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Neurociência
Prof. Daniel Santana
daniel.musicoterapia@gmail.com
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Definição de Neurociência
2. Definição de Música
3. Sistema Nervoso
4. Cognição
Apresentação do vídeo institucional
5. Dicas
MUSICOTERAPIA
Definição
Utilização profissional da música e seus elementos, para a
intervenção em ambientes médicos, educacionais e
cotidiano com indivíduos, grupos, famílias ou
comunidades que procuram otimizar a sua qualidade de
vida e melhorar suas condições físicas, sociais,
comunicativas, emocionais, intelectuais, espirituais e de
saúde e bem estar. A investigação, a educação, a prática e
o ensino clínico em musicoterapia são baseados em
padrões profissionais de acordo com contextos culturais,
sociais e políticos.
WFMT, 2011.
MUSICOTERAPIA
Interativa Receptiva
Atendimento
• Clínico
• Educacional
• Organizacional
• Social
Bruscia, 2017
NEUROCIÊNCIA
substantivo feminino
Ramo da ciência ou conjunto de conhecimentos sobre a estrutura
e o funcionamento do sistema nervoso.
Valemtim, 2016
As técnicas usadas pelos neurocientistas vêm crescendo
com contribuições desde estudos moleculares e
celulares de neurônios individuais até do
"imageamento" de tarefas sensoriais e motoras no
cérebro. Avanços teóricos recentes na neurociência têm
sido auxiliados pelo estudo das redes neurais ou com
apenas a concepção de circuitos (sistemas) e
processamento de informações que tornam-se modelos
de investigação com tecnologia biomédica e/ou clínica.
Valemtim, 2016
Áreas de Estudo
1. Espectro animal
2. Patologias e lesões anatômicas
3. Desenvolvimento e envelhecimento
4. Efeito de drogas
5. Estudo da mente, inteligência e comportamento
Valemtim, 2016
Áreas de Estudo
1. Neurociência molecular
2. Neurociência celular
3. Neurociência sistêmica
4. Neurociência comportamental
5. Neurociência cognitiva
Lent, 2004
Temos duas estratégias básicas para abordar os
problemas da mente-cérebro e/ou a principal aplicação
prática da neurociência na clínica médica:
Houaiss, 2009
Algumas definições
1. Música como som
2. Música como experiência subjetiva
3. Música como estrutura
4. Música como construção social
5. Música como fonte histórica
6. Música como manifestação estética
SISTEMA NERVOSO
Neurônios
Pode ser considerado a
unidade básica da
estrutura do cérebro e
do sistema nervoso e
caracterizam-se pelos
processos que conduzem
impulsos nervosos para o
corpo e do corpo para a
célula nervosa.
Lopes, 2006
Lent, 2004
Neurônios Espelho
Descobertos nos anos 90, são neurônios
especializados na identificação e reprodução de
ações motoras.
