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Introdução

Hobbes apresenta a obra


falando sobre a vontade do homem,
assim como a natureza, criar vida,
ou seja, um homem artificial. Essa
vontade se expressa nos
autômatos, que réplica os
comportamentos de se mover e
funciona buscando imitar a vida.
Ora, o homem natural também
funciona como um autômato, possui
articulações como engrenagens,
nervos e músculos como molas e
etc.
Apartir disso, o autor observa
que pela arte se cria o Leviatã, ou
Estado. Esse possui suas funções
tal qual o homem, juizes e
executivos como juntas, a riqueza
como a força, a guerra civil sendo
sua morte e afins. Tal qual as
funções que o ser humano
desempenha para sobreviver o
Estado precisa das suas próprias.
Para analisar o Leviatã o autor
avaliará:
1. Sua matéria e seu Artifice (criador),
o homem;
2. Como e de que maneira ele é feito,
quais são os direitos e justo poder
de um soberano, e o que lhe
agrega ou não;
3. O que é um Estado Cristão;
4. O que é o Reino das Trevas.

Através da investigação
profunda da natureza humana o
autor concluirá como um líder deve
agir para com o seu povo,
compreender seus medos e
anseios e utilizar desse
conhecimento.
DO HOMEM
ParteI
O autor faz uma narrativa estruturada
numa forma evolutiva. É muito
interessante o paralelo que ele faz do
homem e o estado, com esse
paralelo vai definindo e delimitando
as características sempre com um
capítulo embasando um conceito e o
próximo utilizando dessa base para
introduzir outro. Do sentido vem a
imaginação da imaginação o
pensamento e sensação,
pensamentos coordenados levam ao
raciocínio e a razão, uma ordem
quase que cronológica até chegar ao
discurso político e assim a natureza
do homem político em sua glória que
seria o próprio Leviatã.

Capítulo I
Se tratando das sensações,
sendo em sonho ou realidade não é
possível confiar totalmente nelas.
Essas são limitadas ao passo que
dependem não só do receptor o
homem, mas de um objeto externo
que influencie nossa percepção, no
texto descrita como pressão que é
exercida em nossos órgãos. De tal
modo que a sensação é uma ilusão
originária.

Capítulo II
Maquiavel no próximo capítulo
fala acerca dos sonhos, os sentidos
e como o momento de vigília e o de
descanso podem se cruzar quando
não se percebe que adormeceu. O
autor implica q até algumas visões
podem ser frutos de sonhos lúcidos
que não foram percebidos q se
estava sonhando.

Capítulo III
Sobre o discurso mental, ou
seja, cadeia de pensamentos que
se seguem. O autor diz que assim
como na imaginação
a origem dela se dá nas vivências e
sensações que percebemos, o
mesmo acontece ao fluxo de
pensamentos. Continuo ou não, ele
só existe se previamente possui
fundamentos para tal. Tal qual a
superfície de um lago que foi
atingida por uma pedra, quando há
uma onda de pensamento outros se
seguem gerando coerência e um
movimento continuos de
pensamentos. Não há explicação
para no entanto as ramificações de
pensamentos, apenas q um
pensamento se origina apartir de
outro, não importando o seu curso.
Lei da causalidade. No entanto
essa cadeia de pensamento possui
dois cursos:
Ÿ Pensament Livre: sem designeo e
inconstante, apenas traçando
pensamentos a linhas livres sem
nada que o guie. Nesse caso o
pensamento vagueia sendo
impertinentes uns aos
outros.
Ÿ Pensamento constante: é mais
regulada pois possui desejo ou
intento de de chegar a algum lugar
através do ato de pensar. Um
pensamento concentrado e
ambicioso que busca uma meta.
Esse pensamento no entanto se
divide em duas causas: uma que é
regulada pela imaginação e desejo
simples (sobrevivência); e a outra
possui caráter especulativo ao qual
o homem tenta imaginar todos os
cenários da coisa sem se incluir
necessariamente (capacidade
exclusiva do homem).
Os pensamentos do homem por
mais que alcancem um grau de
providência beirando a adivinhação,
pelo fato de se observar o evento e
deduzir corretamente seu fim,
possui suas próprias limitações.
Exemplo quando denominamos a
infinidade de algo, não é
necessariamente porque aquele
algo é infinito, mas a mente
humana não consegue observar ou
compreender a magnitude daquele
evento, sendo mais concebível
considerá-lo sem fim.
Capítulo IV

