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OFICINA DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O BEM-ESTAR DOS ANIMAIS DE PRODUÇÃO - BRASÍLIA 2015

Comportamento dos suínos: conhecer


para promover o bem-estar animal

Ms. Julia Eumira Gomes Neves Perini


Instituto Federal de Brasília- IFB
OFICINA DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O BEM-ESTAR DOS ANIMAIS DE PRODUÇÃO - BRASÍLIA 2015

Comportamento dos Suínos


• Comportamentos Inatos:
• Fuçar
• Fazer ninho
• Banho de lama
• Comportamento Social
• Exercitar-se
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Comportamento dos Suínos
• Formação Social
• Fêmeas: Grupos de 2 a 6 fêmeas e suas leitegadas
• Machos: Isolados a maior parte do tempo ou em grupo com outros machos.

HIERARQUIA
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X
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• Animais submissos:
1. Níveis de cortisol maiores em animais submissos –
Imunossupressão
2. Fêmeas – dificuldade de detectar o cio.

• Hierarquia:
É estabelecida nas primeiras 24 horas depois da
mistura – Diminuindo 1 hora após.
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Cuidado Corporal
Reservam uma área para dormir
e outra para depositar seus
excretas;

A área de descanso é mantida a


mais limpa e seca possível;

Porcas mantidas semi-confinadas


limpam seus ninhos e lambem as
fezes de seus leitões.
1m2
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CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS

wspa wspa wspa

OLFATO AUDIÇÃO VISÃO


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CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS
1. Órgão muito desenvolvido;
2. São animais neófilos – possuem afinidade
pelo novo;
3. Fuçam, mordiscam etc,
4. Reconhecimento do grupo junto com a visão;
wspa
5. Privação do comportamento de fuçar leva a
OLFATO
usar o outro animal como substituto.
Frequência de comportamentos (%) na Fase da cicatrização após
inserção da argola nasal
Total
Comportamento Inflamação Proliferação Remodelação
Cinco dias sexto ao 16º dia 17 ao 23º dia
Controle Anelada Controle Anelada Controle Anelada Controle Anelada
Fuçar 0,57 0 0,55 0 0,88 0 0,63 0
Coçar na árvore 0,43 0 0,55 0,33 0,88 0 0,58 0,14
Comer a árvore 0,14 0 0,22 0,33 1,10 0,22 0,39 0,19
Cavar 0 0,28 0 0,33 0 0 0 0,24
Banhar na lama 7,75 3,95 9,32 6,58 13,38 24,12 9,69 9,54
Pastar 15,06 13,70 17,43 13,49 14,91 12,94 16,08 13,44
Ativo 12,05 11,58 10,96 10,96 5,48 7,46 10,12 10,40
Descanso 47,35 64,12 48,57 63,60 45,39 49,34 47,46 60,65
Social positivo 0,29 0,14 0,22 0,44 1,10 0,88 0,44 0,43
Social negativo 0,57 0 0,88 0,77 0 0 0,58 0,34
No bebedouro 0,57 1,13 1,21 0,99 0,66 1,32 0,87 1,11
Investigando 15,21 5,08 10,09 2,19 16,23 3,73 13,17 3,52
Gomes, et al, 2015
VISÃO CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS

60°
VISÃOSENSORIAIS
CARACTERÍSTICAS

270°
VISÃO CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS
ZONA DECARACTERÍSTICAS
FUGA SENSORIAIS
PONTO DE EQUILÍBRIO
CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS
MANEJO
• Video manejo com bandeira
Influencias do sistema de criação no
bem-estar dos suínos

Ms. Julia Eumira Gomes Neves Perini


Instituto Federal de Brasília- IFB
Como Mensurar o Bem-estar Animal
Welfare Quality®: Outubro 2009

1-Boa alimentação
Livre de fome e sede prolongada
2- Boa Instalação
Conforto na área de descanso
Conforto térmico
Livre movimentação
3- Boa Saúde
Ausência de Injúrias
Ausência de doenças
Ausência de dor
4-Comportamentos apropriados
Expressão de comportamentos socias
Expressão de outros comportamentos
Boa relação entre humanos e animais
Estado emocional positivo
Boa alimentação
TIPOS DE INSTALAÇÕES:

Gestação

Crescimento e terminação
Maternidade
SAÚDE
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Por Nunes, 2009


