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ocompletar65anos,oDIÁRIODEMDVL,atravésdoDN DN EDUCAÇÃO
A Educação,fazumacoletâneadesuahistóriaduranteaD
Guerra Mundial, conflito que transformou o cotidiano de
Diretor Gerai:
Albimar Furtado____________________
Promoções e
Projetos Especiais
Valéria Credidio
Reportagens
Pamamirim. Esta edição traz um balanço das edições do Adriana Amorim
Revisão
vakria@diariodenataLcom.br
EDITORIAL
* sj'N
t»
O
necessidade vital para o nosso meio. Em verdade, «0 l i «rolo staaco - s s s : . —• '
há muito tempo não possuímos um órgão de
imprensa vespertino e sobretudo diário com o pre
tendem os manter, confiados, por certo, no gene
roso acolhimento do povo de nossa terra. Poderá isso parecer
um a idéia temerária mas a interpretamos com o maior otimis
mo, animados da grande confiança de levá-la avante. | g*tÇ!RS ■
4"!'
O DIÁRIO só terá um a missão a cumprir: servir ao públi
co. E servir com o melhor elem ento - sinceridade. É um jor
nal ligeiro, pequeno, informativo, noticioso, em cujas pági
o B U B W 6 6
nas tudo que se relacione com os interesses da coletivida ..... -4Í
ma análise de como o sistema de ensino o holocausto dos judeus - um dos fatos mais re
D’Luca
C om o o sen h or a n alisa o en
sin o sob re a II G uerra M undial
n as esco la s brasileiras? A p arti O
O jjornal deve ser
cipação b rasileira teve relevân
cia d u ran te o s c o n flito s e esta utilizado em
p articipação é con h ecid a e va lo
rizada n as escolas? conexão com
O ensino costum a realçar um
aspecto m ais im ediato da guerra outros materiais,
(confronto arm ado, m ortandade,
destruição de vidas e patrimônios), como o livro. "
discutindo m enos bases sociais e
políticas daquele m om ento. A im Penso que é muito
p o rta n te q u estão do holocausto
tem sido m ais discutida, precisan bom esse uso de
do atingir, além do exterm ínio de
m ilhões de judeus, o assassinato múltiplos materiais
em m assa de ciganos, com unistas,
hom ossexuais e outros grupos h u numa perspectiva
m anos. O risco principal é carac
terizar o conflito ap enas no m o
m ento de enfrentam ento arm ado
crítica
explícito, negligenciando violên
Marcos Silva
cias sociais cotidianas. A partici Historiador
pação brasileira, em term os estri
tam ente bélicos, foi lim itada (sem
um caráter de m arco n a m em ória,
desmerecer, evidentem ente, esfor
pela circulação de pessoas, pelo re
ços e sacrifícios) m as tem grande
d im e n sio n a m e n to do m ercad o ,
im portância política interna, co n
pelas transform ações que a cidade
trib u in d o p ara o d eb a te sobre o
sofreu em term os de saneam ento e
Estado Novo e seu depois.
contato com outros padrões cultu
rais cotidianos. Com o o Brasil se
Quais os aspectos m ais relevan
m anteve nos quad ro s dos países
tes da ü Guerra Mundial abordados
que sofriam a ascendência política
pelas escolas? Os autores disponí
e cultural dos EEUU, no pós-guer
v eis para o professor, p rin cip al
ra, aquela experiência assumiu certo
m ente de escola pública, abordam
caráter inaugural para quem a viveu.
o tem a de form a satisfatória?
O Nazismo, o m orticínio, a as
O Diário de Natal surgiu exata-
censão d a URSS à condição de p o
m ente na época dalIGuerra, infor
tência m undial, dando início aos
mando aos leitores os fatos que ocor
q u a d ro s in te rn a c io n a is do pós-
riam. Qualaim portância de um veí-
guerra (a "Guerra Fria"), a redefini
culo de com unicação com o instru
ção do m a p a da Europa, a crise do
m ento histórico durante um con
colonialismo - que se expressa com
flito de tal importância?
m a io r clareza n o s an o s 50, m as
U m a grande im portância, pelo Professor Marcos
te m m uitos vínculos com a g uer
papel de formação ae opinião, pelo Silva defende uma
ra. Os autores de livros didáticos
registro de diferentes leituras se fazen posição mais crítica
c o stu m a m expor esses diversos
do no ato sobre o tema. É convenien da escola, no processo
tópicos, carecendo, em m eu e n
te encarar o jornal não apenas pelas de ensino e
tendim ento, de u m a m aior discus
notícias diretam ente vinculadas à aprendizagem e na
são sobre relações sociais e políti-
cas que antecederam o conflito ou
guerra, m as tam b ém no que se re : abordagem da II
fere a atividades cotidianas d a ci í- Guerra
se lhe sucederam . N ão vejo dife
dade naquele m om ento.
renças fundam entais entre o ensi
no público e o privado.
Na sua opinião, os veículos de
Natal foi base para os am erica com unicação devem ser u tiliza
dos com o m aterial didático, em
nos durante a Guerra. Mas, atual
sala de aula? Como o senhor acha
m en te, o que restou foram lem
que esta utilização pode ser feita?
branças rom ânticas da passagem
Devem ser utilizados em co n e
dos am ericanos pelo nosso Esta
xão com outros m ateriais: o p ró
do. Como o senhor analisa esta pas
prio livro didático, a Literatura de
sagem e quais as influências que
ficção, o Cinema, etc. Penso que é
ficaram no cotidiano do natalense?
m uito b om esse uso de m últiplos
É fu n d a m e n ta l le m b ra r q u e
materiais, sem pre n u m a p erspec ■g p ; | j
N atal n ão co m eç a n a q u e le m o
tiva crítica. Não vale à p en a pensar
m ento. A cidade possui u m trajeto
q u e a re a lid a d e "se revela" em
secular, antes de 1942. Os contatos
algum daqueles materiais, u m a vez
com a cultura estadunidense, cer
c[ue eles são construções sociais. É
tam ente, eram feitos antes sob di im p o rta n te refletir criticam en te
ferentes form as - cinem a, literatu sobre todos esses m ateriais, com o
ra, im prensa periódica. A presença parte do processo de pensam ento
n orte-am ericana, todavia, possui sobre experiências sociais.