O texto fala da linguagem e da


importância dela e da criação das
letras a perpetuação do raciocínio
humano. Possui caráter religioso
forte esse capítulo
citando sempre as Escrituras como
base de seu raciocínio. De que
Deus ensinou a Adão os nomes dos
primeiros animais q via e apartir
disso Adão evoluiu e aprimorou as

palavras e intuito, mas que essa


evolução linguística primitiva foi

perdida na queda da torre de Babel,


insolência humana para com o
divino.
O uso geral da linguagem é
passar o discurso mental para o
verbal numa
cadeia de palavras. Com isso se
tem duas utilidades, lembrar sobre
cada pensamento ou objeto e
significar ele. Com essa
significação surge duas outras
funções: a de saber a intenção do
outro e seus pensamentos e o de
brincar com as palavras, divertir-se
com elas.
Também se faz o mau uso da
linguagem e isso é um erro sem
igual.

Capítulo V
Nesse capítulo trata a razão e a
ciência como uma lei de
causalidade. Ou seja, a
Racionalidade surge apartir do
momento que você observa uma
adição de elementos que resulta
em um outro ou a subtração de um
certo elemento que transforma o
resultado em outra definição. É
dessa observação contínua que se
faz basicamente toda ciência, e é
claro da dedução acertiva do
fenômeno observado.
Exemplo: A + B é sempre = C, mas
se um elemento y for adicionado
então será, A + B será C se não
houver interferência de y. Lógico
que dentro de uma análise
geralmente há mais elementos e
situações do que A, B, C e y, mas
apartir dessa observação empírica
simples pode-se tirar conclusões

elaboradas.
Porém esse raciocínio é
passível de erro e pode (precisa)
ser contestado, não é só por que
um homem sábio ou um coletivo de
homens aprovou aquele raciocínio
que ele não possa ser falacioso.
Esse problema se perpétua
apartir do momento que se confia
cegamente a competência do outro,
tal qual a leitura de um livro sem a
consulta de suas
definições e revisões de seus
conceitos ou ao pagar uma conta
olhando apenas ao total. Ou
mesmo, confiar cegamente na

operação sem usar do raciocínio


para testar sua própria tese.
Muito interessante, saindo um
pouco da análise de conteúdo, o
trecho a seguir Hobbes expressa
que o homem livre, livre árbitro e a
ideia de liberdade sem impeditivos,
não é errada e sim absurda (pior)
ou seja, não pode ser considerada
nem um pensamento relevante de
tão inconcebível, mostra muito
claramente o caráter absolutista do
Autor e antecipa sua tese de que o
homem que vive em sociedade não
é livre e se o fosse deixaria
de ser homem para ser
selvagem(Eh mole!).
O diferencial, que foi dito na
aula do
dia 14 de março, se refere a
capacidade do homem de formular
o absurdo, absurdo esse pode ser
gerado pela falta do método
racional, definições falaciosas ou
metafóricas, uso impróprio dos
sentidos e definições impróprias
(dar a causas externas nomes que
se referem ao interno, o som está
no ar, a cor está no corpo) e uso de
palavras escolásticas que não
possuem significância ou propósito.
Esses termos para Hobbes quando
atribuídos ao "cálculo" (explicação
explicação método a+b) gera
absurdos, uma falsa lógica.
Capítulo VI
Ÿ Desejo: vem do latim como intendo
de demonstrar a vontade de
proximidade. Pode ser como apetite,
ambição, e afins, geralmente
expressa a ausência de proximidade
do objeto e vontade de possuí-lo.
Aquilo que agrada.
Ÿ Aversão: também um termo latino,
mas demonstra desagrado, vontade
de afastar-se de certa coisa. Vontade
contrária contrária desejo,
geralmente expressa ausência do
objeto e vontade que esse se
permaneça ausente. Aquilo que
desagrada.

