediação e presença pedagógica nas etapas dessa aula, do planejamento à avaliação?
• Saberia identificar o empenho dos estudantes para com as atividades e as suas principais dificuldades?
• Você foi capaz de oferecer apoio, promover a colaboração e/ou oferecer estratégias mais personalizadas de acordo com as dificuldades e motivação de cada um?
74
UNIDADEUNIDADE
1 6
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM DUPLO FOCO NA METODOLOGIA SAFE
Responsabilidade
Determinação
Persistência
Organização
O desenvolvimento das competências de autogestão exige situações de
aprendizagem que envolvam planejamento prévio e o cumprimento de ações para
Foco
a realização de etapas desafiadoras.
No decorrer do trabalho, o professor pode assinalar, via feedbacks Conseguir trabalhar duro.
estruturados, se houve determinação, capricho, atenção aos
detalhes e capacidade de superar obstáculos, por exemplo. Também é importante Conseguir vencer obstáculos difíceis.
promover diálogos sobre o processo, permitindo que os estudantes troquem
impressões e valorizem atitudes de organização, força de vontade e persistência. Ser ordeiro, apresentável e pontual.
Para o desenvolvimento de cada competência, foque em suas características Organizar-se e seguir um plano.
centrais quando estiver planejando suas escolhas metodológicas para a situação
de aprendizagem. Por exemplo, para Determinação, proponha situações em Priorizar a atenção seletiva.
que os estudantes precisem superar obstáculos e que vocês possam analisar e
valorizar o trabalho duro realizado e as conquistas, além de apontar os pontos de Se concentrar até em tarefas difíceis sem distrações.
atenção para desenvolvimento; para Persistência, proponha situações em os
estudantes têm como objetivo ir até o fim do que foi proposto mesmo em desafios Terminar o que começamos.
longos, buscando alternativas de solução da situação-problema; se o interesse
estiver em desenvolver o Foco, pense em situações que promovam o exercício da Ir até o fim sem desistir nem procrastinar.
atenção seletiva e a concentração em tarefas difíceis.
Para Responsabilidade, planeje situações nas quais os combinados sejam claros e Cumprir obrigações e compromissos.
compartilhados, sendo fundamental cumpri-los, de modo a não prejudicar o
andamento do trabalho e, por fim, se sua intenção é trabalhar Inspirar confiança por realizar o que prometemos.
a Organização, promova situações nas quais os estudantes
precisarão garantir ordem, sistematização e pontualidade para alcançar um bom
resultado.
75
UNIDADEUNIDADE
1 6
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM DUPLO FOCO NA METODOLOGIA SAFE
Inciativa social
Assertividade
Para o desenvolvimento de competências socioemocionais de engajamento com
Entusiasmo
os outros, planeje situações que permitam o trabalho entre pares, colocando o
enfoque nas oportunidades de comunicação e de interação, ou seja, na qualidade
das interações produtivas e de convívio, nas quais é necessário se posicionar de
forma respeitosa. Metodologias que envolvam momentos de falar em público
(incluindo apresentações com colegas de outras turmas ou com pessoas
Se aproximar e se relacionar com os outros.
desconhecidas), o debate regrado, as rodas de conversa em que o turno da palavra
é rotativo e a prática da escuta ativa aconteça, a valorização do diálogo e de
Iniciar, manter e apreciar o contato social.
diversos pontos de vistas, de modo firme e respeitoso, são situações que engajam
os estudantes para a mobilização dessas competências socioemocionais,
Saber ouvir com atenção e conseguir dizer o que pensa
independentemente do conteúdo curricular a ser abordado. sem ser indiferente ou rude.
No decorrer do trabalho, o professor pode criar oportunidades para o exercício do Ter coragem para expressar um posicionamento sem
entusiasmo – ou seja, colocar energia - para aprender, comunicar-se, engajar-se ser agressivo.
nas atividades, para tomar decisões e promover reflexões sobre os momentos em
que cada um “dá o melhor de si”. Empenhar energia no que faz, dando o melhor de si.
