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U E M | FA P F

ASPECTOS ESTRUTURAIS DOS EDIFÍCIOS HISTÓRICOS


C O N S E R V A Ç Ã O E R E S TA U R O D O PA T R I M Ó N I O E D I F I C A D O
IV ANO | II SEMESTRE
M O H A M A D A R I F | PA U L I N O P I R E S
ADÉRITO SITHOLE | ANA MARIA XAVIER | ARMÉNIO CHONGO | CARLOS
CAVELE | DINSHI CANGY | MANUEL HONWANA | MIGUEL JULAI | OSCAR
A N I L A | O S VA L D O L U Í S | O T T O M E N E T E | P E D R O H A L A R J R . | S T É L I O
MACAMO
E S T R U T U R A

ASPECTOS ESTRUTURAIS DOS EDIFÍCIOS

ACÇÕES
VIGAS
ESTRUTURAIS PA R E D E S
ABÓBADAS ASNAS FUNDAÇÕES
NOS EDIFÍCIOS PILARES
HISTÓRICOS
CÚPULAS

E N Q U A D R A M E N T O E M E D I F Í C I O S H I S T Ó R I C O S | PAT O L O G I A S | T É C N I C A S D E
C O N S E R V A Ç Ã O E R E S TA U R O | E X E M P L O S
ASPECTOS ESTRUTURAIS DOS EDIFÍCIOS
INTRODUÇÃO

As estruturas do património arquitectónico apresentam desafios específicos


para diagnóstico, restauro e conservação, pela sua natureza e história intrínseca
(material e técnica construtiva).
A combinação do conhecimento científico e cultural com a experiência é
indispensável para o estudo de todo o património arquitectónico. O objectivo de
todos os estudos, investigações e intervenções é salvaguardar os valores
históricos e culturais das construções como um todo.
Qualquer planeamento para a conservação estrutural requer tanto dados
qualitativos, baseados na observação directa das degradações dos materiais e
dos danos estruturais, pesquisa histórica etc., como também dados quantitativos
baseados em ensaios específicos e modelos matemáticos do tipo dos utilizados
na engenharia moderna.

ESTRUTURA | INTRODUÇÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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ASPECTOS ESTRUTURAIS DOS EDIFÍCIOS
ACÇÕES ESTRUTURAIS NOS EDIFÍCIOS HISTÓRICOS

O comportamento de estruturas é influenciado por três factores principais: a forma e as


ligações, os materiais e as acções.

AS ACÇÕES NA ESTRUTURA E OS MATERIAIS


São qualquer agente que produza tensões e deformações na estrutura e qualquer fenómeno
que afecte os materiais, normalmente reduzindo a sua resistência.

1) Acções mecânicas - actuam na estrutura produzem tensões e deformações no material.


Estas podem ser estáticas ou dinâmicas.
i) Acções estáticas podem ser de dois tipos:
a) Acções directas
b) Acções indirectas
ii) Acções dinâmicas são produzidas quando uma estrutura é sujeita a vibrações ou
deslocamentos.

2) Acções físicas - químicas e biológicas actuam sobre os materiais alterando a sua natureza.

ACÇÕES ESTRUTURAIS NOS EDIFÍCIOS HISTÓRICOS


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ASPECTOS ESTRUTURAIS DOS EDIFÍCIOS
D E G R A D A Ç Ã O D O S M AT E R I A I S | M E D I D A S C U R AT I V A S

ALVENARIA
As principais causas de danos ou colapso são as
- reforço dos nós de ligação e adição de elementos
cargas verticais que podem provocar fendas
diagonais suplementares
deformações laterais, fracturas, etc.
Existem diversas intervenções de robustecimento da
FERRO E AÇO
parede :
O ferro e o aço são ligas e a sua susceptibilidade à
− fechamento das juntas da alvenaria, consolidação
corrosão depende da sua composição.
da parede com argamassa injectada,
- a eliminação da ferrugem (por jacto de areia, etc.) e
− reforços verticais longitudinais ou transversais,
pintura com produto apropriado.
− remoção e substituição do material degradado,
Cargas repetidas podem levar à ruína por fadiga.
− desmantelamento e reconstrução.
- adição de novos elementos.
MADEIRA
BETÃO ARMADO
Os ataques por fungos e por insectos são as
O problema mais vulgar é a carbonatação, que reduz
principais causas de danos.
a protecção do aço, levando à corrosão.
- produtos químicos contra os ataques biológicos.
- remoção do betão degradado (por jacto de água,
Em estruturas reticuladas os principais problemas
etc.), limpeza do aço e adição de uma armadura nova.
estão relacionados com a ruína localizada nos nós de

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ligação.

ACÇÕES ESTRUTURAIS NOS EDIFÍCIOS HISTÓRICOS


ELEMENTOS ESTRUTURAIS I
ENQUADRAMENTO EM EDIFÍCIOS HISTÓRICOS
Detalhes de uma falsa Abobada de berço Corte esquemático
cúpula, abobada de com elementos Tumba de Atreu, do
cúpula ogival, inclinados, Micenas, Segundo Panteão de Roma
Abydos [Choisy, Ramesseum Reynaud [Argil.s, Josep M. et
Auguste (1899)] [Choisy, Auguste (1899)] al (1999a)]

DA MESOPOTÂMIA À ANTIGUIDADE CLÁSSICA E A produção de tijolos em massa levou a construção


ROMANIZAÇÃO de elementos argamassados e posteriormente
Vigas de madeira foram descobertas na pré-história, rebocados. Salienta-se ainda o aparecimento do betão.
com composição isolada ou com outros materiais,
como a palha, a pedra, o ferro e o barro. A CONSTRUÇÃO MEDIEVAL
As primeiras cúpulas, em adobe, tinham formato Com a deslocação da capital Romana, começa-se a
parabólico. Eram aliadas a vigas de madeira associar a semi-esfera e o cubo, permitindo a elevação
associadas a outros elementos naturais. de cúpulas sobre pendentes. O revestimento era feito
Egípcios utilizaram tijolo em abóbadas de cúpula com mosaicos brilhantes.
ogivais e de berço (3000 a.C.). Nas naves dos edifícios religiosos medievais eram
Com a evolução e necessidade, passou a ser vulgarmente utilizadas abóbadas de aresta obtidas
empregue a pedra. pelo cruzamento de duas abóbadas de berço.
O arco de volta perfeita, a abóbada de berço e a Para reduzir a espessura dos elementos de suporte,
cúpula, marcaram a arquitectura Grega e inspiraram a surge o arco ogival e às de cruzaria de ogivas
Romana.

