Você está na página 1de 39

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA

DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA E CLÍNICAS

João Paulo Ribeiro Nascimento

DERMATOPATIAS INFECCIOSAS DE SERPENTES

SALVADOR-BA
2018
DERMATOPATIAS INFECCIOSAS EM SERPENTES

Monografia apresentada ao curso de


graduação em Medicina Veterinária, Escola de
Medicina Veterinária, Universidade Federal da
Bahia, como requisito parcial para obtenção do
grau de Médico Veterinário

Orientador: Prof. Me. Oberdan Coutinho Nunes


Coorientador: Paulo Roberto Bahiano Ferreira

SALVADOR-BA
2018
Dedico este trabalho
a Maria de Fátima
Morais Ribeiro e a Alírio Nascimento.
AGRADECIMENTOS

À XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.

Ao XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
RESUMO

O aumento da procura por serpentes, seja para animal de estimação ou para fins
conservacionistas, associados a erros de manejo e auto medicação sem prescrição,
gera uma maior casuística de enfermidades de ordem tegumentar por agentes
infecciosos. Tais ocorrências resultam em um aumento da procura por serviços
veterinários especializados.
A crescente preocupação com o bem-estar animal associado ao aumento da
criação de serpentes, seja para animais de estimação ou para fins
conservacionistas, gera uma maior casuística de enfermidades de ordem
tegumentar por agentes infecciosos. [​ H1] ​Tais ocorrências resultam em um aumento
da procura por serviços veterinários especializados.
Essa revisão de literatura apresenta anatomofisiologia da pele associada às
principais afecções dermatológicas de cunho infeccioso, visando a descrição dos
agentes etiológicos, aspecto clínico, métodos de diagnósticos, tratamento e
prevenção das dermatopatias de serpentes de vida livre ou cativos.

Palavras-chave:​ Dermatologia, tegumento, réptil, infecção.


SUMÁRIO1

2124380520 INTRODUÇÃO XX
2124380521 - DESCRIÇÃO DO LOCAL E DAS ATIVIDADES DE XX
ESTÁGIO
2124380521.2124380648 – LOCAL DE ESTÁGIO 1
2124380521.2124380648.2124376808 - DESCRIÇÃO DO LOCAL
1
2.1.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DO LOCAL 1
2.2 – LOCAL DE ESTÁGIO 2 ( SE HOUVER)
2.2.1 - DESCRIÇÃO DO LOCAL 2
2.2.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DO LOCAL 2
3 DESCRIÇÃO DETALHADA DE UM XX
CASO-PROCEDIMENTO-SITUAÇÃO ACOMPANHADO PELO
ESTAGIÁRIO DURANTE O PERÍODO DO ESTÁGIO​ ​(OPCIONAL)
XX
3.1 INTRODUÇÃO XX

3.3 DISCUSSÃO XX
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS XX
REFERÊNCIAS XX
APÊNDICE XX
ANEXO XX

1
SUMÁRIO – ELEMENTO PRÉ-TEXTUAL, ​OBRIGATÓRIO. Só devem constar no
sumário os elementos textuais e pós-textuais
1.Introdução

