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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
ão
de
Diretoria Executiva Geral
Educação Profissional:
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA
Modalidade Presencial
Apostila do Aluno
Atualização outubro/2007
CDU 656:331.823
SUMÁRIO
Bibliografia ............................................................................................................................................................ 81
Sobre o Conteúdo
Anotações
A CIPA – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES foi cria-
da em 1921 através de uma recomendação da Organização Internacional do
Trabalho, cuja sigla é OIT. No Brasil, somente 23 anos depois, passou a ser lei
através do Decreto Lei 7036, de 10 de Novembro de 1944, durante o governo
de Getúlio Vargas.
E como ela está hoje?
Isso é o que vamos estudar, nesta unidade! Saber como se originou a
CIPA, sua história e, principalmente, porque ela é tão importante para a se-
gurança no trabalho. Será ainda apresentada a conceituação de CIPA e sua
função na Empresa.
OBJETIVOS
1 - INTRODUÇÃO
2 - HISTÓRICO
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
EVOLUÇÃO NO BRASIL
Anotações
des prejuízos para a economia da época.
O único movimento em favor dos trabalhadores foi verificado durante o
Ciclo do Café, com destaque para a atuação do sanitarista Osvaldo Cruz, ao
final do Século XIX.
No início do Século XX a economia brasileira já estava organizada em no-
vas bases. Com a presença de investidores estrangeiros, empresários brasilei-
ros e os lucros resultantes da produção do Café, foram geradas novas ativida-
des econômicas, tais como: pequenas indústrias, serrarias, moinhos de trigo,
tecelagens, ferrovias e atividades comerciais.
Da mesma forma, os trabalhadores também começaram a se organizar
para melhorar as condições de trabalho. A Lei 3724 de 15 de Janeiro de 1919
foi a primeira lei voltada para a proteção do trabalhador. Esta Lei tratava da ca-
racterização dos acidentes de trabalho, das doenças ocupacionais e das obri-
gações resultantes dos acidentes do trabalho.
Para exercer estas novas atividades, veio somar-se à mão de obra dos
escravos livres e demais trabalhadores brasileiros, a contribuição dos imigran-
tes que aqui chegaram. Desta forma, a industrialização em nosso país tomou
impulso decisivo diversificando ainda mais as atividades econômicas. Formou-
se um grande contingente de trabalhadores que passou a demandar mais leis
para proteção ao trabalho. Em função disso, em 10 de Novembro de 1944 foi
promulgado o Decreto Lei 7.036, que determinou a obrigatoriedade da organi-
zação das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes – CIPAs nas empre-
sas que possuíssem mais de 100 empregados.
Entretanto, pouco era feito com relação à prevenção, uma vez que as
atenções estavam voltadas para a fiscalização da legislação. Esta situação so-
mente se alterou a partir da década de 70 quando começou existir em todo o
país maior conscientização quanto à prevenção de acidentes no trabalho. O
Governo, empresários e o próprio trabalhador passaram a dar maior ênfase às
ações para a prevenção de acidentes nos locais de trabalho.
Anotações
seus pares. Isto é, os trabahadores elegem seus representantes por votação
direta. E os empregadores indicam seus representantes. Os empregados não
podem representar os empregadores.
Podemos, também, conceituar CIPA como:
6 - CONClusão
13
Responda às perguntas abaixo:
1. Qual o objetivo de conhecer a história da formação das normas de higiene
e segurança no trabalho?
2. Qual a importância da CIPA para a Empresa?
3. E para os trabalhadores?
4. E para você?
UNIDADE 2
ORGANIZAÇÃO DA CIPA
APRESENTAÇÃO
Anotações
Após a apresentação da íntegra da NR 5, serão tratados aspectos impor-
tantes para o funcionamento da CIPA: objetivo, organização, dimensionamen-
to, composição e atribuições da CIPA.
Também serão abordadas as regras para a realização de reuniões e ou-
tros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão.
OBJETIVOS
1 - INTRODUÇÃO
17
Há um conjunto de 33 Normas Regulamentadoras
relativas à segurança e medicina do trabalho e 5 Normas
Regulamentadoras Rurais. Cada uma delas organiza e es-
18 tabelece providências especificamente para uma ativi-
dade profissional ou estabelece condições de proteção e operação de
maquinas, equipamentos de proteção ou atividades de risco.
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
A seguir você vai conhecer a NR 5 que trata das disposições para orga-
nização e funcionamento da CIPA. Para esta Unidade Você deverá consultar,
ao final da apostila, o anexo, contendo a NR 5 na íntegra. Bom estudo!