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nervuradas.
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ELEMENTOS ESTRUTURAIS I
ENQUADRAMENTO EM EDIFÍCIOS HISTÓRICOS

Corte esquemático de
Santa Sofia de C.pula da basílica de
Corte transversal de
Constantinopla Abóbada de arestas Santa Maria del Fiore
uma catedral gótica
segundo Choisy [Tost.es, Ana (1996)] [Gago, António
[Gago, António (2004)]
[Argil.s, Josep M. et al (2004)]
(1999a)]

DO RENASCIMENTO À ÉPOCA MODERNA


No renascimento, a grande cúpula era tela de
grandes obras. Mais tarde, a sua construção levava uma ou mais
A cúpula do renascimento caracteriza-se por um camadas de tijolo cerâmico ligadas entre si por uma
sistema de duas cascas formadas por alvenaria de argamassa de cal e gesso.
tijolo cerâmico ligadas entre si por nervuras de Durante a Revolução Industrial, o aço e ferro foram
alvenaria de pedra reforçadas por elementos introduzidos criando uma estrutura de pilares e vigas
horizontais. metálicas, bem como as novas abóbadas e cúpulas.
Após o renascimento, e até ao século XVIII não se Com o betão armado a formas tradicionais foram
verificam desenvolvimentos que do ponto de vista caindo no esquecimento.
estrutural, quer construtivo nas estruturas de
alvenaria, particularmente nas estruturas arqueadas.

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VIGAS
P AT O L O G I A S

Vigas são elementos lineares


‣ Madeira de reacção;
destinados vencer vãos e transmitir as
‣ Ataques de insectos e fungos.
ações nelas atuantes para os apoios,
geralmente os pilares.
Principais patologias das vigas de
betão armado:
Principais patologias das vigas de
‣ Deformação estrutural
madeira:
‣ Corrosão das armaduras
‣ Fragilidade nos apoios e uniões;
‣ Lixiviação de compostos hidratados
‣ Fendas e empenos;
‣ Falta de qualidade e espessura do
‣ Irregularidade orgânica e geométrica
cobrimento
‣ Descaio;
‣ Irregularidade geométrica
‣ Bolsas de resina;
‣ Segregação do betão
‣ Presença de medula e entre-casco;
‣ Fissuras
‣ Madeira juvenil;

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VIGAS
P AT O L O G I A S

Corrosão da Armadura Falta de qualidade e Embarrigamento da Viga Fissuração excessiva Fissuras Causadas por
espessura do cobrimento Recalques das Fundações

Fissuras por Corrosão da Armadura Fissuras por Tracção Fissuras por Compressão

Fissuras por Flexão

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Fissuras por Força Cortante
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VIGAS
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REABILITAÇÃO DE VIGAS EM MADEIRA


‣ Reforço por aumento de secção com ‣ Ligações de madeira com reforço por
nova madeira ou por aplicação de FRP
empalmes ‣ Próteses
‣ Reforço através da aplicação de resinas ‣ Reparação de fendas com parafusos ou
de epóxido e varões embebidos cintas
‣ Reforço com armaduras longitudinais ‣ Selagem e injecção de resina de
com laminados de fibras de carbono ou epóxido em reparação de fissuras
chapas de aço na pela de madeira ‣ Reparação de fendas com adesivo de
‣ Reforço com perfis, tirantes e chapas epóxido e varões de reforço
metálicas
‣ Substituição por nova madeira ou por REABILITAÇÃO DE VIGAS EM BETÃO
perfis metálicos (processo referido para reabilitação do
‣ Re p a r a ç ã o p o r s u b s t i t u i ç ã o d e betão armado)
elementos estruturais

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VIGAS
T É C N I C A S D E C O N S E R VA Ç Ã O E R E S TA U R O

EXEMPLO
-Reforço com perfis metálicos intercalados com vigas de madeira existentes
-Reforço com armaduras longitudinais com laminados de fibras de carbono ou chapas
de aço na pela de madeira

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ELEMENTOS ESTRUTURAIS I
ABÓBADAS

Abóbada é uma construção arqueada em forma de cunha, destinada a cobrir


um espaço, apoiando-se sobre paredes, pilares ou colunas.
Do ponto de vista geométrico, a abóbada tem origem num arco que se desloca
e gira sobre o próprio eixo, cobrindo toda a superfície do teto. As abóbadas
variam de acordo com a forma do arco de origem.

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ELEMENTOS ESTRUTURAIS I
ABÓBADAS

Uma abóbada em alvenaria deve estar sujeita


exclusivamente a compressão. Esforços de tracção em
arcos, abóbadas e estruturas de suporte em alvenaria
pode estar associado a:
- alteração do perfil;
- assentamento dos arcos ou abóbadas;
- assentamento das estruturas de suporte;
- reduzida capacidade resistente aos esforços de
compressão, em particular, nas estruturas de suporte;
- variação das condições de carga face ao
originalmente previsto. Colapso de um arco semi circular em
pedra sob a acção de uma carga
pontual

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[Huerta, Santiago (2001)]
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ELEMENTOS ESTRUTURAIS I
CÚPULAS

Cúpula é um elemento de cobertura, usualmente


esférico resultante da revolução completa de um
arco.
O comportamento da cúpula é semelhante ao do
arco que através de forças internas transfere a
carga para a estrutura de suporte na base, no
entanto existem algumas diferenças. No caso do
arco, a distribuição de forças ocorre apenas no
seu plano, no caso da cúpula essa distribuição é
radial e circunferencial. No caso da cúpula, ao
desenvolverem-se forças circunferências é
permitida a construção anel a anel.

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ELEMENTOS ESTRUTURAIS I
CÚPULAS

Tração e Compressão na cúpula


Meridianos, sob a forma de arcos funcionavam basicamente resistindo a
esforços de compressão. Esses arcos eram reforçados internamente por
paralelos.
Os paralelos, sob a forma de anéis ainda eram reforçados por correntes de
madeira ou ferro que funcionavam resistindo a tração gerada pela abertura da
estrutura.