Serpentes são animais que causam fascínio e medo a população, medo


este pela falta de conhecimento sobre sua importância e seu real perigo. Dentre
os animais peçonhentos, as serpentes são as mais conhecidas, o que acaba
ofuscando o seu valioso papel na natureza como predador (anfíbios, roedores,
aves, invertebrados...) e pres a(rapinantes, mamíferos carnívoros, outros
répteis…), de diversos animais, além do valioso potencial farmacológico, ainda
pouco estudado, a partir da coleta de veneno (BERNARDE, 2014).
As serpentes permanecem populares como animais de estimação em todo
o mundo, por conta da variedade de espécies mantidas em cativeiro, tornando
esses animais susceptíveis às condições de manejo a eles impostas. Dessa
forma, é de extrema importância que o profissional que trabalhe com estes ofídios,
esteja familiarizado com as diferentes necessidades de cada espécie, a fim de
minimizar os potenciais problemas. O tipo de recinto deve ser apropriado de
acordo com o comportamento de cada espécie, tendo em vista que, espécies
terrestres passam mais tempo no solo, enquanto as espécies arbóreas exigem
acesso vertical (HOPPMANN, 2007)​.
As famílias de maior interesse em cativeiro no Brasil são: Boidae ​(cobra
papagaio, cobra de veadeiro, sucuris, jibóias, salamantas e pítons), Colubridae
(falsas-corais, cobra d’água e as serpentes exóticas), Viperidae ​(cascaveis,
surucucu-pico-de-jaca e jararacas) e Elapidae ​(corais-verdadeiras e najas
exóticas) (KOLESNIKAVAS ​et al​ ., 2006).
Algumas espécies de Boidae ​estão entre as maiores serpentes do mundo,
algumas crescendo até 10 metros de comprimento, embora a maioria das
espécies tenha apenas um pouco mais de 1 metro de comprimento. Eles possuem
como características remanescentes, cintura pélvica e membros posteriores
vestigiais, na forma de extensões espirais perto da cloaca, duas artérias carótidas
e um osso coronoídico. Esta família de serpentes também apresenta dois pulmões
proporcionalmente bem desenvolvidos ,​ algumas espécies possuem ceco e
caudas, geralmente, mais curtas. Muitos têm receptores de estímulos
infravermelho especializados nas escamas labiais superiores e inferiores, essas
estruturas são chamadas de fossetas labiais ​(FOWLER, 2001; CALDWELL, 2014;
POUGH, 1998).
A família colubridae corresponde a família de serpentes com maior
variedade de espécies brasileiras, possuem dentição áglifa ou opistóglifa, e variam
de pequeno a grande porte, possuem hábitos diversificados e várias formas de
vida (aquaticas, terrícolas, subarborículas, arborícolas e fossoriais), dentre as
espécies Brasileiras mais conhecidas temos as cobras cipó (Chironius spp.;
Leptophis spp.), papa-pinto (Drymarchon spp.), caninana (Spilotes pullatus); falsa
coral (erytholamprus spp.; Oxyrhopus spp.), corre campo (Tomodon dorsatus), e
outras (BERNARDE, 2014).
colubrídeos exóticos podem ser encontrados comumente na clínica
particular, devido a sua criação extensiva em países que permitem tais animais
licenciados, viabilizando o desenvolvimento zootécnico desses animais gerando
novas colorações, padrões e hibridizações (GIRLING, 2004).
A família elapidae é representada no brasil por 32 espécies de
corais-verdadeiras, sendo elas serpentes de pequeno a médio porte, com dentição
proteróglifa, com veneno de ação neurotóxica representa uma família de
importância médica, causando 0,86% dos acidentes ofídicos no Brasil
(CARDOSO, 2009; BERNARDE, 2014)
As viperídeas do Brasil pertencem à subfamília Crotalinae e compreendem
sete gêneros e 28 espécies representadas por serpentes chamadas popularmente
de surucurus (gênero Lachesis), jararacas (gêneros Rhinocerophis, Bothrops,
Bothropoides,Bothrocophias e Bothriopsis) e cascaveis (gênero Crotatus). Estas
podem ser facilmente identificadas pela dentição solenóglifa e presença de um par
de orifícios com função termorreceptora, localizados entre o olho e a narina,
denominados fossetas loreais (MELGAREJO, 2009; CARDOSO, 2009).
Todas as serpentes desempenham uma função importante no ecossistema,
por serem predadores ou presas de outros animais. Além disso, possuem um
papel significativo no controle da população de roedores que são os principais
vetores de algumas zoonoses (CUBAS, 2014).
A identificação de doenças em animais de vida livre vem se tornando
importante para os objetivos de conservação. Existe um crescimento nos estudos
de casos para vários surtos de doenças que causam redução e até mesmo
extinção de espécies (ALLANDER, 2013).
Um levantamento feito por BARRETO (2011) constatou que 66% dos
profissionais envolvidos com manejo de ofídios, tiveram contato com a casuística
de problemas dermatológicos em serpentes, tanto por traumatismo, infecções
cutâneas ou disecdise.
Grande parte das doenças diagnosticadas em serpentes cativas são
resultado, em parte, de uma má nutrição ou erros de manejo praticado pelo
proprietário ou criadouro. Portanto, é imprescindível corrigir problemas de criação
e nutrição a partir da avaliação clínica adequada. Por essa razão, veterinários que
tratam répteis com doença de pele devem estar cientes que a conscientização do
cliente é importante para a criação adequada (HOPPMANN, 2007; WHITE, 2010).
2. Revisão de literatura