Papel do Cipeiro
O Cipeiro é um empregado eleito por voto ou escolhido pelo empregador
para representar o empregador e os empregados diante a Comissão, sobre os
assuntos relativos à segurança do trabalho.
Sendo assim, deve estar consciente do seu papel e estar preparado para
desempenhar suas funções na comissão com a responsabilidade que a função
precisa ter.
O Primeiro passo é acreditar que algo pode ser feito para prevenção de
acidentes em sua empresa, devendo, portanto:
• relacionar-se adequadamente com empregados e empresa.
• ser receptivo no que diz respeito à prevenção.
• participar do treinamento para membros da CIPA.
• dominar as Normas Regulamentadoras (NRs).
• desenvolver o papel de educador de adultos em Segurança e Saúde do
Trabalho.
• buscar e propor soluções para os problemas de segurança e saúde de
todos da empresa.
Anotações
falhas mediante a um replanejamento.
Reunião da CIPA
• Objetivo: É importante que a CIPA seja um grupo, e não só uma
reunião de pessoas. Todos devem cooperar para atingir objetivos
comuns.
É necessário que cada cipeiro tenha a responsabilidade de participar
das reuniões, sugerindo discussões sobre assuntos relativos a segu-
rança, para que a comissão possa analisá-los e debatê-los.
Anotações
antes do início, para que possa despertar o interesse de todos, poden-
do esta divulgação incluir envio de correspondência aos empregados
e afixação de faixas e cartazes em locais estratégicos e outras formas
de divulgação, de acordo com a disponibilidade de recursos financei-
ros e criatividade dos organizadores.
4 - conclusão
Anotações
Nesta unidade serão estudados os riscos presentes nos ambientes de
trabalho e suas conseqüências para a saúde e integridade física do trabalha-
dor. Será abordado ainda como reconhecer e mapear agentes de acidentes e
riscos ambientais.
OBJETIVOS
1 - INTRODUÇÃO
Grupo 1 - Verde Grupo 2 - Vemelho Grupo 3 - Marrom Grupo 4 - Amarelo Grupo 5 - Azul
26 Riscos Físicos
Ruídos
Riscos Químicos
Poeiras
Riscos Biológicos
Vírus
Riscos Ergonômicos
Esforço físico
Riscos de Acidentes
Arranjo físico
intenso inadequado
Vibrações Fumos Bactérias
Levantamento e Máquinas e
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
Outras situações de
risco que poderão con-
tribuir para a ocorrência
de acidentes
Anotações
São microorganismos que em contato
com o homem podem provocar inúmeras do-
enças no exercício de diversas atividades tais
como: médicos, enfermeiros, funcionários de
hospitais, laboratórios de análises biológicas,
lixeiros, açougueiros, lavradores, tratadores
de animais, trabalhadores de curtume e de es-
tações de tratamento de esgoto.
Falta de sinalização.
Equipamento de proteção individual Acidentes e doenças profissionais.
inadequado
EPI inadequado ou não fornecido
Anotações
Possibilidade de Incêndio ou Explosão Acidentes graves e/ou fatais.
Armazenamento inadequado de infla-
máveis e/ou gases;
Manipulação e transporte inadequado
de produtos inflamáveis e perigosos;
Sobrecarga em rede elétrica;
Falta de sinalização;
Falta de equipamentos de combate a in-
cêndios ou equipamentos defeituosos.
Animais peçonhentos: cobras, escorpi- Acidentes graves.
ões, aranhas
São os animais que injetam veneno
com facilidade e de maneira ativa.
4 - MAPA DE RISCOS
Anotações
as cores forem diferentes, significa que o grau do risco é o mesmo,
mas o tipo de risco é diferente, por exemplo:
5 - CONCLUSÃO
33
Nesta unidade foram abordados os Riscos Ambientais, sua classificação
segundo NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA e os
agentes causadores de acidentes e doenças no trabalho. Estudou também, como
analisar o ambiente de trabalho para diagnosticar a situação de segurança e
saúde no trabalho na empresa e como elaborar o Mapa de Riscos Ambientais.
Na próxima Unidade você vai estudar conceitos importantes sobre aci-
dentes e doenças do trabalho e as medida de controle; transmissão do vírus
HIV. Formas de identificar práticas e condições inseguras no local de trabalho.
E, ainda vai conhecer as principais medidas de controle a serem adotadas para
eliminar os riscos de acidentes e doenças do trabalho.
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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
Descrição do acidente.
