Você está na página 1de 9

1

Incesto como violência sexual contra crianças

Larissa Jandyra de Ramos e Paula


Psicóloga do Serviço de Proteção e Atendimentos Especializado a Famílias e
Indivíduos: crianças e adolescentes – PAEFI: crianças e adolescentes, do Centro de
Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) da Prefeitura Municipal de
Poços de Caldas.
Email: larissajandyra@hotmail.com

Resumo
O presente trabalho pretende explorar o tema do incesto no contexto da violência
sexual contra crianças, a partir da concepção da psicanálise. O tema será tratado de duas
formas: como o interdito e desejo recalcado, e por outro lado será exposto os prejuízos da
violação desta lei cultural. Como metodologia, utilizou-se o levantamento bibliográfico
para tratar do tema em questão. E por meio deste levantamento, foram estabelecidos
pontos de contato e conclusões. Tais conclusões se apóiam na tentativa de estabelecer
contribuições sobre tal assunto, colocando em debate a importância da interdição do
incesto para a sociedade.
Palavras chave: incesto, violência, criança.

Abstract
This work aims to explore the theme of incest in the context of sexual violence against
children, from the conception of psychoanalysis. The theme is treated in two ways: as the
forbidden and suppressed desire and will be exposed to damage from violation of this law.
As a methodology, utilized the bibliographical to treat the subject in question. And through
this survey, contact points were established and conclusions. These conclusions are
supported in an attempt to establish the contributions on such matter, debate the
importance of the prohibition of incest to society.
Key-words: incest, violence, child.

Este trabalho pretende apontar alguns aspectos importantes relacionados à questão


do incesto, que se referem à psicanálise no contexto da violência sexual contra crianças. O
2

incesto não se refere somente ao ato sexual ou estupro, mas também a toques, carícias,
voyerismo, exibicionismo e assédio, quando ocorre entre pessoas que possuem algum
parentesco sanguíneo ou por afinidade. Para o desenvolvimento desse trabalho foi usada
como metodologia a pesquisa bibliográfica que, segundo Cervo e Bervian (2002, p. 30), é
utilizada para explicar um problema, tendo como base referências teóricas publicadas em
documentos para a busca de conhecimento e analise das contribuições culturais ou
científicas sobre um determinado assunto.
Cohen (1993, p.132) coloca que incesto é o abuso sexual intrafamiliar. E este se
caracteriza por qualquer interação entre uma criança ou adolescente e outra pessoa que se
encontra em estágio psicossocial mais avançado do desenvolvimento, no qual a criança ou
adolescente estiver sendo usado para estimulação sexual.
Faleiros (2005) expõe que existe a classificação dos tipos de violência, que podem
ser física, psicológica e sexual. A violência sexual pode ser classificada, amplamente,
como abuso e exploração sexual. Esta violência, quando exercida contra a criança, torna-se
mais transgressora, pois se torna uma violação dos direitos de indivíduos em
desenvolvimento físico, psicológico, moral e sexual. Além disso, priva-os do direito à
proteção integral assegurada à criança (Mello & Dutra, 2008, p. 40).
Goldfeder (2000, p. 20) aponta que se encontram, regularmente, casos de incesto e
de abuso sexual em instituições de atendimento jurídico, psicológico ou assistencial. O
LACRI (Laboratório de Estudos da Criança - do Instituto de Psicologia da USP) vem
realizando um trabalho de estudos probabilísticos na área da infância e violência
doméstica, e através de pesquisas foi estimado, em 2007, que 20% das mulheres e 10% dos
homens teriam sido vítimas de violência sexual antes dos 18 anos. Dessa forma, este
estudo se justifica pelo número de casos de violência sexual, a qual geralmente é praticada
por alguém próximo à criança, com quem ela mantem um relacionamento de amor e
confiança, fazendo com que tal violência seja caracterizada como incesto (Capitão &
Romaro, 2008).
O incesto deve ser encarado sob diversos ângulos, uma vez que se trata de um
problema de ordem familiar, psicológica e legal e se traduz por qualquer ato que tenha
como fim a estimulação sexual do autor ou da vítima que tenham algum parentesco
cultural (Cohen, 1993, p. 132).
Devido ao fato de ser um dos poucos tabus universais, o incesto possibilita um
vasto campo para as investigações científicas, tais como: a biologia, a sociologia, a
3

antropologia, a psicanálise, a psicologia, a psiquiatria, o direito, entre outras. E assim, tal


tema pode adquirir uma multiplicidade de abordagens (Cohen, 1993, p. 23).

