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SUELAINE L. S. VIEIRA
ELIANE LEITE DE SOUZA
CARLOS K. B. FERRARI
SUELAINE L. S. VIEIRA
Graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT). Mestranda em Educação pelo IESA. Professora
da Rede Municipal de Água Boa (MT).
CARLOS K. B. FERRARI
Graduado em Ciências Biológicas, Mestre em Saúde Pública e Doutor em Nutrição em Saúde Pública pela
Universidade de São Paulo (USP). Autor de mais de 120 artigos cientificos em periódicos indexados.
RESUMO ABSTRACT
SUMÁRIO
INTRODUÇAO; 1 A REPRESENTAÇÃO DOS AFRODESCENTES E INDÍGENAS NOS LIVROS
DIDÁTICOS; 2 O PAPEL DO ESTADO BRASILEIRO E AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA
EDUCAÇÃO; 3 A ABORDAGEM ÉTNICO-RACIAL NAS ESCOLAS E O ACESSO À
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INTRODUÇÃO
Deste modo, é importante salientar que a discriminação racial não é apenas um legado do
passado dos povos negros e indígenas, mas continua e perpetua-se no presente como forma de
dominação social determinando o acesso ao trabalho, à educação, à renda e aos serviços de saúde e
assistência social (LIMA, 2009).
Deste modo, Florestan Fernandes (1965) já denunciava o mito da democracia racial no
Brasil, uma vez que nunca houve igualdade de condições entre negros e brancos e o racismo e
preconceitos estão enraizados na sociedade brasileira.
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Estudos a partir do final da década de 1970 têm mostrado que a discriminação étnico-racial é
também uma forma de divisão social do trabalho e do bem-estar, oferecendo aos brancos as
melhores oportunidades e aos afrodescendentes e “mestiços” as piores oportunidades de educação,
emprego, renda, lazer e saúde (HASENBALG, 1979; SILVA; HASENBALG, 1992; MARINHO et
al., 2011).
Deste modo, foi realizada uma revisão bibliográfica não sistemática, elaborando-se uma
discussão atual das relações étnico-raciais na educação e no ambiente escolar de acordo com quatro
campos de discussão: a representação dos negros e indígenas nos livros didáticos escolares, o papel
do Estado brasileiro nas relações étnico-raciais da educação, as abordagens étnico-raciais na escola
e ações efetivas na promoção da diversidade cultural e no combate ao racismo escolar.
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retratado como o velho contador de estórias, ou escravo e, em uma das lições, um menino é
ridicularizado por “sonhar” em ser médico (NEGRÃO, 1988). No mesmo trabalho, a autora destaca
que a maioria das obras após a década de 1960 ainda trazia a figura do negro como ser obediente,
filho de escravo ou empregado em funções subalternas (as domésticas eram sempre negras), embora
alguns livros já apresentassem o afrodescendente como cidadão brasileiro em condição de igualdade
frente às outras etnias (NEGRÃO, 1988).
Segundo Silva (2005), um livro didático editado ainda no final do período militar,
denominado “Caminho Certo” (1983), trazia um trecho visivelmente preconceituoso que afirmava
“...querem ver que o demônio do negrinho tornou a cair...? A mesma autora discutiu que tanto o
referido trecho do livro quanto a cantiga folclórica “boi da cara preta” devem ser modificados pelos
professores de modo a desconstruir esta imagem de mau associada aos afrodescendentes.
Somente com a redemocratização da sociedade, após o golpe militar de 1964-1985, e os
avanços na formação de um Brasil diverso e plural que os preconceitos começaram a diminuir nos
livros didáticos.
O Programa Nacional do Livro Didático-PNLD (BRASIL, 2000) deixava claro que os livros
não poderiam expressar preconceitos de origem, raça, sexo e muitos outros. Porém, alguns anos
depois Munanga (2005) ainda afirmava que “...os livros e outros materiais didáticos visuais e
audiovisuais carregam os mesmos conteúdos viciados, depreciativos e preconceituosos em relação
aos povos e culturas não oriundos do mundo ocidental.
Jorge (2014), que participou da construção do edital do PNLD em 2011, observou que os
livros a serem escolhidos deveriam ter uma imagem positiva da mulher, dos negros e dos povos
indígenas, além de abordar os direitos humanos, as relações de gênero, a cultura da justiça social, o
antirracismo e o combate à homofobia.
Apesar dos esforços na seleção de livros didáticos, os livros escolhidos pelo PNLD ainda
retratavam, em 2012-2013, o negro em posição subalterna na sociedade brasileira, de acordo com a
ideologia da classe dominante, praticante do racismo cordial, segundo Ferreira e Camargo (2014).
Bezerra et al. (2017) ressaltam que historicamente houve grande melhoria da representação
dos negros em livros didáticos. Porém, a autora e seus colaboradores enfatizam que, embora os
negros sejam representados em livros didáticos de inglês em igualdade numérica e nas mesmas
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condições socioeconômicas de brancos, sua apresentação em figuras e ilustrações foi menor que a
dos brancos.
