Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo
A diversidade tem se tornado pauta cada vez mais recorrente
nos conteúdos apresentados pelas mídias massivas. Na tentativa
de avançar numa observação crítica deste debate, busca-se
indagar: estariam finalmente as pautas sociais de grupos
minoritários encontrando eco na produção televisiva brasileira,
ou seria este fenômeno nada mais do que mais uma apropriação
desses temas como parte do processo de ‘mercadorização’ já
tão conhecido pela literatura da Economia Política da
Comunicação e da Cultura? Para responder a essa questão, o
artigo parte de uma revisão bibliográfica sobre mídia,
diversidade, valores democráticos e as lutas identitárias
contemporâneas. Explana-se, em seguida, as lógicas estratégicas
do mercado de TV privada para, então, se discutir exemplos
práticos contemporâneos de representatividade não-normativa
na TV, trazidos por outras pesquisas, que apontam a
necessidade de se refletir sobre quem constrói essas narrativas.
Constata-se a propensão que a lógica de mercado tem em se
apropriar dos movimentos que deveriam ser contra-
hegemônicos.
Palavras-chave
Diversidade. Minorias. Televisão. Mercado de TV. Lugar de fala.
1 Introdução
Há muito se fala da necessidade de rever a regulamentação da televisão brasileira na
busca de um modelo midiático mais democrático e inclusivo. Décadas de pesquisas na área e
de militância dos movimentos em prol democratização da mídia trouxeram grandes
1
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
2
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
3
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
cultura, os formadores de opinião, etc., ou seja, quem de fato determina o conteúdo e a quem
fica relegado apenas tarefas técnicas operacionais (MERSKIN, 2011; MOSCO, 2009), isso
quando não ficam relegados ao papel passivo de audiência, configurando um silenciamento
estrutural.
No sentido de romper a lógica essa exclusão em lugares de privilégio, reforça-se a
noção conceitual, muito trazida pelo feminismo negro, de lugar de fala:
4
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
5
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
6
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
1 No original: The right to communicate is an ideal that seeks to empower people to participate actively in the search for
solutions to problems of development as perceived and defined by them. It means making available to the people the
necessary facilities that will enable them to engage in dialogue on an equal footing.
7
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
3 Mercado de TV
Para entender a lógica orientadora do mercado de TV, é importante resgatar o
quanto a valorização comercial no setor televisivo consolidou-se ao redor do mundo
impulsionada por uma correlação de interesses: a necessidade de financiamento dos
veículos, o crescimento do setor industrial e do mercado publicitário, buscando alcançar
consumidores em audiências massivas. De tal modo, esses índices tornam-se cada vez mais
determinantes de estratégias de rentabilidade das indústrias de televisão.
8
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
Koop (1990), por sua vez, explica que no setor televisivo os produtos carregam uma
característica incomum para mercadorias em geral: sua produção é cara, mas ao mesmo
tempo deve ser rentável o suficiente para tornar-se disponível gratuitamente aos
consumidores. Esse é o caso da TV aberta, na qual o serviço audiovisual não é financiado
pelos espectadores em proporção ao seu nível de consumo, ou seja, trata-se de uma
anomalia se comparado às regras tradicionais de mercado. Tais firmas de TV comerciais
constituem, assim, um caso raro de empresas privadas, impulsionadas pelo lucro, que
distribuem seus produtos gratuitamente.
Os aspectos colocados descrevem um meio cuja apropriação pela lógica de mercado
tenta a todo custo domar suas especificidades e suas volatilidades na tentativa de conformar
seus produtos em mercadorias rentáveis. Dado o elevado nível de seus investimentos, os
operadores do setor estão constantemente buscando novas possibilidades, redução de
riscos e garantias de retorno financeiro numa estabilidade suficientemente capaz de
preencher as horas contínuas de programação de custo oneroso e caráter perecível.
Essa característica sequencial é percebida na indústria de difusão contínua:
2 No original: La planificación empresarial de la producción en continuum (la programación) y de cada producto, mediante
gabinetes especializados para la formulación de estándares técnicos y de costes, cubriendo el doble objetivo de plantear
condiciones a la producción y de asegurar una audiencia; la asalarización global tanto del trabajo en base a especializaciones
funcionales y de tareas; la deposesión creciente del saber hacer creativo, particularmente de directores y/o realizadores e
informadores.