N atal, sábado, 25 de setembro de 2004
conquistar Natal para utilizá-la com o tram polim e chegar ao canal do Panam á e aos Estados
Unidos. A m esm a matéria, no entanto, inform ava d a desistência dos planos d a Alem anha, d e O D IÁ R IO S
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vido ao estado de prontidão do Brasil, que havia instalado próxim o à capital potiguar u m a Em janeiro de
im portante base aeronáutica, considerada, conform e a notícia, a segunda m aior do m undo. U n ia m á fialal oi fresi 1943,o
Em 28 de janeiro de 1943, edição do jornal divulga a presença, no estuário do Rio P oten >fiRÜftâ £ f l** *^fttâ-íí?» j DIÁRIO noticia
gi, do Cruzador H um bolt, d a arm ada norte-am ericana, de onde desem barcaram o presiden
Blilll !uf|iu I RplSBIi a visita de
te Getúlio Vargas e o m andatário Franklin Delano Roosevelt. Em jipe descoberto, os dois p e r Vargas e
•■ " ■ s K is rs a ts ,
Roosevelt à
correram as ruas de Natal rum o à Base Aérea de Parnam irim .
capital potiguar
Natal, sábado, 25 de setembro de 2004 DN O EDUCAÇÃO
Foto extraída do livro 38 anos na vida de um jornal de Província de Ana Maria Cocentino Ramos
Tyrone Power, ladeado do então repórter Luiz Maria Alves (de chapéu) e Mussoline Fernandes
A história contada
______ íbé&
História da Cidade do I
por Potiguares
NATAL
onhecer a história do Rio Grande do Norte e
A crueldade de
m .. . ■
um conflito
-
mundial
II MARIO
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Cláudio Galvão *
Especial para o D N Educação
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às agências noticiosas e estas à reda trouxe para Natal um a testem unha
ção dos jornais, o conhecimento dos espetaculares, seu presencial dos horrores da Segunda
fatos que se passavam n a Europa, noticiário preciso Guerra Mundial em seu país. O padre
destacando a evolução do názi-fa- Jan Wisniewsky escapara, com qua
cismo, seu crescimento como dou e atualizado são renta quilos de peso e tuberculoso,
trina política e o início de sua ex de mais de três anos de prisão, tra
pansão imperialista.
hoje fonte balhos forçados e m aus tratos no
A I o de setem b ro de 1939, o inesgotável, cam po de co n c en tra çã o de Da-
m undo tom ava conhecim ento de chau, n a A lem anha. C onhecido
que o exército alemão invadira a Po disponível para n a Igreja de São Pedro do Alecrim
lônia, chegando aVarsóvia no dia 27. com o p ad re João, sim plesm ente,
Em Natal, dois jo rn ais apenas
estudos a poucos falava de seu passad o e
- "A República" e "A Ordem" - in esclarecedores. a n in g u é m p a re c ia te r m arcas,
formavam a trágica notícia. Have m ágoas, ódios ou rancores. Um
ría ain d a co ndições de se frear, en c o n tro o p o rtu n o p o ssib ilito u
de se im pedir o alastram en to da um a efetiva trincheira de combate que ele gravasse u m a en trev ista
catástrofe? ao crescimento do mal. onde relatou, com detalhes, a te r
A 18 de setembro, um grupo As coleções do "Diário" ("Diário rível ex periência p o r que p a s sa
de idealistas fazia circular a pri de Natal" a partir de 3 de março de ra. Esses fatos tom aram form a no
meira edição do "Diário", que se de 1947), são testem unho autorizado livro "O Cam po da E sp eran ça",
finia com o objetivo de tornar-se, destes tem pos ameaçadores. Suas que m ostra a perseguição aos p a
mesmo geograficamente distante, manchetes espetaculares, seu noti dres poloneses.
ARTIGO
lguns dias de Pearl Harbor, Franklin pelo menos momentaneamente, o Pacífico pelo Chefe das Operações Navais, almiran
RIVALDO PINHEIRO
Passagens da vida
de um idealista
Foto cedida
erta vez sugeri- ca Federal do Rio Grande do Norte,
m * m os a Rivaldo hoje CEFET-RN), a p artir de 1945,
I reunir em livro en q u a n to cursava D ireito. C on
M j o que conside- cluiu o curso de Direito em 1949
ráv a m o s e le n a F aculdade de D ireito de M a
m entos preciosos para a História ceió. Na ETFRN, em 1978, aposen-
daquela Guerra. Ele, no seu bom- tou-se como Procurador.
senso, não se dispôs à tarefa edi Participou, convidado pelo então
torial...", O trecho é retirado de um futuro governador Aluízio Alves, da
artigo do professor João Wilson de criação da Tribuna do Norte (inau
M endes Melo, m em bro da Acade gurada em 24 de março de 1949),
m ia N orte-rio-grandense de Le onde perm aneceu dois anos.
