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Ionização por Electrospray (ESI)

A ionização por electrospray permite a criação de íons na pressão atmosférica ao invés do


vácuo. Neste processo, a amostra é dissolvida em um solvente, usualmente não polar, e
pressurizada em um tubo capilar feito de aço inox, ao qual é aplicada uma voltagem
tipicamente entre 3000 e 5000 V. Como resultado, o líquido emerge do capilar à pressão
atmosférica, na forma de um aerossol. As gotículas formadas perdem sucessivamente o
solvente (são dessolvatadas) e os íons fluem para o espectrômetro de massas induzidos pelos
efeitos da atração eletrostática e pelo vácuo.

Apenas o processo de ionização ocorre a pressão atmosférica; o espectrômetro de massa se


encontra sob “vácuo”

De acordo com Dole, a medida em que as gotículas evaporam, sua carga permanece
inalterada. Como a tensão superficial das gotículas é incapaz de se opor às forças repulsivas
resultantes da carga imposta, estas explodem em inúmeras gotículas menores, denominada
“explosão” coulômbica. Este processo continua até que apenas um íon do analito permaneça;
após a evaporação da última gotícula do solvente, forma-se um íon em fase gasosa. De acordo
com o

Evaporação do íon: a ddp tem energia suficiente para romper à tensão


superficial e “expulsar” o íon desejado da gotícula do analito.

Fissão Coulômbica: a tensão superficial das gotículas é incapaz de se


opor às forças repulsivas resultantes e esta se explode em gotículas
menores até que o íon desejado da gotícula esteja em fase gasosa.

Ionização química a pressão atmosférica

Técnica de ionização amplamente usada em espectrometria de massa, é vantajosa por sua


capacidade de ionizar e detectar facilmente espécies não polares ou ligeiramente polares.
Na ferramenta de “monitoramento de reações múltiplas” (SRM) monitora-se a fragmentação
de vários íons precursores simultaneamente, e tem-se o cromatograma (A). O cromatograma
representado pela Fig. 1B o qual evidencia o beauvericina detectado no modo SIM, o qual
possibilita que as espécies que não possuem tal íon não sejam detectadas mesmo que eles
estejam sendo eluídos. No analisador de massa QqQ (triplo quadrupolo), seleciona-se o íon
desejado (íon precursor) no primeiro quadrupolo, seguindo para o segundo quadrupolo em
que faz com que o íon percursor colida com um gás inerte em que gera íons produtos os quais
apresentam características particulares e individuais, como a energia de colisão sendo a qual
contribui significativamente para a determinação do mesmo no espectrômetro de massa, uma
vez que essa determinação ocorre pela relação m/z. Os íon produtos são levados para etapa de
varredura em que seleciona a determinada relação m/z e assim, torna-se possível um
cromatograma específico do íon selecionado (SIM).

A CID é a célula de colisão em que possibilita a variação de energia de colisão e como


consequência tem-se íons com picos diferentes para cada energia de colisão. O primeiro
cromatograma na Fig 1C, tem-se uma energia de colisão baixa, sendo esta 20V e para esta
energia percebe-se a dificuldade quantificar o íon produto selecionado. Já para o segundo
cromatograma, em que temos uma energia de colisão equivalente a 35V, nota-se uma melhor
quantificação em virtude de uma maior concentração do pico. Já para o terceiro
cromatograma, em que se tem uma energia de 50V, é possível observar que outros analitos
apresentam picos maiores, como por exemplo o pico de 134,2, em que a partir dessa energia
de colisão sua concentração aumenta, ou seja, o íon correspondente a este pico fica mais
evidente na varredura em que se tem um maior valor na energia de colisão.

Coluna C18 indica uma grande possibilidade de Fase reversa, pois a polaridade da C18 é muito
baixa e com isso tem-se uma FE de pouca polaridade sendo característica de Fase Reversa,
sendo assim, o sistema de separação foi de FR. O cromatograma obtido em A, é um
cromatograma baseado na ferramenta de monitoramento de reações múltiplas em que
apresenta todos os íons precursor presentes nos analitos. Os demais cromatogramas são
específicos para SIM (B) enquanto os cromatogramas obtidos em (C) são característicos da
alteração da energia de colisão. Dessa forma, o cromatograma obtido em A é um
cromatograma característico do modo TIC, em que possibilita a obtenção de um
cromatograma de íon totais, sendo o representado em A.

Ionização por eletrospray funciona da seguinte forma: a amostra é dissolvida em um solvente,


usualmente, não polar e pressurizada em um tubo capilar de aço inox sendo aplicado a ele
uma alta voltagem. Como resultado, o líquido emerge para o capilar em forma de aerossol. As
gotículas formadas são dessolvadas e com isso os íons selecionados fluem para o
espectrômetro de massa induzidos pela atração eletrostática e pelo vácuo, apenas o processo
de ionização ocorre sobre pressão atmosfera.

A formação das gotículas Monitoramento de reações múltiplas (SEM):

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