3 No original: La difusión en flujo continuo supone una producción compleja y variada, con procesos de trabajo plenamente
industriales – simultáneos por producción y secuenciales por emisión, ordenados por una programación que asegura la
continuidad y cotidianeidad de las emisiones – e integra el trabajo creativo y técnico en un mismo proceso. La programación
se ha dirigido tradicionalmente a una audiencia heterogénea, masiva y arquetípica. Pero también se dirige crecientemente a
audiencias segmentadas por razones de edad, etnia, cultura, gustos o renta, aproximándose en parte al autoservicio editorial.
9
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
10
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
11
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
Essas representações podem ser usadas, segundo Merskin (2011), para oprimir, na
medida em que reforçam visões limitadas sobre gênero, raça, classe, sexualidade e religião,
transformando estereótipos (signos unidimensionais e concretizados sobre a Alteridade)
em arquétipos (visões multidimensionais, símbolos fluidos de personalidade). Isso serve,
por exemplo, para justificar o ódio coletivo a determinados grupos, sua perseguição e
atrocidades políticas contra eles.
Esses valores distorcidos podem permanecer ao longo do tempo, sendo sustentados,
refinados e distribuídos por discursos religiosos e da cultura popular (MERSKIN, 2011). No
entanto, podem também ser questionados e reconfigurados por movimentos sociais,
reprogramando a sociedade para a não-aceitação de injustiças trazidas por eles.
12
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
13
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
Ethiene Fonseca e Mayara Silva (2018), que estudaram a construção da personagem Abgail
na novela global Força do Querer, exibida em 2017.
Dentre as constatações dos autores está o reforço do fato de ela ser uma
representante “plus size bem resolvida”, vinculando o corpo gordo a um fator negativo, com
o qual é necessário resolver-se. Além disso, a personagem não possui uma trama própria ou
uma busca pessoal, tendo sua história atrelada ao enredo de outras figuras, o que
enfraquece sua importância, bem como a da temática acerca da valorização do corpo gordo
que representa. Ela está inserida no enredo de personagens secundários, o que a torna ainda
mais periférica para o contexto da narrativa, de modo que:
De tal maneira, a personagem parece ter sido deslocada mais uma vez para seu apelo
mercadológico de ponte com as consumidoras que se identifiquem com o seu perfil e que,
por sentirem-se desconfortáveis com a fuga do padrão estético, são induzidas a embelezar-
se cada vez mais, ou seja, se tornarem consumidoras potenciais das indústrias da beleza,
moda e estética. A personagem dedica-se, portanto, a construção de sua identidade como
mulher considerando que, do ponto de vista corporal, ela não atende às expectativas de
gênero e desse modo, ela se mostra bastante vaidosa. Fonseca e Silva (2018) concluem que:
[...] ao afastar o tema da trama principal faz com que Abigail, considerada
pela própria emissora como representante da mulher gorda empoderada,
esteja à margem do enredo, o que alude à posição da mulher gorda na
sociedade, sempre à margem nas esferas sociais, descolada do status quo.
[...] Considerando haver a necessidade de simplificar determinados
assuntos para que eles sejam aplicáveis à narrativa, pode-se concluir que a
obra em análise reuniu elementos temáticos que contribuíram para a
produção de representações que além de não entrarem em atrito com as
normativas sociais, serviram como uma espécie de reforço àquilo que
supostamente se pretendia questionar. Assim, vê-se que a utilização da
noção de diversidade ocorre de forma rasa e mercadológica para atrair a
atenção do público-alvo. (FONSECA; SILVA, 2018, p. 408-409, grifo dos
autores).
14
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
De tal maneira, embora tenha sido uma trama dedicada a tratar das temáticas da
diversidade e de gênero, a tentativa de não ir de encontro ao que é usualmente aceito pela
audiência condicionou a simplificação e a superficialização excessiva de algumas pautas o
que, para os autores, dificultou a abordagem aprofundada de temas sociais múltiplos e
distintos e acabou contribuindo para reforço de preconceitos (FONSECA; SILVA, 2018).