Esforços Meridionais numa cúpula

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Tensões circunferências numa cúpula sujeita apenas à acção do seu peso próprio
[Gago, António (2004)] [Heyman, Jacques (1995)]

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ESTRUTURAS ARQUEADAS
P AT O L O G I A S

A formação de fendas de reduzida espessura pode ser normal no comportamento


de algumas estruturas em abóbada.
Podem distinguir-se de um modo geral quatro grandes grupos de anomalias
estruturais:
• Deformação excessiva
• Fendilhação estrutural
• Rotura
• Ausência ou deterioração com perda de resistência dos elementos constituintes1
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ESTRUTURAS ARQUEADAS
P AT O L O G I A S

‣Causas das patologias em estruturas de madeira


‣F|m|q – Causa humana: O uso e a manutenção e uso
‣Causas intrínsecas
‣F|m|q – Causa humana: vandalismo
‣Química|biológica – Causa natural: decomposição
‣F|m|q – Causa natural: factores meteorológicos
‣Física|mecânica – Causa humana: produção
‣F|m|q – Causa acidental
‣F|m – Causa humana: execução
‣B – Causa natural: biodeterioração
‣Causas extrínsecas
‣F|m|q – Causa humana: concepção do projeto
‣Causas das patologias em estruturas de pedra
‣F|m|q – Causa humana: O uso e a manutenção e uso
‣Causas intrínsecas
‣F|m|q – Causa humana: vandalismo
‣F|m|q – Causa de factor natural: alterações
‣F|m|q – Causa natural: factores meteorológicos
‣F|m – Causa humana: produção
‣F|m|q – Causa acidental: incêndios
‣F|m – Causa humana: execução
‣B – Causa natural: biodeterioração
‣Causas extrínsecas
‣F|m|q – Causa humana: concepção do projeto
‣Causas das patologias em estruturas de tijolo
‣F|m|q – Causa humana: O uso e a manutenção e uso
‣Causas intrínsecas
‣F|m|q – Causa humana: vandalismo
‣F|m|q – Causa natural: vida útil
‣F|m|q – Causa natural: factores meteorológicos
‣F|m – Causa humana: produção
‣F|q – Causa natural: meio urbano
‣F|m – Causa humana: execução
‣F|m|q – Causa acidental
‣Causas extrínsecas
‣B – Causa natural: biodeterioração
‣F|m|q – Causa humana: concepção do projeto

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ESTRUTURAS ARQUEADAS
P AT O L O G I A S

1. Deformação excessiva
Como manifestações de deformação, observam-se
essencialmente:
• Deformação no plano horizontal
• Inclinação dos apoios
• Deformação vertical dos apoios Separação entre abóbadas e paredes de
• Abatimento dos arcos apoio, Mosteiro das Salzedas
[Lourenço, Paulo B. et al (2008)]

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ESTRUTURAS ARQUEADAS
P AT O L O G I A S

 2. Fendilhação estrutural


É associada a tensões internas e esforços de tracção
para as quais o material não tem capacidade de resistir.
Arcos e abóbadas apresentam fendas longitudinais ou
transversais ao seu plano de desenvolvimento, consoante
a causa.
Cúpulas, devido ao seu distinto funcionamento, para
além das fendas circunferências características do seu
Fendas nas abóbadas, canto
comportamento semelhante ao arco quando decomposta sudoeste, segundo nível, Mosteiro
em lúnulas, é ainda comum a abertura de fendas radiais das Salzedas
na base. [Lourenço, Paulo B. et al (2008)]

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ESTRUTURAS ARQUEADAS
P AT O L O G I A S

Padrões de fendilhação
mais comuns em arcos,
abóbadas e cúpulas
[Argilés, Josep M. et al
(1999a)]

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ESTRUTURAS ARQUEADAS
P AT O L O G I A S

3. Ruptura
É a interrupção da continuidade de um elemento, com a
sua divisão em partes separadas (fractura), envolvendo
algumas vezes o deslocamento de uma parte em relação
a outra.
Casos de Ruptura
• Esmagamentos localizados
• Fractura com manutenção do equilíbrio estrutural Esmagamentos localizados nas
nascenças das abóbadas, Mosteiro das
• Colapso Salzedas
[Lourenço, Paulo B. et al (2008)]

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ESTRUTURAS ARQUEADAS
P AT O L O G I A S

4. Ausência ou deterioração com perda de resistência dos elementos


constituintes
Nos casos em que a degradação grave dos materiais, parcial ou total (com
possível aparecimento de lacunas), provocar uma diminuição significativa de
resistência mecânica e consequentemente o deficiente funcionamento dos
elementos pode considerar-se estarmos presente uma anomalia estrutural.
Este tipo de anomalias é geralmente decorrente de:
• desintegração por destacamento;
• desintegração por perda de coesão;
• desintegração por perda de adesão;
• fenómenos de biodetrioração violentos;
• danos mecânicos sérios. 2
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ESTRUTURAS ARQUEADAS
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As principais medidas de intervenção são: • Avivamento das fendas


- introdução de tirantes novos • Limpeza das fendas
(normalmente ao nível do arranque das • Selagem
abóbadas, ou ao longo de círculos paralelos • Acabamentos
nas cúpulas);
- construção de contrafortes; correcção da • Selagem e injecção: Em fendas
distribuição da carga (em alguns casos com estabilizadas com largura superior a
adição de cargas). 0,5mm:
•Abertura de furos
Quando se verifica a fendilhação, após a •Limpeza das fendas
identificação e eliminação da causa que, o •Colocação dos tubos de injecção e
tratamento de fissuras ou fendas poderá ser purga
realizado através das seguintes técnicas: •Selagem superficial da fenda
• Selagem simples: Em fissuras ou fendas •Injecção
estabilizadas com largura inferior a 0,5mm: •Acabamentos

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ESTRUTURAS ARQUEADAS
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Reparação com introdução de - Montagem dos elementos


ligações mecânicas: Em fendas metálicos
não estabilizadas: - Injecção dos elementos
Armadura em “ponte” metálicos
- Selagem e injecção da fenda - Selagem e injecção da
- Colocação de fita de fenda
dessolidarização Acabamentos
- Reparação do reboco
  Incorporação de faixas de
Incorporação de elementos FRP
metálicos - Selagem e injecção da fenda
- Abertura de roços e/ou furos - Limpeza das superfícies
- Limpeza dos roços e/ou - Colagem das faixas de FRP
Faixas de FRP aplicadas em reparação de fenda
furos - Acabamentos [Cóias, Vítor (2007)]

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ESTRUTURAS ARQUEADAS
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Técnicas De Reforço Estrutural


• Reforço Com Adição De Elementos Não
• Rebocos Armados
Metálicos
• Aumento Da Secção Por Encamisamento
• Reforço Com Contrafortes De Alvenaria
• Reforço Com Adição De Elementos
• Alteração Na Distribuição De Esforços
Metálicos

Soluções de aplicação de pregagens dotadas de manga Aplicação de laminados de carbono para estabilização

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Encamisamento de abóbada de abóbada
injectada para reforço de abóbadas
com betão armado [Cóias, Vítor (2007)
[Cóias, Vítor (2007)
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ELEMENTOS ESTRUTURAIS I
CÚPULAS

A Capela do Santíssimo Sacramento é parte


da Sé Catedral do Porto.
O corpo de planta circular, é coberto por uma
cúpula incompleta que se encontrava
visivelmente degradada, sendo a base de apoio
das telhas irregular em argamassa.
A intervenção foi de reconstituição da forma

da cobertura, tendo-se recorrido a uma


estrutura de madeira, com aplicação de
cambotas em madeira, afastadas da base em
argamassa. As cambotas foram travadas por
meio de tarugos em madeira. Sobre elas foi
exe c u t a d o u m s i s te m a d e c o b e r t u r a ,
compreendendo uma membrana de subtelha e

telha mini canudo.


