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Musicoterapia e

Neurociência
Prof. Daniel Santana
daniel.musicoterapia@gmail.com
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Definição de Neurociência
2. Definição de Música
3. Sistema Nervoso
4. Cognição
Apresentação do vídeo institucional
5. Dicas
MUSICOTERAPIA
Definição
Utilização profissional da música e seus elementos, para a
intervenção em ambientes médicos, educacionais e
cotidiano com indivíduos, grupos, famílias ou
comunidades que procuram otimizar a sua qualidade de
vida e melhorar suas condições físicas, sociais,
comunicativas, emocionais, intelectuais, espirituais e de
saúde e bem estar. A investigação, a educação, a prática e
o ensino clínico em musicoterapia são baseados em
padrões profissionais de acordo com contextos culturais,
sociais e políticos.

WFMT, 2011.
MUSICOTERAPIA

Interativa Receptiva

Atendimento
• Clínico
• Educacional
• Organizacional
• Social

Bruscia, 2017
NEUROCIÊNCIA

substantivo feminino
Ramo da ciência ou conjunto de conhecimentos sobre a estrutura
e o funcionamento do sistema nervoso.

A neurociência compreende o estudo do sistema nervoso e suas


ligações com toda a fisiologia do organismo, incluindo a relação
entre cérebro e comportamento.

Houaiss, 2009; Ventura, 2010


Musicoterapia
Música Antropologia
Física
Comunicação
Educação
Química
Filosofia NEUROCIÊNCIA
Engenharia
Linguística
Matemática
Medicina Psicologia
Ciência da computação

Dos Reis Valentim, 2016


Valemtim, 2016
Podemos tomar como data de
criação desta interdisciplina a
publicação de “De morbis nervorum”
em 1735, de autoria do médico
holandês Herman Boerhaave (1668 -
1738), considerado o primeiro
tratado de neurologia.

Valemtim, 2016
As técnicas usadas pelos neurocientistas vêm crescendo
com contribuições desde estudos moleculares e
celulares de neurônios individuais até do
"imageamento" de tarefas sensoriais e motoras no
cérebro. Avanços teóricos recentes na neurociência têm
sido auxiliados pelo estudo das redes neurais ou com
apenas a concepção de circuitos (sistemas) e
processamento de informações que tornam-se modelos
de investigação com tecnologia biomédica e/ou clínica.

Valemtim, 2016
Áreas de Estudo

1. Espectro animal
2. Patologias e lesões anatômicas
3. Desenvolvimento e envelhecimento
4. Efeito de drogas
5. Estudo da mente, inteligência e comportamento

Valemtim, 2016
Áreas de Estudo

1. Neurociência molecular
2. Neurociência celular
3. Neurociência sistêmica
4. Neurociência comportamental
5. Neurociência cognitiva

Lent, 2004
Temos duas estratégias básicas para abordar os
problemas da mente-cérebro e/ou a principal aplicação
prática da neurociência na clínica médica:

• O estudo da função nervosa e suas alterações


• O estudo etiológico das patologias do sistema
nervoso

Harrison, 1980; Robbins et. al, 1996


MÚSICA
Definição
substantivo feminino
1. combinação harmoniosa e expressiva de sons.
2. a arte de se exprimir por meio de sons, seguindo
regras variáveis conforme a época, a civilização etc.
3. é uma forma de arte que se constitui na
combinação de vários sons e ritmos, seguindo uma
pré-organização ao longo do tempo.

Houaiss, 2009
Algumas definições
1. Música como som
2. Música como experiência subjetiva
3. Música como estrutura
4. Música como construção social
5. Música como fonte histórica
6. Música como manifestação estética
SISTEMA NERVOSO
Neurônios
Pode ser considerado a
unidade básica da
estrutura do cérebro e
do sistema nervoso e
caracterizam-se pelos
processos que conduzem
impulsos nervosos para o
corpo e do corpo para a
célula nervosa.

Lopes, 2006
Lent, 2004
Neurônios Espelho
Descobertos nos anos 90, são neurônios
especializados na identificação e reprodução de
ações motoras.