Assim, a abordagem da emissora sobre o tema do corpo gordo e dos padrões estéticos
femininos acabou resultando numa perspectiva conservadora, até porque atrela no enredo a
ideia de felicidade da mulher à valorização do corpo, à estética e aos relacionamentos
amorosos, algo que, claro, acabou sendo o final feliz da personagem.
Ainda sobre o debate de gênero nas telenovelas, a pesquisa apresentada por
Fernanda Nascimento (2018) se debruça sobre um levantamento panorâmico de
representação LGBT entre os anos de 1970 e 2013 que identificou 126 personagens em 62
novelas.
Entre as décadas de 1970 e 1980, a maioria desses personagens integrava núcleos
cômicos e posições subalternas e, por algumas vezes, traziam tematizações de preconceito
ou discriminação. As lésbicas começam a aparecer mais na década de 1980, mas ainda com
sua sexualidade regulada ou enquadradas num padrão heteronormativo, e as vivências
trans começam a ser vistas, só que em tom cômico em Um Sonho a Mais (1985) e com uma
discussão sobre discriminação em Tieta (1989).
A partir da década de 1990, a tendência de maior visibilidade de LGBT se mantém
com o primeiro casal inter-racial de homossexuais, discutindo opressões de sexualidade e
raça. Mas o destaque é a exclusão de um casal lésbico em Torre de Babel (1998) por conta da
rejeição do público. É possível ver também uma personagem que não definiu seu gênero e
sexualidade em Explode Coração (1995) e a tematização da bissexualidade em Por Amor
(1998) (NASCIMENTO, 2018).
Na década de 2000 podem ser vistas 22 narrativas com participação LGBTs e
Fernanda Nascimento (2018) vê uma mudança do comportamento majoritariamente bicha
para os padrões heteronormativos, como os casais brancos, em relações monogâmicas e de
classe média, como em Páginas da Vida (2006) e Paraíso Tropical (2006). Essa tendência é
também vista na representatividade lésbica como em Mulheres Apaixonadas (2003) e
Senhora do Destino (2004).
Entre 2010 e 2013 são 12 as narrativas com LGBTs, sendo duas com núcleos
especificamente pautados com essa temática, Ti-Ti-Ti (2010) e Insensato Coração (2011). A
15
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
autora destaca as tramas que fogem da norma, como em Viver a Vida (2010), que apresenta
uma relação entre homens bissexuais não monogâmicos e em grupo, e Fina Estampa (2011),
com um relacionamento intergeracional. A transexualidade também é um destaque em Salve
Jorge (2012).
Assim, em sua pesquisa, Fernanda Nascimento (2018) percebe um crescimento
acentuado de personagens LGBT com faixas etárias entre 21 e 30 anos nas décadas
analisadas, e, no que se refere à raça, das 126 personagens analisadas apenas quatro são
negras, sendo que três eram oriundas de classes populares, apontando forte invisibilidade
deste grupo social. A autora finaliza:
5 Considerações finais
É também Stuart Hall (2003) que chama a atenção para a limitação dos ganhos
conquistados pelas subalternidades marginalizadas quando alcançam o centro,
especialmente tendo em vista o histórico e a tendência a segregação. É possível notar, a
16
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
partir dos exemplos analisados, a propensão que a lógica de mercado hegemônica tem em
assimilar e se apropriar dos movimentos que deveriam ser contra-hegemônicos. Faz parte
de seu processo de negociação simbólica, de readequação de consensos.
Claro que isso não desvaloriza o fato de as pautas da diversidade e da luta por seus
direitos terem ganhado o conhecimento do público, e hoje se fazerem presentes nos
conteúdos mais massivos da mídia, não se restringindo a ambientes privilegiados ou
restritos de acesso a conhecimento e informação. Para enxergar essa popularização como
um avanço, no entanto, é fundamental ter em mente que essa abertura é também parte das
contradições do capitalismo, que apresenta notável capacidade de adaptação às novas
possibilidades de mercadorização, com a assimilação de elementos identificados como
valorizados diante do público. Maior prova disso é o desenvolvimento da nova área
chamada Marketing de causa. Trata-se de uma adaptação estratégica deste mercado e que,
por isso, deve seguir sob o olhar atento da crítica sobre a apropriação de pautas sociais pela
lógica da produtividade, da busca por audiências, anunciantes e lucro.
