Universidade Federal do Ceará

Campus Sobral

RELATÓRIO I

Disciplina : Eletrônica Analógica

Filtros Passivos e Resposta em Frequência

Equipe
Danillo Fernandes do Nascimento
José Edson Girão Santiago Filho

8 de setembro de 2016
 SUMÁRIO

1 Introdução 4
1.1 Frequência de corte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

1.2 Filtro Passa-Baixa do tipo RC . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

1.2.1 Filtro Passa-baixa ideal . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

1.3 Filtro Passa-Altas do tipo RC . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

1.3.1 Filtro Passa-Alta Ideal . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

2 Objetivos 11

3 Material Utilizado 12

4 Procedimento Experimental 13
4.1 Simulações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

4.2 Questões para o Relatório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

5 Conclusão 23

6 Referências Bibliográcas 24

1
 LISTA DE FIGURAS

1.1 Circuito RLC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

1.2 Gráco de um circuito do tipo passa-baixa . . . . . . . . . . . 7

1.3 Curva de Resposta em Freqüência para um Filtro Passa Baixa

Ideal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

1.4 Gráco de um circuito do tipo passa-altas . . . . . . . . . . . 9

1.5 Curva de Resposta em Freqüência para um Filtro Passa Alta

Ideal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

4.1 Circuito de um ltro passa-baixa. . . . . . . . . . . . . . . . . 14

4.2 Circuito passa-baixa com frequência de corte na senóide . . . . 15

4.3 Filtro passa-baixa com frequência abaixo da frequência de corte 16

4.4 Filtro passa-baixa com frequência acima da frequência de corte 16

4.5 Circuito equivalente ao ltro passa-alta . . . . . . . . . . . . . 17

4.6 Circuito passa-alta com frequência de corte . . . . . . . . . . . 18

4.7 Filtro passa-alta com frequência abaixo da frequência de corte 18

4.8 Filtro passa-alta com frequência acima da frequência de corte 19

4.9 Circuito ltro passa-baixa simulado . . . . . . . . . . . . . . . 19

4.10 Simulação para frequência de corte . . . . . . . . . . . . . . . 20

4.11 Simulação do passa-baixa para 50Hz . . . . . . . . . . . . . . 20

4.12 Simulação do passa-baixa para 400Hz . . . . . . . . . . . . . . 20

2
UFC - Campus Sobral

4.13 Circuito com ltro passa-alta . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

4.14 Circuito passa-alta com frequência de corte . . . . . . . . . . . 21

4.15 Circuito passa-alta com frequência menor que a de corte . . . 21

4.16 Circuito passa-alta com frequência maior que a de corte . . . . 21

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
 1

INTRODUÇÃO

O circuito RLC é um circuito elétrico caracterizado por ser oscilante.

Graças à sua simplicidade, pode-se controlar facilmente seus parâmetros de

funcionamento, o que o torna um excelente candidato para a simulação de

outros sistemas oscilantes em que o controle de cada um dos parâmetros do

sistema pode ser mais difícil.

Figura 1.1: Circuito RLC

Os circuitos RLC são muito utilizados como elementos de ltragem em

diferentes circuitos eletrônicos. Na sua denição mais simples, Filtro é um

circuito que apresenta um comportamento típico em função da frequência do

sinal a ele aplicado, permitindo a passagem de sinais com certas frequências,

enquanto suprime sinais com outras freqüências . Em outras palavras, o ltro

4
UFC - Campus Sobral

é responsável por tirar ruídos de alta ou baixa frequência de um sinal elétrico

ou selecionar uma determinada faixa de frequência de um espectro.

Existem quatro tipos de ltros classicados quanto à função a ser exe-

cutada: Filtros Passa-Baixas, ltros Passa-Altas, ltros Passa-Faixa (Passa-

Banda) e ltros Rejeita-Faixa (Rejeita-Banda). Neste relatório abordaremos

apenas dois, que seria o ltro passa-baixa e o passa-alta.

Porém, antes de mostrar os tipos de ltros, é necessário abordar o conceito

de frequência de corte, de como calculá-la e aplicá-la no circuito.

