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PROJETO PARAFRASEANDO
ORIENTAÇÕES GERAIS:
A Bricolagem Oriundo do francês, o termo bricolage significa um trabalho manual feito de
improviso e que aproveita materiais diferentes. Na apropriação realizada por Lévi-Strauss
(1976), o conceito de bricolagem foi definido como um método de expressão através da
seleção e síntese de componentes selecionados de uma cultura. Por sua vez, relendo o
trabalho do antropólogo, Derrida (1971) ressignificou o termo no âmbito da teoria literária,
adotando-o como sinônimo de colagem de textos numa dada obra. Finalmente, De Certeau
(1994) utilizou a noção de bricolagem para representar a união de vários elementos
culturais que resultam em algo novo.
TEMA E CONTEXTOS:
Tema: Um Corpo No Mundo.
Este tema pode ser explorado em vários contextos: sociológico, filosófico, nos componentes
curriculares das Ciências da Natureza, Matemática, Educação Física, Literatura. Inclusive
nas reflexões sobre a Consciência Negra, gênero, etc. Cada professor(a) poderá explorar
uma perspectiva, diante dos assuntos estudados na III Unidade.
O tema a ser abordado terá como referência a canção “Um corpo no mundo” da artista
baiana Luedji Luna. A ideia do tema é possibilitar uma reflexão sobre os diversos corpos e
seu espaço no mundo.
ATIVIDADE
A bricolagem rejeita as diretrizes e roteiros preexistentes. Sua característica essencial é
permitir criar processos de investigação e criatividade. Explicitado os significados do termo
bricolagem ao longo da história, propõe-se uma atividade transdisciplinar que utiliza a
bricolagem como um método de investigação que busca incorporar diferentes pontos de
vista a respeito de um mesmo tema.
A bricolagem é uma forma analisar e interpretar os variados temas a partir de diversos
olhares existentes na sociedade atual.
A bricolagem pode ser construída através de texto, fotografia ou vídeo que possa expor a
diversidade dos corpos que habitam este lugar.
DERRIDA, Jacques. A Estrutura, o Signo e o Jogo no Discurso das Ciências Humanas. In: DERRIDA, Jacques. A Escritura
e a Diferença. Tradução de Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Perspectiva, 1971. P. 229-249.
DE CERTEAU, Michel. A Invenção do Cotidiano – artes de fazer. Tradução de Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes,
1994.
ANEXO:
Em seguida, estão à disposição outras leituras e links de vídeos que podem auxiliar na escolha da linguagem (vídeo,
fotografia, vídeo) e na reflexão sobre o tema sugerido: Um corpo no mundo.
Walter Firmo
Nascido em 1937 no Rio de Janeiro, Walter Firmo conta que desde garoto sonhava em fotografar. Ingressou
no fotojornalismo em 1955, como aprendiz, no jornal Última Hora, e não parou mais. Trabalhou em diversos
jornais e revistas e construiu uma carreira longeva, reconhecida por prêmios. Um deles foi o Esso de
Reportagem, em 1963, conquistado por “Cem dias na Amazônia de ninguém”, matéria publicada no Jornal
do Brasil com fotos e texto seus. Chamado de “mestre da cor”, Firmo é autor de retratos memoráveis de
ícones da música brasileira como Pixinguinha, Dona Ivone Lara, Cartola. Outra vertente bastante conhecida
de seu trabalho são as imagens de festas populares registradas por todo o Brasil, do carnaval do Rio de
Janeiro ao bumba meu boi no Maranhão. Desde 2018 o Instituto Moreira Salles abriga, em regime de
comodato, aproximadamente 145 mil fotos feitas por Firmo ao longo de várias décadas. O material
estabelece um diálogo direto com outros grandes nomes do acervo do IMS, como José Medeiros, com quem
Firmo trabalhou, e Marcel Gautherot.
"VENDEDOR DE SONHOS" NA PRAIA DA PIATÃ, SALVADOR, BA, DÉC. 1980 (FOTO: WALTER FIRMO/ACERVO IMS)
Foto tirada em Salvador, em 1997, faz parte da mostra que está no Museu da Vale (foto: WALTER
FIRMO/divulgação