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Segundo a socióloga Lourdes Bandeira, “ o feminicídio

representa a última etapa de um continuo de violência que leva à


morte. Seu caráter violento evidencia a predominância de relações
de gêneros hierárquicos e desiguais. Precedido por outros eventos,
tais como abusos físicos e psicológicos, que tentam submeter as
mulheres a uma lógica de dominação masculina e a um padrão
cultural de subordinação que se foi aprendido ao longo das
gerações". Visando isso digo que, apesar dos avanços na sociedade
brasileira, a mulher ainda está à mercê de um pensamento antigo e
hierárquico. O feminicídio tem como causa maior homens com
pensamentos de que a mulher deve ser submissa a eles. Portanto,
quando isso não acontece muitos deles optam pela violência, que se
agrava e pode levar a morte. A agressão é usada como forma de
impor dominância e autoridade, uma vez que, o sexo feminino é mais
frágil.
É perceptível a desigualdade de gênero desde a Grécia Antiga,
quando a mulher era posta como inferior ao homem. Naquela época
as mulheres não tinham voz na política de forma congruente com o
homem, eram vistas como um ser falho e defeituoso e consideradas
um erro. Ainda atualmente carregamos vestígios de um passado
medíocre, levando em consideração as 25,7 milhões de brasileiras
que já foram ameaçadas de morte por companheiros ou ex
companheiros segundo o G1. Visto isso é nítido a desigualdade de
gênero no Brasil.
São vários os fatores que caracteriza um feminicídio. De acordo
com o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais “Para se
enquadrar o assassinato de uma mulher como crime de feminicídio,
é necessário que o autor tenha cometido o ato em razão de violência
doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de
mulher”. Sendo assim, é possível diferenciar homicídio de feminicídio,
já que os dois vocábulos designam crimes contra a vida. O feminicídio
é reconhecer, que mulheres estão sendo mortas pela razão de serem
mulheres, enquanto homicídio é o ato de matar uma pessoa
independente de seu gênero.

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