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ELEMENTOS ESTRUTURAIS II
ENQUADRAMENTO EM EDIFÍCIOS HISTÓRICOS

Asnas de madeira são consideradas fundamentais


em coberturas, quase há dois mil anos, desde a
Grécia Antiga.
Não é possível descrever com exatidão quando
aparece a primeira asna como estrutura de
cobertura, uma vez que é fruto de desenvolvimentos
de ideias e conceitos empíricos. Contudo, a asna
mais antiga ainda existente data do século VI, e
aparece no Mosteiro de Sta. Catarina no Monte Sinai,
Egipto, tratando-se de uma asna triangular simples Elementos constituintes da asna palladiana
comum
(Cabo, 1996).

ASNAS
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ELEMENTOS ESTRUTURAIS II
ENQUADRAMENTO EM EDIFÍCIOS HISTÓRICOS

Evolução
das asnas de
cobertura

ASNAS
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ELEMENTOS ESTRUTURAIS II
ENQUADRAMENTO EM EDIFÍCIOS HISTÓRICOS

Evolução
das asnas de
cobertura

ASNAS
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ASNAS
P AT O L O G I A S

A degradação da madeira ocorre quer por


perda da capacidade de resistência, quer por
estados de utilização inaceitáveis.
Tem de se ter em conta a degradação das
peças de ligação, como órgãos de união
metálicos, que podem sofrer corrosão.

Anomalias causadas pela acção humana:


• deformações elevadas;
• sistemas de ligação inadequados;
Deformação em elementos de madeira
• alteração de dimensões;
• fissuração.

ASNAS
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ASNAS
P AT O L O G I A S

Anomalias causadas por


acções naturais:
Causas mais frequentes
• alteração de cor e textura;
associados às acções naturais:
• erosão superficial;
• luz solar;
• abertura de fendas;
• acção alternada da luz e da
• desenvolvimento de
água;
distorções;
• água. Anomalias causadas por agentes
• perda de rigidez das atmosféricos
ligações;
• humidade
• aumento das deformações;
• corrosão de ligadores
• insectos (carunchos e
metálicos;
térmitas);
• “azulado”;
• fungos;
• podridão;
• xilófagos marinhos. Destruição causada por térmitas
• galerias na madeira.

ASNAS
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ASNAS
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Aumento de secção dos elementos


O aumento de secção transversal dos elementos é
feito pela fixação de novas peças de madeira aos
elementos originais, através de chapas ou cintas
metálicas e pregos, pernos ou parafusos protegidos
contra a corrosão.
É uma solução geralmente utilizada na reabilitação
de elementos com secção insuficiente para suportar
as cargas atuantes, com fendas de grande dimensão,
roturas localizadas e degradação por ataque de
agentes biológicos ou ambientais. É importante que
os novos elementos de madeira tenham teor de
humidade semelhante ao da pré-existente.

ASNAS
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ASNAS
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Reconstrução pela utilização de varões de reforço selados com resina epoxídica


Consiste na reconstrução da parte degradada da madeira, utilizando resina
epoxídica e varões, de forma a garantir a correta ligação à madeira sã, utilizando
cofragens perdidas que, no futuro, servirão de proteção ao fogo. Se a zona for
extensa, é feita a substituição por um novo elemento de madeira, ligado à parte
sã da madeira existente através de varões de aço ou material compósito,
deixando uma junta de contacto posteriormente preenchida com resina epoxídica.

ASNAS
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ASNAS
T É C N I C A S D E C O N S E R VA Ç Ã O E R E S TA U R O

1. Escoramento, para remoção da parte degradada;


2. Remoção de zonas degradadas, até chegar à
madeira sã, fazendo-lhe uma impregnação com resina
epoxídica;
3. Realização de furos e entalhes;
4. Limpeza de furos com jato de ar ou aspirador;
5. Preenchimento dos furos com resina epoxídica;
6. Introdução de varões ou cavilhas de FRP;
7. Montagem de uma cofragem de madeira;
8. Aplicação de resina epoxídica na cofragem;
9. Preenchimento dos furos existentes com cola;
10. Remoção do escoramento.

ASNAS
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ASNAS
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Aplicação de chapas metálicas


É um método que não exige a remoção da madeira
degradada.
As chapas ou perfis metálicos são fixados à parte sã
do elemento deteriorado através de pernos ou
parafusos de porca, evitando a remoção do material
degradado.
Dá origem a uma viga mista mais resistentes
contudo, ao longo do tempo, perde capacidade de
carga e pode sofrer deformações.
Tem impacto visual sendo por isso usado na maioria
dos casos quando os elementos não se encontram à
vista.

ASNAS
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ASNAS
T É C N I C A S D E C O N S E R VA Ç Ã O E R E S TA U R O

Reparação de fendas em elementos de madeira


É feita a limpeza da fenda e injeção de resina epoxídica.
Posteriormente, são executados furos transversais à fenda, nos quais se
introduzem os varões de reforço e resina epoxídica. As chapas são colocadas
paralelamente ao plano da fenda nas faces opostas do elemento a reforçar, e
ligadas por parafusos de porca. Esta solução permite uma maior continuidade do
elemento e um aumento da sua rigidez.
Tem algum impacto visual, podendo ser inconveniente.

ASNAS
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ASNAS
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Consolidação de nós nas estruturas de madeira com reforço com chapas coladas
A utilização de chapas como elemento de reforço, apesar de menos frequente, é
também uma técnica possível. Consiste na construção de peças de aço inoxidável,
colocadas em negativos feitos na asna, os quais são preenchidos com resina
epoxídica.
Esta solução permite o reforço e a consolidação de nós de estruturas de madeira
danificados, fissurados ou com reduzida rigidez face aos esforços aplicados. É
preferencialmente aplicável em ligações pernalinha e penduralperna.
ASNAS
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ELEMENTOS ESTRUTURAIS III
ENQUADRAMENTO EM EDIFÍCIOS HISTÓRICOS

As paredes dos edifícios antigos apresentam diferentes


tipos de solução, que variam nas técnicas de aplicação e
nos materiais.
A solução construtiva adoptada nas paredes dos edifícios
antigos era influenciada principalmente pela localização da
obra, disponibilidade de recursos e materiais existentes.
O recurso a pilares começa por se apresentar apenas a
titulo pontual para permitir maiores vãos entre apoios,
sendo que o sistema porticado de betão armado so
começa a sua fase de implantação nos anos 60. Assim,
numa primeira fase o betão armado é aplicado nas
construções de adobe para ultrapassar constrangimentos
de espaço e melhorar as condições nas zonas mais
sujeitas a humidades.