No dia 10 de abril de 1997, por volta das 15:30 h, a funcionária Roselene adentrou
o Laboratório.
Ao efetuar a limpeza da laboratório, sem ter o cuidado de proteger previamente
suas mãos com luvas adequadas, a funcionária removeu alguns frascos do lugar e lim-
pou a superfície da mesa.
Não houve derramamento de líquidos na mão ou dedos da funcionária, apenas
um contato superficial, com os líquidos remanescentes existentes no lado externo dos
frascos e na superfície da mesa.
A funcionária possuía as luvas mas, no momento não as usou por ignorar os riscos a que
se expunha, mesmo estando os frascos fechados. A funcionária encontrava-se sozinha no labo-
ratório, não havendo no momento, quem pudesse alertá-la.
Na mesa havia frascos de ácido fluorídrico (HF - o provável causador das lesões),
ácido clorídrico (HCl, outro grande suspeito), ácido nítrico e ácido sulfúrico entre ou-
tros, todos altamente concentrados.
Meia hora depois, às 16:00 h, ao término do seu turno de trabalho ela se pre-
parou para pegar o ônibus que a levaria para casa. Já sentia alguma dor nos dedos e
na mão esquerda, porém não comunicou nada a ninguém, com medo de ser demitida
por não ter usado as luvas. Já dentro do ônibus e não mais suportando a sensação de
queimação na mão, principalmente no dedo médio esquerdo, comunicou o ocorrido às
16:20 h, ao supervisor. A funcionária apresentava febre, o dedo estava inchado, infla-
mado e a dor era muito forte.
O supervisor, desviou o ônibus para o Pronto Socorro onde a acidentada foi
prontamente atendida.
O pavor de perder o emprego era tão grande que, quando o médico começou a
fazer perguntas e a anotar os dados para preencher os formulários, a funcionária saiu
Anotações
correndo e chorando do PS, sendo contida somente pelos gritos do médico e pelos
seguranças. Este medo era motivado pela grande necessidade que ela tem de manter
o salário, por ser mãe de três filhos pequenos.
No Pronto Socorro o problema da funcionária foi diagnosticado como queima-
dura por produto químico desconhecido, sendo o causador mais provável o ácido fluo-
rídrico, pelo tipo de lesão apresentado (corrosão das unhas e ossos).
Fonte: http://www.ifi.unicamp.br/~cipaif/abrecipa.htm#top
UNIDADE 4
ACIDENTES E DOENÇAS NO
AMBIENTE DE TRABALHO
APRESENTAÇÃO
Anotações
Nesta unidade serão abordados temas e conceitos importantes sobre
acidentes e doenças do trabalho e suas medidas de controle, aspectos im-
portantes sobre a transmissão do vírus HIV e formas de identificar práticas e
condições inseguras no local de trabalho.
E, você ainda vai conhecer as principais medidas de controle a serem
adotadas para eliminar os riscos de acidentes e doenças do trabalho.
OBJETIVOS
1 - INTRODUÇÃO
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Acidentes são acontecimentos imprevistos! Acontecem quando menos
se espera. Quando você vai a pé para o cinema e escorrega e torce o pé, você
pode dizer aos amigos que “sofreu um acidente”. São fatos que ocorrem no
dia a dia, na sua vida pessoal, sem relação com o trabalho. Mas, se você es-
correga e cai ao transportar um volume muito pesado no seu ambiente de
trabalho, este foi um acidente de trabalho.
Podemos chamar de doença a falta ou a perturbação da sua saúde. Pode
ser temporária ou permanente. Uma criança que contraiu sarampo está do-
ente. O sarampo faz parte das chamadas “doenças infantis”. Hoje em dia há
vacina para isto e, é mais raro, que as crianças adoeçam de sarampo. Mas, se
no seu setor de trabalho existe umidade excessiva e você contrai uma pneu-
38 monia, você pode dizer que ela foi decorrente das condições de trabalho. Esta
doença poderia ser evitada se a CIPA da Empresa tivesse apontado que o am-
biente da sua oficina necessitava ser restaurado.
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
Anotações
O PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - PPRA é regu-
lamentado pela Norma Regulamentadora - NR 9. Seu objetivo é estabelecer
uma metodologia de ação que garanta a preservação da saúde e integridade
dos trabalhadores frente aos riscos dos ambientes de trabalho.
O PPRA prevê a identificação, avaliação e monitoramento dos locais de
trabalho e das atividades, rotinas e situações anormais, com potencial de ex-
posição aos riscos ambientais, estabelecendo recomendações de controle.
