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09/06/2022

EUPS

• Equação Universal de Perdas de Solo


(EUPS)
– Modelo de predição mais conhecido e
utilizado
– W. H. Wischmeier & D. D. Smith (1978)
Equação Universal de Perdas de Solo • Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos
Disciplina: Levantamento, Aptidão, Manejo e Conservação do – Estima a perda média anual de solo
Solo
• A=RKLSCP
Prof. Dr. Marcos Sales Rodrigues

EUPS Parcelas padrão


• 10000 parcelas-padrão
– 3,5 m de largura x 22,13 m de comprimento
– 9% de declividade
– Solo nu
– Preparado no sentido do declive

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Parcelas padrão Parcelas não padrão

Parcelas padrão EUPS

A = R. K. L.S.C.P
A = perda de solo média anual (t ha-1 ano-1)
R = fator de erosividade da chuva (MJ mm ha-1 h-1)
K = fator de erodibilidade do solo (t ha-1/ MJ mm ha-
1 h-1)

L = fator de comprimento de encosta (adimensional)


S = fator de declividade de encosta (adimensional)
C = fator de uso e manejo do solo (adimensional)
P = fator de práticas conservacionistas
(adimensional)

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 = 3 mm

vt = 5 a 6 m s-1
Equação Universal de Perdas de
Salpico
Solo: Fator R

 = diâmetro da gota (mm) e v t = velocidade terminal.

Erosividade da chuva
• Expressa a capacidade de causar
erosão em uma área sem proteção. É a capacidade dos agentes de erosão
• EI30 = Energia cinética da chuva (E) e causarem o desalojamento e o transporte das
intensidade máxima ocorrida em partículas do solo
qualquer período de 30 minutos.
– Melhor forma de expressar o potencial da
chuva de causar erosão:
• Impacto das gotas de chuva
• Desagregação do solo
• Turbulência do escoamento
• Transporte das partículas

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EI30 = produto entre a energia


cinética (E) e a máxima intensidade
de chuva num intervalo de 30
minutos (I30).

I30 = máxima intensidade de uma


Ec = Energia cinética para cada mm de chuva (MJ mm-1 ha-1 h-1); chuva num intervalo de 30 minutos
I = intensidade de chuva (mm h-1) dentro do seu tempo de duração
(mm h-1)

PRECIPITAÇÃO ACUMULADA, P ( mm)


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Fonte da imagem: http://estacaometeorologicafctunesp.blogspot.com.br/2011/06/pluviografo.html e http://ojaizmet.blogspot.com.br/2011/11/la-estacion-


meteorologica-iii.html 7:30 11:00 14:00 16:10
TEMPO, t, (h e min)

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Quadro .... Procedimento para cálculo do EI30 ou potencial erosivo (R) de uma chuva. P acum. (mm)
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TEMPO P t P I Ec E
acumulada
para 1 mm de chuva -1 -1
h e min. mm min. mm mm/h MJ
MJ mm
ha h-1ha h 9

7:30 0
8
8:30 3
9:00 3 7
9:30 8
10:30 6
8,5
11:00 10
5
12:00 10,5
12:30 12 4
13:30 14
13:40 3
16
13:50 20
2
14:00 24
14:20 30 1
14:30 40
16:10 41 0 Tempo
7:30 11:00 14:00 16:10