Lent, 2004
Neurotransmissores
• Aminas Biogênicas – atuam no sistema simpático
(Catecolaminas / Indolaminas)
• Aminoacidérgicos – neurotransmissores
inibidores ou excitatórios atuantes no SNC
• Neuropeptídios – atuam na modulação de
respostas somáticas
• Radicais livres – produzidos durante o processo
de combustão por oxigênio, podem danificar
células
• Colinérgicos – estimula o sistema parassimpático
Aminas Biogênicas - Catecolaminas
• Adrenalina (epinefrina) – serve como um mecanismo
de defesa do organismo, preparando-o para uma
situação de emergência, preparando o corpo para um
determinado esforço, em resposta a situação de stress
• Noradrenalina (norepinefrina) - atua na regulação do
humor, aprendizado e memória, preparando o corpo
para uma determinada ação
• Dopamina - controla a estimulação e os níveis do
controle motor e desempenha um papel importante no
sistema de comportamento motivado a recompensa
Aminas Biogênicas - Indolaminas
• Serotonina – atua sobre a inibição da ira, agressão,
temperatura corporal, humor, sono, vômito e apetite
• Melatonina – participa na organização temporal dos
ritmos biológicos, incluindo a regulação endócrina da
reprodução, ciclos de atividade-repouso e sono/vigília,
do sistema imunológico
• Histamina – um dos principais mediadores na resposta
inflamatória anafilática e na resposta alérgica
Aminoacidérgicos
INIBITÓRIOS
• GABA Atuam na inibição dos
• Taurina processos sinápticos no SNC
• Glicina
EXCITATÓRIOS
Atuam na excitação dos
• Glutamato
processos sinápticos no SNC
• Aspartato
Neuropeptídios
• Endorfina – o hormônio do bem estar, faz a modulação
da dor, humor, depressão, ansiedade, elevação da auto
estima, inibição do sistema nervoso simpático
• Encefalina – atuam no controle da dor e sensação de
euforia
• Vasopresina – está relacionada a comportamento
social, aspectos emocionais, aprendizado e memória
Neuropeptídios
• Ocitocina – tem como função desenvolver apego e
empatia, produzir parte do prazer do orgasmo, modular
a sensibilidade ao medo, além de funções perinatais
• Orexina (hipocretina) – regula a excitação, vigília e
apetite
• Neuropeptídeo Y – estimulante a fome
• Substância P – facilita processos inflamatórios, vômito,
ansiedade e nocicepção (resposta a dor)
Neuropeptídios
• Neurotensina – atua sobre a analgesia, hipotermia,
aumento da atividade locomotora, regulação das vias
de dopamina, aumento da produção de glutamato
(SNC), diminui o peristaltismo, aumenta a circulação no
íleo, contrai a musculatura lisa intestinal (SNP)
• Neurotransmissores hormonais – atuam na regulação
hormonal, especialmente no controle do sistema
digestório
Radicais Livres
Células e moléculas,
durante o processo de Fatores externos
combustão por oxigênio
Colinérgicos
• Acetilcolina
Envolvida na memória e aprendizagem
Único neurotransmissor utilizado no sistema
nervoso somático
É o neurotransmissor de todos os gânglios
autônomos
Influencia a bronco constrição, aumento de
motilidade intestinal, dilatação de esfíncteres
no trato gastrointestinal, sudorese, aumento de
salivação e miose (pupilas em ponta de
alfinete).
SISTEMA NERVOSO
Central Periférico
Medula
Encéfalo Nervos Gânglios
Espinhal
Lent, 2004
Sistema Nervoso Periférico (SNP)
Responsável pela troca de
informações entre o sistema
nervoso central e o corpo
(membros, órgãos).
Lent, 2004
Estrutura do SNP
SNP
Nervos Gânglios
Corpos
Sensoriais Motores Mistos Celulares
Aferentes ou eferentes
Lent, 2004
Sistema Somático
Lent, 2004
Lent, 2004
Sistema Autônomo
• Regular o ambiente interno do corpo,
controlando a atividade dos sistemas digestivo,
cardiovascular, excretor e endócrino.
SNA
Simpático Parassimpático
Lent, 2004
SNP Autônomo Simpático
• Estimula ações que permitem ao organismo
responder a situações de estresse, como a
reação de lutar, fugir ou uma discussão.
• acelerar os batimentos cardíacos;
• dilatar as passagens dos brônquios;
• diminuir a motilidade do intestino grosso;
• constringir vasos sanguíneos;
• aumentar o peristaltismo do esôfago;
• causar a dilatação da pupila, piloereção e transpiração;
• aumentar a pressão sanguínea
• transmitir sensações como calor, frio ou dor.
Lent, 2004
SNP Autônomo Parassimpático
• Estimula ações que permitem ao organismo
responder a situações de calma.
Lent, 2004
Lent, 2004
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Troca de Manutenção
Informações Somático Autônomo Sobrevivência
Lent, 2004
Sistema Nervoso Central
Responsável pelo controle, processamento e
elaboração de respostas de informações recebidas
pelo SNP
Encéfalo
Tronco
Encefálico
Cerebelo
Lent, 2004
Lent, 2004
Medula Espinhal
• Porção alongada do sistema nervoso
central, onde residem todos os
neurónios motores que enervam os
músculos e também os eferentes.