Comportamentos Apropriados
Hierarquia X proteção
ESTEREOTIPIAS: Condutas anormais. Se definem como uma conduta
repetitiva sem nenhuma finalidade aparente (morder
barras,mastigação repetitiva, enrolar da língua, atividade no vácuo).
RESULTADOS
AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL:
Porcentagem de estereotipias versus Porcentagem de Ativos versus tratamento e dias
tratamento e dias de gestação
de gestação

40
14
35
12
30
10
25
CS 8 CS
20
GC GC
6
15 GG GG
4
10

5 2

0 0
0-3 21-24 42-45 100-103 0-3 21-24 42-45 100-103

DIAS DE GESTAÇÃO DIAS DE GESTAÇÃO


P<0,01
RESULTADOS
AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL:
Porcentagem de comportamento Agonístico Porcentagem de comportamento social positivo
versus tratamento e dias de gestação versus tratamento e dias de gestação

0,35 1,2

0,3
1
0,25
0,8
0,2 CS CS
GC 0,6
0,15 GC
GG GG
0,1 0,4

0,05 0,2

0
0
0-3 21-24 42-45 100-103
0-3 21-24 42-45 100-103

DIAS DE GESTAÇÃO DIAS DE GESTAÇÃO


P<0,01
Grupos
Cobre e Solta Gestação coletiva Gestação Gaiola
Índices

P<0,01
116,78a 116,96 b
Tabela: Comparação dos índices zootécnicos dos
Dias de Gestação 116,68 a
tratamentos Cobre e Solta, Gestação Coletiva e

Total de Nascidos 16,01 a 15,8 ab 15,51 b


Nascidos vivos 14,44 a 14,15 a 13,76 b
Natimortos 1,02 b 1,18 a 1,22 a
Mortos ao nascer 0,16 a 0,05 b 0,06 b
Gestação em Gaiola – 2012-2014.

0,39 a 0,42 a
Mumificados 0,47 a

Peso da leitegada 19,51 a 19,49 a 19,38 a


1,36 c
Peso médio leitão ao nascimento 1,40 b 1,43 a

Peso leitegada no desmame 74,53 a 74,07 a 61,01 b

1,20 c
Mortalidade até o desmame 0,75 a 0,90 b

3,78% a 3,50% a 4,30% b


Repetição Cio
1,34% a 1,30% a
Aborto 1,63% a

Taxa de Parição 92,94ab 93,23b 91,12a


RESUMO
VANTAGENS
GESTAÇÃO EM GRUPO GESTAÇÃO EM GAIOLA
PERÍODO MENOR DE GESTAÇÃO MENOR N° DE MORTOS AO NASCER

MAIOR NÚMERO DE NASCIDOS TOTAIS E VIVOS MAIOR PESO DO LEITÃO AO NASCIMENTO

MENOS NATIMORTOS MENOS COMPORTAMENTOS AGONÍSTICOS

MAIOR PESO DA LEITEGADA AO DESMAME

MENOR MORTALIDADE ATÉ O DESMAME

MENOR REPETIÇÃO DE CIO


MENOS ESTEREOTIPIAS
Compilação de 2012 – julho 2014
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Implicações da castração e
caudectomia no bem-estar de
suínos
Ms. Julia Eumira Gomes Neves Perini
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CASTRAÇÃO
1. É obrigatória, pelo menos 45 dias antes do abate dos animais conforme Decreto-Lei n.º 135/2003, de 28 de junho.

2. É recomendado que os machos sejam castrados até os 12 dias de idade, pois quanto mais novo o animal, menos
traumático e de fácil cicatrização será o processo, e a possibilidade de que ocorram hemorragias são menores,
devido ao baixo calibre dos vasos sanguíneos e mais fáceis de estancar a hemorragia.

3. Acúmulo de escatol e androsterona na gordura do suíno – suínos com mais de 75 Kg.

4. Problemas: NÃO UTILIZAÇÃO DE ANESTÉSICOS E ANALGÉSICOS


TÉCNICOS COM POUCO CONHECIMENTO FISIOLÓGICO
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Efeito da castração sobre o número de vocalizações emitidas


em leitões durante a operação.
(Adaptado de Marx et al., 2003)
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IMUNOCASTRAÇÃO

Administradas 2 doses:
1. 18 semanas de idade
2. 4 a 5 semanas antes do
abate
3. Verificar a necessidade
da 3° dose: observando
testículo e agressividade
do animal.
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CAUDECTOMIA
POR QUE FAZER?

CONSEQUENCIAS?
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CAUSA X EFEITO
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Marques, 2010.
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ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL
Obrigada!!!!!

Julia.neves@ifb.edu.br

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