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CEIEA – COLÉGIO ESTADUAL IDELZITO ELOY DE ABREU

PROPOSTA DE ACC - ATIVIDADE CURRICULAR COMPLEMENTAR

PROJETO PARAFRASEANDO

Unidade III – 2022

Tema Geral: Educação e Democracia.


Subtema III Unidade: Um corpo no mundo.
PROFESSORES RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DA ATIVIDADE: Jadson Palma, Pedro Luiz Santos,
Dalila Netto, Ginaldo Soares, Paloma Menezes, Graziela Lima, Daíse Soares, Marli Araújo e Rômulo
Mendes.
OBJETIVO:
Confecção de uma bricolagem usando uma das linguagens escolhidas (texto, vídeo ou fotografia)
que represente a reflexão sobre o Tema Um Corpo no Mundo.

ORIENTAÇÕES GERAIS:
A Bricolagem Oriundo do francês, o termo bricolage significa um trabalho manual feito de
improviso e que aproveita materiais diferentes. Na apropriação realizada por Lévi-Strauss
(1976), o conceito de bricolagem foi definido como um método de expressão através da
seleção e síntese de componentes selecionados de uma cultura. Por sua vez, relendo o
trabalho do antropólogo, Derrida (1971) ressignificou o termo no âmbito da teoria literária,
adotando-o como sinônimo de colagem de textos numa dada obra. Finalmente, De Certeau
(1994) utilizou a noção de bricolagem para representar a união de vários elementos
culturais que resultam em algo novo.

TEMA E CONTEXTOS:
Tema: Um Corpo No Mundo.
Este tema pode ser explorado em vários contextos: sociológico, filosófico, nos componentes
curriculares das Ciências da Natureza, Matemática, Educação Física, Literatura. Inclusive
nas reflexões sobre a Consciência Negra, gênero, etc. Cada professor(a) poderá explorar
uma perspectiva, diante dos assuntos estudados na III Unidade.
O tema a ser abordado terá como referência a canção “Um corpo no mundo” da artista
baiana Luedji Luna. A ideia do tema é possibilitar uma reflexão sobre os diversos corpos e
seu espaço no mundo.

ATIVIDADE
A bricolagem rejeita as diretrizes e roteiros preexistentes. Sua característica essencial é
permitir criar processos de investigação e criatividade. Explicitado os significados do termo
bricolagem ao longo da história, propõe-se uma atividade transdisciplinar que utiliza a
bricolagem como um método de investigação que busca incorporar diferentes pontos de
vista a respeito de um mesmo tema.
A bricolagem é uma forma analisar e interpretar os variados temas a partir de diversos
olhares existentes na sociedade atual.
A bricolagem pode ser construída através de texto, fotografia ou vídeo que possa expor a
diversidade dos corpos que habitam este lugar.

1º passo: Organização em cinco grupos por turma.


2º passo: Refletir com o(a) professor(a) da turma qual o contexto que será realizada a
atividade.
3º passo: Buscar, pesquisar e investigar variadas referências literárias, audiovisuais e
visuais que dialoguem com o tema: Um Corpo No Mundo. As referências ficam a critério do
professor.
4º passo:
 Escolher a linguagem (texto, vídeo ou fotografia).
 Construir a bricolagem a partir da escolha.
5º passo:

 Apresentar em sala de aula na semana entre 1º à 11 de novembro.


PRAZOS:
REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE: ATÉ 28 DE OUTUBRO DE 2022.
APRESENTAÇÃO EM SALA DE AULA: 1º à 11 DE NOVEMBRO.

Segue abaixo um poema e um vídeo que auxilie na reflexão sobre o tema:


Link do clipe “Um corpo no mundo” de Luedji Luna:
https://www.youtube.com/watch?v=pcEe9nU0P4Q

Um Corpo No Mundo E Je suis ici, ainda que não queiram não


Je suis ici, ainda que eu não queria mais
Je suis ici agora
Atravessei o mar
Um sol da América do Sul me guia
Trago uma mala de mão Cada rua dessa cidade cinza sou eu
Dentro uma oração Olhares brancos me fitam
Um adeus Há perigo nas esquinas
E eu falo mais de três línguas
Eu sou um corpo
Um ser E palavra amor, cadê?
Um corpo só Je suis ici, ainda que não queiram não
Tem cor, tem corte Je suis ici, ainda que eu não queira mais
E a história do meu lugar Je suis ici, agora
Eu sou a minha própria embarcação Je suis ici
Sou minha própria sorte E a palavra amor cadê?