PA R E D E S | P I L A R E S
36
ELEMENTOS ESTRUTURAIS III
PA R E D E S

Parede é um elemento arquitetónico de divisão ou vedação dos espaços.

CLASSIFICAÇÃO
Quanto à natureza e características dos materiais e ligantes utilizados:
Podemos identificar os seguintes tipos de paredes: de terra (taipa e adobe);
de alvenaria tijolo, várias soluções em pedra, e mista; e outras soluções.

Quanto à função
• Paredes resistentes ou mestras
São as que contribuem para a estabilidade do edifício face às solicitações
verticais ou horizontais.

• Paredes divisórias ou de compartimentação


São as que criam compartimentos, delimitando o interior de um edifício.
Tem menos rigidez que as mestras, mas auxiliam o contraventamento e a
resposta estrutural às ações horizontais.

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Para sistematizar as anomalias


agrupa-se as anomalias nos diversos
elementos construtivos onde podem
ocorrer paredes resistentes e divisórias,
sendo também referidos os
revestimentos e acabamentos, interiores
e exteriores dessas paredes.

As anomalias, além de decorrerem do


normal envelhecimento dos materiais ou
das ações mecânicas, também, podem
resultar da falta de manutenção.

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Paredes estruturais em alvenaria de pedra


• Comportamento estrutural
A existência de fracas ligações entre as folhas de uma parede
podem provocar o deslizamento de pedras para fora do plano de
parede e o colapso de uma ou ambas as folhas, quer por ação de
cargas verticais elevadas quer por ação de cargas horizontais.

• Comportamento material
São aquelas que resultam do deficiente estado de conservação
dos materiais constituintes.
- Na argamassa, a baixa resistência a esforços de tração, traduz-
Colapso da folha exterior da parede
se numa fraca resistência da parede à esforços de flexão.
- Uso de argamassas fracas,
- Existência de cavidades ou vazios
- Excesso de humidade (por precipitação, condensação, ou por
causas fortuitas)

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A fendilhação pode ser causada por anomalias em fundações. Também pode


resultar de impulsos horizontais devidos ao abatimento de arcos, asnas de
cobertura ou sismos.
Pode ocorrer em paredes mestras como consequência de menor qualidade
construtiva, ausência de grandes blocos de travamento que estabelecem
ligações eficazes entre paredes ortogonais, inexistência de tirantes e ligações
apropriadas entre paredes e pavimentos.

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Paredes divisórias interiores ou de compartimentação


• Deformações de estrutura de madeira, devidas a alterações do equilíbrio
global da estrutura. Também pode resultar de intervenções menos cuidadas
nos edifícios, por exemplo carregamento de paredes com lajes de betão.

Revestimentos exteriores de alvenarias


As paredes exteriores de edifícios antigos podem ser revestidas por
argamassas de reboco.
• Fissuração devido a retração excessiva do reboco devido a deficiente
dosagem, espessura inadequada, deficientes condições de cura ou
fendilhação do próprio suporte.

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Revestimentos interiores de alvenarias


As paredes interiores de edifícios antigos podem ser revestidas por argamassas
de ligantes minerais a base de cal e/ou gesso, ou elementos cerâmicos como
azulejo.
• Fissuração devido a retração excessiva do reboco devido a deficiente
dosagem, espessura inadequada, deficientes condições de cura ou
fendilhação do próprio suporte.

Acabamentos exteriores e interiores


Um acabamento comum dos revestimentos exteriores de paredes com rebocos
de argamassa de cal é a caiação (por pintura em sucessivas mãos).
• Esta reduzida durabilidade justifica-se pelo facto de a caiação se basear em
sais solúveis em água, que são laváveis pela água da chuva.

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1. Injeção de caldas
Aplica-se em paredes com vazios interiores ou com fendas nos paramentos exteriores.
Consiste na injeção de caldas, ou de argamassas fluídas, através de tubos de injeção colocados em
furos com ligeira inclinação para baixo, previamente abertos nas juntas dos paramentos da parede de
alvenaria de pedra, para preencher os espaços correspondentes a vazios.
Cada calda deve ter uma composição em função do objetivo da intervenção e das compatibilidades
com a alvenaria (química, física e mecânica).

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2. Re-fechamento de juntas
Adequa-se a paredes de alvenaria de pedra que apresentam juntas de argamassa degradadas ou
em fracas condições.
Consiste na remoção parcial e substituição da argamassa das juntas por uma nova com melhores
propriedades mecânicas e maior durabilidade.
Uma variante da técnica consiste no refechamento armado, em que são colocadas barras de
reforço juntamente com a nova argamassa, sendo indicada em paredes de alvenaria com juntas
horizontais e regulares, como alvenarias de tijolo.

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3. Desmonte e reconstrução ou substituição


Aplica-se a elementos de alvenaria ou paredes que
contenham partes que necessitam ser removidas.
Consiste no desmonte e extração cuidados do elemento ou
parte da parede a reparar, e posterior reconstrução,
reproduzindo a posição, organização e forma original dos
elementos

4. Pregagens costura
Aplicam-se em elementos de alvenaria, tais como em
paredes ou no contorno das suas aberturas, que necessitem
de melhor ligação, sem uma modificação visível do aspeto
exterior.
Consiste em executar pregagens, sendo abertos furos nas
paredes, que são preenchidos com caldas ou massas fluídas
e barras ou varões de reforço.

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5. Tirantes
Aplicase a estruturas de alvenaria com fraca ligação entre
paredes paralelas, prevenindo o colapso e progressiva
deformação transversal e rotação de fachada para fora do plano.
Consiste na instalação de elementos lineares que funcionam a
tração (tirantes), fixos a duas paredes paralelas por elementos
especiais de ancoragem.

6. Confinamento transversal de paredes


Aplica-se a paredes de alvenaria com múltiplas folhas, cuja
interligação seja deficiente ou fraca e é realizado com
conectores e pregagens transversais.
Consiste no confinamento pontual da parede, transversal a
esta, com barras de aço inoxidável e com placas de ancoragem
de aço nos paramentos da parede, colocadas em furos abertos
transversalmente à espessura da parede.