tras. Em seu artigo, João W ilson Na p o lítica teve aproxim ação
fala do amigo Rivaldo Pinheiro, es com o Partido Com unista mas não
critor, jornalista, um dos fundado aceitou a doutrina nem foi assim i
res do D iário, que d u ra n te a II lado pelo partido. Foi avesso ao in-
Guerra escrevia artigos sobre o as tegralismo e chegou a ser do Parti
sunto. Assim nasceu o Diário da do Popular. Em Natal, foi fundador
Guerra, coletânea de seus m elho da Esquerda Democrática (ED), que
res trabalhos, publicados no jo r se constituiu em todo o Brasil e ele
nal "A República". geu Franco Montoro vereador em
A obra, antes não desejada pelo São Paulo. Foi crítico, das divisões
autor, como relatou seu amigo, já entre as esquerdas (PC, PTB, d e
está sendo trabalhada e será lan pois PT e PDT) que não conseguiam
çada, em breve, pelo DIÁRIO DE se unificar em torno de um proje
NATAL, em um a justa hom enagem to político. Foi candidato a D epu
a Rivaldo Pinheiro. tado Estadual um a vez e a Verea
Nascido aos 18 de setem bro de dor duas vezes. D epois, a ED se
1916, filho de Francisco Pinheiro transform ou em Partido Socialista,
Borges e Libânia Teixeira Inês, ele que passou a ser PSB em 1949.
Funcionário Público (Secretário da A braçou algum as causas com
Escola Normal) e ela do lar. Desde g ran d e co n v icção , com o a lu ta
cedo precisou trabalhar para cus "O P etróleo é Nosso" e a q u e s
tear os estudos, tendo sido em pre tão da "Assistência Social do Tra
gado da padaria de um parente, de b alh ad o r". Escreveu sobre esses
pois contínuo da firma Worton Pe- de L etras do em 3 de setem bro tem as, m as, o te m a que m ais o
droza (compradora, beneficiadora Atheneu (ante de 1939, m arcan em polgou foi "Socialism o e D e
e exportadora de algodão). Teve de cessora da Aca do o início d a II m o c ra c ia ". D e fe n d ia a te se de
parar os estudos concluindo o curso d em ia N orte- Guerra Mundial. O qu e "sem socialism o não h á d e
primário. Aos 17 anos, com muito rio-grandense D iário nasce por m o cracia". Este id e al o im p u l
esforço, retom ou-os, ingressando de L etras), cau sa do Estado sio n o u a atu a r no sistem a coo-
no Atheneu, através do exame de te n d o sido, Novo que m a n ti p erativ ista, ten d o sido P resid en
admissão. M antinha-se nos estu p o ste rio rm en nha aproximação te da C ooperativa de Crédito dos
dos, através da atividade de jo rn a te, seu P re si ao eixo Roma-Ber- Servidores Civis e A utárquicos da
lista. Somente em 1939 conseguiu d e n te . Foi no lim, e, p rin cip al U nião L tda p o r m u ito s anos, e
concluir o curso. Atheneu que começou a se interes balhar na República como Repórter m e n te, pelo a n
fu n d ad o r d a OCERN (O rganiza
Fez o clássico, tam bém no Athe sar por Literatura. Antes disso não Revisor. Ainda na República, fundou, seio do povo a favor das nações
ção d a s C o o p e ra tiv a s do Rio
neu, a partir de 1942, após mais al tinha condições de acesso aos li em 18 de setem bro de 1939, o "O aliadas da Europa, assim atuando,
G rande do N orte).
guns anos sem estudar, só poden Diário", hoje "Diário de Natal", do e muito bem, por dois anos.
vros. Uma das principais o p o rtu Guardou com muito cuidado as
do retom ar com a im plantação do nidades deu-se quando, com cole qual foi sócio de Waldemar Araújo, A p artir de 1942 foi professor
crônicas diárias da República, inti
segundo ciclo no Colégio. Freqüen- gas do Atheneu, passou a freqüen- Aderbal França e Djalma Maranhão, de m atem ática, no A theneu. Foi
tuladas "Diário da Guerra", onde
te m en te lem brava os b rilh a n tes tar a casa do Dr. Matias Maciel, d e impresso na gráfica da República. A Professor do Ginásio Sete de Se
procurava contribuir para a "ele
professores e colegas que tivera. Foi tentor de um a enorm e biblioteca. sociedade perdurou até 1942. tem bro e da Escola Industrial de
vação da moral" dos aliados con
um dos fundadores da Academia Em julho de 1935 começou a tra A Alem anha invadiu a Polônia Natal, EIN, (depois Escola Técni
tra o nazi-facismo.
DN O EDUCAÇÃO NATO, SÁBADO, 25 DE SETEMBRO DE 2004 N a k l , sábado, 25 de setembro de 2004 D N O EDUCAÇÃO
Fotos de Emanoel Amaral, do Arquivo DN e do livro de Claude Smith
ontem e hoje
A Maternidade Em 65 anos, Natal passou p or diversas O antigo prédio
Januário Cicco transformações. Mas os marcos históricos, prédios da Estação
foi a sede do importantes para o cotidiano natalense durante os Ferroviária é
Quartel Central conflitos continua fazendo parte do dia-a-dia da hoje a sede da
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DNCPEDIJCACÃO N A K L , SÁBADO, 25 DE SETEMBRO DE 2004
Pesquisar é
preciso
Aldemir Fernandes
Coordenador do Projeto Ler
A Conferência de Natal
João de Brito Namorado
Foto cedida
ntre os materiais do
E acervo do DIÁRIO
DE NATAL, fo to s e
texto de u m im portante
fato político para a histó
ria da cidade: a Conferên
cia de Natal. Gomes e o cônsul Sims.