Para o desenvolvimento da assertividade, planeje situações que desafiem os Contagiar com energia e otimismo.
estudantes a ouvir com atenção e se posicionar sem ser rude ou agressivo com os
outros. Já para desenvolver de modo intencional o entusiasmo, pense
em situações que requeiram a dedicação de energia, o otimismo, o “dar o melhor de
si”. Para desenvolver a iniciativa social, planeje situações em que esteja no centro
a capacidade de se relacionar com os outros, de iniciar, manter e finalizar um
diálogo, tirando o estudante da chamada “zona de conforto” sobre com quem ou
quais grupos ele normalmente dialoga.
76
UNIDADEUNIDADE
1 6
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM DUPLO FOCO NA METODOLOGIA SAFE
Confiança
Respeito
Empatia
de amabilidade, inclua no planejamento da situação de aprendizagem de qualquer
componente curricular, metodologias que envolvam a aprendizagem entre
pares. Para isso, situações de trabalho em grupo com estudantes que não
costumam trabalhar juntos é um caminho interessante. Promova momentos de
aprendizagem colaborativa que promovam atitudes de confiar uns nos outros para Se colocar no lugar do outro.
conseguir chegar ao resultado final, de respeito às opiniões diversas e pontos de
vistas, de resolução pacífica e consensual nas negociações. Ajudar, prestar assistência tentando entender o outro.
No decorrer do trabalho, o professor promove a reflexão sobre a qualidade do Conviver bem, sem ofensas, intimidações e descasos.
trabalho em grupo, estimulando a ajuda mútua, a colaboração na resolução de
problemas, e prezando pelo bom convívio entre estudantes durante a realização Convivência pacífica e respeitosa.
das ações. Valorize sempre as atitudes de cooperação, de tolerância, de respeito e
aprendizado com as diferenças e de convivência pacífica. Se aproximar das pessoas com confiança.
Para desenvolver confiança, proponha situações que aproximem os Não ser ingênuo, mas também não julgar os outros.
estudantes para resolverem determinada questão de interesse de
todos, realizando combinados cujo cumprimento será acompanhado e é
determinante para o alcance dos resultados. Para desenvolver
intencionalmente a empatia, promova situações de modo articulado ao conteúdo
que está trabalhando, que desafiem os estudantes a se colocarem no lugar do
outro e a ajudar, tentando entendê-lo em seus sentimentos e necessidades e sem
julgamentos prévios. Por fim, para desenvolver o respeito, inclua em seu
planejamento situações metodológicas que englobem em seus objetivos o
exercício da convivência pacífica, sem ofensas, intimidações ou descaso e a
valorização da existência e participação do outro.
77
UNIDADEUNIDADE
1 6
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM DUPLO FOCO NA METODOLOGIA SAFE
Tolerância à frustração
Tolerância ao estresse
Para desenvolver as competências socioemocionais vinculadas à resiliência
Autoconfiança
emocional de modo integrado a qualquer componente curricular, planeje
situações de aprendizagem nas quais haja espaço para os estudantes
refletirem sobre si mesmos, seus potenciais e desafios e compartilharem
essas reflexões de modo seguro e empático.
78
UNIDADEUNIDADE
1 6
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM DUPLO FOCO NA METODOLOGIA SAFE
Imaginação criativa
Interesse artístico
Curiosidade para
Para promover o desenvolvimento intencional das competências socioemocionais
de abertura ao novo, planeje situações de aprendizagem que compreendam
a observação, a pesquisa e a aprendizagem mão na massa, por exemplo.
aprender
No decorrer do trabalho, o professor pode promover situações em que
sejam analisados, valorizados e compartilhados os achados de uma pesquisa, bem
como seu processo. Além disso, a ampliação do repertório cultural é fundamental, Aprender e explorar coisas diferentes.
considerando diferentes visões para determinados aspectos do conhecimento a
partir de diversas culturas, conhecer posicionamentos divergentes etc. Incentive Sentir prazer por adquirir novos conhecimentos e
atitudes de exploração, de abertura para novos conhecimentos, novos modos de habilidades
ver a vida e diferentes formas de apreciação e produção artística, considerando a
Conviver bem, sem ofensas, intimidações e descasos.
riqueza cultural das sociedades ao longo da história da humanidade.