As ações do PPRA devem ser elaboradas por profissionais qualificados na
área de segurança do trabalho (engenheiros e técnicos de segurança do trabalho),
sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores.
• De retorno ao trabalho;
• De mudança de função;
• Demissional; Exames especiais re-
alizados para as ocupações que
Mas atenção! So-
mente exames rea- têm maior propensão às doenças
lizados pelo médico ocupacionais.
do trabalho poderão
comprovar se uma
doença é ou não de
origem profissional.
• Doando sangue;
• Em telefones públicos;
RES DO HIV
• Manter-se informado sobre a doença;
• Demonstrar solidariedade;
• Não discriminar;
• Se necessário, procurar apoio psicológico;
Evitar riscos desnecessários, tomando as precauções devidas.
A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE
Podemos definir Higiene “como uma ciência que busca a preservação da
saúde e a prevenção de doenças”. Podemos dizer que é uma forma de evitar
doenças e conservar a saúde. Daí a importância com a higiene pessoal, da nos-
sa casa e do ambiente de trabalho.
Os princípios de higiene estão relacionados a diversos aspectos da vida
das pessoas:
• Higiene pessoal – compreende os cuidados de asseio corporal, do
modo de se vestir e de viver.
• Higiene do ambiente de trabalho – assim como em sua
casa, a higiene no ambiente de trabalho é fundamen-
tal. A desordem nos materiais pode causar problemas
de circulação e até ocasionar uma queda. Se o ambien-
te estiver sujo pode expor o profissional aos agentes
biológicos (bactérias, ácaros, fungos etc.) que podem
provocar inúmeras doenças.
Anotações
O acidente acontece onde a segurança falha! A escada rolante de um
shopping center, sem manutenção, é uma fonte permanente de problemas e
acidentes. E aí, ninguém vai comprar nada lá. As pessoas não vão se expor ao
risco!
Se você age desta forma no shopping que é um lugar que vai de vez em
quando, por que não agir da mesma forma no trabalho, aonde você vai todo
dia?! A segurança faz parte de um conjunto de conceitos que você deve incor-
porar na sua vida!
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
Você não vai inspecionar o shopping center, não é? Mas, se você é mem-
bro da CIPA, deve inspecionar as condições de segurança do ambiente de tra-
balho permanentemente.
A Inspeção de Segurança é uma vistoria feita nos locais de trabalho, áre-
as externas e instalações, abordando os aspectos relativos à Higiene, Seguran-
ça do Trabalho e Prevenção de Incêndios.
Tem por finalidade identificar práticas e condições inseguras, dependên-
cias de higiene precária, possíveis focos de princípios de incêndios, com o pro-
pósito de eliminá-los de imediato, se possível. É parte integrante da rotina de
trabalho dos membros da CIPA em conjunto com o SESMT.
ETAPAS DA INSPEÇÃO
As etapas da inspeção de segurança são as seguintes:
• Observação: a vistoria deve der feita com critério, buscando detalhes e infor-
mações de todo o processo de trabalho, além do simples olhar.
45
• Informação: se houver irregularidades, se possível, devem ser discu-
tida na hora, principalmente quando a situação for grave. Deve-se
buscar solução antes da ocorrência de acidentes, no momento da de-
tecção do problema.
• Registro: os itens levantados devem ser anotados com clareza, re-
latando os problemas, descrevendo os perigos e sugerindo medidas
preventivas e corretivas.
• Encaminhamento: as recomendações devem ser enviadas aos seto-
res competentes, para as medidas cabíveis.
• Acompanhamento: as propostas para a solução dos problemas de-
vem ser acompanhadas até a sua execução.
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5 - MEDIDAS DE CONTROLE DOS RISCOS
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
Anotações
coletiva não forem instalados. Ou quando a colocação de EPCs for tecni-
camente inviável. Ou ainda quando o EPC não oferecer proteção com-
pleta contra determinados riscos.
Como no exemplo acima, se não houver sistema centralizado contra ga-
ses e/ou poeira, o uso de máscaras se torna um EPI obrigatório.
Medidas administrativas
São exemplos de medidas administrativas:
• A existência de normas é uma forma administrativa para garantir que
os trabalhadores estejam informados sobre as medidas existentes na
empresa para controle dos riscos.
• Definição e aplicação de procedimentos para isolar, sinalizar, contro-
lar ou eliminar os riscos no ambiente de trabalho.
• Fiscalizar o uso obrigatório dos EPIs.
