Mama feminina

Definição
A mama feminina é um órgão excretor que contém
glândulas mamárias para a produção de leite, que irá nutrir
os recém-nascidos
Sintetiza, secreta e ejeta o leite → ação de hormônios
diferentes (período pós-parto)

OBS: reflexo de ejeção do leite → leite materno é secretado na
boca do bebê e não sugado
Palavra mama vem do latim “mamma” que origina também a
palavra mamífero
Glândula Mamária
Classificação → são glândulas sudoríparas apócrinas
modificadas (sem cápsula e sem bainha)
OBS: glândulas apócrinas eliminam uma porção da célula em
sua secreção
A mama é FIXADA, por tecido conjuntivo frouxo, à fáscia
peitoral e às fáscias adjacentes (fáscias da axila).
2/3 do leito são formados pela fáscia peitoral sobre o
músculo peitoral maior
1/3 pela fáscia que cobre o músculo serrátil anterior
(processo axilar da mama)
ESPAÇO RETROMAMÁRIO
Entre a mama e a fáscia peitoral (m. peitoral maior)
Plano de tecido conjuntivo frouxo ou espaço potencial
Permite algum grau de movimento sobre a fáscia
peitoral (pouco gordura)

Descrições
São as estruturas superficiais mais proeminentes na parede
anterior do tórax
Projeção hemisférica → variam em tamanho, formato e
simetria
Faces superiores achatadas não mostram demarcação
nítida da face anterior do tórax
Margens laterais e inferiores são bem definidas
Assemelha-se a um cone mais arredondado na sua metade
inferior

Localização
Anatomia de Superfície
As mamas são encontradas na parede anterior do tórax
As glândulas mamárias estão localizadas na tela
subcutânea, sobre os músculos peitorais
Mama adulta estende-se da 2ª a 6ª costelas, ao longo da
linha medioclavicular
Na parte mais proeminente da mama está a papila mamária
Não tem gordura, pelos nem glândula sudorípara
Formada por fibras musculares lisas circulares →
comprimem os ductos lactíferos durante a lactação e
causa ereção em resposta á estimulações
Circundada pela aréola → área cutânea pigmentada
circular

Ptose da mama → com o tempo e por influência de fatores

genéticos, a mama vai caindo; quando a aréola fica inferior ao
sulco inframamário é um grau maior de ptose

O tamanho e o formato da mama são determinados, em

parte, por fatores genéticos, étnicos e alimentares

Situa-se diretamente à frente dos músculos:

Peitoral maior
Serrátil anterior
Oblíquo externo
Reto do abdome
 GLÂNDULAS AREOLARES
Pequenas elevações pontuais na superfície da aréola
Glândulas sudoríparas e sebáceas (glândulas de
Montgomery)
Mantém a aréola e o mamilo lubricado e protegido
Durante a amamentação, ficam mais proeminentes
Os lobos são separados por bandas fibrosas (ligamentos
suspensores da mama – de Cooper; estrutura de
sustentação dos lobos e lóbulos)
A glândula é composta por 10 a 20 lobos mamários
secretores (parênquima mamário)

Morfologia interna
A gordura ao redor do tecido glandular determina o
tamanho das mamas não lactantes (pré-glandular e pós-
glandular)
QUADRANTES MAMÁRIOS
Superior Lateral
Superior Medial
Inferior Medial
Inferior Lateral

A porcentagem trata-se da distribuição dos tumores

malignos por quadrantes da mama; indicam a frequência
da localização; aréola é 10%

OBS: em uma palpação de mama, faz-se por quadrantes para

a localização de cistos e tumores

Composição básica
As mamas são formadas por:
Tecido glandular → produtor de leite
Tecido fibroso de sustentação (estroma)
Matriz adiposa (gordura) → envolve toda a mama
Vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos
Lobos mamários são formados por lóbulos mamários (0,5
mm de diâmetro)
LÓBULO MAMÁRIO
Unidade secretora da mama
Formado por ácinos
Cada lóbulo mamário drena em um ducto terminal
ULDT → unidade lobular do ducto terminal

OBS: essencial no exame histopatológico; geralmente é o local

de início do tumor maligno

DUCTOS LACTÍFEROS → convergem para a papila

mamária, na qual possui fissuras (drenagem)
SEIO LACTÍFERO → parte dilatada do ducto lactífero
(próximo à aréola)
Tamanho varia dependendo se está amamentando ou
não

OBS: em uma mamografia, observa-se o tecido fibroglandular Ácino  lóbulo  ducto terminal  seio lactífero  papila
e o tecido adiposo mamária
 Morfologia interna e externa
As extremidades das papilas mamilares são fissuradas e os
ductos lactíferos abrem-se nelas
As papilas possuem fibras musculares lisas circulares que
comprimem os ductos lactíferos durante a lactação e
causam a ereção das papilas em resposta à estimulação