Estão relacionados ao controle de ações


fundamentais no repertório motor e podem ser
ativados ao se observar – mesmo que parcialmente
- uma ação.

Ferreira et. at, 2017


Sinapses
São os pontos onde as extremidades de neurônios
vizinhos se encontram e o estímulo passa de um
neurônio para o seguinte por meio de mediadores
químicos (neurotransmissores) ou elétricos.

Lent, 2004
Neurotransmissores
• Aminas Biogênicas – atuam no sistema simpático
(Catecolaminas / Indolaminas)
• Aminoacidérgicos – neurotransmissores
inibidores ou excitatórios atuantes no SNC
• Neuropeptídios – atuam na modulação de
respostas somáticas
• Radicais livres – produzidos durante o processo
de combustão por oxigênio, podem danificar
células
• Colinérgicos – estimula o sistema parassimpático
Aminas Biogênicas - Catecolaminas
• Adrenalina (epinefrina) – serve como um mecanismo
de defesa do organismo, preparando-o para uma
situação de emergência, preparando o corpo para um
determinado esforço, em resposta a situação de stress
• Noradrenalina (norepinefrina) - atua na regulação do
humor, aprendizado e memória, preparando o corpo
para uma determinada ação
• Dopamina - controla a estimulação e os níveis do
controle motor e desempenha um papel importante no
sistema de comportamento motivado a recompensa
Aminas Biogênicas - Indolaminas
• Serotonina – atua sobre a inibição da ira, agressão,
temperatura corporal, humor, sono, vômito e apetite
• Melatonina – participa na organização temporal dos
ritmos biológicos, incluindo a regulação endócrina da
reprodução, ciclos de atividade-repouso e sono/vigília,
do sistema imunológico
• Histamina – um dos principais mediadores na resposta
inflamatória anafilática e na resposta alérgica
Aminoacidérgicos
INIBITÓRIOS
• GABA Atuam na inibição dos
• Taurina processos sinápticos no SNC
• Glicina

EXCITATÓRIOS
Atuam na excitação dos
• Glutamato
processos sinápticos no SNC
• Aspartato
Neuropeptídios
• Endorfina – o hormônio do bem estar, faz a modulação
da dor, humor, depressão, ansiedade, elevação da auto
estima, inibição do sistema nervoso simpático
• Encefalina – atuam no controle da dor e sensação de
euforia
• Vasopresina – está relacionada a comportamento
social, aspectos emocionais, aprendizado e memória
Neuropeptídios
• Ocitocina – tem como função desenvolver apego e
empatia, produzir parte do prazer do orgasmo, modular
a sensibilidade ao medo, além de funções perinatais
• Orexina (hipocretina) – regula a excitação, vigília e
apetite
• Neuropeptídeo Y – estimulante a fome
• Substância P – facilita processos inflamatórios, vômito,
ansiedade e nocicepção (resposta a dor)
Neuropeptídios
• Neurotensina – atua sobre a analgesia, hipotermia,
aumento da atividade locomotora, regulação das vias
de dopamina, aumento da produção de glutamato
(SNC), diminui o peristaltismo, aumenta a circulação no
íleo, contrai a musculatura lisa intestinal (SNP)
• Neurotransmissores hormonais – atuam na regulação
hormonal, especialmente no controle do sistema
digestório
Radicais Livres

Óxido Nítrico (NO) - Monóxido de carbono (CO) -


Trifosfato de adenosina (ATP) - Ácido araquidônico

Células e moléculas,
durante o processo de Fatores externos
combustão por oxigênio
Colinérgicos
• Acetilcolina
 Envolvida na memória e aprendizagem
 Único neurotransmissor utilizado no sistema
nervoso somático
 É o neurotransmissor de todos os gânglios
autônomos
 Influencia a bronco constrição, aumento de
motilidade intestinal, dilatação de esfíncteres
no trato gastrointestinal, sudorese, aumento de
salivação e miose (pupilas em ponta de
alfinete).
SISTEMA NERVOSO

Central Periférico

Medula
Encéfalo Nervos Gânglios
Espinhal

Lent, 2004
Sistema Nervoso Periférico (SNP)
Responsável pela troca de
informações entre o sistema
nervoso central e o corpo
(membros, órgãos).