Medidas educacionais
• Treinamento dos trabalhadores quanto os procedimentos que asse-
gurem a eficiência das medidas de controle coletivo e eventuais limi-
tações dos EPCs.
6 - CONCLUSÃO
OBJETIVOS
Ao final desta unidade os participantes deverão ser capazes de:
• Identificar as causas de acidentes e doenças profissionais e propor
medidas de prevenção e correção para evitar novas ocorrências.
• Reconhecer a importância das estatísticas de acidentes para controlar
resultados da implantação das medidas de prevenção de acidentes.
• Conhecer a teoria do fogo e as medidas de prevenção de incêndio.
1 - INTRODUÇÃO
a) Atos Inseguros
Atos inseguros são atitudes, atos,
ações ou comportamentos do trabalha-
dor, contrários às normas de segurança e
que colocam em risco a sua saúde e/ou
integridade física, ou de outros colegas
de trabalho.
Exemplos:
• Operar máquinas sem estar ha-
bilitado ou autorizado;
• Não usar EPI;
• Remover proteções de máquinas;
• Entrar em áreas não permitidas.
b) Condições Inseguras
Condições inseguras estão ligadas às condições do ambiente de trabalho
que são fontes causadoras de acidentes. Exemplos:
• Máquinas sem proteções adequadas;
• Iluminação e ventilação insuficientes;
• Ferramentas em mau estado de conservação;
• Piso escorregadio, etc.
Anotações
É o acidente em que o acidentado pode exercer sua função normalmente,
no mesmo dia do acidente ou no dia seguinte, no horário regulamentar. Esse tipo
de acidente não é computado nos cálculos das taxas de frequência e gravidade.
FASES DA INVESTIGAÇÃO
A CIPA deverá iniciar a investigação imediatamente após a ocor-
rência, devendo:
a) Coletar os dados descrevendo o ocorrido:
• Conversar com o acidentado, com testemunhas que presenciaram a
ocorrência e com o chefe da área.
• Observar o local do acidente, registrando os riscos que possam tê-lo
causado.
• Conversar com o médico que atendeu a vítima etc.
b) Analisar o acidente identificando suas causas:
• De posse dos dados, o grupo da CIPA deverá analisá-los, podendo
utilizar a metodologia de Árvore de Causas.
• Para utilizar este método, deve-se responder à pergunta “POR QUÊ?”
a partir da conseqüência do acidente ou da doença.
• A cada resposta, deve-se repetir a pergunta, seqüencialmente, até que
não seja mais possível responder ao “por que” da última pergunta.
• Depois de desenhada a Árvore de Causas, identificam-se as mudan-
ças necessárias no ambiente ou processo de trabalho para evitar no-
vas ocorrências.
c) Definir as medidas preventivas:
• Priorizar as ações.
• Acompanhar a implantação das medidas.
COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE
A comunicação do acidente é obrigação prevista em lei conforme dis-
põem o artigo 22 da Lei nº 8.213/91, parágrafos I e II.
As empresas deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdência
Social até o primeiro dia útil se-
guinte ao da ocorrência, mesmo
que tenha acontecido fora do local
de trabalho, utilizando para isso o
Anotações
CADASTRO DE ACIDENTADOS
As empresas devem possuir um
cadastro dos acidentes ocorridos. É
importante destacar no cadastro dos
acidentados a situação dos acidentes
por áreas da empresa, causas, tipos de
lesão, dias da semana, idade dos aci-
dentados e outros fatores que sejam
de interesse e importantes para análi-
se e adoção de medidas de segurança.
ESTATÍSTICAS
Um acidente isoladamente é uma ocorrência isolada. As estatísticas são
formadas por um conjunto de ocorrências. Estas ocorrências serão quanti-
ficadas, classificadas, analisadas e estudadas dando origem a um banco de
dados que deve ser alimentado e acompanhado. Esse banco de dados é de
grande importância. Além de identificar as principais causas de acidentes, os
riscos mais comuns e freqüentes, também possibilita controlar os resultados
para implementar medidas de segurança.
É importante o preenchimento de formulários que facilitem o registro
dos dados para a elaboração de estatísticas e estudos.
CÁLCULOS ESTATÍSTICOS
57
Para elaborar os cálculos estatísticos é necessário conhecer as defini-
ções de “Dias Perdidos e Dias Debitados”:
• Dias Perdidos: São os dias em que o acidentado não tem condições
de trabalhar por ter sofrido um acidente que lhe causou uma in-
capacidade temporária. Esses dias são contados de forma corrida,
inclusive domingos feriados, a partir do dia seguinte ao do acidente
até a alta médica ou do retorno ao trabalho.