1.1 Frequência de corte

Por denição, é a frequência na qual a potência média de saída é a metade

da potência de entrada.

Ps 1
Gp = = (1.1)
Pe 2
Onde:

Gp = Ganho de potência

Ps = Potência de saída

Pe = Potência de entrada

Sabemos que:

Vs2
Ps = (1.2)
Rs

Ve2
Pe = (1.3)
Re
Substituindo as equações 1.3 e 1.2 na equação 1.1:

Vs2
Rs
Gp = Ve2
(1.4)
Re

Supondo que Rs ∼
= Re , obtemos:

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
UFC - Campus Sobral

Vs2 1 Vs ∼
2
= → = 0, 707
Ve 2 Ve

Portanto, na frequência de corte:

Vs ∼
= 0, 707Ve ou Gv = 0, 707, onde Gv é o ganho de tensão;

Então:

Vs 0, 707.Ve
   
Gv = 20. log = 20. log = −3
Ve Ve

Logo, o ganho de tensão será -3dB na frequência de corte. E por m,

podemos dizer que A Frequência de Corte é a frequência na qual a tensão de

saída é aproximadamente 70,7% da tensão de entrada, ou seja, a frequência

que provoca um ganho de -3dB.

1.2 Filtro Passa-Baixa do tipo RC

É um ltro que deixa passar apenas sinais de tensão e de corrente que

estejam antes de um certo limite de frequência, os sinais que ultrapassam

esse limite acabam sendo atenuados.

Esse valor limite de frequência, como foi mencionado anteriormente, é a

frequência de corte do ltro, calculada pela seguinte fórmula:

1
Fc = (1.5)
2πRC

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
UFC - Campus Sobral

Figura 1.2: Gráco de um circuito do tipo passa-baixa

Vale ressaltar que quando a frequência ultrapassa a frequência de corte,

o capacitor comporta-se como um curto circuito e aterra o sinal, impedindo

que o mesmo vá para a saída.

1.2.1 Filtro Passa-baixa ideal

Para sinais de frequências abaixo da frequência de corte do ltro, o ganho

é unitário, ou seja, o módulo do sinal de entrada é igual ao de saída. Para

frequências acima da frequência de corte o ganho é zero, ou seja, o módulo

do sinal de saída é atenuado até zero.

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
UFC - Campus Sobral

Figura 1.3: Curva de Resposta em Freqüência para um Filtro Passa Baixa

Ideal

1.3 Filtro Passa-Altas do tipo RC

É um ltro que atenua frequências que estão abaixo do valor limite es-

tipulado, fazendo apenas que frequências acima desse valor limite consigam

passar.

Este valor limite, é denominado frequência de corte e também é dado pela

fórmula:

1
Fc = (1.6)
2πRC

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
UFC - Campus Sobral

Figura 1.4: Gráco de um circuito do tipo passa-altas

Neste caso, o capacitor conduz melhor as altas frequências e diculta a

passagem de frequências abaixo do corte de saída.

1.3.1 Filtro Passa-Alta Ideal

Para sinais de frequências acima da frequência de corte do ltro, o ganho

é unitário, ou seja, o módulo do sinal de entrada é igual ao de saída. Para

frequências abaixo da frequência de corte o ganho é zero, ou seja, o módulo

do sinal de saída é atenuado até zero.

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
UFC - Campus Sobral

Figura 1.5: Curva de Resposta em Freqüência para um Filtro Passa Alta

Ideal

10

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
 2

OBJETIVOS

− Conhecer o funcionamento dos circuitos;

− Montar as topologias de reticadores (meia onda e onda comleta);

− Comparar as topologias experimentalmente.

11
 3

MATERIAL UTILIZADO

− Gerador de sinal

− Fonte de tensão

− Resistores

− Protoboard

− Capacitores

− Osciloscópio

12
 4

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Na prática em laboratório foi montado o circuito equivalente a dois ltros;

o ltro conhecido como passa-baixa, no qual sinais com frequências baixas

não sofriam tanta alteração, permaneciam praticamente constantes, porém,

a partir de uma determinada frequência de corte, esse valor começava a sofrer

uma defasagem e uma diminuição da sua amplitude. Após esse circuito do

passa-baixa, foi feito seu análogo, o circuito de ltro passa-alta, que opera

exatamente contrário ao passa-baixa, frequências abaixo da frequência de

corte sofrem defasagem (esta de sinal contrário ao passa-baixa) e diminui-

ção em um grau maior, enquanto que frequências altas permanecem quase

constantes.