No dia 28 de janeiro de 1943, As conferências foram reali
vindo de um encontro com Chur- zadas na língua oficial, que era
chill na Conferência de Casa a francesa.
blanca, no Marrocos, o presiden Da conversa, além das infor
te norte-americano, Franklin De mações sobre o que fora acerta
lano Roosevelt desembarcou em do em Casablanca, no Marrocos,
Natal, às 7h30, onde se encon Roosevelt sugeriu e Vargas aceitou
trou com o presidente brasileiro, que o Brasil fosse u m dos m em
Getúlio Vargas, que chagara à ci bros fundadores das futuras N a
dade por volta da 1 hora. ções Unidas - ONU. Por seu lado,
0 encontro aconteceu no Rio o governo brasileiro solicitou mais
Potengi, a bordo do cruzador equipamentos militares e reve-
norte-americano "Humboldt". tou sua disposição de enviar u m
Do e n c o n tro e co n versã o contingente para a guerra.
participam além dos presiden Ambos os presidentes visita
te Roosevelt e Vargas, o em b a i ram depois a Base Aérea de Par-
x a d o r Caffery, o in te rv e n to r namirim, quando foram feitas
Rafael Fernandes, o a lm ira n várias fo to g ra fia s históricas,
te Ingram s e A ri Parreira, os n u m jeep que os conduziu até
generais Cordeiro de Farias e lá. Como a do fotógrafo portu
Franklin Delano Roosevelt, Getúlio Dorneles Vargas e em pé o general Cordeiro de Farias Walsh, o brigadeiro Eduardo guês João de Brito Namorado.
E quipe do C E P D O - C entro
de P esquisa e
D ocumentação , do D iário de
N atal/ O P oti, coordenada
PELO PROFESSOR ALDEMIR
F ernandes , e que conta com
A IMPORTANTE COLABORAÇÃO
DOS SEGUINTES FUNCIONÁRIOS:
Jacqueline M aia Franco ,
O snilda F igueiredo Lopes e
João M aria de A raüjo. T oda
a equipe foi fundamental
PARA A ELABORAÇÃO DESTA
EDIÇÃO ESPECIAL DO D N
E ducação .
DNOEDUCACÀO NATAL, SÁBADO, 25 DE SETEMBRO DE 2004
Fotos divulgação
Visitas ilustres
em Natal
Marlene Dietrich, atriz
Foto do livro História da Base Aérea
íio r ta g e Õ f W a íe r Tltreatene& l
MANT RATiNGS :
MADE LAST WEEK
Emanoel Amaral
Um a tradução
marcada na
história
JUIZ IVANILDO BEZERRA RELEMBRA A ÉPOCA
EM QUE FOI RESPONSÁVEL
PELA TRADUÇÃO DO FOREIGN
FERRY NEWS, JORNAL
VEICULADO DURANTE 0 PERÍODO DA
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
C
curso de Direito, e hoje, 16 anos depois, é Juiz da Diário h á 24 anos, supervisor do Setor de P esqui
glês no currículo e o gosto incessante de ler 3a Vara Criminal d a Com arca de Natal. sa e coordenador do Projeto Ler do Diário de Natal,
jornais diários, Ivanildo Bezerra Ferreira dos "Não tin h a a dim ensão do que isso represen foi, n a época, o responsável pelos testes de novos
Santos era u m jovem estudante em busca do p ri tava. Não entendia tudo de inglês, m as a ativida funcionários d a em presa. "Ivanildo se destacou
m eiro emprego. Conseguiu ingressar no quadro de m e interessava. Cada edição traduzida fazia dentre tantos outros que disputavam a vaga", disse,
de funcionários do Diário de Natal, em 1988, onde com que eu m e aperfeiçoasse. O que m uito co n lem brando dos m om entos em os dois se tornaram
foi selecionado, a partir de u m teste de conheci tribuiu foi o m eu interesse pela leitura diária dos grandes amigos. "Reencontrar u m amigo 16 anos
m entos, para realizar a segunda etap a d a micro- jornais im pressos", disse o juiz, em ocionado ao depois é com o voltar a ter m eus 20 anos, recordan
filmagem dos jornais arquivados. ver as edições traduzidas. do do grupo de colegas e dos sonhos".
Mas o jovem n em precisou realizar o trabalho ^ "Hoje, talvez, eu com preenda m elhor a im p o r Para o juiz Ivanildo Bezerra, a época ficou m ar
o qual estaria encarregado. O então diretor-geral tância desse trabalho. Era m uito jovem n a época, cada n a m em ória. "Além das am izades, o m ais
do Diário de Natal, Luiz M aria Alves, preocupado e não en tendia que essa tradução tin h a u m valor m arcante do jornal foi a im portância que o dire
em deixar p ara as próxim as gerações as histórias m uito grande p ara a história, tanto do Diário de tor, Luiz M aria Alves, dava ao m eu trabalho, o que
contadas durante o período da Segunda Guerra Natal quanto do Rio G rande do Norte". m e estim ulava bastante. Foi m uito interessante".