• Dias Debitados: São considerados dias debitados, o número de dias
constante da “Tabela de Dias Debitados”, em função da ocorrência
de um acidente que ocasionou ao acidentado incapacidade parcial e
permanente, incapacidade total e permanente ou morte. Conhecendo
o número de acidentes, de dias perdidos e dias debitados, podem ser
58 calculados dois valores: Coeficiente de Frequência e Coeficiente de
Gravidade, que são outros elementos para analisar os acidentes.
• Coeficiente de Frequência - CF: Significa o número de acidente com
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
Teoria do Fogo
Fogo ou combustão é o resultado de uma reação química entre três ele-
mentos, chamada de Triângulo do Fogo:
• Combustível - é todo material que queima e se transforma. Exemplo:
carvão, gasolina, GLP, transformadores, magnésio e etc.
• Comburente - é um dos elementos do ar, ou seja, o oxigênio.
Anotações
Anotações
• O Combustível: pavio da vela.
• O Comburente: oxigênio do ar.
• Fonte de Calor: chama do palito de fósforo.
Pontos de Inflamabilidade
Alguns materiais em temperatura ambiente podem pegar fogo com uma
simples faísca. Outros, no entanto, necessitam de aquecimento prévio para
que entrem em combustão. Exemplos: a gasolina pode queimar em temperatu-
ra ambiente; já, o ferro necessita de altíssimas temperaturas para queimar.
Por isso, é importante conhecer os pontos de inflamabilidade. São eles:
• Ponto de Fulgor - é a temperatura mínima em que um combustível li-
bera gases ou vapores inflamáveis, que se incendeiam se houver uma
fonte externa de calor, sempre em presença do oxigênio. Entretanto,
o fogo se apaga em seguida devido a pouca quantidade de vapores
formados.
• Ponto de Combustão: é a temperatura mínima necessária para que
um combustível libere gases ou vapores inflamáveis, que se incen-
deiam se houver uma fonte de calor e oxigênio. A queima é contínua
devido a formação em cadeia de novos vapores ou gases.
• Ponto de Ignição: é a temperatura mínima em que um combustível
libera gases ou vapores inflamáveis, que se incendeiam espontane-
amente, na presença do oxigênio, independentemente de uma fonte
externa de calor.
Vale ressaltar que muitos produtos inflamáveis apenas em temperatura
ambiente já ultrapassaram seu ponto de fulgor. Isto é, liberam gases ou vapo-
res suficientes para serem inflamados.
Transmissão de Calor
O calor é uma espécie de energia e, por isso, pode ser transmitido de um 59
corpo a outro.
Esse processo pode ocorrer de três formas:
• Condução: O calor é transmitido de um corpo para ou-
tro, através de contato direto. Exemplo: O calor produzi-
do pela chama da vela incandescente é transmitido por
contato direto à lâmina do estilete.
• Convecção: O calor é transmitido através de um meio
circulante gasoso.Exemplo: O calor produzido pela cha-
ma da vela incandescente é transmitido para o papel
através do ar quente.
Métodos de extinção do fogo
A maioria dos incêndios começa com um pequeno foco, fácil de debelar.
Conheça os métodos de extinção do fogo e ajude a evitar que um incêndio se
transforme numa catástrofe.
Os métodos de extinção do fogo consistem em “atacar” cada um dos
elementos do triangulo do fogo.
• Isolamento ou retirada do material: Tra-
ta-se da retirada do material (combus-
tível) que está pegando fogo e também
outros materiais que estejam próximos
às chamas. Exemplo: Isolamos a conti-
nuidade da queima do GLP do isqueiro
quando soltamos a válvula de saída.
• Abafamento: Trata-se de eliminar total
ou parcial do oxigênio (comburente)
da reação por meio do abafamento do
fogo. Exemplo: Quando tampamos a
vela acesa com o copo, o oxigênio exis-
tente em seu interior é consumido pela
chama até atingir níveis insuficientes
para continuar a queima.
• Resfriamento: Trata-se de diminuir a tem-
peratura (calor) do material em chamas,
até que sua temperatura fique abaixo do
ponto de combustão. Exemplo: Quando
mergulhamos o palito de fósforo aceso
no copo com água, ocorre resfriamento
total, extinguindo o fogo.