Fibras Aferentes Fibras Eferentes


• Proprioceptivas • Viscerais
• Viscerais • Somáticas
• Somáticas

Lent, 2004
Estrutura do SNP

SNP

Nervos Gânglios

Corpos
Sensoriais Motores Mistos Celulares

Aferentes ou eferentes

Lent, 2004
Sistema Somático

• Ações voluntárias resultam da contração de


músculos estriados esqueléticos

• Arco reflexo: Estimulo – neurônio sensorial


(aferente) - neurônio de associação – neurônio
motor(eferente) - músculo

Lent, 2004
Lent, 2004
Sistema Autônomo
• Regular o ambiente interno do corpo,
controlando a atividade dos sistemas digestivo,
cardiovascular, excretor e endócrino.

SNA
Simpático Parassimpático

Lent, 2004
SNP Autônomo Simpático
• Estimula ações que permitem ao organismo
responder a situações de estresse, como a
reação de lutar, fugir ou uma discussão.
• acelerar os batimentos cardíacos;
• dilatar as passagens dos brônquios;
• diminuir a motilidade do intestino grosso;
• constringir vasos sanguíneos;
• aumentar o peristaltismo do esôfago;
• causar a dilatação da pupila, piloereção e transpiração;
• aumentar a pressão sanguínea
• transmitir sensações como calor, frio ou dor.
Lent, 2004
SNP Autônomo Parassimpático
• Estimula ações que permitem ao organismo
responder a situações de calma.

• a desaceleração dos batimentos cardíacos


• diminuição da pressão arterial
• a diminuição da adrenalina e açúcar no sangue
• economia e conservação de energia do organismo
• acalmar e restabelecer o corpo após uma situação de
emergência

Lent, 2004
Lent, 2004
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

Troca de Manutenção
Informações Somático Autônomo Sobrevivência

Nervos Gânglios Simpático Parassimpático

Sensoriais Pré-ganglionar Tronco


Encefálico
Motores Pós-ganglionar
Medula
Mistos Espinhal

Lent, 2004
Sistema Nervoso Central
Responsável pelo controle, processamento e
elaboração de respostas de informações recebidas
pelo SNP

Encéfalo

Tronco
Encefálico

Cerebelo

Lent, 2004
Lent, 2004
Medula Espinhal
• Porção alongada do sistema nervoso
central, onde residem todos os
neurónios motores que enervam os
músculos e também os eferentes.
• Recebe também toda a sensibilidade do
corpo e alguma da cabeça e atua no
processamento inicial da informação de
todos estes impulsos

Lent, 2004
Lent, 2004
Lent, 2004
Tronco Encefálico
Tálamo

Mesencéfalo Possui as seguintes


funções
Ponte • Condução de impulsos
nervosos
• Integração de ações
autônomas e conscientes
Tronco Bulbo • Origem dos nervos
cerebral cranianos

Medula espinhal

Lent, 2004
Tronco Encefálico
• Composto por:
• Bulbo raquidiano ou Medula oblonga - conecta o
encéfalo com a medula espinhal, e regula a freqüência
cardíaca, respiração e pressão arterial. É onde a maioria
das vias motoras se cruzam contralateralmente
• Protuberância/ponte de Varolio - conecta os sinais do
cérebro, medula e cerebelo e regula principalmente
sono, respiração, deglutição, controle da bexiga, audição,
equilíbrio, gosto, movimento dos olhos, expressões
faciais, sensação facial e postura
• Mesencéfalo - regula movimentos oculares, audição,
tônus muscular, prazer, sono/vigília, alerta e regulação
da temperatura
Lent, 2004
Cerebelo
• Responsável pela manutenção do
equilíbrio, pelo controle do tônus
muscular, dos movimentos
voluntários e aprendizagem
motora.
• É formado por 2 hemisférios - os
hemisférios cerebelares, e por uma
parte central, chamada de Vermis.
• O termo cerebelo deriva do latim e
significa "pequeno cérebro".

