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Polarografia:
Técnica do grupo dos métodos voltamétricos. Foi usada inicialmente por Jaroslav
Heyrovsky, químico da República da Checoeslováquia, por volta de 1920.
Voltametria:
A figura mostra ainda uma entrada e saída de nitrogénio, gás borbulhado para
remover o oxigénio presente no sistema. Com a remoção do oxigénio pretende-se criar
uma atmosfera inerte e eliminar sinais característicos do oxigénio que podem
perturbar a realização do ensaios. Para remover o oxigénio borbulha-se gases como o
nitrogénio, argon, neon ou hélio.
De entre os gases listados, o nitrogênio é o mais usado por ser o mais barato e poder
ser facilmente obtido com a pureza desejada.
A dupla camada electroquímica a que se faz menção aqui, é definida como um arranjo
estruturado de partículas carregadas a volta de um centro de carga (eléctrodo),
resultante da migração de partículas carregadas. Este movimento causa o surgimento
de uma corrente não-faradaica. A mudança do potencial do eléctrodo muda a
estrutura e produz uma corrente.
Com o centro positivo de cargas notamos uma distribuição desigual das partículas
positivas e negativas na região adjacente ao eléctrodo, com as partículas negativas
migrando para a superfície do eléctrodo.
nFAD(C solução C x 0 )
i =
onde
F = Constante de Faraday;
A = área do eléctrodo;
I = K x (Csolução - Cx=0)
Quando se atinge a corrente limite (Ilimite), Cx=0 torna-se igual a zero e a equação
anterior toma a forma
Ilimite = K . Csolução
Ilimite ≈ concentração
Esta equação serve de base para a análise quantitativa, enquanto que a análise
1
qualitativa baseia-se no uso do potencial de meia onda E½ (Potencial quando i =
2
Ilimite.
Como foi dito atrás, a polarografia usa o chamado eléctrodo gotejante de mercúrio.
Apresenta-se na figura seguinte variantes deste eléctrodo.
Este fenómeno torna possível estudar metais alacalinos, metais alcalino terrosos
e outros cuja depositação poderia ser perturbada pela redução do ião H+ presente
na água.
Pelo facto de a superfície activa do eléctrodo ser uma gota, o eléctrodo gotejante
de mercúrio em uma superfície lisa e livre de irregularidades.
Devido a renovação permanente da superfície com a formação da nova gota, não
se acumulam substâncias adsorvidas ou depositadas na superfície do eléctrodo,
que podem influenciar o seu mau funcionamento.
Este efeito pode ser visto na figura seguinte, que ilustra os diferentes estágios de
crescimento da gota. Na primeira ilustração vemos a gota ainda na sua fase de
nascimenti. Esta representa o momento onde a gota (superfície activa do eléctrodo)
tem uma área zero.
Já na segunda ilustração vemos uma gota com uma área cada vez maior e uma
intensidade crescente. A gota atinge a área máxima e, consequentemente, a
intensidade máxima na terceira fase, momento onde a gota se desprende e inicia a
formação de uma nova gota.
Se olharmos para a parte terminal do polarograma (ver figura que se segue extraída
de polarograma apresentado nas páginas anteriores), vamos ver a região onde se
regista uma “oscilação” da corrente medida. Esta “oscilação” não resulta de nenhum
efeito negativo, mas da natureza do eléctrodo.
A medida que o tamanho da gota cresce, cresce a superfície activa, o grau de
transformação da espécie de interesse e a corrente que é medida. Como este é
fenómeno cíclico, o mesmo se reflecte na forma do que parece uma oscilação, mas
representa um fenómeno característico quando se trabalha com este tipo de
eléctrodos.
Para melhorar o tratamento dos dados colhidos da análise tem se recorrido a técncicas
simples como p.ex.
b) O uso de uma técnica que permite medir a intensidade num dado instante, pouco
antes da queda da gota de mercúrio.
a) b) c)
Esta diferença acaba produzindo um polarograma mais fácil de trabalhar com ele,
onde se pode determinar de forma mais simples a corrente limite necessária para o
processamento dos dados.
A figura seguinte traz-nos uma imagem de uma célula comercial. Como se pode ver,
ela espelha a célula representada no início do capítulo. É uma célula simples, a qual
se incorporam os eléctrodos e a unidade de processamento do sinal.