Incesto na Concepção da Psicanálise


Razon (2007) define incesto como um “ato de transgressão cometido sobre o corpo
de uma pessoa, com a qual existe uma relação de parentesco jurídico ou psíquico, isto é,
um vínculo de sangue e/ou simbólico” (p. 8).
De acordo com Cohen e Gobbetti (s.d., p. 8), a violência traduzida pelo incesto não
pode ser caracterizada apenas pela relação sexual genital, mas talvez pela não distinção das
funções dentro da família. Assim, incesto pode ser tratado como obstáculo à formação do
sujeito; a ocorrência do incesto não permite o pensamento simbólico e, assim, a
assimilação das funções sociais para o desenvolvimento psíquico do indivíduo.
E conforme Cohen (1993, p. 67), a psicanálise aponta que através da proibição do
incesto que os sujeitos podem promover uma transformação social, alcançando assim uma
melhora qualitativa. O autor completa que:
nós não possuímos a linguagem, a cultura e o tabu do incesto porque somos
humanos, mas somos seres humanos por possuirmos a linguagem, a cultura e o
tabu do incesto. A visão ideológica que nos faz crer diferentes e melhores que
todos os outros seres vivos e organizados do planeta, é somente um curioso delírio
de grandeza (p. 23).
A psicanálise afirma que a primeira escolha de objetos para amar feita por um
menino é incestuosa, sendo objetos proibidos por se tratar da mãe e da irmã. A medida que
desenvolve e cresce, ele tende a se libertar dessa atração incestuosa. Desse modo, o horror
ao incesto diz respeito fundamentalmente de uma característica infantil, e que revela uma
notável concordância com a vida mental dos sujeitos neuróticos, o que será mais bem
abordado a seguir (Freud, 1996, p. 223).

Complexo de Édipo e Complexo de Castração


A palavra complexo está associada, de acordo com a teoria freudiana, ao Édipo e à
castração. O complexo de castração pode ser considerado como parte do complexo de
Édipo, pois o fim deste acontece devido à ameaça de castração. Tais complexos se
convocam e atam relações entre si (Green, 2001, p. 22).
Segundo Green (2001), “o complexo de Édipo é o coroamento da sexualidade
infantil” (p. 23). O qual se refere à mãe e ao pai quando perdem sua função de objetos
4

parciais, a criança tenta atrair sexualmente aqueles que representam as figuras paterna e a
materna, assim a criança sente desejos amorosos e hostis pelos pais. A menina acredita ser
possuidora do maior amor de seu pai e o menino vê sua mãe como sua propriedade. No
entanto, chega o momento em que os filhos percebem que não são dotados desse amor e
dessa posse, e Freud (1996) afirma que tais vivências são aflitivas que agem em oposição
ao complexo.
Freud (1996, p. 223) localiza o núcleo estrutural das neuroses no complexo de
Édipo, trata-se da construção do espaço simbólico. Os desejos incestuosos do menino
dirigidos à sua mãe permanecem marcados no inconsciente, estes desejos de posse da mãe
e de morte do pai, visto como um rival à satisfação libidinal, são fortemente reprimidos.
Laplanche e Pontalis (1992) afirmam que:
o complexo de Édipo não é redutível a uma situação real, à influência efetivamente
exercida sobre a criança pelo casal parental. A sua eficácia vem do fato de fazer
intervir uma instância interditória (proibição do incesto) que barra o acesso à
satisfação naturalmente procurada e que liga inseparavelmente o desejo à lei (p.
80).
O complexo de Édipo se apresenta em duas formas: a positiva que se traduz pelo
desejo da morte do rival que corresponde à pessoa do mesmo sexo e desejo sexual por
aquele do sexo oposto. A forma negativa apresenta-se de modo inverso à positiva, amor
pela figura do mesmo sexo e ódio ciumento àquele do sexo oposto. E essas duas formas
encontram-se em diferentes graus no complexo de Édipo. Uma das funções atribuídas ao
complexo de Édipo relaciona-se a escolha do objeto a ser amado, pois esta escolha
continua marcada pelos investimentos de identificação que estão relacionados ao Édipo e,
também, pela interdição de realizar o incesto (Laplanche & Pontalis, 1992, p. 77).
As relações sociais estão ligadas ao Complexo de Édipo, como uma força que
limita e delimita. O avesso do complexo de Édipo é o complexo de castração e tanto as
experiências edípicas, quanto as experiências de castração são reprimidas. O complexo de
castração deve ser pensado a partir de dois aspectos: a diferença anatômica e o limite. O
jogo físico está atrelado à questão da diferença, o menino tem pênis e a menina vagina e
isso faz com que os efeitos do complexo de castração sejam diferentes para ele e para ela.
As meninas entram no Édipo castradas, a ausência do falo é sentida como um
prejuízo que ela tende a negar, reparar ou compensar. Os meninos entram tendo o pênis e
temem a castração devido à realização da ameaça paterna em resultado das suas atividades
5