Lent, 2004
Diencéfalo

Lent, 2004
Diencéfalo
Composto por:
• Subtálamo - relaciona-se com funções motoras
• Epitálamo - secreção de melatonina, a regulação de vias
motoras e a regulação emocional
• Hipotálamo - controle do SNA, controle endócrino,
neurosecreção, regulação de: temperatura corporal,
fome e sede, comportamento emocional, ritmo
circadiano, diurese, adenohipófise
• Tálamo - transmissão de sinais motores e sensitivos para
o córtex, regulação da consciência, sono e estado de
alerta

Lent, 2004
Telencéfalo

• Forma a maior porção do


encéfalo
• Compreende os dois
hemisférios cerebrais,
separados pela fissura
longitudinal

Lent, 2004
Lent, 2004
Telencéfalo - funções
• Motricidade - controla as funções motoras voluntárias a
partir da área motora primária, área pré-motora e a área
motora suplementar
• Sensibilidade - áreas sensitivas do córtex, localizadas no
lobo parietal, recebem impulsos sensitivos a partir dos
nervos periféricos, permitindo a sensibilidade
• Comunicação - controladas por áreas corticais específicas,
como a Área de Broca, localizada no lobo frontal, e Área de
Wernicke que se situa no lobo temporal
• Comportamento socioemocional - controlado por
áreas corticais como o Córtex pré-frontal e núcleos de base,
além de outra estruturas encefálicas.

Tortora & Derrickson, 2016


Motricidade

• Córtex pré-motor =
planejamento
• Córtex motor =
execução
• Córtex sensorial +
cerebelo = regulação

Santos, 2002;
Bear et al, 2008; Seruca, 2013
Motricidade

• MOVIMENTO - corresponde a mudanças espaciais no tempo


real; ele envolve energia e seu gasto, controle e
produção de força.
• AÇÃO - comportamento dirigido a uma meta, é específico
e tem um propósito
• HABILIDADE - refere-se a uma capacidade praticada que o
perito apresenta na execução de uma série de tarefas. Ele as
executa de forma segura e estável, com grande
probabilidade de sucesso

Connolly, 2000
Música e Movimento
A música auxilia no tônus muscular e no controle
dos movimentos
Ritmo e intensidade auxiliam na regulação,
frequência e precisão de movimentos
Processamento Auditivo
Processamento Auditivo Oral

Konkiewitz, 2010
Desenvolvimento da Linguagem
IDADE EXPRESSÃO COMPREENSÃO SINAIS DE ALERTA
• Choro diferente para as
• Não reage a som
necessidades sentidas
0–6 • Reage a estímulos • Não sorri e não
• Vocaliza vogais
meses sonoros e a seu nome estabelece contato
prolongadas
visual
• Inicia balbucio CV (baba)
• Olha para os familiares
quando nomeados
• Usa maior variedade • Compreende • Não produz sons
6 – 12 fonológica no balbucio expressões faciais e • Não reage ao seu
meses • Diz as primeiras palavras ordens simples nome
• Imita sons de animais • Compreendem palavras • Não reage a sons
que representam
objetos
• Compreende de 50 a 75
palavras • Não age a estímulos
12 – 18 • Usa de 3 a 20 palavras
• Identifica objetos • Não usa palavras
meses • Repete palavras
comuns e partes do isoladas
corpo

Hamaguchi, 2010
Desenvolvimento da Linguagem

IDADE EXPRESSÃO COMPREENSÃO SINAIS DE ALERTA


• Usa cerca de 50 palavras • Compreende cerca de
• Combina 2 palavras na 300 palavras • Não compreende
18 – 24 frase • Compreende perguntas instruções simples
meses • Diz seu nome simples • Vocabulário reduzido
• Fala initeligível na maior • Compreende ordens (4 a 6 palavras)
parte das vezes com 2 comandos
• Usa cerca de 500
• Compreende cerca de
palavras
900 palavras
• Faz perguntas do tipo
• Compreende perguntas
sim/não • Não reage a estímulos
2–3 do tipo “quem?”,
• Começa a usar o • Não usa palavras
anos “qual?”, “onde?”
passado isoladas
• Compreende
• Usa frases simples
preposições: “dentro”,
• Pode apresentar
“em cima”
gagueira “natural”