Tipos de voltametria
Coulometria
Q n F N
n = número de electrões por mole da espécie activa; F = Constante de Faraday
(96487 C.mol-1) e N = número de moles da espécie
Q I t
Se a corrente varia com o tempo
t te
Q I (t ) t
t 0
até o final. Q I t
t te
Q I (t ) t
t 0
Cu 2 (aq) 2e Cu(s)
A partir do diagrama de Ladder pode-se ver que os 100% de eficiência de utilização
da corrente são alcançados quando a redução de H 3 O+ não contribui
significativamente para a carga que passa no electrodo
Análise é mais rápida pois a corrente não decresce com o tempo: Telec≤10 minutos
Como a corrente é constante não é necessária integração para o cálculo da carga
Q I t
Apresenta 2 desvantagens:
Fe2+(aq) Fe3+(aq) + e-
Com o decurso do processo [Fe2+] diminui e [Fe3+] aumenta. O valor do potencial do
eléctrodo de trabalho vai subindo
E E Fe
0.05915 Fe 2 0.05915 Fe3
3 / Fe 2 = E Fe 3 / Fe2
o o
log log
1 Fe 3 1 Fe 2
Ce3+(aq) Ce4+(aq) + e-
Todo o Ce4+ formado reage rapidamente com o Fe2+
Fe2+(aq) Fe3+(aq) + e-
Ce3+ (usado para manter 100% de eficiência) é denominado mediador:
A reacção
É similar a reacção em que assenta uma titulação redox. Pode-se usar a mesma base
para escolher o indicador do ponto final (potencimétrico, conductimétrico,)
N (
i
) te e N M titulante Vtitulante
n F
Avaliação dos métodos coulométricos
04. A concentração do As(III) numa amostra de água pode ser determinada por
polarografia diferencial com impulso. O potencial inicial é colocado em -0.1V
(medido contra o electrodo calomelano saturado) e variado na direcção de valores
negativos com uma velocidade de 5mV/s. A redução do As(III) para As(0) ocorre a
cerca de -0.44 V. As intensidades dos picos para uma série de padrões são
apresentadas na tabela seguinte:
[As(III)] M Ipico ( A )
1.00x10-6 0.298
3.00x10-6 0.947
6.00x10-6 1.83
9.00x10-6 2.72
Qual é a concentração do As(III) na amostra de água se o respectivo pico tem o
valor 1.37 A ?
08. A polagrafia diferencial com impulso pode ser usada para determinar a
concentração de ácido ascórbico e cafeína num medicamento. Numa análise de um
medicamento tritura-se e moe-se um comprimido de 0,9183 g do medicamento até
formar um pó. 0,5630 g da amostra são transferidos para um balão volumétrico de
100 ml, dissolvidos e diluído até o volume. 0,500 ml desta solução são transferidos
para uma célula voltamétrica que contém 20,00 ml de um electrólito de suporte.
O voltamograma resultante dá picos de 1.40 A e 3.88 A para o ácido ascórbico e
10. Para determinar o teor de impurezas de cádmio existentes numa amostra de zinco,
dissolve-se 1,000 g da amostra em 50 ml de HCl e dílui-se até os 250 ml. 25 ml
desta solução são transferidos para uma célula polarográfica, adiciona-se umas
gotas do supressor de máximos e remove-se o oxigénio. O polarograma obtido
mostra um E½=-0,65V e Ilim=7,6cm. Adicionam-se directamente na célula que
contém a amostra de cádmio 5,00 ml de uma solução de CdCl2 5x10-4 M e regista-
se um segundo polarograma, obtendo-se o mesmo valor de E½=-0,65V e um valor
de Ilim=18,5 cm. Calcule o teor de cádmio na amostra.
9. Uma solução 5x10-3 M de CdCl2 em 0.1 M KCl mostra uma corrente de difusão de
50,00 A a -0.8 V (vs. Electrodo calomelano). A velocidade de queda do mercúrio é
12. Prepara-se uma amálgama de cádmio com 12%(m/m), para uso numa célula. Se a
massa de mercúrio for de 20 gramas, qual deverá ser o tempo de electrólise
(I=200mA) para se obter a amálgama com os teores desejados?
13. Prata, componente principal numa liga, pode ser determinado por coulometria a
potencial controlado. O potencial da célula para a deposição da prata é ajustado
ao valor -0.25 V. Numa análise determinada 1.000 gramas de amostra de uma liga
são dissolvidos numa mistura de HCl e HNO3(exc), seguindo-se a remoção dos
gases presentes. A solução é transferida para um balão volumétrico de 250 ml e
diluida até a marca. Uma proção de 0.500 ml é adicionada ao electrólito de suporte
e electrolizada, requerendo uma carga de 1,198 Coulombs. Calcule a percentagem
de prata na amostra.
16. A [H2S] numa amostra é determinada por titulação coulométrica usando o KI como
mediador
3I-(aq) → I 3
e o I 3 como titulante.
H2S(aq) + I 3 + 2 H2O(l) 2 H3O+(aq) + 3I-(aq) + S(s)
S2O32-(aq) + I 3 S4O62-(aq) + 3I-(aq)
0,1342 g da amostra são transferidos para um balão de 100 ml e diluídos até a marca.
Uma porção de 10 ml desta solução é transferida para uma célula onde se
misturam 25 ml de KI 1M e 75 ml de um tampão com pH = 7 e umas gotas de um
indicador. A electrólise à corrente constante (I=36,45 mA) requer 221,8 segundos
para atingir o ponto final. Calcule a pureza da amostra.
20. 0,3619 gramas de C6HNO2Cl4 são dissolvidos em água, transferidos para um balão
de 100 ml e diluídos até o volume. A electrólise de 10 ml desta soluçaõ consome
5,374 C de carga. Qual é o valor de n para esta redução?