Foi montado na protoboard o circuito equivalente à gura abaixo, os va-

lores dos componentes estão descritos na tabela seguinte (as medições foram

feitas com o auxílio do multímetro de mesa), onde a tensão de entrada é uma

senóide:

13
UFC - Campus Sobral

Figura 4.1: Circuito de um ltro passa-baixa.

Tabela 4.1: Valores iniciais do ltro passa-baixa

Valores Vin (senoidal) R C
Real 10V 6.8KΩ 100nF
Medido 9.8V 6.81KΩ 112nF

Devido a ausência de um capacitor de 100nF, foi colocado dois capacitores

de 56nF em paralelo, assim está explicado o valor de 112nF tão distante do

valor real.

Após a devida montagem do circuito na protoboard, foi calculada a

frequência de corte desse circuito através da equação abaixo:

1
fc = (4.1)
2πRC
Calculando a frequência de corte desse devido circuito encontramos um

valor de 234,05Hz real, e o que foi utilizado na prática, calculado com os va-

lores medidos, obtemos aproximadamente o valor de 208,67Hz, esta diferença

se explica pelo fato dos valores da capacitância diferentes.

De acordo com o conteúdo abordado em sala, no exato valor da frequência

de corte, deve-se obter na saída somente cerca de 70% do valor de entrada

aproximadamente e uma defasagem. Conforme as guras abaixo:

14

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
UFC - Campus Sobral

Figura 4.2: Circuito passa-baixa com frequência de corte na senóide

Para realizar o teste para conrmar se é verdadeiramente um ltro passa-

baixa, foram utilizados outros dois valores de frequência conforme a tabela

abaixo:

Tabela 4.2: Valores de frequência utilizados

f1 fc f2
50Hz 208.6Hz 400Hz

Após a variação da frequência no ltro passa-baixa, pode-se observar a

seguinte forma de onda para as frequências um e dois.

15

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
UFC - Campus Sobral

Figura 4.3: Filtro passa-baixa com frequência abaixo da frequência de corte

Figura 4.4: Filtro passa-baixa com frequência acima da frequência de corte

O análogo do circuito passa-baixa foi montado, conhecido como circuito

com ltro passa-alta, conforme a gura abaixo:

16

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
UFC - Campus Sobral

Figura 4.5: Circuito equivalente ao ltro passa-alta

Os valores de tensão, resistência e capacitância são os mesmos, também

os valores de teste para as frequências acima e abaixo da frequência de corte

permaneceram constantes, a única mudança foi a remodelagem do circuito.

Nesse caso, a tensão de saída medida e observada pelo osciloscópio é

medida em paralelo com o resistor, e não com o capacitor conforme o passa-

baixa.

Quando utiliza-se a frequência de corte, neste caso aproximadamente

208Hz, o valor da tensão de saída se encontra defasado também, neste caso,

adiantado, e sua amplitude cai restando apenas 70% aproximadamente do

valor inicial, conforme a gura abaixo:

17

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
UFC - Campus Sobral

Figura 4.6: Circuito passa-alta com frequência de corte

Para ns de teste, foi-se utilizado os mesmos de valores de frequência para

conferir o passa baixa, valor de aproximadamente 50Hz e outro de 400Hz.