Para desenvolver de modo intencional a curiosidade para aprender, Praticar, sentir e se expressar por meio da arte.
proponha situações em que seja possível valorizar o questionamento,
o aprendizado e a exploração de conhecimentos variados sobre um tema, bem Gerar novas/inéditas formas de fazer e pensar as coisas.
como incentive o prazer de conhecer cada vez mais e saber navegar em um mundo
com tantas informações e conhecimentos disponíveis, tomando precauções para Pensar “fora da caixa”.
checar fontes e identificar fake news. Para desenvolver a competência
socioemocional interesse artístico, planeje situações que valorizem a admiração
e apreciação de diversas formas de arte e a prática e expressão por meio da
produção de artefatos variados. Por fim, para o desenvolvimento da competência
socioemocional imaginação criativa, proponha situações que permitam a criação
de novas ideias/formas de fazer as coisas “fora da caixa”.
79
UNIDADEUNIDADE
1 6
O PLANEJAMENTO DE AULAS COM DUPLO FOCO NA METODOLOGIA SAFE
O objetivo do mapa de atividades é organizar as informações relativas às atividades COMO PREENCHER O MAPA DE ATIVIDADES
agendadas e executadas pelo corpo docente.
Recomenda-se que a Coordenação Pedagógica fique responsável por consolidar as A coordenação pedagógica deve gerenciar o preenchimento da
informações: planilha e consolidar as informações das atividades relativas à
Proposta.
• de todas as turmas que estejam trabalhando com a Proposta na sua escola, para
que toda a escola acompanhe como a Proposta está evoluindo; A coordenação pedagógica deve conversar com o corpo docente
para mapear em quais turmas e semanas há a intenção
• de forma simples e direta, acompanhando quais dias, turmas, componentes (planejamento) de sequência didática do Diálogos Socioemocionais
curriculares (ou área do conhecimento) e competências socioemocionais estão com uso da avaliação formativa.
sendo trabalhadas, para que não haja ausência de competências
socioemocionais no currículo, tampouco sobrecarga de atividades; Localizar na planilha essas turmas e semanas.
80
UNIDADEUNIDADE
1 6
AS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS E O CONSELHO DE CLASSE
As competências socioemocionais
e o Conselho de Classe
Os Conselhos de Classe são oportunidades para promover o PARA PREPARAR-SE PARA O CONSELHO DE CLASSE:
compromisso da equipe escolar com o desenvolvimento dos estudantes
não apenas com relação à dimensão cognitiva, mas também
incorporado de modo responsável e informado a dimensão Consulte o Relatório de Devolutiva da Turma e seu diário de bordo com as
socioemocional. reflexões sobre o envolvimento e o desenvolvimento dos estudantes a cada aula.
Além disso, pense nos apoios que considerou importantes para oferecer aos
O Diálogos Socioemocionais pode contribuir com esta inserção, tanto
estudantes ao longo do período letivo. Durante o encontro, certamente surgirão
no componente Projeto de Vida, quanto no uso de Duplo Foco, uma vez oportunidades para a composição entre professores em prol do
que em seu processo são gerados dados qualitativos e quantitativos desenvolvimento pleno dos estudantes. Essas reflexões oferecerão boas pistas
sobre o desenvolvimento das competências socioemocionais nos para a construção de planos de ação para o período até o próximo Conselho.
estudantes a partir da perspectiva deles, via reflexões promovidas em
aula e via uso do instrumento de avaliação formativa com base em
rubricas.