Hamaguchi, 2010
Desenvolvimento da Linguagem
IDADE EXPRESSÃO COMPREENSÃO SINAIS DE ALERTA
• Usa cerca de 800
palavras • Compreende cerca de
• Inicia conversas 1.200 palavras • Utiliza discurso que
3–4 • Faz muitas perguntas • Compreende “manhã”, ninguém compreende
anos • Usa plurais “tarde” e “noite • Usa mais gestos do
• Pode articular os sons • Compreende conceitos que palavras
“s”, “z”, “j”, “ch” espaciais
incorretamente
• Usa cerca de 1700
palavras
• Inventa histórias
• Compreende cerca de
• Descreve
2700 palavras • Não descreve
acontecimentos
4–5 • Conhece opostos acontecimentos
passados
Anos • Dá atenção e ouve • Troca alguns sons
• Utiliza frases complexas
histórias, conversação e • Não faz perguntas
• Usa pronomes
filmes
• Usa verbos e plurais
irregulares
inconscientemente

Hamaguchi, 2010
Desenvolvimento da Linguagem

IDADE EXPRESSÃO COMPREENSÃO SINAIS DE ALERTA


• Vocabulário alargado
• Utiliza frasses
• Capacidade de
5–7 • Compreende a pergunta agramaticais
sinonímia e antonímia
Anos ”o que aconteceria se...” • Repete sílabas e
• Melhor pronunciação de
palavras (gagueira)
palavras
• Competências
• Não reconhece letras
adequadas de escrita
• Competências • Não articula
7 ano < • Mestria nas relações
adequadas de leitura corretamente as
entre as palavras
palavras
• Fala adequada e correta

Hamaguchi, 2010
Processamento Auditivo Musical

Muszkat et. al, 2000;


Bigand, 2005; Sacks, 2007
Processamento Auditivo Musical
Estudos de mapeamento de áreas cerebrais do processamento
musical sugerem que:
• Ritmo, métrica e tempo - gânglios da base e no cerebelo
• Melodia e o contorno melódico - giro temporal superior direito

Muszkat et. al, 2000;


Bigand, 2005; Sacks, 2007
Processamento Auditivo Musical
Estudos de mapeamento de áreas cerebrais do processamento
musical sugerem que:
• Intervalos musicais - lóbulo temporal dorsal (bilateralmente)
• Tom - primariamente no hemisfério cerebral esquerdo (córtice pré-
frontal dorsolateral)
• O timbre - giro e sulco temporal
superior (bilateralmente)
• Sintaxe musical - lóbulos frontais
de ambos hemisférios e as áreas
adjacentes as regiões que
processam a sintaxe da fala
• Semântica musical - áreas
posteriores do lóbulo temporal,
de modo bilateral.
Muszkat et. al, 2000;
Bigand, 2005; Sacks, 2007
MÃO ESQUERDA MÃO DIREITA
Córtice pré-frontal Córtice pré-frontal

Centro da palavra Análise tátil


Escrita (destro)
Raciocínio Imaginação

Córtex Auditivo (OD) Córtex auditivo (OS)


CIÊNCIA ARTE
Área de linguagem e Análise espacial visual
cálculo matemático
exato Cálculo matemático estimado

Córtex visual (campo Córtex visual (campo de visão


de visão direito) esquerdo)
EMISFÉRIO CEREBRAL EMISFÉRIO CEREBRAL
ESQUERDO DIREITO
Sistema Ventricular
• Produtor do líquido cefalorraquidiano (líquor)

Machado, 2006
Sistema Límbico

Responsável pelas emoções e comportamentos


sociais. Através do sistema nervoso autônomo, ele
comanda certos comportamentos necessários à
sobrevivência, interferindo positiva ou negativamente
no funcionamento visceral e na regulamentação
metabólica de todo o organismo.