Muller (2018) sistematizando como o negro vem sendo retratado nos livros didáticos chegou
às mesmas conclusões de Bezerra et al. (2017) e Camargo (2014), ou seja, a figura do negro está
sendo melhor representada nos livros didáticos, porém ainda ocorrem inúmeros estereótipos, além
da ausência de menção da participação da população negra brasileira e mundial na educação, na
ciência, nas artes, na filosofia, na literatura, no teatro, na televisão e em muitas outras atividades, o
que configura situação ainda muito distante do ideal de valorização da cultura negra.
De forma muito similar aos afrodescendentes, os indígenas também têm sido retratados
como figuras inferiorizadas e “incultas” que deveriam sofrer assimilação da cultura branca,
intelectual, e perder sua própria cultura e identidade (aculturação) (PIÑON; FUNARI, 2011). No
tocante a este aspecto, estudo avaliando como indígenas e negros foram retratados no livro “A fada
Brasiléia”, Silva et al. (2019) reportaram que da leitura do livro compreende-se que índios e negros
são inferiores e que a cultura e modo de vida do branco europeu é a única adequada e superior.
A representação dos indígenas em livros didáticos de História também é marcada pela
invisibilidade, falta de identidade, estereótipos, fragmentação e superficialidade, o que dificulta a
verdadeira compreensão da cultura, costumes e modo de vida dos povos indígenas, favorecendo o
desrespeito, o preconceito e a discriminação dos mesmos (SILVA; AMORIM, 2016).
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que se refere à mulher negra, o que precisa ser revisto pelas políticas públicas e ensinado à
comunidade escolar.
Após quase onze anos da redemocratização do país, com fortes movimentos sociais pela
educação de qualidade e apoio do congresso nacional é aprovada a LDB de 1996 (Lei 9.394/96) foi
a primeira a abordar a obrigatoriedade de tratar da temática “relações étnico-raciais na educação”. A
Lei 10.639/2003 altera e complementa a LDB incluindo a educação e valorização da cultura negra
no Brasil. Cinco anos mais tarde, a Lei 11.645 altera e as duas anteriores, complementando a
obrigatoriedade de incluir além do ensino e valorização da cultura africana, também a cultura
indígena.
Além da garantia de ensino das culturas negra e indígena, o Estado brasileiro também
garantiu reserva de metade das vagas das Instituições Federais de ensino médio e superior para
alunos de baixa renda, oriundos do ensino público (Lei 12.711 de 29/08/2012), tendo
proporcionalidade no preenchimento das vagas de cota para autodeclarados afrodescendentes,
indígenas e pessoas com deficiência (Lei 13.409 de 28 de Dezembro de 2016).
Ainda neste sentido, Gomes e Jesus (2013) observam que apesar das ações do Estado para a
superação do racismo na escola ainda sejam insuficientes, não é possível negar que em certas
regiões e municípios tem havido avanços neste sentido embora diversos contextos sejam marcados
pela descontinuidade ou lentidão da implementação da política de ensino da História e Cultura
Afro-brasileira.
Por fim, Rodrigues (2017) demonstrou claramente que, apesar dos avanços na tentativa de
construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e diversa, há uma evidente negligência por parte
do Estado brasileiro na efetiva construção e consolidação de ações visando o combate ao racismo, o
que favorece a perpetuação de ideologias racistas, bem como das desigualdades socioeconômicas.
Além disso, nas instituições de saúde pública podem ocorrer casos de racismo institucional
pelo preconceito aos portadores de anemia falciforme, desconhecimento sobre a doença pelas
equipes de saúde e ansiedade e depressão nos portadores da doença expostos a diversos tipos de
discriminações nos serviços de saúde (LAGES et al., 2017).
Todavia, numa análise Histórica da educação brasileira, Colares et al. (2021) ressaltam que a
aprovação das Leis de ensino da História e Cultura Afrobrasileira e indígena e das cotas nas
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um de seus pilares se sustenta na falácia de que brancos tem maior inteligência e, assim, a
meritocracia deve ser respeitada (CARONE; BENTO, 2003).
Em verdade, se forem feitas buscas rápidas na internet aparecerão predominantemente
notícias mostrando menor desempenho de cotistas em relação aos de ampla concorrência. Porém,
embora ainda haja poucos estudos sobre o tema, alguns estudos têm apontado menor rendimento
dos cotistas (QUEIROZ et al., 2015; DARIO; NUNES, 2017), mas outros estudos mostram
rendimento similar ou superior (PEIXOTO et al., 2016; SANTOS et al., 2017; WAINER;
MELGUIZO, 2018).
O estudo de Peixoto et al. (2016) mostrou que as diferenças entre cotistas e alunos de ampla
concorrência na UFU é complexa e multifacetada, mas de modo geral o desempenho dos alunos de
ampla concorrência é maior nos cursos de exatas e biológicas/saúde, cuja concorrência na seleção
foi mais elevada), apesar do maior desempenho dos alunos cotistas em cursos das áreas de artes e
humanidades.
