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Câmara e Iluminação T2 Maria Conde

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Resumo da Matéria

Foi-me solicitado que elaborasse um resumo da matéria pertinente dada neste semestre.
Vou iniciar então com o tópico “Iluminação”. São várias as técnicas possíveis de iluminação,
para mostrar, fazer sobressair ou caracterizar um rosto, objeto ou ambiente.
Como sabemos existem vários tipos de iluminação, como a luz dura, que é essencialmente
gerada por luzes diretas e que por sua vez produz sombras densas e bem definidas.
Geralmente caracterizada pelo grande contraste que cria entre a luz e a sombra.
Existe também a luz difusa, ao contrário da luz dura ilumina áreas maioritariamente
grandes. Esta gera sombras suaves e transparentes.
Um outro tipo, é a luz refletida que tal como o nome indica, é uma iluminação não direta,
por assim dizer reflete os raios de luz numa superfície branca (esferovite, pano, etc).
Havendo estes diferentes tipos de luz também existem diferentes tipos de técnicas de
iluminação, como por exemplo a luz chave (key light), esta tem como função principal
distinguir a forma básica do objeto através de uma fonte de luz direcional.
De seguida, podemos utilizar uma contra luz, que ilumina por detrás do objeto de forma a
reforçar o contorno do mesmo e a distinguir a sua sombra.
Também existe a luz de preenchimento, esta é caracterizada por reduzir o grau de contraste
da sombra.
E finalmente, temos também a luz de fundo que serve para iluminar, como o nome indica, o
fundo ou a cenografia.
Falando da iluminação, falamos também de exposição, e das ferramentas necessárias. A
exposição é determinado pelo tempo de exposição e da iluminação no plano da imagem, para
definir a exposição podemos recorrer ao equipamento geralmente utilizado em fotografia
analógica nomeadamente um medidor de luz, ou por outras palavras, fotómetro, este
permite-nos criar um equilíbrio entre a captação que a câmara faz em relação ao plano de
imagem.
Para este tópico podemos utilizar três ferramentas para nos auxiliar o processo, primeiro
temos as zebras, esta é uma ferramenta que podemos encontrar nas câmaras de vídeo que
quando activada revela linhas coloridas sobrepostas na imagem real de forma a marcar a
posição dos brancos ou pretos subexpostos ou sobrexpostos.
A segunda ferramenta que podemos utilizar é o histograma, este é um diagrama gráfico que
nos exibe a distribuição dos pixels da imagem sobre o alcance possível do domínio do sinal
de vídeo, ou seja, quanto mais pixels caírem sobre um compartimento de valor específico,
maior será a sua coluna no histograma, desta forma podemos ter em atenção os altos valores
de brancos e pretos na imagem.
A terceira ferramenta que podemos utilizar, como já referi em cima, é o medidor de luz,
este pode fazer a leitura de luz refletida e de luz direta.
Vou-me distanciar ligeiramente mas não completamente do tema, vou falar da temperatura
de cor, e com isto refiro-me ao grau de cor. Ao amanhecer e ao anoitecer, as temperaturas de
cor são mais “quentes”, ou seja de baixa temperatura, quando analisado no espectro da
temperatura de luz podemos ver que é caracterizado por um tom alaranjado, por volta de
32000K. Ao meio-dia, a temperatura aumenta, obtendo uma luz mais “fria”, ou gradualmente
mais azulada, por volta dos 5600k. Em dias nublados, as temperaturas de cor são mais altas,
vendo no espectro já é caracterizada por uma cor azul, ou mais “frio”, encontra-se nos valores
por volta dos 8000K.
Por fim, neste tema, temos o White Balance, que é uma ferramenta utilizada para indicar à
câmara a forma correcta de reproduzir o branco, uma vez que o branco que vemos nem
sempre é o mesmo que a câmara reproduz.

Vou iniciar um novo tópico, os movimentos de câmara, o movimento de câmara é, como o


nome indica, a deslocação da mesma, este movimento poderá ser em qualquer sentido e/ou
direção, e também poderá ser sobre um eixo fixo ou deslocando-se de um local para outro.

Existem dois tipos de movimento de câmara, em primeiro lugar temos o movimento


panorâmico, é caracterizado pelo movimento da câmara sobre o seu próprio eixo, ou seja não
se desloca e poderá ser um movimento horizontal ou vertical.
Em segundo lugar, temos o travelling, este sim caracteriza-se pela deslocação da câmara no
espaço, durante o movimento a câmara pode manter ou variar a distância e angulo em relação
ao objeto filmado.
Dentro do travelling podemos também encontrar travelling lateral, em que a câmara se
desloca em paralelo ao objeto filmado, o travelling frontal, em que a câmara avança ou recua
em relação ao objeto filmado, o travelling vertical, em que a câmara se desloca ou para cima
ou para baixo, e por fim, o zoom in e out, que indica o movimento de aproximação ou de
distanciamento, respectivamente.
Para além de movimentos temos também vários tipos de planos, nomeadamente o plano
geral, que é o enquadramento em que a escala do objeto mostrado é muito pequena.
Temos também o plano médio, este enquadramento representa o objeto mostrado numa
escala mais moderada.
De seguida, podemos ter um plano americano, que geralmente é utilizado para fazer
avançar a ação narrativa, apresentando o sujeito desde a cabeça até à coxa.
Também é importante referir o plano de sequência, este é caracterizado por registrar uma
ação sem interrupções, cortes.
E por fim, podemos também utilizar o plano aberto, que na escala de enquadramento faz
parte dos planos descritivos, utilizado para estabelecer a localização do espaço-temporal da
ação narrativa, ou seja para situar uma personagem no cenário.

Para finalizar este trabalho gostaria de falar sobre o último tema, as distâncias focais e as
suas características. A distância focal é, juntamente com a abertura do diafragma, uma
característica vital para uma objetiva de uma câmara. Esta é determinada a partir de um dos
pontos nodais até aos focais, a distância é medida em milímetros. Quanto maior for a
distância focal, menor será o ângulo de visão da imagem e maior será a aproximação dos
objetos. Existem três tipos de distâncias focais: Curta focal; Focal média; Longa focal.
É possível controlar a profundidade de campo alterando a distância focal, alterando a
distância entre a câmara e o objeto, e/ou alterando a abertura do diafragma.

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