Ec =0,119 + 0,0873 log (3) = 0,16065 Obtido com o Pluviógrafo


TEMPO P acumulada t P I Ec E TEMPO P acumulada t P I Ec E
mm min. mm mm/h (Ec P) mm min. mm mm/h (Ec P)
07:30 0 0 0 0 - 0,000 07:30 0 0 0 0 - 0,000
08:30 3 60 3 3 0,16065 0,482 08:30 3 60 3 3 0,16065 0,482
09:00 3 30 0 0 - 0,000 09:00 3 30 0 0 - 0,000
09:30 8 30 5 10 0,20630 1,032 09:30 8 30 5 10 0,20630 1,032
10:30 8,5 60 0,5 0,5 0,09272 0,046 10:30 8,5 60 0,5 0,5 0,09272 0,046
11:00 10 30 1,5 3 0,16065 0,241 11:00 10 30 1,5 3 0,16065 0,241
12:00 10,5 60 0,5 0,5 0,09272 0,046 12:00 10,5 60 0,5 0,5 0,09272 0,046
12:30 12 30 1,5 3 0,16065 0,241 12:30 12 30 1,5 3 0,16065 0,241
13:30 14 60 2 2 0,14528 0,291 13:30 14 60 2 2 0,14528 0,291
13:40 16 10 2 12 0,21321 0,426 13:40 16 10 2 12 0,21321 0,426
13:50 20 10 4 24 0,23949 0,958 13:50 20 10 4 24 0,23949 0,958
14:00 24 10 4 24 0,23949 0,958 14:00 24 10 4 24 0,23949 0,958
14:20 35 20 11 33 0,25157 2,767 14:20 35 20 11 33 0,25157 2,767
14:30 40 10 5 30 0,24795 1,240 14:30 40 10 5 30 0,24795 1,240
16:10 41 100 1 0,6 0,09963 0,100 R=E I30 16:10 41 100 1 0,6 0,09963 0,100
8,828 282,486

Variação do tempo em minutos I30 = ? 40-24 = 16 mm/30 min


8:30-7:30 = 60 min E = 8,828
3-0 = 3 mm I= (60x5)/30 = 10 mm/h
EI30 = 8,828 x 32 = 282,496 MJ mm ha-1 h-1 I30 = 32 mm/h
E = 0,16065 x 3 = 0,482 Variação da precipitação em mm

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É recomendável, o tanto quanto possível, a utilização


de informações de registros pluviográficos obtidos
num intervalo de tempo de 25 a 30 anos.
Precipitações menores que 10 mm de altura e com
n intervalo de interrupção superior a seis horas são

 (E I
omitidas dos cálculos de EI30, exceto se chover
R = 1/N i 30i) 5 mm num período de 15 minutos. Em termos
i=1 práticos adota-se a altura 10 mm como valor
limite para cálculo de EI30.

em que,
N = número de anos computados e;
n = número de chuvas erosivas nos N anos
computados.

Para chuvas com intensidade Distribuição em percentagem relativa da precipitação e


erosividade das chuvas para Manaus - AM
maior que 76,2 mm h-1

• Exemplo: intensidade da chuva de 90 mm h-1.


• E = 90 x [0,119 + 0,0873 log (76,2)]

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Distribuição em percentagem relativa da precipitação e


erosividade das chuvas para Mococa- SP

Fonte: Cantalice, J. R. B. et al. LINHAS ISOEROSIVAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO - 1ª


APROXIMAÇÃO. Caatinga (Mossoró,Brasil), v.22, n.2, p.75-80, abril/junho de 2009.

Erosividade da chuva no médio


São Francisco

3772 MJ mm/ha h ano


Equação Universal de Perdas de
Solo: Fator K
Disciplina: Manejo e Conservação do solo e da água
Prof. Dr. Marcos Sales Rodrigues

Lopes, P. R. C. e Brito, L. T. L. Erosividade da Chuva no Médio São Francisco. R. bras. Ci. Solo, Campinas, 17(1):129-133. 1993.

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Erodibilidade do solo (fator K) Erodibilidade do solo (fator K)


–Definição: Suscetibilidade • Fatores que afetam a erodibilidade
de um dado solo à erosão – Teores de óxidos de Fe e Al,
–Os solos diferem em termos – textura,
de suscetibilidade à – matéria orgânica (MO),
– estrutura,
desagregação e ao – umidade,
desalojamento das suas – ligações eletroquímicas,
partículas – estabilidade de agregados
– permeabilidade do solo

Erodibilidade do solo (fator K) Erodibilidade do solo (fator K)