sexuais, aparecendo uma angústia de castração. E eles saem do Édipo com medo de perder
o pênis (Laplanche & Pontalis, 1992, p. 80).
A castração delimita, é a falta. E a partir desta falta que se cria espaço para outras
coisas, no limite há sempre um delimite. O grande limite é o tabu do incesto, o pai é
portador da lei, mas deve anunciar que não é a lei. Freud (1996) traz que:
as catexias de objeto são abandonadas e substituídas por identificações. A
autoridade do pai ou dos pais é introjetada no ego e aí forma o núcleo do superego,
que assume a severidade do pai e perpetua a proibição deste contra o incesto,
defendendo assim o ego do retorno da catexia libidinal (p. 221).
A interdição do incesto foi estabelecido pela proibição paterna (enquanto Lei), uma
vez que a função de pai é a de não permitir que o filho satisfaça todos os seus desejos na
relação com a mãe e que esta não faça o mesmo na relação com o filho. Possibilitando,
assim, que a criança entre em contato com a realidade mental. A função paterna é
fundamental para que o sujeito saia da fantasia, onde tudo é permitido, para entrar no
mundo da realidade, na qual há limites e proibições (Cohen, 1993, p. 7).
Com o reconhecimento do pai estabelecem-se novos conceitos de famílias, no qual
a satisfação do desejo está vinculada ao princípio de realidade. O conhecimento da
paternidade acontece quando a criança revela interesse pela figura do pai, e ao vivenciar
isso, a criança pode distinguir o “ser” do “ter”. No âmbito social, essa descoberta permitiu
a simbolização do conceito de casal e, segundo o autor, é provável que neste período tenha
se instaurado o tabu do incesto (Cohen, 1993, p. 125).
A partir disso, pode-se dizer que a repressão dos desejos incestuosos possibilita a
construção de uma identidade sexual e levará a criança ao reconhecimento das funções de
pai e de mãe, o que colabora para a formação de uma identidade familiar, que será o passo
inicial para a estruturação de uma identidade social. Pode-se supor que nesta época o
impulso sexual da espécie tenha evoluído para pulsão sexual, visto que se tratando de um
casal, os seres humanos não se acasalavam só pela finalidade de preservação da espécie,
mas também por razões afetivas e de convivência (Cohen, 1993, p. 125).

Conseqüências do Incesto para a Criança


A proibição se impõe para que a sociedade exista e para que se mantenha o
costume, a moral e a lei. A ruptura da interdição do incesto faria com que a sociedade
entrasse no caos e assim impossibilitaria a continuidade da tradição cultural, se há cultura
6

há proibição e repressão da pulsão, o interdito do incesto estrutura o grupo social assim