Mundial, se interessou em traduzir as edições do As edições trad u zid as do jo rn al Foreign Ferry O Foreign Ferry News foi u m p eq u en o jo rn al
jornal am ericano Foreign Ferry News, que circu News estão arq u iv ad as n o Setor de Pesquisas pu b licad o em inglês d u ran te o p erío d o d a Se
lou de 1943 a 1945, n a Base Aérea de Parnam irim do D iário de N atal e, freq ü en tem en te, são u tili g u n d a G uerra M undial, n a Base Aérea de P arn a
(Parnam irim Field), totalm ente em inglês. zad as com o objeto de estu d o s e observações. m irim . Editado sem an alm en te aos dom ingos, o
D essa forma, único funcionário da em presa a "Jamais im aginei qu e este trabalho p u d esse se r periódico deixou p ara a h istó ria u m arsenal de
entender o idiom a, Ivanildo teve u m a missão: tra vir de in stru m en to p ara pesquisas até m esm o de inform ações e im agens raras até p ara os arq u i
duzir as edições do periódico americano para o por estudiosos. Hoje, sa b en d o d essa im p o rtân cia, vos m ilitares dos Estados Unidos. Com lin h a ed i
tuguês. E esse foi o seu trabalho d u ran te nove m e orgulho p o r te r d ad o essa contribuição; fico torial co n servadora - tin h a p o u cas fotografias, e
meses, período em que esteve n a em presa, sain até m esm o envaidecido". trazia pequenas notas sobre o cotidiano dos am e
do em virtude do Vestibular, o qual passou p ara o José Aldemir Fernandes Lopes, funcionário do ricanos em Natal.
N abvl, sábado, 25 de setembro de 2004
O dia-a-dia da D e acordo com os com prom issos que havia assum ido perante os paises
deste hem isfério, o B rasil declarou a sua solidariedade aos Estados U nidos, de
finindo a sua posição, que é a posição da A m érica.
A im portância desse feto precisa se r esclarecida, para que o povo o com
preenda na sua verdadeira altura. O B rasil tom ou uma atitude que foi seguida
ierra que
por todas as Repúblicas am ericanas. Essa atitude foi tom ada em vista dos com
prom issos que a nação havia assum ido segundo os quais, nenhum país deste
continente que viesse a se r envolvido em luta contra um país estranho seria
considerado com o beligerante.
É uma im posição das contingências desta luta trágica na qual se achava en
volvida quase toda a hum anidade.Até este m om ento o Brasil está apenas em
posição de alerta. N ão há, po r enquanto, m otivos para tem ores nem receios.
H á, entretanto, necessidade de se m anterem todos os b rasileiros com seren i
dade, confiando na ação do governo e aguardando os acontecim entos.
EDITORIAL EDITORIAL
A hora decisiva da liberdade
BARBARIA E SACRILÉGIO
À s duas horas da madrugada de hoje, os exército s da D em ocracia, irrom pen
O fu ro r teutônico e o desvairio nazista culm inaram ontem na perpetração de
do em dois pontos estratégicos do te rritó rio da França, abriram a segunda fren
um crim e de barbaria e sacrilégio, contra o Vaticano, sobre cujas edificações ve
te , inaugura-se, assim , a batalha de libertação da Europa,torturada, há mais de dois
neráveis foram jogadas bombas explosivas. D ois m il anos de civilização cristã, de
anos, pelo despotism o nazista, cuja agonia e cujo aniquilam ento é im possível p ro r
trad içõ es, de fé e de elevado am or espiritual coroados pelas m aravilhas da arte
rogar, é inútil deter.
sacra, pelos prim ores do gênio e pela glória im ortal dos heróis do Renascim en
O s corações de todos os homens livres do mundo, batam, a esta hora, ao ritm o
to , se encerravam no Vaticano, onde os sucessores de São, Pedro, através dos sé
da m archa dos heróis da segunda frente. N o H avre, em Cherburgo, e dentro em
culos e acim a das contingências tem porais, sim bolizavam os mais puros liam es do
pouco em Paris, po r todo o solo im ortal e glorioso da França, mais tarde em B e r
homem com o céu e a eternidade.
lim , para a punição final de H itle r e da sua horda de bárbaros desvirilizados, todos
O novo atentado dos asseclas de H itle r surge aos olhos das nações com todas
nós estam os e estarem os, para red im ir o Hom em e dignificar a Justiça, a Razão e
as agravantes da prem editação e da bestialidade. Desde a invasão da Itália pelas
o D ireito .
forças aliadas, que o Papa Pio X II ordenara m inuciosas providências a-fim-de pre
Essa cruzada ligou indissoluvelm ente o sangue e a alma das N ações, numa con
se rvar a neutralidade do seu sólio, procurando afastar das fro n teiras do patrim ô
fraternização que é a m aior e a mais legítim a de toda a histó ria universal. Ingleses,
nio da Igreja, o fragor dos com bates que se teriam de fe rir pela posse de Rom a.
am ericanos, russos, franceses, belgas, holandeses, noruegueses, brasileiro s, austra
Entretanto, as hostes germ ânicas principiaram por ocupar ostensivam ente os do
lianos, hom ens de todas as raças e de todos os países, cerram fileiras na segunda
m ínios eclesiásticos, desrespeitando a letra dos avisos e cartazes dispostos em todos
fre n te , lutam pela vida e pelo futuro de seus filhos, querem tom ar parte, ardente
os edifícios, igrejas e m onum entos situados no âm bito do Vaticano. Sua Santidade,
m ente, nesse instante único do mundo, que é o com eço de uma era nova.
o Papa e seu colégio cardinalício estiveram e ainda se encontram em penoso es
A França foi escolhida para m arco inicial dessa arrancada épica, na qual todos
tado de constrangim ento, sob custódia aparentem ente benigna de um general de
são generais, todos caminham para o mesm o objetivo: - esm agar o nazism o em
H itler. E nesse instante, quando os nazistas atingiram o paroxism o do seu ódio e
sua cidadela, esco rraçar os hunos das suas casam atas, construídas com o sangue,
O D IÁ R IO do seu desespero, não sabemos que destino terão dado àqueles que tratavam com o
su o r e as lágrim as dos m ilhões de seres que eles escravizaram .
uma espécie de reféns, para utilizá-los ao seu m odo no m om ento da fuga e da
G ló ria aos heróis da segunda frente! a a rí£e ntlit® in ã o rort»
| o&rácom 0 Eixo
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derrota.