Agentes Extintores
Agentes extintores são substâncias que, devido às suas características,
quando lançados sobre um fogo o extinguem. São vários os agentes extintores
existentes, porém os mais comuns são: água, espuma, gás carbônico (CO²),
gases nobres limpos (halon) e pó químico seco.
Os agentes extintores e as medidas de controle devem ser utilizados con-
forme a classe de incêndios, pois, a escolha inadequada de um agente extintor
ou medida de controle pode tornar inválida uma tentativa de se combater as
chamas e até mesmo agravar a situação.
Extintores de Incêndio
Os extintores de incêndio possuem em seu interior agentes extintores,
adequados aos diferentes tipos de materiais que estão se queimando.
Há vários tipos de extintores de incêndio e são utilizados para combater
61
• Extintor de Espuma Mecânica: utilizado nos incêndios de classe: A e
B. Processo de extinção: Abafamento e resfriamento. Ação: Abafa e
resfria.
62
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
papéis e estopas sujas de óleo, graxa pelo chão, são lugares onde o
fogo pode começar e se propagar rapidamente, sendo mais difícil a
sua extinção.
• Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e
identificados.
• Mantenha as áreas de circulação desobstruídas.
5 - CONCLUSÃO
65
66
Dê dois exemplos de possíveis ocorrencias de incendio em sua empresa,
caracterizando as classes de incêndios e determinando os aparelhos extintores
necessários.
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
Estudo de Caso 1
Maria gostava muito de limpar o escritório. O chão era um brilho, as es-
cadas eram enceradas e brilhavam. Lavava, limpava com todo cuidado. Certo
dia, após o almoço, foi lavar a entrada do escritório. João estava atrasado para
bater o ponto e correu para não perder o seu dia. De repente, escorregou na
escada e caiu, quebrando o braço e duas costelas.
Estudo de Caso 2
Pedro era um excelente motorista. Conhecia a estrada de trás para fren-
te e de frente para trás. Todo o dia, passava em uma pequena estrada, ao lado
da empresa, que tinha uma pedra imensa no meio do caminho. A empresa já
havia percebido a pedra, mas não achou que era perigoso. Pedro, com toda
a segurança, desviava da pedra, não havia problema. Certo dia, Pedro esta-
va preocupado e se esqueceu da pedra e passou por cima dela. O caminhão
perdeu a estabilidade e tombou. Pedro se machucou muito e ficou vários dias
hospitalizado.
Anotações
UNIDADE 6
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E
PREVIDENCIÁRIA - NR 5
APRESENTAÇÃO
Anotações
Mais importante do que acionar as Leis de Proteção ao Trabalho é pre-
venir que acidentes e doenças ocorram!
Contudo, quando ocorrem, é preciso garantir que o trabalhador tenha
seus direitos garantidos e fazer cumprir a Lei. E, embora não seja exatamente
função da CIPA esta atribuição, o conhecimento da legislação se aplica tam-
bém como mecanismo de prevenção.
No sentido de facilitar o estudo e aplicação da Legislação Trabalhista e
Providenciaria é que foi organizado o Quadro de benefícios.
OBJETIVOS
1 - INTRODUÇÃO
69
2 - QUADRO DE BENEFÍCIOS
comprovadas.
2 - CONCLUSÃO
c. [ ] vitalício
5. O acidentado que, estando ou não em auxílio-doença for considerado
incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de ativi-
dade que lhe garanta subsistência recebe qual benefício?
a. [ ] Aposentadoria por invalidez
b. [ ] Auxilia-doença
c. [ ] Abono Anual
ANEXO 1
NORMA REGULAMENTADORA
NR 5 (na íntegra)
Do Objetivo
Anotações
5.1 a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compa-
tível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde
do trabalhador.
Da Constituição
5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcio-
namento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da
administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, coope-
rativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados.
5.3 As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalha-
dores avulsos e às entidades que lhes tomem serviços, observadas as disposições
estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores econômicos específicos.
5.4 A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais estabeleci-
mentos deverá garantir a integração das CIPA e dos designados, conforme o caso, com
o objetivo de harmonizar as políticas de segurança e saúde no trabalho.
5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão,
através de membros de CIPA ou designados, mecanismos de integração com objetivo
de promover o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças decor-
rentes do ambiente e instalações de uso coletivo, podendo contar com a participação
da administração do mesmo.
Da Organização
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados,
de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alte-
rações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos.
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles
designados.
5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em
escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclu-
sivamente os empregados interessados.