como o eu do sujeito (Razon, 2007, p. 21).
Os fatores traumáticos internos se apresentam de forma diferenciada quando a
criança não encontra proteção na figura materna. Uma vez que, diante desta falta de
proteção, a criança permanece em situação abusiva, fazendo com que aumente a confusão
desta com relação as suas emoções, percepções, e ao entendimento no que diz respeito a si
própria e ao seu ambiente. Sendo criança, a vivência da violência sexual acontece em um
período de construção psíquica e de grande vulnerabilidade, e a chance reparatória se torna
reduzida quando se trata de pai e mãe não-protetores (Almeida Prado & Pereira, 2008, p.
279).
Ao vivenciar uma situação de abuso sexual, e sendo o violador um adulto com
quem ela mantém vínculo afetivo, a criança muitas vezes não é capaz de dar, ao ato
incestuoso, um significado de ordem sexual, não criando representações do ocorrido, o que
pode impedir que sejam feitas conexões. Essa energia que não faz ligações facilita a
instalação do trauma (Figaro-Garcia, 2004, p. 67).
Almeida Prado e Pereira (2008, p. 280) assinalam que o desenvolvimento da
sexualidade da criança fica paralisado devido ao enfrentamento precoce da criança com a
sexualidade do adulto, que se impõe e intervem na vida da criança. Pois, essa vivência
traumática, pode levar a masturbação compulsiva, brincadeiras repetidas de conotação
sexual e comportamentos desadaptados.
Goldfeder (2000) aponta, do ponto de vista intrapsíquico, que:
o abuso sexual confronta o sujeito com o excesso, remetendo-o a um estado de
desamparo, marca de suas experiências mais primitivas. A impossibilidade de
metabolizar esse excesso, de simbolizar a vivência, configura o trauma. A situação
traumática caracteriza-se por um excesso de excitação que invade o aparelho
psíquico. Torna-se patológica quando a experiência remete o sujeito a um
desamparo que o aprisiona e o imobiliza, impossibilitando a reorganização psíquica
(p.19).
A vítima de incesto pode sofrer conseqüências muito distintas, que dependem da
idade física e mental, da personalidade, do grau de estruturação da família, da forma como
a violência foi consumada e segundo sua capacidade de adaptação em diferentes situações
(Cohen, 1993, p. 78). Os mecanismos de defesa e de reestruturação psíquica podem se
apresentar falhos para uma pessoa vítima de incesto, ocorrendo manifestações de traços
7

psiquiátricos, de forma que podem existir crônica ou circunstancialmente (Almeida Prado


& Pereira, 2008).
Razon (2007, p. 31), ao tratar sobre o incesto, propõe que a passagem ao ato se
introduz num antecedente familiar patológico, pois há hipótese de que uma pessoa vítima
de incesto pode sofrer o peso de um passado parental doloroso, ou seja, o ato incestuoso
traduz-se como sintoma de algum conflito entre as figuras parentais existente em gerações
anteriores.
O incesto, de acordo com Almeida Prado e Pereira (2008, p. 281), diz respeito a
uma interdição social nunca enunciada, que promove uma desarticulação dos vínculos
sociais, familiares ou pessoais. E os autores colocam, tendo como base a psicanálise
freudiana, que a criança toma conhecimento da interdição do incesto em torno dos seis
anos de idade. Isto aponta que os efeitos psicológicos, causados pela experiência
incestuosa, dependerá da idade em que tal experiência ocorreu e da forma como esse tabu
será vivenciado no contexto familiar.
Cohen e Gobbetti (s. d., p. 8) apontam que a proibição ao incesto gera influências
fundamentais para a formação dos sujeitos, é essencial ao desenvolvimento psicológico e
completam que essa proibição permitirá o reconhecimento das funções materna e paterna,
que são importantes para o desenvolvimento da identidade familiar, o que dará base ao
desenvolvimento do indivíduo e da família. Assim, pode-se dizer que a proibição ao
incesto serve como um organizador das funções dentro da família.
Em estudo feito com famílias que houve a violação da interdição do incesto, Matias
(2006, p. 303) constatou que a ocorrência deste provoca efeitos impactantes na vida de
toda família, não só para as figuras parentais e para a vítima. Tal ocorrência pode
repercutir em outras violências, rompimento de vínculo, desconfianças, temores,
inseguranças e desorganização do grupo familiar.
A violação do tabu do incesto pode provocar diversas conseqüências, sobretudo às
crianças que estão com o aparelho psíquico em formação e que já se apropriaram da fala.
Como diz Green (2001), “a importância da proibição do incesto é estabelecer o sistema de
relações de parentesco como relações das relações” (p. 28). Este tabu trata-se de uma
relação ética de relação com a cultura, transmitido inconscientemente. A criança introjeta
essa proibição para que possa criar laço social, para se relacionar e fazer cultura. E para
que assim ela tenha sua vida externa, ir em busca de algo que não seja a mãe, fora da
família. Uma vez que a mãe abre mão do filho em nome da ética, para que havendo a
interdição, haja por parte da criança vontade de ingressar na cultura.
8