• Solos com maior taxa de infiltração e • Solos mais erodíveis são aqueles com
M.O., bem estruturados e permeáveis altos teores de silte e areia fina
= maior resistência à ação erosiva das • TEXTURA → importante fator que afeta a
gotas da chuva e do fluxo de sua erodibilidade
enxurrada • As propriedades do solo são dinâmicas,
portanto, elas podem ser alteradas o
• Solos com texturas arenosa, franco- tempo todo
arenosa e franca são mais – Exemplo: com as práticas de preparo e cultivo
permeáveis intensivas há um decréscimo nos teores de
matéria orgânica do solo ou compactação
– Fator C

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Determinação da Erodibilidade do solo Determinação da Erodibilidade do solo

• O fator K tem sido obtido


• No Brasil, as pesquisas sobre experimentalmente, no Brasil, no
a determinação desse campo → método de Wischmeier e
parâmetro tiveram maior Smith (1978):
– em parcelas padrões: 22,13 m de
impulso a partir do final da comprimento e 9% de declive mantidas,
década de 70 permanentemente, descobertas por no
mínimo 2 anos e com preparo do solo
no sentido do declive

Determinação da Erodibilidade do solo Determinação da


Erodibilidade do solo
• EUPS→ as pesquisas intensificadas, • Método direto com chuva simulada ou
principalmente com o uso de simuladores artificial
de chuvas
• Método direto com chuva natural (25 a 30
anos)
– Correlação entre as perdas de solo (A) e os
valores de (EI30) = Erodibilidade do solo
– Parcela padrão = K = A/R
– Parcela não padrão = K = A/(R L S)

Fonte: Bertol et al. (2008)

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Determinação da
Erodibilidade do solo
• Métodos indiretos
– Wischmeier et al. (1971) :

M: é produto das percentagens de silte mais areia


muito fina pela soma das percentagens de areia >
0,1 mm e percentagens de silte mais areia muito fina;
MO: é o teor de matéria orgânica em %;
S e P: são a estrutura do solo e permeabilidade do
perfil do solo, respectivamente.

Nomograma de Wischmeier
Métodos indiretos propostos no Brasil

• Denardin (1990): Equação 1

– Al: é o teor de alumínio (%)


– PART: teor de partículas entre 2 e 0,5
mm (%)
– P: permeabilidade
– MO: Matéria orgânica

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Métodos indiretos propostos no Brasil

– M é o produto do “novo silte” (%) pela soma da “nova


areia” (%) com o “novo silte”(%);
– P é a permeabilidade;
– X27 é o diâmetro médio ponderado das partículas menores
que 2 mm, expresso em mm; e
– X32 é uma relação entre o teor de matéria orgânica (MO) e
o teor da “nova areia” determinada pelo método da pipeta
(X32 = MO x “nova areia” / 100).
– OBS: “novo silte” compreende as partículas com diâmetro
entre 0,1 e 0,002 mm e a “nova areia” as partículas com
diâmetro entre 2 e 0,1 mm determinadas pelo método da
pipeta

0.013

PART=%AMG + %AG
0.0122+ 0.01909 - 0.01788 - 0.00076

Fator k
0.013 t ha-1/ MJ mm ha-1 h-1

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% “Novo silte” = %Silte + %AMF


% “Nova Areia” = (%AF+ %AM+ %AG+ %AMG)

M = %“Novo silte” x (%“Novo silte” + % “Nova Areia”)

M = 1445.22

X3 = (%MO x %“Nova Areia”)/100


X2= [ (0,002 x %Argila) + ( 0,026 x %Silte) + ( 0,075 x %AMF) + (
0,175 x %AF) + (0,375 x AM) + (0,75 x AG)+(1,5 x AMG) ] / (%Argila
+ %Silte + %Areia) X3 = 0.6877

X2= [0.0884 + 0.494 + 0.5175 + 3.1325 + 3.7875 + 1.1 + 1.2] /100


X2= 0.103199

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Referências Bibliográficas
• Martins Filho, M. V. Equaçao
Universal de Perdas de Solo.
0.0204 Jaboticabal: Funep, 2004. 47 p.

0.010810+ 0.008961 - 0.006513 + 0.007149

Fator k
0.0204 t ha-1/ MJ mm ha-1 h-1

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