O bom bardeio do Vaticano deve se r encarado com o o prelúdio da nova série
de crim es que o nazism o, com os seus dias contados, já sem forças para enfren
Ed ito rial do dia 6 de junho de 1944 - A n o V - N ° 746
ta r os exército s de M ontgom ery, na Itália e as divisões russas, no D nieper, possi
velm ente perpetrará nos países ocupados, na tarefe sinistra de d estru ir as obras
que a civilização européia legou à humanidade.
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INTEGRALISMO E TRAIÇÃO
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A florescência trop ical do nazism o, no B rasil, foi uma aventura côm ica de lu
náticos e despeitados que, sob o cartaz de A ção Integralista, distribuíram crachás,
folhetos e m edalhinhas, tentando com petir em publicidade com ce rto s produtos
A rg e n tin a
farm acêuticos da classe da cafiaspirina. O chefe desses pantom im eiros era um ro
■»eu com o
m ancista falhado, que logo macaqueou Adolfo H itler, arranjando um bigodinho ri
dículo e cercando-se de uma chusm a de assexuados que trataram de parecer-se
com Goebbeis, G oering, Rodolfo H ess e outros epígonos do nacional-socialism o
alem ão.
O povo brasileiro não ligou im portância a esses "cam elots" de feira que se
elogiavam m utuam ente pelas colunas de um jo rnal adquirido com o dinheiro da
em baixada do Reich. Mas, quando, após alguns ensaios de cordão carnavalesco, a
m alta de cam isa verde pretendeu rid icularizar os sím bolos mais respeitáveis do
nosso civism o, anunciando que ia transform ar a letra do H ino N acional e substi
tu ir a Bandeira, o orbe estrelado pelo sigma que era uma contrafação da cru z swas-
tic a ,o povo reagiu e obrigou o integralism o a recolher-se aos bastidores, a tira r a
cam isa verde e a esconder suas medalhas e condecorações.
N aquele tem po, bastaram os assobios do povo e algumas vaias oportunas para
que os integralistas se retirassem do gram ado, calados e triste s com o um "team "
de futebol depois de apanhar uma su rra espetacular.
H o je, esses com ediantes que trem eram de m edo quando lhes pediram con
tas do que pretendiam , querem vingar-se do B rasil aparceirando-se aos seus anti
gos senhores, e procuram vingar-se traindo a nossa Pátria, servindo aos in teres
ses do inim igo, ajudando, com o ajudaram , os subm arinos alem ães em sua tarefa si
nistra nas costas brasileiras. Por isso, todas as conspirações que a Polícia tem des
cob erto contra o nosso esforço de guerra, a espionagem que procura assenho-
rear-se da situação das nossas Forças A rm adas, os m anejos de treição ao B rasil,
têm nos integralistas auxiliares constantes, pois o integralista continua a agir na
som bra, com o os reptis e as hienas.A s suas idéias, os seus gostos, as suas opiniões
sobre a guerra, são to talitárias. Sem pre desejaram eles a vitó ria alem ã, sem pre qui
seram eles que o nazism o e o fascism o derrotassem as N ações U nidas. C o var
des! A esta hora, quando os vingadores se acham às portas do galinheiro nazista,
quando os russos, os am ericanos, os ingleses, os canadenses, os franceses livre s, e
daqui a pouco as forças expedicionárias brasileiras, pisarem o solo alem ão e ar
rancarem da fortaleza m aldita a bandeira dos co rsário s e dos carrascos de H itler,
esses integralistas ainda batem as asas----- com saudades dos cam pos de concen
tração onde pretendiam to rtu ra r as liberdades do B rasil.
EDITORIAL
UM SÍMBOLO DA CONSCIÊNCIA NACIONAL
Há dois anos, na data de hoje, o gover cidos em uma pátria livre, querem a con enraizadas em nossa história. O s inimigos Dem os-lhes, entretanto, a resposta, em
no brasileiro rompia as relações diplomá tinuidade dos privilégios m orais e políticos do Brasil,aqueles que,vendidos a Hitler, pre um prazo que estarreceu aos nazistas, aos
ticas com os países do eixo , atendendo conquistados pelos nossos m aiores. tendiam desviar os rum os do nosso des fascistas e aos integralistas. ,A espionagem
assim ao clam or uníssono do nosso povo, A m aior dem onstração de que os ver tino dem ocrático e forçar o país a com enviada pelo Reich para orientar as "tro
aos seus anseios mais legítimos de Liber dadeiros brasileiros não desejam se r escra pactuar com a aventura nazi-fascista,tudo pas de choque" dos ridículos camisas-ver-
dade e Justiça, ao sentim ento nacional de vos ou acólitos de regimes m essiânicos, fizeram para sufocar a indignação nacional des, está justando contas com o Tribunal
soberania e dignidade. foi a revolta que sacudiu os nervos e os que pedia que o sangue dos brasileiros sa de Segurança Nacional. E, no segundo ano
Sem pre ecoam em nossas almas os corações da nossa gente, que, antes de crificados fosse vingado exem plarm ente. de guerra em que o Brasil marcha ao lado
brados das vítimas dos torpedeamentos dos qualquer afronta do banditismo nazista, já O s integralistas, cujo nacionalismo perver das N ações U nidas, a vitó ria surge em
navios m ercantes brasileiros, que em tare combatia espiritualm ente ao lado da D e tido e hipócrita encobria a espionagem e todos os horizontes e o povo brasileiro,
fa de paz singravam os nossos m ares, pro m ocracia, contra o totalitarism o e os seus o quinta-colunismo ignóbeis, procuraram com o um só homem, contribue com o
tegidos pela nossa bandeira e por leis in hediondos apaniguados. justificar a tragédia dos torpedeam entos e seu esforço para esmagar os carrascos da
ternacionais vilm ente desrespeitadas pelos A data de hoje é um m arco da nossa riam -se, os covardes, dizendo que o gover humanidade livre.