1. Amor : um conceito que deriva do


desejo, mas além de expressar afeto
e o sentimento por, ele denota a
presença do objeto amado, quem
ama ama algo, esse algo só é
possível ser amado se ele está
próximo, se não seria apenas
desejado. Aquilo pelo qual se pratica
o afeto.
2. Ódio: também é um derivado, só que
dessa vez dá aversão. Assim como
amor denota proximidade daquilo
que se sente, só que esse
sentimento é o de desagrado,
repulsa. Assim como amar, odiar é
um ato ao qual só é possível com o
referencial presente, caso contrário
seria aversão.
3. Desprezo: esse sentimento se
caracteriza pela ignorância do objeto
analisado. A falta de interesse,
conhecimento e a falta de vontade de
conhecer caracteriza o ato de
desprezar. Quando você despreza,
aquele algo/alguém é irrelevante.

Sobre os apetites e aversões alguns


nascem com o homem, forma inapta,
mas não muitos, outros se formam
apartir de vivências e experiências
próprias ou de outros. Desejos e
aversões inaptas estão relacionados
à manutenção da sobrevivência
(apetite pela comida). As coisas
pelas quais são totalmente
desconhecidas, precisam ser
testadas, mas é possível sentir
aversão pelas coisas que causam
dano e também por aquelas que não
se sabe se causam ou não dano, a
aversão/medo do desconhecido.
Apartir do princípio de desejo e
aversão individual extrai-se o
conceito de bom e mau.
E só se estabelece uma
padronização desse sentimento

individual mediante uma instituição


maior ou moderadora, juiz ou árbitro,
para que sua sentença seja regra.

Desse conceito extrai-se 3 regras


gêmeas de bem e mal:
O da promessa (aparencia); o do
efeito (fim desejado); e o do meio
(utilidade).
Sobre o prazer ou deleite, ou falta
deles, se trata na aparência ou
sensação do bem ou
do mal. Consequência todo desejo e
amor é acompanhado por um deleite
maior ou menor, assim como os
desprazer e ofensas variam de
maiores para menores. O autor trata
os pormenores de causalidade e

sentimentos/estados ao longo do
capítulo.

Capítulo VII
O discurso implica que há um
objetivo a ser seguido, uma tese a
ser defendida, e mesmo que pare na
sua metade.
O discurso parte de um
pressuposto, uma opinião, apartir
esse pressuposto ou opinião toma
forças quando embalada em fatos
comuns a outros indivíduos e a
quantidade de indivíduos cientes dos
fatos contesta ainda mais essa
opinião. O discurso deixa de ser
opinião quando embalados em
definições
e estruturas próprias, caso contrário
continua a se tratar de opinião

pessoal ou de outro.
Tudo que é afirmado sem bases na
razão e a confiabilidade se dá na
pessoa que afirma e não nos fatos
expostos esse discurso se baseia na
fé, fé no que proclama o discurso, tal
qual a fé do credo, de caráter
religioso.

Capítulo VIII
Sobre esse capítulo fala das
virtudes intelectuais e dos defeitos
contrários a essas. Logo no princípio
ele separa dois tipos de virtudes, as
naturais e as adquiridas. As naturais,
inaptas humanas, ele se atenta
aquelas que adquiridos por
experiências vividas, não aprendidas
através das culturas ou
aprendizados, o seu interesse sobre
elas é sobre a capacidade do ser
humano de
pensar, raciocinar, velocidade de
raciocínio. Daí, vem a imaginação, o
juízo e a discrição, e são desses
talentos e pensamentos ordenados,
quando bem direcionados, sustentam
um raciocínio almejado para se fazer

um bom discurso. Então exemplifica:


Agora sobre especificamente os
talentos adquiridos, da forma que

capacita o intelecto, é a razão.


O que distingue o alvo dessa razão
são as paixões individuais, tal qual o
nível de raciocínio de cada indivíduo
sua razão varia de acordo com suas
paixões e vontades, a meta a ser
atingida através de seu discurso
racional.
Hobbes ainda fala sobre a ambição
dos homens, os homens sem
ambição mesmo que nao cause
danos à si ou aos outros tão pouco é
um ser dotado de imaginação ou
grande juízo, quando indiferente ao
poder ou riquezas em maior ou

menor grau. Viver sem ambições é


dar-se como morto.

Parte II
Capítulo XIII

Capítulo XIV
Capítulo XV

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