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LEVANTAMENTOS PRELIMINARES (adaptado de

Palmströn, 1995)
LEVANTAMENTO DETALHADO (adaptado de
Palmströn, 1995)
NATUREZA DOS PROBLEMAS GEOTÉCNICOS

 Natureza dos problemas de estabilidade:


- queda, deslizamento, rotação de blocos
- ruptura pela rocha
- ruptura combinada
- presença ou ausência de deformação

 Situação das escavações de mineração:


- condições limites de solicitação
- ruptura sistemática em diversos locais e ao longo do tempo

 Análise dos problemas de estabilidade:


- adoção de hipóteses muito simplificadas
NATUREZA DOS PROBLEMAS E ANÁLISE DE
ESTABILIDADE
RUPTURA POR DESLOCAMENTO DE BLOCOS,
SEM DEFORMAÇÃO
ESTUDO DE RUPTURA DO TALUDE GLOBAL,
CONSIDERAÇÃO DA DEFORMAÇÃO
CARACTERIZAÇÃO DAS DESCONTINUIDADES, ISRM (1981)
CARACTERIZAÇÃO DAS DESCONTINUIDADES
 Espaçamento: distância entre descontinuidades adjacentes

 Orientação: atitude da descontinuidade no espaço, medida com


bússola

 Persistência: extensão das descontinuidades

 Rugosidade: ondulação da superfície das descontinuidades

 Abertura: distância entre as paredes das descontinuidades

 Famílias: conjuntos de descontinuidades com orientação próxima

 Tamanho de bloco: bloco de rocha entre descontinuidades que se


interceptam
ORIENTAÇÃO DE CAMADAS
PERSISTÊNCIA DAS DESCONTINUIDADES
GRAU DE FRATURAMENTO DE UM MACIÇO
GRAU DE FRATURAMENTO DE UM MACIÇO

RQD (%) QUALIDADE DO MACIÇO ROCHOSO


0-25 MUITO FRACO
25-50 FRACO
50-75 RAZOÁVEL
75-90 BOM
90-100 EXCELENTE
GRAU DE FRATURAMENTO DE UM MACIÇO

SÍMBOLOS ESPAÇAMENTO (cm) DESIGNAÇÃO


F1 ›200 MUITO AFASTADAS

F2 60-200 AFASTADAS
F3 20-60 MEDIANAMENTE AFASTADAS
F4 6-20 PRÓXIMAS
F5 ‹6 MUITO PRÓXIMAS
DEFINIÇÃO DAS FAMÍLIAS DE
DESCONTINUIDADES

Para a representação das famílias é comum o


traçado de curvas de mesma freqüência de pólos
por unidade de área, obtendo-se assim o
diagrama de densidade de pólos.

Esses diagramas são obtidos através do método


clássico de utilização de células de contagem de
pólos que varrem a superfície esférica.
O número de pólos em cada uma destas
células é a densidade de pólos da célula. Esse
número é computado para cada célula,
obtendo-se a partir daí a freqüência relativa de
pólos em relação ao número total de pólos
representados.

Células de contagem de pólos com área


correspondente a 1% da área da superfície do
hemisfério têm sido utilizadas por diversos
autores para confecção de diagramas de
densidade.
As curvas de isocontorno de freqüência podem
então ser traçadas com a utilização de um
método de interpolação adequado.

Os diagramas de densidade fornecem uma idéia


de como os pólos se distribuem, apresentando
zonas com elevada concentração de pólos; estas
zonas correspondem às famílias de
descontinuidades.
DIAGRAMA DE PÓLOS
DIAGRAMA DE DENSIDADE
EFEITO DO VIÉS DE AMOSTRAGEM

O viés ou erro de amostragem ocorre, pois é muito comum a


ocorrência de amostragem não uniforme, já que as medições
de atitudes das descontinuidades são feitas em superfícies
planas ou testemunhos de sondagens.

Nessas condições, superfícies de descontinuidades paralelas


ou subparalelas ao plano de amostragem normalmente não
são bem amostradas relativamente às demais.
Em casos de amostragem não uniforme recomenda-se
introduzir correções nos diagramas de densidade. A correção
usualmente empregada consiste no estabelecimento de pesos
para os pólos, inversamente proporcionais à probabilidade de
dada atitude ser detectada na amostragem.

Terzaghi (1965) propôs uma correção na qual um peso é


aplicado aos dados de atitudes para compensar o erro de
amostragem. Quando medidas de atitudes são feitas, um erro é
introduzido em favor daquelas descontinuidades cujo ângulo
com a linha base (‘scanline’) ou com o plano de amostragem for
maior.
ANÁLISE CINEMÁTICA

A análise cinemática consiste na identificação dos


mecanismos de ruptura, feita a partir do estudo da
geometria das descontinuidades e do talude, com o
emprego de técnicas de projeção hemisférica.

Esta análise permite a definição de blocos


potencialmente instáveis que, dependendo da
resistência mecânica das descontinuidades que o
formam, podem se movimentar ao longo da face do
talude.
Hoek & Bray, 1981
MODELOS BÁSICOS DE RUPTURA
Hoek & Bray,
1981
Wyllie & Mah, 2007
TOMBAMENTO DE BLOCOS: DIRETO E OBLÍQUO (Hudson & Harrison, 1997)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Hoek E. & Bray J. W. (1981). Rock Slope Engineering. 3rd edition. Inst. of Mining and
Metallurgy, London, UK.

Hudson J. & Harrison J. (1997). Engineering Rock Mechanics – an introduction to the


principles, Pergamon, London, 458p.

ISRM (1981). Rock Characterization Testing and Monitoring. E. T. Brown. 211p.

Palmström A. (1995). RMi – a rock mass characterization system for rock engineering
purposes. PhD thesis. Oslo University, Norway. 400p.

Rocscience Inc., Dips Version 5.1 - Graphical and Statistical Analysis of Orientation Data.
www.rocscience.com, Toronto, Ontario, Canada, 2009.

Sjöberg J. (1999). Analysis of large scale rock slopes. Doctoral thesis. University of
Technology, Lulea, Sweden. 682p.

Wyllie D. C. & Mah C. W. (2007). Rock Slope Engineering – Civil and Mining. Spon Press.
431p.

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