5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a or-
Das Atribuições
5.16 A CIPA terá por atribuição:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a
participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de
problemas de segurança e saúde no trabalho;
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de pre-
venção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de
trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho
visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e
saúde dos trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu
plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo em-
pregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho
relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de má-
quina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos
trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros
programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem
como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança
e saúde no trabalho;
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da
análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução
dos problemas identificados;
m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que te-
Anotações
Anotações
rios ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realiza-
ção das tarefas constantes do plano de trabalho.
5.18 Cabe aos empregados:
a. participar da eleição de seus representantes;
b. colaborar com a gestão da CIPA;
c. indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar
sugestões para melhoria das condições de trabalho;
d. observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto a pre-
venção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.
5.19 Cabe ao Presidente da CIPA:
a. convocar os membros para as reuniões da CIPA;
b. coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT,
quando houver, as decisões da comissão;
c. manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
d. coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
e. delegar atribuições ao Vice-Presidente;
5.20 Cabe ao Vice-Presidente:
a. executar atribuições que lhe forem delegadas;
b. substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afasta-
mentos temporários;
5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes
atribuições:
a. cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvi-
mento de seus trabalhos;
b. coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objeti-
vos propostos sejam alcançados;
c. delegar atribuições aos membros da CIPA;
Do Funcionamento
5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário pre-
estabelecido.
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5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente nor-
mal da empresa e em local apropriado.
5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminha-
mento de cópias para todos os membros.
5.26 As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção
do Trabalho - AIT.
5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:
a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplica-
ção de medidas corretivas de emergência;
b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
78 c) houver solicitação expressa de uma das representações.
5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.
5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
Do Treinamento
5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titula-
res e suplentes, antes da posse.
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo má-
ximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.
5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente
treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.
5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:
a. estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos origina-
dos do processo produtivo;
b. metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;
c. noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos
riscos existentes na empresa;
d. noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e medidas de
prevenção;
e. noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança
Anotações
e saúde no trabalho;
f. princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;
g.organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribui-
ções da Comissão.
5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo
oito horas diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa.
5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade pa-
Anotações
tronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre
aos temas ministrados.
5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à
entidade ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata, caben-
do à empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o treinamento.
5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relaciona-
dos ao treinamento, a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego,
determinará a complementação ou a realização de outro, que será efetuado no prazo
máximo de trinta dias, contados da data de ciência da empresa sobre a decisão.
Do Processo Eleitoral
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representan-
tes dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término
do mandato em curso.
5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo
eleitoral ao sindicato da categoria profissional.
5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus mem-
bros, no prazo mínimo de 55 (cinquenta e cinco) dias antes do término do mandato em
curso, a Comissão Eleitoral - CE, que será a responsável pela organização e acompa-
nhamento do processo eleitoral.
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será
constituída pela empresa.
5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:
a. publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no
prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso;
b. inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será
de quinze dias;
c. liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, inde-
pendentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante;
d. garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;
estabelecimento.
5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição
e apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em
caso de vacância de suplentes.
Disposições Finais
5.51 Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos de
portaria específica.
Anotações
BIBLIOGRAFIA:
Anotações
SEST/SENAT – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, Mo-
dalidade Presencial, Apostila do Aluno.
IDELT - Curso Básico Para Componentes da CIPA, 1998.
SENAI-SP. DMD. Prevenção de acidentes do Trabalho para componentes
da CIPA. 2.ed. São Paulo.1990
http://www.bauru.unesp.br/curso_cipa/artigos/introd.doc
http://www.brigadamilitar.rs.gov.br/bombeiros/DicasPrevencao-Extintores.html
http://www.btu.unesp.br/cipa/mapaderisco07.htm
http://www.cipanet.com.br/forum/topic.asp?TOPIC_ID=33
http://www.faap.br/affaap/cipa.htm
http://www.poli.usp.br/cipa/oquee.htm
http://www.usp.br/espacoaberto/arquivo/2001/espaco08mai/varia.htm
http://www.light.com.br/web/institucional/seguranca/historico/tehistorico.asp
http://www.kanaflex.com.br
http://labinfo.cefetrs.edu.br/professores/durval/trans5/anexo%20xiv%20-
%20mapa%20de%20risco.pdf
http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D64%26cn%3D721
http://www.simucad.dep.ufscar.br/dn_eng_seguranca_doc15.pdf
Ministério do trabalho e Emprego – Legislação Atualizada das Leis de
Prevenção a Acidentes do Trabalho; Normas Regulamentadoras.
FUNDACENTRO – Brasília, Belo Horizonte, São Paulo
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