• Recebe também toda a sensibilidade do
corpo e alguma da cabeça e atua no
processamento inicial da informação de
todos estes impulsos
Lent, 2004
Lent, 2004
Lent, 2004
Tronco Encefálico
Tálamo
Medula espinhal
Lent, 2004
Tronco Encefálico
• Composto por:
• Bulbo raquidiano ou Medula oblonga - conecta o
encéfalo com a medula espinhal, e regula a freqüência
cardíaca, respiração e pressão arterial. É onde a maioria
das vias motoras se cruzam contralateralmente
• Protuberância/ponte de Varolio - conecta os sinais do
cérebro, medula e cerebelo e regula principalmente
sono, respiração, deglutição, controle da bexiga, audição,
equilíbrio, gosto, movimento dos olhos, expressões
faciais, sensação facial e postura
• Mesencéfalo - regula movimentos oculares, audição,
tônus muscular, prazer, sono/vigília, alerta e regulação
da temperatura
Lent, 2004
Cerebelo
• Responsável pela manutenção do
equilíbrio, pelo controle do tônus
muscular, dos movimentos
voluntários e aprendizagem
motora.
• É formado por 2 hemisférios - os
hemisférios cerebelares, e por uma
parte central, chamada de Vermis.
• O termo cerebelo deriva do latim e
significa "pequeno cérebro".
Lent, 2004
Diencéfalo
Lent, 2004
Diencéfalo
Composto por:
• Subtálamo - relaciona-se com funções motoras
• Epitálamo - secreção de melatonina, a regulação de vias
motoras e a regulação emocional
• Hipotálamo - controle do SNA, controle endócrino,
neurosecreção, regulação de: temperatura corporal,
fome e sede, comportamento emocional, ritmo
circadiano, diurese, adenohipófise
• Tálamo - transmissão de sinais motores e sensitivos para
o córtex, regulação da consciência, sono e estado de
alerta
Lent, 2004
Telencéfalo
Lent, 2004
Lent, 2004
Telencéfalo - funções
• Motricidade - controla as funções motoras voluntárias a
partir da área motora primária, área pré-motora e a área
motora suplementar
• Sensibilidade - áreas sensitivas do córtex, localizadas no
lobo parietal, recebem impulsos sensitivos a partir dos
nervos periféricos, permitindo a sensibilidade
• Comunicação - controladas por áreas corticais específicas,
como a Área de Broca, localizada no lobo frontal, e Área de
Wernicke que se situa no lobo temporal
• Comportamento socioemocional - controlado por
áreas corticais como o Córtex pré-frontal e núcleos de base,
além de outra estruturas encefálicas.
• Córtex pré-motor =
planejamento
• Córtex motor =
execução
• Córtex sensorial +
cerebelo = regulação
Santos, 2002;
Bear et al, 2008; Seruca, 2013
Motricidade
Connolly, 2000
Música e Movimento
A música auxilia no tônus muscular e no controle
dos movimentos
Ritmo e intensidade auxiliam na regulação,
frequência e precisão de movimentos
Processamento Auditivo
Processamento Auditivo Oral
Konkiewitz, 2010
Desenvolvimento da Linguagem
IDADE EXPRESSÃO COMPREENSÃO SINAIS DE ALERTA
• Choro diferente para as
• Não reage a som
necessidades sentidas
0–6 • Reage a estímulos • Não sorri e não
• Vocaliza vogais
meses sonoros e a seu nome estabelece contato
prolongadas
visual
• Inicia balbucio CV (baba)
• Olha para os familiares
quando nomeados
• Usa maior variedade • Compreende • Não produz sons
6 – 12 fonológica no balbucio expressões faciais e • Não reage ao seu
meses • Diz as primeiras palavras ordens simples nome
• Imita sons de animais • Compreendem palavras • Não reage a sons
que representam
objetos
• Compreende de 50 a 75
palavras • Não age a estímulos
12 – 18 • Usa de 3 a 20 palavras