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7. Rebocos armados
É aplicado em estruturas de alvenaria que necessitem de proteção antissísmica e melhores
propriedades mecânicas, que em geral apresentam acentuada degradação superficial e fendilhação.
Consiste na aplicação de um reboco, com espessura mínima da ordem dos 0,05m, com materiais
de reforço nos paramentos da parede.
Os materiais de reforço podem ser compósitos FRP, metais, ligas metálicas, ou polímeros, que são
aplicados localmente em bandas (ou faixas), disseminadas na argamassa ou aplicadas na superfície
das paredes como redes de reforço.

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8. Encamisamento ou lâmina de betão


Aplica-se a elementos sujeitos a forças de compressão
muito elevadas, deformação lateral excessiva ou que sejam
formados por partes que tenham deficientes ligações entre si.
Consiste na aplicação de uma lâmina de reforço de betão
armado que cobre o elemento estrutural e resiste a
deformação transversal.

9. Cintagem global do edifício


Aplica-se a nível global, a um edifício com ligações fracas
entre elementos, paredes e pavimentos ou coberturas, de
forma a reduzir o seu risco de colapso.
Consiste na colocação de cintas no contorno dos edifícios,
com o objectivo de aumentar as ligações, reduzir a esbelteza
das paredes e aumentar a sua resistência

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EFEITOS QUÍMICOS
- Lixiviação da pasta de cimento
por soluções ácidas;
- Reações expansivas envolvendo
ataque por sulfatos;
- Reações álcaliagregados.
- Corrosão das armaduras no
betão.

EFEITOS FÍSICOS
- Desgaste da superfície,
- Fissuras causadas pela pressão
de cristalização de sais nos poros e
exposição a temperaturas extremas,
tais como congelamento ou fogo.

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Injeção, selagem e grampeamento


O tratamento das fissuras requer a identificação prévia do tipo de fissura.
Fissuras ativas - promove-se a vedação da fissura com material elástico e
não resistente, do tipo resina acrílica ou poliuretânica, de modo a impedir a
degradação do betão existente.
Outra técnica aplicável é o grampeamento de armaduras feitos pela
inserção de grampos de aço no betão.
Fissuras passivas - emprega-se material resistente, em geral nata de
cimento Portland ou resina epoxídica.
Em fissuras menores que 0,1 mm, procede-se a injeção das fissuras sob
baixa pressão. Para fissuras maiores, porém pouco profundas, é admissível o
enchimento por gravidade. Após o preenchimento das fissuras, procede-se a
selagem, para proteger a própria resina. Utiliza-se normalmente uma cola
epoxídica bicomponente, aplicada com colher de pedreiro.
Para fissuras maiores que 30 mm, a selagem é feita como uma vedação de
junta.

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Reparos superficiais
Os reparos rasos ou superficiais são aqueles de profundidade inferior a 2,0 cm, não
ultrapassando a espessura do cobrimento da armadura. Podem ser localizados ou generalizados.
São exemplos característicos o enchimento de falhas, reconstituição de quinas quebradas, erosões
ou desgaste, calcinação, dentre outros.
A reconstituição da seção, compreende;
A imprimação do substrato para formação de ponte de aderência - normalmente é feita com um
adesivo acrílico, puro ou em pasta de cimento, ou um adesivo epóxi puro, conforme as condições de
umidade do substrato e a importância estrutural da região.
O fechamento da cavidade - empregam-se as argamassas de base mineral (graute tixotrópico),
argamassa modificada com polímero, pré-dosada ou preparada na obra (base acrílica ou SBR), ou
ainda, argamassas com base epóxi ou poliéster, que exigem procedimentos específicos.
O acabamento da superfície reparada - utilizam-se as argamassas modificadas com polímeros ou
o betão ou argamassa projetados.
A cura - será úmida para material cimentício, ou ao ar para material orgânico. Pode-se utilizar a
cura química, pela aplicação de adesivo PVA ou adesivo acrílico diluído.

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Reparos semi-profundos
Com profundidade entre 2,0 e 5,0 cm, normalmente atingindo a armadura.
Requer a montagem de formas com cachimbos e verificação da necessidade
de escoramentos. A reconstituição da seção pode ser feita com graute de base
mineral com retração compensada e alta resistência mecânica, com cura
húmida.

Reparos Profundos
Com profundidades superiores a 5,0 cm. Os reparos profundos são aqueles
que apresentam aberturas para retirada do betão deteriorado ou contaminado,
com profundidade 1,5 vezes maior que a maior das duas outras dimensões.
São exemplos os ninhos de concretagem (segregações).
Requer a montagem de forma, preparação do substrato e verificação da
necessidade de escoramentos. Utilizam-se normalmente micro-betão de
retração compensada e alta resistência mecânica, com cura húmida. Sugere-se
a utilização de argamassa seca ou convencional, com adesivo PVA ou acrílico.

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Alternativas para reparo em processos corrosivos


Têm como pressupostos a eliminação das causas da corrosão e a erradicação dos
processos já instalados.

• Reparos localizados ou generalizados


- Remover cuidadosamente o betão afetado e os produtos de corrosão
- Tratamento das armaduras: limpeza superficial, uso de pinturas protectoras de
base mineral ou orgânica (epóxi)
- Reconstituição do betão: betão ou argamassas comuns ou modificada por
polímeros ou ainda os grautes
- Principais polímeros modificadores de argamassas e betão: látex tipo acrílico,
acrílico modificado e estirenobutadieno (SBR)
- Principais polímeros aglomerantes das argamassas poliméricas: resinas epóxi,
poliéster e metilmetacrilato.

• Galvanização e pinturas epoxídicas Foto de aplicação de pintura epóxi com


- Limpeza das barras zinco
- Aplicação do produto

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• Remoção eletroquímica dos cloretos


- Aplicação de material com resinas de troca iónica (argamassa condutora) sobre o betão
- Colocação de metal nobre sobre o betão que atuará como ânodo (carregado
positivamente)
- A armadura será o cátodo (carregado negativamente)
- Conectar a fonte eletricamente ao metal nobre e também à armadura, promovendo
correntes contínuas elevadas.

▪ Controle do processo catódico


- Uso de pintura seladora por meio de produtos poliméricos ou revestimentos superficiais

▪ Eliminação do eletrólito
- Secagem dos poros do betão através de lâmpadas e ventilação artificial

▪ Proteção catódica com ânodos de sacrifício


- Limpeza das barras da região deteriorada
Corrosão da armadura por ataque de
- Instalação de ânodo de sacrifício junto à armadura íons cloreto

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▪ Proteção catódica por corrente impressa


- Coloca-se um sistema de ânodo sobre o betão cobrindo com
material condutor.
- Interligar o sistema de ânodo ao terminal positivo do sistema
retificador de corrente e a armadura ao terminal negativo.
- Ao funcionar, a armadura passa a funcionar como cátodo,
ficando protegida.