Franco, 2005; Moraes, 2009


Franco, 2005; Moraes, 2009
Funções do Sistema Límbico

Hipocampo
Memória Associativa (declarativa);
Atenção;
Alerta;
Funções endócrinas;
Funções viscerais e
Funções comportamentais e sociais

Franco, 2005; Moraes, 2009


Funções do Sistema Límbico
Amígdala
Funções autônomas;
Orientação (atenção nas tarefas);
Ingestão de alimentos;
Excitação e
Atividade sexual e motora.

Região Septal
Comportamento emocional;
Ingestão de água;
Aprendizagem;
Recompensa e
Efeitos autônomos.
Franco, 2005; Moraes, 2009
Funções do Sistema Límbico
Núcleos Anteriores do Tálamo
Mecanismos de memória e
Comportamento emocional

Núcleos Accumbens
Funções emocionais;
Funções cognitivas e
Funções psicomotoras.

Franco, 2005; Moraes, 2009


Funções do Sistema Límbico

Hipotálamo
Tem participação na regulação:
• Sono/Vigília
• Fome
• Variação de temperatura
• Diurese (urinar).
• Sede
• Sistema nervoso autônomo
• Sistema Límbico

Franco, 2005; Moraes, 2009


Funções do Sistema Límbico
Estruturas do Hipotálamo
1. Controle da pressão arterial, na
temperatura corporal e no
apetite.
2. Alimentação, controle de
líquidos e regulação e 1. Núcleo paraventricular

consciência do peso corporal. 2. Núcleo dorsomedial

3. Hormônios antidiuréticos (HAD,


vasopressina) e ocitocina.
3. Núcleo supraóptico
4. Regula o ciclo circadiano,
estimulado pela melatonina
5. Respostas autônomas
somáticas 5. Área 4. Núcleo
hipotalâmica supra-
posterior quiasmático

Franco, 2005; Moraes, 2009


Cognição
Conjunto de processos psicológicos usados no
pensamento que realizam o reconhecimento, a
organização e a compreensão das informações
provenientes dos sentidos.

Sternberg, 2000
Atenção
Direcionamento da consciência e estado de
concentração mental sobre determinado objeto.

Ligado a: Estimulada por:


• Fator fisiológico • Visão
• Fator motivacional • Audição
• Concentração • Sinestesia

Sternberg, 2000
Atenção
Tipos:
• Atenção concentrada ou
concentração
• Atenção alternada
• Atenção sustentada
• Atenção seletiva

Sternberg, 2000
Percepção
Função cerebral que atribui significado a estímulos
sensoriais, a partir de histórico de vivências
passadas.
Consiste na aquisição, interpretação, seleção e
organização das informações obtidas pelos
sentidos.
Através da percepção um indivíduo organiza e
interpreta as suas impressões sensoriais para
atribuir significado ao seu meio.

Sternberg, 2000
Percepção
• Tendência à estruturação
• Segregação figura-fundo
• Boa forma
• Constância perceptiva
• Profundidade

Sternberg, 2000
Tipos de Percepção

VISUAL AUDIÇÃO OLFATO TATO


• Forma • Timbre • Discriminação • Discriminação
de odores tátil
• Espaço • Altura
• Cor • Intensidade • Alcance • Calor

• Luz • Ritmo PALADAR • Dor

• Movimento • Localização • Sabores

Sternberg, 2000
Tipos de Percepção

TEMPO ESPAÇO PROPRIOCEPÇÃO


• Duração • Distância • Manutenção do
equilíbrio
• Ritmo • Tamanho
relativo • Realização de
• Simultaneidade
atividades

Sternberg, 2000
Memória

• Capacidade de adquirir, armazenar e recuperar


(evocar) informações disponíveis
• Focaliza coisas específicas, requer grande
quantidade de energia mental e deteriora-se
com a idade.
• Conecta pedaços de memória e conhecimentos
a fim de gerar novas ideias, ajudando a tomar
decisões diárias

Tomaz & Costa, 2001


Tipos de Memória

Curto Prazo Operacional Gerenciar a realidade

Episódica
Explícita
Semântica
Longo Prazo
Adquirida/acessada via “dicas”
Implícita Procedimentos
Associativa
Não Associativa

