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Informação, comunicação, mídias, eis as palavras de ordem do discurso da modernidade.


Cada vez que as palavras ficam na moda, passam a funcionar como emblema, criando a
ilusão de que têm um grande poder explicativo, quando, na verdade, o que domina muitas
vezes é a confusão, isto é, a ausência de discriminação dos fenômenos, a falta de distinção
entre os termos empregados, o déficit na explicação.
Uma primeira distinção se impõe se quisermos tratar dessas questões: “informação” e
“comunicação” são noções que remetem a fenômenos sociais; as mídias são um suporte
organizacional que se apossa dessas noções para integrá-las em suas diversas lógicas -
econômica (fazer viver a empresa), tecnológica (estender a qualidade e a quantidade de
sua difusão) e simbólica (servir à democracia cidadã). É justamente neste ponto que se
tornam objeto de todas as atenções:^do mundo político, que precisa delas para sua própria

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“visibilidade social”

Nesse sentido, parafraseando Charaudeau, o que domina, pois, é a confusão, a não


discriminação desses novos fenômenos, a falta de distinção com relação aos termos
adotados para se tratar do assunto, e o déficit acerca de explicações e consequentemente,
ao entendimento acerca do evento.

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