81
UNIDADEUNIDADE
1 6
AS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS E O CONSELHO DE CLASSE
PRÁTICA RECOMENDADA
Ao incluir o desenvolvimento socioemocional dos estudantes no Conselho de Classe, professores e gestores promovem o olhar para os pontos fortes e pontos para
desenvolvimento de cada estudante. Essas informações compõem uma análise mais abrangente sobre os estudantes e contribuem para a construção de planos
de ação que tenham como objetivo seu desenvolvimento pleno, articulando a atuação dos profissionais da escola para a promoção e o acompanhamento de
oportunidades para desenvolvimento das competências socioemocionais em ambiente escolar.
Não deve ser o de atribuir nota ao processo de cada estudante ou utilizar este aspecto como critério para aprovação ou reprovação. Tampouco se deve comparar
o desenvolvimento de um estudante com outro. É uma ferramenta para apoiar os estudantes a estabelecerem seus planos a partir de quem são e de quem querem
ser.
Cada estudante, em sua singularidade, constrói e reconstrói sua trajetória. O compromisso da comunidade escolar com o desenvolvimento pleno dos estudantes
leva em consideração os aspectos socioemocionais como parte indissociável de aprendizagem e do desenvolvimento.
82
ANEXOS
ANEXOS
Diálogos_MP_3-FUND-O-adolescente-e-o-
01. O adolescente e o jovem PDF jovem_RGB_vf_26-03_COM.pdf
Diálogos_MP_4-FUND-Uma-abordagem-para-o-
02. Uma abordagem para o desenvolvimento socioemocional intencional PDF desenvolvimento-CSE_RGB_vf_26-03_COM.pdf
03. Quais são as competências socioemocionais PDF 03. Quais são as competências socioemocionais.pdf
Diálogos_MP_6-MA-Presenca-
05. Presença Pedagógica PDF Pedagogica_RGB_vf_26-03_COM.pdf
Diálogos_MP_7-MA-Aprendizagem-
06. Aprendizagem Colaborativa PDF colaborativa_RGB_vf_26-03_COM.pdf
Diálogos_MP_8-MA-Problematizacao_RGB_vf_26-
07. Problematização PDF 03_COM.pdf
Diálogos_MP_9-MA-Aprendizagem-por-
08. Aprendizagem por projetos PDF projetos_RGB_vf_26-03_COM.pdf
Diálogos_MP_10-MA-Sala-de-Aula-
09. Sala de aula invertida PDF Invertida_RGB_vf_26-03_COM.pdf
83
ANEXOS
PDF
11. MANUAL DE
11. Orientações para aplicação do instrumento de avaliação formativa DAS RUBRICAS NO FORMATO ONLINE.pdf
12. Procedimentos
12. Procedimentos padronizados
padronizados PDF
Diálogos_MP_17-AVF-Procedimentos-Padronizados-
Instrumento_RGB_vf_26-03_SEM.pdf
PDF
Diálogos_MP_18-AVF-Devolutiva-
13. Devolutiva formativa Formativa_RGB_vf_26-03_COM.pdf
15. Duplo foco na prática: análise de uma atividade exemplo PDF Diálogos_MP_11-b-Atividade-Por-
Dentro_CMYK_vf_15-04_COM.pdf
17. Orientações para Planejamento de Aulas e Cadernos do Estudante – Projeto de Vida PDF Materiais_Escola
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GLOSSÁRIO
GLOSSÁRIO
APRENDIZAGEM COLABORATIVA. Metodologia ativa que se baseia no princípio da
aprendizagem entre pares. Possibilita a ampliação da autonomia dos estudantes e da
capacidade de se corresponsabilizar em relação ao conhecimento e a novos modos de
interação com o professor e os colegas.