Tomaz & Costa, 2001


Memória

Tomaz & Costa, 2001


Linguagem

• Faculdade cognitiva que permite aos seres


humanos aprender e usar sistemas de
comunicação complexos

Sternberg, 2000
Funções Executivas
Conjunto de funções mentais responsáveis pelo
gerenciamento dos processos cognitivos
• flexibilidade mental
• filtrar interferências,
• comportamentos dirigidos a metas
• antecipar as consequências das ações,
• moralidade, comportamentos éticos,
autoconsciência

Hamdan & De Almeida Pereira, 2009


Hamdan & Pereira, 2009
Funções Executivas
Integra os processos cognitivos:

• Planejamento • Criatividade
• Controle inibitório • Automonitoramento
• Flexibilidade cognitiva • Memória operacional
• Categorização • Atenção
• Fluência • Tomada de decisões

Hamdan & Pereira, 2009


Indicações de Livros
Indicações de Livros
Indicações de Filmes/Vídeos
Indicações de Redes Sociais
@cadernodeneuro
@clubedeestudosemmusicoterapia
@neuromusicoterapia
@neuroconecta

Jaleko Acadêmico
Música e Saúde

Atravez O Podcast
Naruhodo
ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO
Referências
• BEAR, M. F. et al. Neurociencias: la exploración del cerebro. Wolters Kluwer/Lippincott Williams & Wikins. 2008
• BIGAND, Emmanuel. Ouvido afinado. Viver Mente & Cérebro, p. 58-63, 2005.
• BRAUNLICH, Kurt et al. Rhythmic auditory cues shape neural network recruitment in Parkinson's disease during
repetitive motor behavior. European Journal of Neuroscience, v. 49, n. 6, p. 849-858, 2019.
• BRUSCIA, Keneth E.; MUSICOTERAPIA, Definindo. Rio de Janeiro: Enelivros, 2000. Definindo Musicoterapia, 2017.
• BUARD, Isabelle. et al. Neurophysiological Evidence of Altered Cortical Activity and Connectivity with Neurologic
Music Therapy in Parkinson’s Disease. Frontiers in neuroscience, v. 13, p. 105, 2019.
• CARRER, Roger. Música e Neurociências - Interfaces com a Musicoterapia. 2017. (33m05s). Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=IaxBsUenB5c&t=801s >.
• CONNOLLY, Kevin. Desenvolvimento motor: passado, presente e futuro. Rev Paul Educ Fís, v. 14, n. S3, p. 6-15, 2000.
• DOS REIS VALENTIM, Ana Cláudia. Análise numérico-computacional de modelos para atividade estocástica dos
neurônios. 2016. 106 f. Dissertação (Mestrado em Ciências em Modelagem Computacional)- Laboratório Nacional de
Computação Científica, Petrópolis, 2016.
• FERREIRA, Vinicius Renato Thomé; CECCONELLO, William Weber; MACHADO, Mariana Rodrigues. Neurônios-espelho
como possível base neurológica das habilidades sociais. Psicologia em Revista, v. 23, n. 1, p. 147-159, 2017.
• FRANCO S. Norma – Descomplicando as praticas de laboratório de neuroanatomia -2005
• HAMAGUCHI, Patricia McAleer. Childhood speech, language, and listening problems. John Wiley & Sons, 2010.
• HAMDAN, Amer Cavalheiro; DE ALMEIDA PEREIRA, Ana Paula. Avaliação neuropsicológica das funções executivas:
considerações metodológicas. Psicologia: Reflexão e crítica, v. 22, n. 3, p. 386-393, 2009.
• HARRISON, T. R. Medicina Interna (8ª Ed.). RJ, Guanabara Koogan, 1980
• HOUAISS, Antonio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa - Com a nova Ortografia da Língua Portuguesa. Objetiva:
Rio de Janeiro, 2009.
Referências
• KONKIEWITZ, E. et al. Tópicos de Neurociência Clínica. Dourados, MS: Editora da UFGD, 2010.
• LENT, Roberto. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de neurociência. SP, Atheneu, 2004
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• MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia funcional. 2ª edição. São Paulo, Atheneu, 2006.
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