corsários nazistas. Esse crim e em que os fé ,é um sim bolo da nossa consciência na no deveria calar-se e deixar que os nossos
inimigos da civilização tantas vezes reinci cional, cristalizada nas reivindicações que barcos se despedaçassem, sem um pro Editorial do dia 28 de janeiro de 1944
diram ,m ereceu a mais viril repulsa de todos amamos desde o alvorecer do nosso pen testo, contra os torpedos dos submarinos - A n o V - N ° 642
os patriotas, de todos os homens que, nas sam ento e que se acham profúndamente crim inosos.
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N a ta l , .s á b a d o , 25 d e setem br o d e 2004
Guer
Adriana Amorim
Repórter do DN Educação
o i um a e x
F
p e r iên cia
m u ito v á
lid a , u m a
d em on s
tração de d efesa , n ão s o
m en te do n o sso p a tr im ô
n io , m as da n o s s a terra,
da n o ssa pátria, das su as
in stitu iç õ e s d em ocráticas
e , s e m d ú v id a s , d a s u a
h o n ra " . E ssa s p a la v r a s ,
ditas p elo n orte-rio-gran -
d e n se v e te ra n o da Força
E xpedicionária Brasileira,
C le a n th o H o m em d e S i
queira, sin te tiz a m b em a
im p ortân cia da p articip a
ção do B rasil na S egun da
Guerra M undial.
:
O veterano de guerra, Cleanto Homem de Siqueira com seu acervo de materiais trazido dos combates durante a (I Guerra Mundial
N a ta l , sá b a d o , 25 d e setem br o d e 2004 DN€D EDUCAÇÃO
Entre as relíquias de
Cleanto, um capacete de
soldados alemães e uma
granada, ambos
trazidos
clandestinamente,
durante a viagem de volta
para casa
expedicionário
Um exercito
„ ' 4 lutará ao Ia;
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PERSONAGENS DA NOTÍCIA
Pertencente a uma família que ito de Infantaria em Natal. pulsória", deixando o Exército.
tem prestado relevantes serviços Em 1944, induído no 1Io Regimen Em seguida, chegou a prestar
à cultura do Estado, Cleantho to de Infantaria de São João Del eficientes serviços à Universidade
Homem de Rei/MG, Cleantho partiu, em 22 Federal do Rio Grande do Norte até
Natal, onde nasceu a 20 de dezem de setembro de 1944, para o Tea 1991, quando implantou e dirigiu
bro de 1922. Em 1939, aos 17 anos, tro de Operações da Itália, inte a Divisão de Atividades Desporti
como atirador da Companhia Qua grando aForçaExpedicionáriaBra- vas. Foi também presidente da (Jo-
dros, tornou-se reservista de se sileira. Naquele País, Cleantho par missão Estadual de Moral e Civismo.
gunda categoria. F.m 1942, retor ticipou de diversos combates, in Atualmente, Cleantho profere
nou àquela Unidade onde con clusive os de Monte Castelo, Mon- palestras em colégios, clubes so
cluiu com aproveitamento os cur tese, Castelnuovo e Collechio. ciais e organizações militares, abor
sos de Cabo e Sargento. Em 17 de outubro de 1945, o ex dando comfreqüência temas sobre
Em nove pedicionário Cleantho teve a emo
contingência da guerra, foi convo ção denovamente pisar em solo pá- ticipação do Brasil na Segunda
cado para o serviço ativo do Exér . Guerra Mundial, enfatizando a
cito, sendo incorporado no 16° Re- Cleantho atingiu a chamada "com atuação da FEB.
VITÓRIAS DA FEB
1944: 1945:
16/09 M assarosa 21/02 M onte Castelo
18/09 C am aiori 23/02 La Serra
26/09 M onte Prano 04/03 S anta M aria Viliana
06/10 F om acci 05/04 C astelnuovo
11/10 Barga Galicano 14/04 M ontese
24/10 Som ocollona 15/04 Paravento
25/10 TrassilicoVem i 19/04 M onte M aiolo
28/10 M onte Faeto 20/04 Rivela
21/04 Zocca
23/04 Vignola
27/04 Collechio
29/04 F om ovo de Taro
30/04 C ap tu ra d a 148a Divi
são de Infantaria Alem ã
Ao chegar em terras européias, a Cleantho, no meio de toda a tensão do ao Monte Castelo. "Com tudo ao de guerra, enfrentando o inimigo no para todos os veteranos e dos cida
tropa ainda precisou viajar por al proporcionada pela Guerra, um mo nosso favor, nós conseguimos pren Teatro de Operações da Itália, a Força dãos brasileiros. "Além de ter sido
guns dias, chegando ao destino final, mento diferenciado, quando viu pela der muitos alemães e tomar o Caste Expedicionária Brasileira registrou uma batalha sangrenta, violenta, nós,
em 14 de outubro: um acampamen primeira vez a neve caindo. "De re lo". Apartir daí, a Infantaria Brasilei 432 m ortos, entre Oficiais, Subte- veteranos, nos orgulhamos muito de
to localizado nas proximidades da ci pente, toda aquela paisagem que es ra seguiu para Montese, onde, em 14 nente, Sargentos, Cabos e Soldados; ter participado da Força Expedicioná
dade Pisa. "Lá, nós descansamos por tava negra ao anoitecer parecia um de abril, novamente as tropas alemãs 28 desaparecidos, entre Sargentos, ria Brasileira. O que muito nos ajudou
um tempo, e seguimos ao primeiro lençol branco na madrugada. Aque foram desalojadas. "Este, sem dúvi Cabos e Soldados; 2.722 feridos e foi o fato de sermos jovens. O jovem
ataque, que foi o de Monte Castelo. le, de acordo com informações, foi o da, foi o combate mais sangrento e acidentados, totalizando 3.187 h o é valente, entusiasmado com a vida".