2.1 Criação em cativeiro e zoológicos

Entre as serpentes mantidas em cativeiro, provavelmente as jiboias (​Boa


constrictor ssp.​) são as mais comuns. É difícil encontrar um zoológico na América
do Sul que não possua boídeos, já que muitas dessas espécies são encontradas
na própria região (FOWLER, 2001).
Algumas espécies foram criadas em cativeiro com sucesso, facilitando a
existência de criadouros comerciais, além disso, existe uma crescente
preocupação com a legislação para controlar o comércio ilegal de animais
silvestres (GIRLING, 2004). A criação em cativeiro deve ser extremamente
especializada, pois os répteis necessitam de habitats específicos semelhantes ao
seu ambiente natural com a importância de estimular os comportamentos que
levam à reprodução bem sucedida. A medida que as técnicas de manutenção de
serpentes em cativeiro melhoram, a longevidade das serpentes mantidas nesses
recintos aumentam (KOLESNIKAVAS et al. 2006; GIRLING, 2004).
Apesar da extensa experiência que os centros e os institutos possuem na
manutenção de serpentes em cativeiro, a mortalidade desses animais geralmente é
elevada, e provavelmente está relacionada ao estresse causado pelas dificuldades
de se adaptarem ao ambiente cativo (CAMPAGNER, 2011).

Alguns animais por exemplo possuem genes recessivos únicos (padrões de


cores e albinismo), o que atribui valor comercial, sendo assim, a perda de um
único animal pode ter muito significado comercial, e também de um risco potencial
para o resto da colônia ou para a preservação da espécie, no caso das espécies
ameaçadas (MADER, 2006).
Condições inadequadas de cativeiro, nutrição deficiente e más condições
sanitárias podem direta ou indiretamente, por meio da imunossupressão promovida
pelo estresse, levar a instalação de doenças infecciosas nestes animais. Estas por
sua vez, são a principal causa de morte em répteis cativos, ocasionando problemas
para o laboratório produtor de peçonha, que pode não dispor de matéria-prima de
qualidade (CAMPAGNER, 2011).
Estima-se que haja 1,2 a 2,45 milhões de serpentes em aproximadamente
555.000 a 846.000 casas nos Estados Unidos Sendo que as serpentes
representam 18% dos répteis em cativeiro. Este aumento de espécies cativas gera
uma maior demanda de veterinários devidamente capacitados em manejo e
tratamento de répteis (BALLARD, 2017).
Dentre os agentes infecciosos bacterianos, o grupo mais importante pelas
elevadas taxas de morbidade e mortalidade nos répteis, é o dos bastonetes
Gram-negativos. Os bastonetes gram-negativos estão envolvidos em processos
infecciosos cutâneos, pulmonares, orais, gastroentéricos e generalizados, além de
vislumbrar a ocorrência de abscessos. Além das infecções bacterianas, doenças
fúngicas têm sido devastadoras para as serpentes cativas. Normalmente há
dificuldade no isolamento do agente e os óbitos ocorrem com muita freqüência
(CAMPAGNER, 2011).

espécies ameaçadas:
2.2 Anatomofisiologia da pele

Como nos mamíferos, a pele das serpentes serve como uma barreira
protetora celular contra microorganismos e parasitos, além de resistir abrasões,
proteger o meio interno das injúrias do ambiente externo, manter tecidos e órgãos
no lugar, e é responsável pelo movimento e crescimento. A pele também é
responsável por outras funções como regulação fisiológica, detecção sensorial,
respiração e coloração (BALLARD, 2017; HOLTHAUS, 2017).
A aparência e a condição da pele de um organismo vivo são indicadores
precisos do bem-estar geral das serpente, sendo o padrão de ecdise um guia útil
para avaliar a saúde das mesmas (JACOBSON, 2007; HARKEWICZ, 2001).

