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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – SÃO PAULO

DISC.: ESTRUTURAS ESPECIAIS 3EX2285_2ºsemestre_2018


Professor Esp.: Valmik Celeste Alvarado

VIGA_PROTENDIDA_MODELO_01_ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO

No modelo apresentado a seguir serão abordadas as análises iniciais geométricas, bem como, as
análises de carregamentos atuantes no ato de protensão e no tempo infinito de trabalho da
estrutura, visando determinar as forças máximas e mínimas de protensão em cada etapa, de
maneira que os E.L.U e E.L.S sejam devidamente atendidos, possibilitando assim, determinar
com base no tipo de cordoalha adotada uma área de aço ideal que atenda ambas as etapas e
estados limites analisados.

A viga modelo analisada será utilizada como uma longarina de ponte rodoviária, que foi
protendida com pós-tração, se utilizando de cordoalhas “aderentes ou engraxadas” do tipo
CP_210RB. A longarina recebe uma carga permanente devido ao peso próprio “𝐐𝐏,𝐠𝟏 ”=
65,25KN/m, uma carga permanente devido à existência de um tabuleiro “𝐐𝐏,𝐠𝟐, ”= 42KN/m, e uma
carga variável devido as ações acidentais “𝐒𝐐,𝐪𝟏, ”= 56,75KN/m. A longarina será utilizada em um
ambiente com classe de agressividade ambiental CAA III, classificada assim como protensão
“Limitada” com concreto protendido nível 2, devendo para esta categoria ser verificada os
𝐄. 𝐋. 𝐒_𝐃𝐚 por meio das combinações de carregamento quase permanente “CQP”, o E.L.S_F por
meio das combinações de carregamento frequentes “CF”, bem como, faz-se necessário verificar
os E.L.S_CE para cada combinação, respeitando os limites da estrutura apontados no E.L.U _Ato
de Protensão conforme os prescritos de norma.

A estrutura utilizará um concreto do tipo CP_III de Fck= 65MPa, e será protendida no canteiro de
obras após 240h de sua concretagem, esta etapa pode ser denominada como “Fase_1” na qual
ocorre o ato de protensão, onde as forças de protensão aplicadas são as máximas e as perdas
tendem a zero, e o único carregamento atuante é o de peso próprio da estrutura, entretanto, a
longarina só será colocada sobre os pilares após 28 dias, onde receberá o tabuleiro e
posteriormente estará sujeita as ações variáveis conforme previsto, esta etapa pode ser
denominada “Fase_2” na qual todas as ações estão atuantes na estrutura e as perdas já tendem
ao máximo previsto para o tempo infinito. A longarina possui “50m” de vão livre efetivo e estará
apoiada em suas extremidades sobre os consolos dos pilares, trabalhando assim como uma viga
“Bi_apoiada”, e possui estimativas de perdas de protensão para o tempo infinito na ordem de 22%
com protensão aderente, e 34% para protensão não aderente “Cordoalhas Engraxadas”. Com
base nas informações preliminares, determine a área de aço de protensão pelo método dos
estados limites.
VIGA_MODELO_ANALISADA
ANÁLISE DOS PARÂMETROS GEOMÉTRICOS

1. ANÁLISE DO CENTRO DE GRAVIDADE DA VIGA MODELO

Para determinação do “CG” da viga é preciso subdividir a seção principal em geometrias


conhecidas, determinar o “CG” de cada geometria conhecida e posteriormente traçar a distancia
deste “CG” conhecido até a cota adotada como (0,0), logo.

O cálculo do “CG” pode ser obtido pela aplicação da seguinte equação geral.

𝑦1 .𝐴1 + 𝑦2 .𝐴2+ 𝑦𝑛 .𝐴𝑛


CG= ,
∑(𝐴1 + 𝐴2 + 𝐴𝑛 )

 (y) é a distancia do plano (0,0) até o “CG” da geometria conhecida;


 (A)= é a área da geometria conhecida.

2. ANÁLISE DA INÉRCIA 𝐈 𝐱 DA VIGA MODELO

Para determinação da inércia 𝐈 𝐱 é preciso traçar a distancia do “CG” da seção bruta até o “CG”
de cada geometria conhecida. Uma vez conhecida às distancias do “CG” da seção bruta até o
“CG” de cada geometria conhecida, é possível determinar a Ix da estrutura calculando as inércias
parciais de cada geometria em relação ao “CG” da seção bruta, desta maneira a inércia da
estrutura será definida pela somatória de todas as inércias parciais calculadas de forma
separada, conforme demonstrado na seguinte expressão.

𝐈𝐱 = ∑( 𝐈𝒙𝟏 + 𝑨𝟏 . 𝒚𝟏 𝟐 + 𝐈𝒙𝟐 + 𝑨𝟐 . 𝒚𝟐 𝟐 + 𝐈𝒙𝒏 + 𝑨𝒏 . 𝒚𝒏 𝟐 )

3. MÓDULO DE RESISTÊNCIA A FLEXÃO “ω” DA VIGA MODELO

O módulo de resistência à flexão ω pode ser obtido pela relação da Inércia da seção transversal

e seu (𝑦𝑖 , 𝑦𝑠 ), onde 𝑦𝑖 é a distância do plano 0,0 da seção transversal até o “CG” da viga, e o 𝑦𝑠 é
a diferença entre o “H” total da estrutura e o 𝑦𝑖 . Com base nesta divisão é possível definir o valor
do módulo de resistência à flexão inferior e superior da longarina, conforme demonstrado a
seguir.