O estudo de Dário e Nunes (2017) aponta menores notas e maior abandono por parte dos
cotistas autodeclarados negros, o que significa que, após o ingresso, a universidade e o Estado
precisam oferecer melhor estrutura a tais alunos que muitas vezes dependem de biblioteca,
microcomputadores, transporte e alimentação fornecidos pelo Estado, pois sua condição econômica
não permite dispor destes bens e serviços por seus próprios rendimentos.
Porém, o estudo de Mendes Junior (2013) na UERJ mostrou maior taxa de abandono de
cursos de graduação entre os não cotistas, comparados aos cotistas.
Mesmo que a temática esteja ausente ou escassa na formação docente, é importante construir
um ambiente escolar de combate ao racismo, desde a mais tenra idade. Isto significa que a
promoção de uma cultura da diversidade étnica e cultural e da inclusão deve ocorrer já na pré-escola
(VALENTE, 1995) e os conteúdos educativos devem enfatizar as diferenças étnicas, valorizando as
diferentes expressões que formam a expressão cultural do país (VALENTE, 1998).
Todavia, apesar dos avanços estudos recentes têm apontado falta de conhecimento por parte
de professores e educadores.
Apesar da promulgação de Leis de promoção da igualdade racial e étnica, como parte do
conteúdo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 09 de Dezembro de 1996
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(BRASIL, 1996) e das Leis 10.639 de 09 de Janeiro de 2003 (BRASIL, 2003) e 11.645, de 10 de
Março de 2008, que versam sobre as diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações
étnico-raciais e valorização das culturas negras e indígenas, um estudo cobrindo seis escolas de
quatro Estados da região Norte do Brasil revelou que baixíssima formação continuada sobre o tema
e altíssimo grau de senso-comum, improvisação e “boa vontade” na discussão e prática do tema em
sala de aula (COELHO; COELHO, 2013).
Dias (2012) considera quatro pontos cruciais para abordagem das relações étnico-raciais em
sala de aula. São eles:
• O educador precisa ter coragem para trabalhar este tema;
• O lúdico é importante no contexto das práticas com a diversidade étnico-racial;
• A ideia de diferença deve ser construída com a criança como algo positivo;
• A criança tem de ter elementos que colaborem na construção de sua identidade racial de
modo positivo, já que essa identidade não deve ser imposta a ela.
Conforme salientado por Cavalleiro (2005) e Dias (2012) as crianças negras que sofrem
discriminação na escola tendem a ter comportamento de enfrentamento, podendo apresentar maior
agressividade, sentimento de não pertencimento, vergonha ou mesmo apatia, sendo pouco
participativas.
Em seu estudo numa escola estadual de Parintins (AM), Souza et al. (2013) descreveram que
as mesmas discriminações sofridas pelos alunos afrodescendentes também são sentidas por alunos
indígenas que reclamam muito por sofrerem regularmente de bullying.
É importante ressaltar que mesmo numa escola quilombola, no município de Feira de
Santana (BA), embora metade dos alunos tenham se considerado negros, 25% afirmaram serem
morenos e não negros, 20% declararam-se como pardos de pele clara e 5% afirmaram serem
brancos (FERREIRA, BORGES; RODRIGUES, 2020). No mesmo estudo, os autores reportaram
que o racismo persiste nesta comunidade, uma vez que eram comuns os mecanismos de defesa a
ofensas racistas, bem como brincadeiras com este tipo de conteúdo discriminatório.
Conforme discutido anteriormente, embora Rodrigues (2017) tenha demonstrado que as
políticas públicas de Estado sobre a questão das relações étnico-raciais estejam ainda aquém do
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ideal, é importante ressaltar que a construção de um marco legal, anteriormente discutido neste
trabalho, tem-se refletido positivamente no cotidiano escolar, uma vez que cada vez mais os
professores percebem, refletem e praticam esta temática, assim como propõem atividades de
enfrentamento ao racismo, aceitação do diferente, pertencimento e valorização das etnias e culturas
que formam a nação brasileira, conforme estudo observacional numa escola de Educação de Jovens
e Adultos em Barra do Bugres, MT (FUKUI et al., 2019).
Do mesmo modo que foi discutido anteriormente a respeito dos afrodescendentes, os
indígenas também sofrem discriminação, preconceito e uma naturalização de que sua inserção na
sociedade brasileira e seu papel seriam também de subalternidade perante o branco (VIEIRA,
2009).
É importante salientar que ainda hoje tanto os alunos quanto os professores desconhecem
seus colegas indígenas, suas expectativas, anseios, saberes, formas e hábitos de vida (MILHOMEM,
2008). Segundo alguns autores, professores queixam-se de não ter recebido formação adequada para
ensinar e compreender os alunos indígenas (SANTOS; SERRÃO, 2017), assim como alunos
desconhecem e discriminam seus pares indígenas (VIEIRA, 2009).
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