Composição: Luedji Luna


REFERÊNCIAS
LÉVI-STRAUSS, Claude. O Pensamento Selvagem. Tradução de Maria Celeste da Costa e Souza e Almir de Oliveira
Aguiar. São Paulo: Nacional, 1976.

DERRIDA, Jacques. A Estrutura, o Signo e o Jogo no Discurso das Ciências Humanas. In: DERRIDA, Jacques. A Escritura
e a Diferença. Tradução de Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Perspectiva, 1971. P. 229-249.

DE CERTEAU, Michel. A Invenção do Cotidiano – artes de fazer. Tradução de Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes,
1994.
ANEXO:

Em seguida, estão à disposição outras leituras e links de vídeos que podem auxiliar na escolha da linguagem (vídeo,
fotografia, vídeo) e na reflexão sobre o tema sugerido: Um corpo no mundo.

Walter Firmo
Nascido em 1937 no Rio de Janeiro, Walter Firmo conta que desde garoto sonhava em fotografar. Ingressou
no fotojornalismo em 1955, como aprendiz, no jornal Última Hora, e não parou mais. Trabalhou em diversos
jornais e revistas e construiu uma carreira longeva, reconhecida por prêmios. Um deles foi o Esso de
Reportagem, em 1963, conquistado por “Cem dias na Amazônia de ninguém”, matéria publicada no Jornal
do Brasil com fotos e texto seus. Chamado de “mestre da cor”, Firmo é autor de retratos memoráveis de
ícones da música brasileira como Pixinguinha, Dona Ivone Lara, Cartola. Outra vertente bastante conhecida
de seu trabalho são as imagens de festas populares registradas por todo o Brasil, do carnaval do Rio de
Janeiro ao bumba meu boi no Maranhão. Desde 2018 o Instituto Moreira Salles abriga, em regime de
comodato, aproximadamente 145 mil fotos feitas por Firmo ao longo de várias décadas. O material
estabelece um diálogo direto com outros grandes nomes do acervo do IMS, como José Medeiros, com quem
Firmo trabalhou, e Marcel Gautherot.

"VENDEDOR DE SONHOS" NA PRAIA DA PIATÃ, SALVADOR, BA, DÉC. 1980 (FOTO: WALTER FIRMO/ACERVO IMS)
Foto tirada em Salvador, em 1997, faz parte da mostra que está no Museu da Vale (foto: WALTER
FIRMO/divulgação

Mário Cravo Neto


Fotógrafo, desenhista, escultor e cineasta, o baiano Mario Cravo Neto (1947-2009) circulou com
desenvoltura em todas essas áreas, mas foi com sua produção fotográfica que mais se destacou no cenário
das artes visuais. Artista rigoroso e sistemático, encontrou em temas como a natureza, o povo da Bahia, o
candomblé e a religiosidade o material de que se nutriu para produzir fotografias que o tornaram conhecido
internacionalmente. Possui obras em diversas coleções de fotografia e de arte contemporânea, de
instituições como o MoMA — Museu de Arte Moderna de Nova York —, o Stedelijk Museum, em Amsterdã,
o Museo Reina Sofía, em Madri. Parte do acervo do artista — cerca de 100 mil imagens — está desde 2015
sob a guarda do Instituto Moreira Salles, em regime de comodato.
Odé. Série “Eterno agora”, 1988. Foto de Mario Cravo Neto. Acervo Instituto Mario Cravo Neto/ IMS.
Salvador – Bahia – Brasil – 1988.

Homem com Dois Peixes, 1992


Mario Cravo Neto.
Links:
https://youtu.be/utLCnioVj10
https://youtu.be/QmbxJKvyMFY
https://youtu.be/n3IyAxIFuKo
https://youtu.be/agVPrvyacxI

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