Figura 4.7: Filtro passa-alta com frequência abaixo da frequência de corte

18

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
UFC - Campus Sobral

Figura 4.8: Filtro passa-alta com frequência acima da frequência de corte

4.1 Simulações

O software utilizado para a simulação dos circuitos foi o PSIM, as simu-

lações constam abaixo:

Figura 4.9: Circuito ltro passa-baixa simulado

19

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
UFC - Campus Sobral

Figura 4.10: Simulação para frequência de corte

Figura 4.11: Simulação do passa-baixa para 50Hz

Figura 4.12: Simulação do passa-baixa para 400Hz

Para o circuito do ltro passa-alta foi montado dessa maneira no software:

Figura 4.13: Circuito com ltro passa-alta

20

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
UFC - Campus Sobral

Foram-se feitas as simulações para as três frequências, 208Hz, 50Hz e

400Hz, com isso, pode-se observar as seguintes formas de onda:

Figura 4.14: Circuito passa-alta com frequência de corte

Figura 4.15: Circuito passa-alta com frequência menor que a de corte

Figura 4.16: Circuito passa-alta com frequência maior que a de corte

4.2 Questões para o Relatório

Item A
O que aconteceu quando foram aplicados valores elevados de frequência

nos experimentos? Explique:

R: O resultado é relativo, ao aplicar-se uma frequência alta em um cir-

cuito com ltro passa-baixa, a tensão vai sofrer uma defasagem e também

uma queda relativamente grande na sua amplitude. No caso de um circuito

21

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
UFC - Campus Sobral

passa-alta, ao aplicar-se frequências altas na entrada, a tensão de saída tende

a se igualar a tensão de entrada, sem sofrer quase nenhuma alteração.

Item B
Existe alguma semelhança nas respostas em frequência obtidas nas Partes

A e B? Comente.

R:Sim, percebe-se claramente que a tensão de saída tem a mesma forma

de onda da tensão de entrada, a mudança que ocorre nas variações de frequên-

cia tanto no caso A como no caso B, a forma de onda da saída é uma senoide

que sofre uma defasagem que pode ser atrasada ou adiantada, e sua am-

plitude sofre uma variação, uma queda, essa perca vai depender do tipo de

circuito (passa-baixa ou passa-alta) e do valor da frequência.

Item C
Identique em ambos os casos o ganho CC e a frequência de corte. Qual

o signicado físico destes parâmetros?

R: Frequência de corte foi 208Hz aproximadamente e o ganho CC foi

de 3dB. Isso signica que valores diferentes destes, ocasionam uma defor-

mação na onda demasiada, ou deformação nenhuma, o sinal permanece não

deformado.

22

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres
 5

CONCLUSÃO

Através dos experimentos realizados no laboratório, foi possível, na prá-

tica, constar a diferença entre um ltro passa-baixa e um ltro passa-alta,

onde no primeiro caso os valores de frequências que estão acima da frequência

de corte são atenuados. No segundo caso, o oposto acontece, ou seja valores

que estão abaixo da frequência de corte são atenuados.

Vale ressaltar que nas aulas teóricas foi mostrado como se calcula a

frequência de corte, ou seja, quando a tensão de saída equivale a 70, 7%

da tensão de entrada. Esse valor é de suma importância, pois é através

da frequência de corte que podemos encontrar os limites de atuação dos

diferentes tipos de ltros.

Também foi constado que não dá para se ter um ltro ideal, pois experi-

mentalmente, valores como a tolerância e o tipo de material utilizado devem

ser considerados nos cálculos.

23
 6

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Johnson, D. E., Hilburn, J. L., Johnson, J. R. Fundamentos de Aná-

a
lise de Circuitos Elétricos. PHB, 4 Edição, 2000.

NILSSON, James William; RIEDEL, Susan A. Circuitos elétricos. 8.

ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

BRADSHAW, A. B.; Filtros: Teoria e Prática , Revista Elektor Ele-

trônica número 16, novembro 1987, pp. 14-20

Copyright Alvaro C. de A. Neiva, disponível em: <http://www.alvaroneiva.

site.br.com/CROSSOV4.htm>

Mussot, Fernando Luiz Rosa, apostila sobre resposta em frequência

de ltros passivos, Florianópolis, julho de 2004. Disponível em: <http://
intranet.ctism.ufsm.br/gsec/Apostilas/filtropassivo.pdf>. Acesso

em 04 de setembro de 2016.

Saber Elétrica, Uma análise de ltros passivos. Disponível em <http:

//www.sabereletrica.com.br/resposta-em-frequencia-filtros-passivos>.

24
UFC - Campus Sobral

Acesso em: 04 de setembro de 2016.

25

Relatório I - Eletrônica Analógica

Professor João Lucas Torres