Discussão
Há uma normativa na sociedade que cuida da proibição da prática do incesto.
Podemos distinguir duas dimensões nesta normativa: a legal e a moral. O segundo aspecto
diz respeito à normativa que tem como marca a interdição social e cultural do incesto. Esta
normativa é para todos, pressupõe uma busca e é ética. Essa normativa que está sendo
exposta, a partir da psicanálise, funda o sujeito da falta, o sujeito desejante, sendo a
primeira interdição.
Através da proibição do incesto que a criança faz cultura, essa interdição que dá
início à organização familiar e da sociedade, que obriga e ordena troca. A cultura serve de
amparo ao simbólico, pois não é ensinado, se dá através da transmissão. Pode-se dizer que
o ato incestuoso, como no caso, não diz respeito somente ao sujeito, mas à sociedade.
Assim, a interdição está ligada ao simbólico, logo quem comete o ato incestuoso não
internalizou de certa forma essa dimensão simbólica, caracterizando uma falta de
estruturação do aparelho psíquico. Pode existir uma falha simbólica no violador do incesto
e a criança que sofre essa violação poderá se constituir como alguém possuidor de tal
falha.
A relação incestuosa pode provocar fatores traumáticos e sintomas em decorrência
da confusão que se instala e isso vai depender de muitos fatores relacionados à história de
cada um, da ocorrência e da revelação do ato incestuoso. As crianças que de alguma forma
vivenciaram uma relação incestuosa representam um grupo que pode vir a ter um prejuízo
no desenvolvimento psíquico e no processo de individuação, uma vez que o sistema
incestuoso se estabelece em torno da resistência à separação.
O trato com crianças, como em discussão as que sofreram incesto, é de grande
complexidade, pois algumas questões familiares tomam proporções maiores, fazendo com
que o cuidado com a criança fique prejudicado e o atendimento à ela dificultado. Tais
questões dizem respeito à tentativa de incriminar o violentador ou a tentativa de inocentá-
lo, às brigas e ao desajuste das relações familiares decorrentes do incesto. Isso comprova a
necessidade da articulação entre as diversas áreas e seus profissionais no tratamento dessa
causa e coloca em questão o compromisso e a responsabilidade da família, do Estado e da
sociedade.
9

Referências
Almeida Prado, M. C. C. & Pereira, A. C. C. (2008). Violências sexuais: incesto, estupro e
negligência familiar. Estudos de Psicologia. Campinas, SP. n. 25, pp. 277-291.
Capitão, C. G. & Romaro, R. A. (2008). Caracterização do abuso sexual em crianças e
adolescentes. Psicologia para América Latina. n.13. México.
Cervo, A. L. & Bervian, P. A. (2002). Metodologia científica. 5 ed. São Paulo: Prentice
Hall.
Cohen, C. & Gobbetti, G. J. (s. d.). O incesto: o abuso sexual intrafamiliar.
Cohen, C. (1993). O incesto um desejo. São Paulo: Casa do Psicólogo Livraria e Editora
Ltda.
Figaro-Garcia, C. (2004). Trauma e incesto. Revista de psicanálise. n. 177, pp. 66-73.
Freud, S. (1996). Totem e tabu e outros trabalhos. Reedição das obras completas de
Sigmund Freud.Rio de Janeiro, Imago, v. 13.
Freud, S. (1996). O ego e o id e outros trabalhos. Reedição das obras completas de
Sigmund Freud. Rio de Janeiro, Imago, v. 19.
Goldfeder, M. F. F. (2000) Relação esquecida: a mãe nos bastidores do abuso sexual entre
pai e filha. Pulsional Revista de Psicanálise. n. 138, pp. 16-23.
Green, A. (1991). O complexo de castração. Rio de Janeiro: Imago.
Laplanche, J. & Pontalis. (1992). Vocabulário de psicanálise. São Paulo: Martins Fontes.
Matias, D. P. (2006). Abuso sexual e sociometria: um estudos vínculos afetivos em
famílias incestuosas. Psicologia em Estudo. Maringá, PR.
Mello, L. C. A. & Dutra, E. (2008). Abuso sexual contra crianças: em busca de uma
compreensão centrada na pessoa. Revista da Abordagem Gestáltica. v. 14, pp. 39-47.
Razon, L. (2007). Enigma do incesto: da fantasia à realidade. Rio de Janeiro: Cia de
Freud.

Você também pode gostar