• Identifica objetos • Não usa palavras
meses • Repete palavras
comuns e partes do isoladas
corpo
Hamaguchi, 2010
Desenvolvimento da Linguagem
Hamaguchi, 2010
Desenvolvimento da Linguagem
IDADE EXPRESSÃO COMPREENSÃO SINAIS DE ALERTA
• Usa cerca de 800
palavras • Compreende cerca de
• Inicia conversas 1.200 palavras • Utiliza discurso que
3–4 • Faz muitas perguntas • Compreende “manhã”, ninguém compreende
anos • Usa plurais “tarde” e “noite • Usa mais gestos do
• Pode articular os sons • Compreende conceitos que palavras
“s”, “z”, “j”, “ch” espaciais
incorretamente
• Usa cerca de 1700
palavras
• Inventa histórias
• Compreende cerca de
• Descreve
2700 palavras • Não descreve
acontecimentos
4–5 • Conhece opostos acontecimentos
passados
Anos • Dá atenção e ouve • Troca alguns sons
• Utiliza frases complexas
histórias, conversação e • Não faz perguntas
• Usa pronomes
filmes
• Usa verbos e plurais
irregulares
inconscientemente
Hamaguchi, 2010
Desenvolvimento da Linguagem
Hamaguchi, 2010
Processamento Auditivo Musical
Machado, 2006
Sistema Límbico
Hipocampo
Memória Associativa (declarativa);
Atenção;
Alerta;
Funções endócrinas;
Funções viscerais e
Funções comportamentais e sociais
Região Septal
Comportamento emocional;
Ingestão de água;
Aprendizagem;
Recompensa e
Efeitos autônomos.
Franco, 2005; Moraes, 2009
Funções do Sistema Límbico
Núcleos Anteriores do Tálamo
Mecanismos de memória e
Comportamento emocional
Núcleos Accumbens
Funções emocionais;
Funções cognitivas e
Funções psicomotoras.
Hipotálamo
Tem participação na regulação:
• Sono/Vigília
• Fome
• Variação de temperatura
• Diurese (urinar).
• Sede
• Sistema nervoso autônomo
• Sistema Límbico
Sternberg, 2000
Atenção
Direcionamento da consciência e estado de
concentração mental sobre determinado objeto.
Sternberg, 2000
Atenção
Tipos:
• Atenção concentrada ou
concentração
• Atenção alternada
• Atenção sustentada
• Atenção seletiva
Sternberg, 2000
Percepção
Função cerebral que atribui significado a estímulos
sensoriais, a partir de histórico de vivências
passadas.
Consiste na aquisição, interpretação, seleção e
organização das informações obtidas pelos
sentidos.
Através da percepção um indivíduo organiza e
interpreta as suas impressões sensoriais para
atribuir significado ao seu meio.
Sternberg, 2000
Percepção
• Tendência à estruturação
• Segregação figura-fundo
• Boa forma
• Constância perceptiva
• Profundidade
Sternberg, 2000
Tipos de Percepção
Sternberg, 2000
Tipos de Percepção
Sternberg, 2000
Memória
Episódica
Explícita
Semântica
Longo Prazo
Adquirida/acessada via “dicas”
Implícita Procedimentos
Associativa
Não Associativa
Sternberg, 2000
Funções Executivas
Conjunto de funções mentais responsáveis pelo
gerenciamento dos processos cognitivos
• flexibilidade mental
• filtrar interferências,
• comportamentos dirigidos a metas
• antecipar as consequências das ações,
• moralidade, comportamentos éticos,
autoconsciência
• Planejamento • Criatividade
• Controle inibitório • Automonitoramento
• Flexibilidade cognitiva • Memória operacional
• Categorização • Atenção
• Fluência • Tomada de decisões
Jaleko Acadêmico
Música e Saúde
Atravez O Podcast
Naruhodo
ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO
Referências
• BEAR, M. F. et al. Neurociencias: la exploración del cerebro. Wolters Kluwer/Lippincott Williams & Wikins. 2008
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