▪ Impregnação profunda de betão com polímeros


- Secagem do betão
- Impregnação, tendo como resultado estrutura tamponada, com
teor baixo de umidade
Adesivo epóxi aplicado em superfície de betão
▪ Impregnação do betão com inibidores de corrosão
- Impregnação próxima à armadura, bloqueando o processo
catódico, eliminando a ação da corrosão.

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Reforço com betão ou encamisamento


A técnica de reforço com aumento de secção, também chamada
encamisamento, consiste em envolver a seção existente com betão
novo e a armadura necessária para o reparo. Esta técnica é muito
utilizada, devido as suas vantagens econômicas e a facilidade de
execução.
Apresenta como desvantagem a interferência arquitetônica e o Encamisamento de pilar
tempo necessário para que a estrutura possa ser colocada em
serviço.

Reforço com perfis metálicos


O método do reforço com o uso de perfis metálicos configurase
como um dos métodos mais tradicionais, comumente usado em
situações de emergência. Não apresenta em geral, grandes
alterações na geometria das peças, sendo colocados mediante
chumbamento com buchas expansivas e preenchimento com resinas
injetáveis. Reforço com perfis metálicos

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PILARES
T É C N I C A S D E C O N S E R VA Ç Ã O E R E S TA U R O

Reforço com chapa de aço colada


Este método baseia-se na colagem de chapa de espessura adequada através
de adesivo e uso de parafusos autofixantes, criando uma armadura secundária
solidária à peça estrutural.
Esta é uma solução de baixo custo, com a introdução de pequenas alterações
na seção do elemento reforçado e com pequena interferência arquitetônica.
Esta técnica é usada quando a deficiência é das armaduras existentes, e não
do betão. Possibilita-se desta forma, aumentar a resistência da peça estrutural
a momentos fleCtores e forças cortantes, obtendo-se ainda um aumento de Reforço com chapa de aço colada
rigidez.

Reforço com polímeros reforçados com fibras (FRP)


Os materiais compósitos feitos com fibras de carbono (CFRP), vidro (GFRP) ou
aramida (AFRP), em resina polimérica, têm sido usadas em reforços de
estruturas existentes com o objetivo de aumentar as características de
ductilidade, resistência, flexão e cisalhamento. Podem ser aplicados em outros
substratos como a madeira e o aço. Apresentam-se na forma de barras de
armadura, cabos de pro-tensão, lâminas, mantas ou folhas flexíveis de FRP. Aplicação de tecido de aramida em pilar

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PILARES
T É C N I C A S D E C O N S E R VA Ç Ã O E R E S TA U R O

PA R E D E S | P I L A R E S
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ELEMENTOS ESTRUTURAIS IV
FUNDAÇÕES

As fundações transferem cargas, na sua maioria gravíticas, para o terreno de


fundação.
Classificação

Nos edifícios antigos, as fundações podem ser divididas em três tipos,


consoante a profundidade do solo de fundação, a sua capacidade resistente e as
cargas transmitidas:

▪ Superficiais ou directas
▪ Profundas ou indirectas
▪ Semidirectas

FUNDAÇÕES
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ELEMENTOS ESTRUTURAIS IV
FUNDAÇÕES

Fundações superficiais ou directas


São compostas por sapatas isoladas no caso dos pilares e por sapatas contínuas para as paredes de alvenaria. Nestas
fundações, as paredes resistentes têm continuidade para o terreno, com um alargamento de espessura, entre 0,10m e
0,15m.

Fundações indirectas
Consistiam na cravação de estacas de madeira, que regra geral eram de pinho, com um diâmetro a variar entre os 15 e
os 18cm, com um comprimento de 1,5m e afastamento de entre estacas de 40cm. A ligação era por intermédio de
cavilhas de ferro forjado e a cravação era realizada com recurso a um maciço ou um bate-estacas denominado por bugio.

Fundações semi-directas
Aplicam-se quando o terreno de fundação não se encontra à superfície, havendo por isso, necessidade de se efetuar
uma escavação até encontrar camadas de solo mais resistentes.

FUNDAÇÕES
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FUNDAÇÕES
P AT O L O G I A S

As principais anomalias em fundações de


edifícios antigos podem ser originadas devido a
duas causas:
▪ Alterações ou movimentos do terreno;
▪ Aumento das cargas.

Os erros construtivos, a degradação dos a


materiais constituintes das fundações (o
apodrecimento das cabeças de estacas em
madeira, a corrosão de peças metálicas de
reforço ou ligação, ou a perda das camadas de
materiais finos em fundações de alvenaria),
conduzem à diminuição da sua capacidade
resistente.
FUNDAÇÕES
61
FUNDAÇÕES
P AT O L O G I A S

CAUSAS DOS ASSENTAMENTOS EM FUNDAÇÕES


As anomalias nas fundações são resultados de varias causas, das quais destacamos três
causas principais:
• Desconhecimento das características do solo
• Estruturas defeituosas das fundações
• Alterações do solo após a construção.

Tratamento de anomalias nas fundações


Em edifícios antigos e frequente o aparecimento de patologias com origem nas fundações,
sendo necessárias intervenções com caracter corrector da transmissão de solicitação ao
solo.
Neste caso, devem ser avaliadas as soluções possíveis para resolução patológicas:
• Redução das cargas atuante
• Melhorias das características do solo da fundação
• Aplicacao de técnicas de consolidação e Reforço

FUNDAÇÕES
62
FUNDAÇÕES
P AT O L O G I A S

O melhoramento do solo de fundação baseia-se em técnicas


geotécnicas não sobre a fundação mas sobre o solo que as
suporta.
Como técnicas de melhoramento de solo para situações de
reparação patológica podemos indicar:
As injecções de caldas As injecções de caldas

• injecções sua maioria de cimento a alta pressão, debaixo


dos elementos de fundação, criando desse modo um
elemento estrutural com uma maior área.
Jet-grouting
• consiste na injecção de caldas de cimento a pressões
elevadíssimas, misturando-se com o solo e as quais formam
uma pasta viscosa cuja cura é relativamente lenta.
Processos térmicos
• consistem no congelamento artificial do terreno.
63
Jet-grouting

FUNDAÇÕES
ELEMENTOS ESTRUTURAIS IV
FUNDAÇÕES

O reforço das fundações, é um processo que ao contrário dos processos de melhoramento


do solo, actua directamente sobre os elementos de fundação. Os processos de reforço são
variados, tendo diferentes configurações, metodologias e profundidades de actuação.
Desse modo, podemos dividir as técnicas de reforço em dois grandes grupos.
• os processos superficiais de reforço e os processos profundos de reforço.