I Ix Ix
ω= ; ωi = ; ωs =
y(i;s) yi ys
4. ANÁLISE DO “NCI_NÚCLEO_CENTRAL_DE_INÉRCIA” DA VIGA MODELO

Quando exploramos o núcleo central de inércia de uma seção qualquer em relação às forças de
protensão aplicadas dentro dos limites de sua região, podemos dizer que, qualquer força aplicada
dentro desta região condicionará a estrutura apenas a esforços de compressão. Uma possível
hipótese de cálculo de protensão abordada neste modelo explora os limites do “NCI”, delimitados
pelo raio resistente superior 𝐾𝑠 e inferior 𝐾𝑖 , adotando a excentricidade de aplicação da força de
protensão em “ep= 𝐊 𝐢 ”, desta maneira as tensões superiores devido à força de protensão serão
nulas, enquanto as tensões inferiores devido à protensão serão máximas.

Os limites do “NCI” podem ser obtidos pela relação do módulo de resistência à flexão e a área da
seção transversal, conforme demonstrado a seguir.

𝛚𝐢 𝛚𝐬
𝑲𝒔 = ; 𝑲𝒊 =
𝑨𝒄 𝑨𝒄

5. ANÁLISE DAS TENSÕES INICIAIS DEVIDO AOS CARREGAMENTOS

Foi considerada para este modelo uma viga Bi_apoiada, um vão livre efetivo de 50m e os
seguintes carregamentos.
“𝐐𝐏,𝐠𝟏 ”= 65,25KN/m, (Devido ao peso próprio da viga);
“𝐐𝐏,𝐠𝟐, ”= 42,00KN/m, (Devido ao peso próprio do tabuleiro acima da viga);
“𝐒𝐐,𝐪𝟏, ”= 56,75KN/m, (Devido as cargas acidentais).

Com base nos carregamentos, no vão efetivo da longarina e nos módulos de resistência à flexão
da viga, é possível definir as tensões por meio da relação entre o momento fletor atuante e o
módulo de resistência à flexão, desta forma é possível determinar as tensões superiores e
inferiores devido a cada carregamento, bem como, é possível definir uma variável de protensão
(N) que possa ser delimitada em função das combinações que se fazem necessária para o
modelo de protensão.

6. ANÁLISE DA RESISTÊNCIA DO CONCRETO EM 240h

A longarina abordada nestas análises foi protendida em idade inferior aos 28 dias, se fazendo
necessário determinar a resistência Fckj do concreto utilizado, a qual pode ser obtida por meio
das considerações prescritas na NBR_6118/14 item 12.3.3 alínea b), de acordo com a seguinte
expressão.

Fckj= 𝓮{𝒔[𝟏− √𝟐𝟖/𝒕]} .Fck=


Onde:
S= 0,38 – Para concreto de cimento CPIII e CPIV;
S= 0,25 – Para concreto de cimento CPI e CPII;
S= 0,20 – Para concreto de cimento CPV-ARI;
t= É a idade do concreto expresso em dias.

7. ANÁLISE DOS RESULTADOS PRELIMINARES

Ao analisar alguns parâmetros da longarina, tais como, geometria, carregamentos, protensão e o


material utilizado na viga, foi possível obter alguns parâmetros que servem de base para as
análises das fases (1 ; 2) da viga protendida, dados estes que podem ser resumidos à seguir.

v Parâmetros geométricos Tensões superiores Tensões inferiores

Ac= ? 𝐜𝐦𝟐 ; ?𝐊𝐍 ?𝐊𝐍


Ϭ𝒔𝒈𝟏,𝒌 = 𝐜𝐦𝟐 Ϭ𝒊𝒈𝟏,𝒌 = 𝐜𝐦𝟐
CG= ?cm;
?𝐊𝐍 ?𝐊𝐍
𝐈𝒙 = ? 𝒄𝒎𝟒 ; Ϭ𝒔𝒈𝟐,𝒌 = 𝐜𝐦𝟐 Ϭ𝒊𝒈𝟐,𝒌 = 𝐜𝐦𝟐
𝛚𝐢 = ? 𝒄𝒎𝟑 ; ?𝐊𝐍 ?𝐊𝐍
Ϭ𝒔𝒒𝟏,𝒌 = 𝐜𝐦𝟐 Ϭ𝒊𝒒𝟏,𝒌 = 𝐜𝐦𝟐
𝛚𝐬 = ? 𝒄𝒎𝟑 ;
𝑲𝒔 = ?cm; Parâmetros do Tensões de Protensão
Concreto.
𝑲𝒊 = ?cm;
Ϭ𝒔 𝑷,𝒌 = ?
Fck= 65Mpa;
ep= ?cm;
Fckj= ?Mpa. Ϭ𝒊 𝑷,𝒌 = ?

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