APRENDIZAGEM POR PROJETOS. Metodologia ativa que propõe um processo AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO
estruturado, constituído por seis etapas: mobilização, iniciativa, planejamento, SOCIOEMOCIONAL. Não tem o objetivo de quantificar, de atribuir nota ou de avaliar ao
execução, avaliação e apropriação de resultados. Ao desenvolverem projetos (de vida, final de um processo; ela acontece ao longo do processo, em momentos variados, e é
de estudos, de intervenção ou de pesquisa), os estudantes aprendem a conhecer suas sempre voltada para o avanço socioemocional dos estudantes. Promove o letramento
motivações e interesses, a configurar um problema, a transformar a realidade, a socioemocional, a autorreflexão e a autorregulação dos estudantes e compreende
organizar as tarefas e se projetarem no futuro, a avaliar as vivências, intervindo nelas quatro eixos centrais: a participação dos estudantes em atividades desafiantes no
durante o processo e a generalizar aprendizados. modelo SAFE, a autoavaliação dos estudantes acerca de suas competências
socioemocionais utilizando um instrumento baseado em rubricas, as devolutivas
formativas (feedbacks) e a elaboração de planos de desenvolvimento pessoal pelos
AUTORREGULAÇÃO. Processo no qual o estudante estrutura, monitora e avalia o seu
estudantes.
próprio aprendizado (Zimmerman & Schunk, 2011), o que envolve autoconhecimento,
autorreflexão, controle de pensamentos, domínio emocional e mudança de
comportamento (Bembenutty, 2008; Wolters & Benzon, 2013). A autorregulação BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC). Documento de caráter normativo que
envolve crenças pessoais, aspectos motivacionais, uso de estratégias de define “o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os
aprendizagem e gerenciamento de emoções. estudantes devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica”
(Brasil, 2018, p.7). A regulação de uma base comum era prevista na Constituição Federal
de 1988 (artigo 210), nas Leis de Diretrizes e Bases da Educação de 1996 (artigo 26) e nas
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM. Avaliação alinhada à educação integral que Diretrizes Curriculares Nacionais de 2010 (artigo 14).
considera as múltiplas dimensões do desenvolvimento humano. Configura-se num ato
diagnóstico, em que os processos de ensino e de aprendizagem são
permanentemente revistos, analisados e melhorados, a partir da combinação, COMPETÊNCIA. Mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos),
sobretudo, dos pontos de vista do professor e do estudante. Ao invés de perseguir a habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver
régua, que traz a ideia de uma métrica, adota-se a perspectiva da avaliação como uma demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do
bússola e uma prática dialógica. trabalho (BNCC, 2018).
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GLOSSÁRIO
COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC: Visam assegurar aos estudantes uma formação DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL. Processo não linear que acontece ao longo da
humana integral, definindo o cidadão que se pretende formar, norteando a educação vida, variando de acordo com a idade dos estudantes e com o contexto no qual cada um
dos estudantes ao longo de toda a Educação Básica. Não existe uma hierarquia entre está inserido. É importante respeitar a individualidade dos estudantes e a diversidade
as 10 competências gerais, nenhuma é mais importante do que outra. Essas da turma para o trabalho intencional de desenvolvimento de competências
competências devem ser trabalhadas em todos os componentes curriculares (Fonte: socioemocionais.
materiais de apoio para implementação da BNCC. MEC, 2018).
DEVOLUTIVA FORMATIVA (FEEDBACK). Fator motivacional que promove o
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS. Capacidades individuais que se manifestam de conhecimento, as habilidades e o entendimento do estudante sobre algum aspecto ou
modo consistente em padrões de pensamentos, sentimentos e comportamentos. Por área da sua vida. É compreendida como a comunicação de informações ao estudante
algum tempo, acreditou-se que essas competências eram inatas e fixas, sendo a pelo professor com a finalidade de melhorar seu desempenho (Shute,2007). Também
primeira infância o estágio ideal de desenvolvimento. Hoje, com o avanço da pode ocorrer entre pares. Acontece após uma situação de avaliação, ou em momentos
neurociência, sabemos que o desenvolvimento humano é complexo e permanente e propícios nas aulas, sendo considerada um recurso formativo quando ocorre durante a
que as competências socioemocionais são maleáveis e possíveis de serem situação de aprendizagem, enquanto ainda há tempo de agir sobre ela. Portanto,
desenvolvidas tanto em experiências de aprendizagem que acontecem na escola realizar devolutivas não é sobre dar conselho, elogiar ou punir.
como fora de seus muros (John & De Fruyt, 2015).