Nesse contexto, em que a orientação mercadológica do setor televisivo prevalece
fortemente tensionada pela concorrência com novas mídias e com os discursos ativistas
fortalecidos por elas, é possível ainda identificar o quanto valores estereotipados sobre os
diversos grupos sociais ainda permanecem. Como observado nas pesquisas apresentadas, o
aparecimento da representação de grupos não normativos, pode ser identificado como um
avanço ainda muito incipiente, filtrado por um viés conservador, e notoriamente construído
pelas mãos de representantes dos mesmos grupos normativos privilegiados no exercício de
seu direito de fala.
Uma pesquisa que observasse a representação social dos autores e diretores de
novelas, gestores de contas publicitárias, e demais cargos hierarquicamente definidores
deste conteúdo poderia indicar material fundamental para discussão sobre lugar de fala e
sobre direito à comunicação. Se a própria composição das equipes definidoras desses
conteúdos continuarem sendo as mesmas pessoas que historicamente alimentam a mídia,
notoriamente homens, brancos, heterossexuais e de classe média, muito dificilmente outras
visões de mundo serão efetivamente incorporadas ao conteúdo midiático massivo.
17
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
Referências
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo da história única. [S. l.]: TED Global, 2009. 1 vídeo
(ca. 18 min). Publicado pelo site TED: Ideas worth spreading.
BOLAÑO, César. Mercado brasileiro de televisão. 2. ed. São Cristóvão, SE: UFS, 2004.
CARNEIRO, Jéssica; LIMA, Aluízio. Mulheres negras empoderadas: uma análise crítica sobre
representatividade e consumo no recorte de gênero e raça. In: TORQUATO, Chalini;
CARRERA, Fernanda (org.). Mídia e diversidade: caminhos para reflexão e resistência.
Campina Grande: Xeroca!, 2018. p. 167-190.
CARROLL, William.; HACKETT, Robert A. Democratic media activism through the lens of
social movement theory. Media, Culture & Society, London, v. 28, n. 1, p. 83-104, 2006.
HALL, Stuart. Que “negro” é esse da cultura popular negra? In: HALL, Stuart. Da diáspora:
identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG, 2003. cap. 11, pp. 372-390.
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo:
Martins Fontes, 2017.
18
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
MERSKIN, Debra L. Media, minorities and meaning: a critical introduction. New York:
Peterlang, 2011.
MOSCO, Vincent. The political economy of communication. 2nd. ed. London: Sage, 2009.
NASCIMENTO, Fernanda. Homens, brancos e jovens: um panorama das (in) visibilidades nas
representações de LGBT, em telenovelas da Rede Globo, entre 1970 e 2013. In: TORQUATO,
Chalini; CARRERA, Fernanda (org.). Mídia e Diversidade: caminhos para reflexão e
resistência. Campina Grande: Xeroca!, 2018. p. 343-356.
SODRÉ, Muniz. Por um conceito de minoria. In: PAIVA, R.; BARBALHO, A. Comunicação e
Cultura das minorias. São Paulo: Paulus, 2005. cap. 1, pp. 11-14.
Abstract
Diversity has become an increasingly recurrent theme in the
content presented by the mass media. In an attempt to advance
a critical observation of this debate, we seek to ask: are the
social agendas of minority groups finally finding place in
Brazilian television production, or is this an appropriation of
these themes as part of the process of ‘commodification’
already so well known by the literature of the Political Economy
of Communication and Culture? To answer this question, we
propose a literature review on media, diversity, democratic
values and contemporary identity struggles. Then, the strategic
logics of the Private TV Market are explained, and than
contemporary practical examples of non-normative
19
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista
Minorias, lugar de fala e direito à comunicação na mídia: entre o ativismo pela cidadania e a mercadorização de pautas sociais
Keywords
Diversity. Minorities. Television. TV market. Speech standpoint.
Autor correspondente
Chalini Torquato
chalini.torquato@eco.ufrj.br
Recebido em 30/06/2020
Aceito em 08/09/2020
20
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e-104996, 2021.
DOI: preenchido posteriormente pela equipe da revista