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Imprescindível empreendedorismo

Em todo o mundo, um em cada cinco habitantes com idade entre 15 e 24


anos está desempregado. São 88 milhões de pessoas, representando 40%
do total dos que buscam um emprego. Estes dados da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) são coerentes com a realidade do Brasil,
onde há 3,5 milhões de desempregados na faixa etária de 16 a 24 anos. Ou
seja, é preciso multiplicar empresas, transformando jovens em empresários
capazes de criar negócios de sucesso e, portanto, de contribuir para ampliar
as oportunidades das novas gerações. Afinal, ao empreender, o jovem deixa
de figurar nas estatísticas do desemprego e abre postos de trabalho para
outros. Dessa maneira, é fundamental estimular iniciativas como a do
Comitê dos Jovens Empreendedores (CJE) da Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (FIESP). Temos conferido grande apoio a esse grupo,
que realiza trabalho de alto nível, incluindo o incentivo à abertura de
empresas. Esta constatação já justifica, plenamente, o significado ímpar da
formação de jovens empresários e do desenvolvimento de sua capacidade
de administrar. Afinal, abrir as portas de novos negócios, bem como mantê-
los vivos, é tudo o que precisa um país emergente como o Brasil. Assim, é
relevante o trabalho do CJE da FIESP de elaborar este “Manual do Jovem
Empreendedor”, em parceria com outras áreas da entidade e o Sebrae-SP
e o apoio da FGVcenn e Caixa Econômica Federal. A publicação, muito bem
produzida, é clara, didática e orienta bem o empresário a abrir seu próprio
negócio. Demonstra os passos a serem seguidos, indica as melhores
práticas administrativas e esclarece aspectos jurídicos essenciais. Esta
iniciativa responde à necessidade do Brasil de contar com número cada vez
maior de empresários competentes, comprometidos com a ética e
conscientes de seu 10 | Manual do Jovem Empreendedor papel perante a
Nação. Quando estes valores somam-se à coragem e ao idealismo dos
jovens, ampliam-se muito as perspectivas da conquista da prosperidade. E
isto é imprescindível, pois as estatísticas positivas da melhoria do quadro
social brasileiro não podem ser infinitamente supridas por programas
assistencialistas. O desenvolvimento e a justiça na distribuição da renda
devem, necessariamente, advir do trabalho e do empreendedorismo.

Paulo Skaf
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP, do Instituto
Roberto Simonsen - IRS, do SESI e do SENAI de São Paulo

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