Os processos de reforço superficiais, actuam directamente nas fundações, podendo os


elementos de fundação encontrar-se visíveis ou não. Intervêm nas fundações quer por
aumento da área contribuinte, quer por reforço das suas capacidades resistentes ou em
casos muito especiais através da substituição de todos os elementos de fundação.

Os processos de reforço profundos, da mesma forma que os processos superficiais,


podem implicar escavação do terreno ou não, e passam pela introdução de estacas ou
micro-estacas até a abertura de poços de refundação.

FUNDAÇÕES
64
ELEMENTOS ESTRUTURAIS IV
FUNDAÇÕES

REFORÇO DAS FUNDAÇÕES


Injecções
A injecção é uma técnica de melhoria das capacidades resistentes
dos terrenos, tendo por base a injecção no terreno de caldas de
cimento.
Esta técnica, consiste na introdução das caldas através de tubos de
injecção, os quais perfuram parte do elemento de fundação. Injecção de caldas nos elementos de fundação
através de perfurações feitas nestes, com
confinamento da injecção através de estacas.

Recalçamentos
O recalçamento é uma solução lógica quando a camada superficial
do solo de fundação se revela inadequada, correspondendo
praticamente a uma substituição do solo fraco por betão simples ou
armado.
Esta técnica pode enquadrar-se tanto nas soluções de reforço Recalçamento da fundação através da
superficiais como nas soluções profundas, dependendo da introdução de uma viga armada sob a fundação
existente
profundidade a que se localiza o solo firme.

FUNDAÇÕES
65
ELEMENTOS ESTRUTURAIS IV
FUNDAÇÕES

Ampliação da Área de Transmissão de Cargas


A necessidade de aplicação do processo de aumento da área de transmissão, pode
ter como origem dois factores.
• O desconhecimento das características do solo de fundação levando a erros de
dimensionamento logo na fase de projecto.
• Alteração das cargas actuantes no edifício, seja pela alteração do uso ou pela
alteração da configuração edifício, aumentando os valores de carga a degradar
pelos elementos de fundação para níveis por estes incomportáveis.
A técnica baseia-se num princípio simples, uma vez que a tensão é o quociente entre
a carga e a área, aumentando a área reduzimos a tensão.
Este método está associado a:
• Elevado grau de complexidade e risco
• Processo faseado e intercalado
• Ancoragem nas zonas de intervenção

FUNDAÇÕES
66
ELEMENTOS ESTRUTURAIS IV
FUNDAÇÕES

Micro-Estacas
O processo consiste na introdução por
perfuração de estacas com dimensões entre os
100 e os 300 mm, as quais podem ser
p e r f u r a d a s d i r e c t a m e n te a t r av é s d a s
fundações, fazendo desse modo a ligação
necessária à transmissão das cargas.
• Nas perfurações são injectadas caldas a Reforço de fundações
pressão ou por gravidade. com recurso a micro-
Reforço de fundações com
recurso a micro-estacas
estacas verticais e
• A sua aplicação pode ser na vertical ou diagonais em corte e
verticais em corte e em planta

inclinada (inclinações entre 5 e 15º) em planta

• A sua capacidade de sustentação é muito


variada (10 até as 100 toneladas)

FUNDAÇÕES
67
CONCLUSÃO
ASPECTOS ESTRUTURAIS DOS EDIFÍCIOS

• Para intervir em obras históricas exige-se uma pesquisa minuciosa e a definição de


critérios específicos a fim de se obter um resultado satisfatório em nível de partido
arquitetónico.
• No reforço e recuperação da estrutura propriamente dita é necessário obter
informações detalhadas por meio de projetos, na maioria inexistentes, ou por
investigação no local. Essa investigação pode ser feita por meio de uma inspeção visual
detalhada da estrutura, verificando o tipo de esquema estrutural, o sistema de ligação –
geometria e disposição – deslocamentos excessivos nos elementos estruturais,
corrosão, entre outros.
• Independentemente dos materiais estruturais utilizados, de acordo com PIZZI &.
GUEVARA (1997) as etapas de investigação da estrutura de uma edificação são as
seguintes: a) Relatório Dimensional b) Relatório de danos Estruturais c) Reavaliação das
degradações envolvidas d) estimativa de cálculo das ações mediante análise
computacional. Tais etapas de investigação permitem a elaboração de um projeto viável
sob o ponto de vista técnico, para recuperação dos elementos de uma estrutura.

ESTRUTURA | INTRODUÇÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


68
ASPECTOS ESTRUTURAIS DOS EDIFÍCIOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. http://www.slideshare.net/felipelimadacosta/a-alvenaria-estrutural-e-seu-desenvolvimento-histrico
2. OLIVEIRA, MM. Tecnologia da conservação e da restauração - materiais e estruturas: um roteiro de estudos
[online]. 4th. ed. rev. and enl. Salvador: EDUFBA, 2011.
3. TOMÁS, Andreia Jacinto. Conservação e Reabilitação de Estruturas Arqueadas- Proposta Metodológica de
Intervenção. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Arquitectura.
4. PIRES, Paulo Alexandre Morais. Teoria e Prática de Técnicas de Construção, Conservação E Restauro De
Edifícios Do Século XVIII: estudos sobre uma capela setecentista de Samodães (Lamego). Dissertação de
Mestrado em Engenharia Civil – Conservação e Restauro de Edifícios Históricos.
5. DE MACEDO, Kelly Alonso Costa. Cúpulas Históricas: Sistemas Construtivos, Patologias e Técnicas De Restauro.
6. GONÇALVES, Eduardo Albuquerque Buys. Estudo De Patologias e suas Causas Nas Estruturas De Concreto
Armado De Obras De Edificações. 2015
7. ROSAS, Lúcia Maria Cardoso. The Restoration of Historic Buildings Between 1835 and 1929: the Portuguese
Taste.
8. BORGES, Marcos Leopoldo; DE SÁLES, José Jairo. Recuperação Estrutural De Edificações Históricas Utilizando
Perfis Formados A Frio.
9. PINTO, João Pedro. Técnicas Tradicionais De Construção, Anomalias e Técnicas De Intervenção Em Fachadas E
Coberturas De Edifícios Antigos. Universidade de Trás-Os-Montes E Alto Douro, Tese De Mestrado De Engenharia
Civil, Guimarães.

ESTRUTURA | INTRODUÇÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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G R U P O I I I

OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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