Nas palavras de Cleantho Homem de inverno mais denso e mais perigoso mais demorado da nossa história na mens. As perdas relativas ao Exérci Muitas vezes questionado se en
Siqueira, o desembarque "foi um fra até então", ressaltou o militar. Guerra, sendo três dias de atividades". to e a Força Aérea Brasileira, na cam frentaria novam ente um a guerra,
casso, devido a diversos fatores nega Nesse período de inverno, a guer Para C leantho H om em de Si panha da Itália, acrescidas dos m or Cleantho é enfático ao garantir que
tivos, entre eles o clima gelado e chu ra parou. "Aconteciam somente pe queira, a participação do Brasil na tos e desaparecidos da M arinha de sim . "M uitos dos m eus colegas,
voso". Quase dois meses, depois, no quenas batalhas entre as patrulhas Segunda Guerra Mundial term inou Guerra e da Marinha Mercante, no hoje, são homens doentes, pois não
dia 12 de dezembro, uma nova inves inimigas. Os verdadeiros combates no dia 28 de abril, já que, antes decurso da Segunda Guerra M un cu idaram da saúde, m as alguns,
tida ao ataque de Monte Castelo. "O só vieram a recomeçar em fevereiro, dessa data, ainda ocorreram m ui dial, chegaram a atingir um total de como eu, que estou prestes a com
Castelo continuou com toda a sua com o início da primavera", explicou tos combates, entre eles os de Cas 1.407 brasileiros mortos. pletar 82 anos, ainda têm força que
potência; mais um fracasso nosso". o veterano. telnuovo e Collechio. Sobre a participação do Brasil na d a ria p a ra e n fre n ta r, n ão a um
Doze dias depois o inverno havia Foi quando, em 21 de fevereiro de Durante o período de 239 dias em Segunda Guerra Mundial, Cleantho Monte Castelo, nem a um a M onte
chegado, possibilitando ao veterano 1945, mais um combate foi planeja que esteve em penhada em missões Siqueira diz ser motivo de orgulho se, mas um a batalha pequena".
N A H L, SÁBADO, 25 DE SETEMBRO DE 2004 D N€ 9 EDUCAÇÃO
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N atal , sá b a d o , 25 d e s e ie m b r o d e 2004
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própria razão de existir do Diário de na e ganhou uma nova dimensão no Brasil. aqui contei com a cobertura jomafistica incansá
Natal justifica a sua importância histó Já se vão 65 anos e o exemplo dos seus fun vel do Diário de Natal.
rica para a nossa comunidade. Em 1939, dadores faz do Diário de Natal um jornal con Mais recentemente, obtive do Governo Fede
i era re á o perigo de expansão do nazi- solidado e atento aos problemas, não só da ca ral e da Petrobrás a garantia da retomada das obras
■íascism o. O jornal nasceu para mobili pital como de todo o Rio Grande do Norte. O da Termoaçu, em Alto do Rodrigues, outro em
zar a cidade e mostrar ao seu povo que era preci Mundo m udou e a evolução tecnológica foi preendimento vital para a economia do Estado e
so resistir à crueldade que varria a Europa e amea acompanhada pelo Diário de Natal, sem, no en que também vem tendo no Diário de Natal e o DN
çava todo o Mundo. tanto, esquecer dos ideais que a ele estão atre Educação um importante parceiro.
Pela sua localização estratégica, Natal teria um lados desde o nascimento. Quero cumprimentar a todos os que fazem o
papel decisivo no resultado da Segunda Guerra Sou leitora do Diário de Natal antes de entrar Diário e o DN Educação, representados pela figura
Mundial, porque daqui partiríam as tropas norte- na vida pública. E reconheço que o jornal sem do jornalista Albimar Furtado, ressaltando o signi
americanas para o combate no Velho Mundo. pre adotou uma postura de vanguarda na defesa ficado dos 65 anos de luta e de defesa da liberdade
Pelo patriotismo que os movia, os jornalistas Ri dos maiores interesses do Estado. Há um ano e de expressão e de dedicação à educação do Estado.
valdo Pinheiro, Djalma Maranhão, Aderbal de Fran oito meses como governadora, cito dois exem
ça e Waldemar Araújo decidiram fundar um veícu plos de que a nossa luta pelo desenvolvimento do
lo de comunicação que lutasse pela liberdade e a Rio Grande do Norte mereceu o apoio do Diário.
soberania do país. Tão logo tomei posse, encontrei parada a obra
De 1939 até 1945, nossa capital viveu anos de do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que * Professora e Governadora do
grande efervescência. Sem jamais perder o víncu será o maior terminal de cargas da América La Estado do Rio Grande do Norte
lo com as nossas raízes e a identidade cultural pre tina. Estratégico para o nosso fiíturo. Garanti junto
servada, Natal avançou com a presença america às autoridades federais o reinicio dos serviços e
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