EDUCAÇÃO INTEGRAL. Educação integral pode acontecer em escolas de tempo regular
COMUNIDADE DE PRÁTICA. Envolve o aprendizado coletivo dos docentes que dela ou de tempo integral e “visa à formação e ao desenvolvimento humano global, o que
fazem parte. É um ambiente em que professores compartilham conhecimentos, implica compreender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento,
trocam experiências, apresentam desafios concretos e busca-se soluções. Aproxima rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual
professores a partir de seus interesses e motivações, valorizando a autoria docente e (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa, ainda, assumir uma visão plural, singular e
o desenvolvimento profissional. integral da criança, do adolescente, do jovem e do adulto – considerando-os como
sujeitos de aprendizagem – e promover uma educação voltada ao seu acolhimento,
reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades”
DESENVOLVIMENTO INTEGRAL. Compreensão de que a educação integral, enquanto
(BNCC, 2018). Propõe a formação humana nas múltiplas dimensões, com foco no
processo formativo, deve atuar pelo desenvolvimento dos indivíduos nas suas
desenvolvimento de competências que preparem os estudantes a atuar de modo
múltiplas dimensões: física, intelectual, social, emocional e simbólica (Centro de
solidário, ético e responsável nos contextos contemporâneos.
Referências em Educação Integral).
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GLOSSÁRIO
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO FORMATIVA DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS PLANO DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL. Documento de registro de uso do
BASEADO EM RUBRICAS. Instrumento de avaliação formativa elaborado pelo Instituto estudante no qual ele estabelece suas ações e metas no desenvolvimento de
Ayrton Senna composto por 17 competências socioemocionais que influenciam competências socioemocionais escolhidas. Essa “memória” apoia o processo de
positivamente a aprendizagem e outros desfechos de vida, tais como continuidade autorreflexão e a revisão periódica de metas e ações, de acordo com suas
dos estudos, bem-estar, menor envolvimento com situações de risco, experiências ao longo do ano.
empregabilidade etc. É composto por níveis que descrevem como tais competências
se manifestam, propiciando aos estudantes a reflexão sobre o próprio
PRESENÇA PEDAGÓGICA. Envolve a mediação qualificada do professor. É um
desenvolvimento socioemocional a partir da percepção de desempenho em situações
exercício de interação, marcado pela abertura, pela confiança e pelo compromisso
concretas. Vale destacar que não existe um ideal de desenvolvimento socioemocional,
com o estudante, fortalecendo o vínculo interpessoal e a mediação da aprendizagem e
ou seja, não existe uma meta fixa e universal; ao contrário, o desejável e indicado é
de conflitos. O professor abre uma via de diálogo efetivo com os jovens, acolhendo-os
que cada estudante possa estabelecer suas próprias metas de desenvolvimento, de
em suas singularidades, ao mesmo tempo em que exige responsabilidade e
acordo com suas necessidades, interesses e desejos.
compromisso, ajudando-os a gerirem suas aprendizagens e desafiando-os a crescer.
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GLOSSÁRIO
SAFE: Acrônimo para sequencial, ativo, focado e explícito. Segundo estudos de Durlak SALA DE AULA INVERTIDA: Modelo de ensino, em que o uso das diferentes
e colegas (2011) O desenvolvimento socioemocional apresenta melhores resultados tecnologias promove a inversão entre sala de aula e espaço fora da sala de aula, ou
quando as situações de aprendizagem são desenhadas pensando uma sequência de seja, o espaço de aprendizagem em grupo se inicia por uma aprendizagem individual
objetivos de aprendizagem, adota metodologias ativas para a sua execução, garante que retorna ao grupo para um movimento dinâmico e interativo, com um educador
tempo e intencionalidade para o desenvolvimento de uma competência por vez e que orienta os alunos conforme aplicam conceitos e se engajam criativamente em
explicita para os estudantes quais competências estão em foco a cada momento. um assunto.
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