Relação morfofuncional
Mamas são estruturas dinâmicas:
A sua anatomia muda dependendo da idade da
mulher, fase do ciclo menstrual e status reprodutivo
Durante a gravidez, há a formação de novos tecidos
gandulares, o que aumenta o volume da mama
Pré-menstruação, a progesterona age inchando a
mama, com o acúmulo de líquidos
Após a menarca, ocorre o desenvolvimento da mama em
resposta ao estímulo dos hormônios sexuais →
principalmente estrogênio
É marcado pelo crescimento do estroma fibroso e pela
proliferação do tecido glandular, e principalmente por
aumento da deposição de gordura (volume mamário)

As glândulas são ativas na mulher adulta após o parto

(período puerperal)
PROLACTINA → estimula a produção de leite pela glândula
OCITOCINA → estimula a ejeção do leite através do mamilo
(ação sobre as células mioepiteliais da região)

Vascularização
RAMOS MAMÁRIOS MEDIAIS → são ramos dos rr.
perfurantes; ramos da a. torácica interna; ramo da a.
subclávia
RAMOS MAMÁRIOS LATERAIS → são ramos da a. torácica
Histologia – Lóbulos e Ácinos mamários lateral; ramo da a. axilar; ramo da a. subclávia
Drenagem é feita principalmente para v. axilar
V. torácica interna drena para a v. braquiocefálica

A. intercostal posterior
→ parte lateral da mama
V. intercostal posterior
→ drena a parte lateral
para o sistema ázigos

Células epiteliais (células alveolares) → secretoras do leite

Células mioepiteliais → auxilia a ejeção do leite

OBS: análise histopatológica observa-se essas células

 OBS: sistema linfático dissemina mais facilmente os tumores
pelo maior calibre de seus vasos; drenagem para a v. subclávia;
pulmão e coração são os mais acometidos de metástases

Parte da linfa remanescente, (quadrantes mediais) drena

para os linfonodos paraesternais ou para a mama oposta
Quadrantes inferiores → flui para os linfonodos abdominais
(linfonodos subdiafragmáticos)
A maior parte da linfa (>75%), sobretudo dos quadrantes
laterais da mama, drena para os linfonodos axilares (30 a
60)
A linfa passa da papila, da aréola e dos lóbulos da glândula
mamária para o plexo linfático subareolar

Inervação
2º ao 6º nn. intercostais (rr. mamários laterais e mediais)
Os ramos do plexo cervical (nn. supraclaviculares) também
suprem a parte superior da mama

A linfa dos linfonodos axilares drena para os linfonodos

claviculares (infraclaviculares e supraclaviculares) e depois
para o tronco linfático subclávio (que também drena a linfa
do membro superior).
A linfa dos linfonodos paraesternais entra nos troncos
linfáticos broncomediastinais (que também drena linfa das
vísceras torácicas)

OBS: alguma drenagem da mama pode ocorrer através dos

Drenagem linfática linfonodos intercostais (drenam para o ducto torácico ou para
os troncos broncomediastinais)
Carcinomas mamários tendem a se espalhar pelos vasos
linfáticos, criando depósitos metastáticos em partes do
corpo distantes
 O discreto aumento temporário das mamas masculinas é
normal (frequência = 70%) na puberdade (10 a 12 anos de
idade) → gordura, não é glandular
A hipertrofia da mama em homens após a puberdade
(ginecomastia) é relativamente rara (<1%)

OBS: cada nível de linfonodo têm um envolvimento metastático;

quanto maior o nível, pior o prognóstico da doença

LINFONODO SENTINELA → o primeiro linfonodo que

recebe linfa, proveniente do tumor primário (por via
linfogênica); marcação para descobrir possíveis
disseminações do tumor

Linfadenectomia sentinela → remoção dos linfonodos

sentinelas
Ele será identificado, removido e microscopicamente
examinado, para detectar células tumorais

Se o linfonodo-sentinela não apresentar células tumorais, o

restante dos linfonodos axilares, em geral, também será
negativo (bom prognóstico; sem disseminação)
A pesquisa do linfonodo sentinela está indicada para
detecção de metástase linfonodal oculta em pacientes sem
evidência de doença avançada, sendo este achado
importante para definição da conduta terapêutica futura

Mama masculina
Nos homens são rudimentares e não funcionais
Formadas apenas por alguns pequenos ductos ou cordões
epiteliais
A gordura presente em mamas masculinas não difere da
tela subcutânea
Normalmente não há desenvolvimento do sistema
glandular