A pele da serpente consiste em duas camadas principais, derme e epiderme.


A epiderme é completamente coberta por queratina. Na parte mais externa, se
encontra o estrato córneo, que possuem células queratinosas que protege o tecido
vivo abaixo. O estrato germinativo, a camada mais interna da epiderme, se divide
continuamente para substituir a camada externa de células queratinosas mortas. À
medida que a célula do estrato germinativo é empurrada para fora, ela lentamente
se achata, morre e queratiniza para formar o estrato córneo. O estrato córneo é
composto de três camadas, a camada de Oberhautchen, a camada de
beta-queratina e a camada de alfa-queratina, a partir da superfície para dentro,
respectivamente (BALLARD, 2017; PALMEIRO, 2013; BERTHÉ, 2009​ ​).
A epiderme inclui uma cobertura de queratina que varia em espessura em
diferentes partes do corpo do réptil, tendendo a ser mais espessa dorsalmente e
mais fina ventralmente, resultado do desenvolvimento evolutivo, sendo a camada de
queratina mais espessa na lateral e no dorso do animal, proporcionando proteção
contra predadores, enquanto a camada mais fina do ventre permite a liberdade de
movimento em contato direto com o solo, assim como algumas espécies de
serpentes arborícolas possuem microestruturas, semelhantes a espinhos,
especializadas que conferem aderência ao substrato encontrada apenas nas
escamas ventrais (HARKEWICZ, 2001; BERTHÉ, 2009).
A superfície de cada escama é composta de beta-queratina, enquanto o
espaço intercalar, ou suturas, é composto de alfa-queratina. Esta distribuição de
queratina proporciona uma cobertura protetora, permitindo flexibilidade e expansão.
Há uma doença genética, de caráter homozigótico recessivo que acomete certas
espécies de colubrídeos e viperídeos, causando ausência ou diminuição das
escamas, sendo observadas apenas escamas labiais e ventrais, enquanto o restante
do corpo é coberto por uma epiderme queratinosa suave. (BALLARD, 2017).
A derme consiste em duas camadas, o estrato compacto e o estrato
esponjoso: o estrato compacto é a camada mais interna da derme e consiste em
tecido conjuntivo densamente intimo a cavidade, enquanto o estrato esponjoso
consiste em tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, glândulas, terminações nervosas e
outras estruturas celulares (BALLARD, 2017; HARKEWICZ, 2001).

A ecdise (ou pseudoecdise – já que a ecdise verdadeira ocorre em


invertebrados, que possuem e trocam o exoesqueleto), ou descamação da pele, é
um fenômeno normal ao longo da vida da serpente. As serpentes jovens entrarão
em ecdise mais frequentemente, regredindo à medida que atingirem o tamanho de
adulto. Como a camada superior da pele da serpente é formada principalmente por
queratina, que é incapaz de se expandir durante o processo de crescimento, esse
material precisa ser trocado regularmente. As células do estrato germinativo
começam a proliferar e produzir novas camadas celulares. Essas novas células
formam a camada de geração interna, que é o precursor das escamas, ou a
camada de geração externa, para o próximo ciclo de ecdise. Uma vez que a nova
superfície está completa, a linfa se difunde na área e a ação enzimática resulta na
formação da zona de clivagem, que resultará na separação (PATERSON,
2006;ZUG et al., 2001; BALLARD, 2017; PALMEIRO, 2013).
Antes de uma serpente realizar a ecdise, ela libera uma secreção linfática,
composta de enzimas e anticorpos, embaixo da camada mais externa da pele,
sendo mais visível nos olhos da serpente, mais precisamente na região
espetacular ​, conferindo a coloração opaca ou azulada do olho da serpente. Essa
apresentação pode durar entre uma e duas semanas até a conclusão da troca de
pele, a qual será repetida em intervalos regulares (BALLARD, 2017; HARKEWICZ,
2001; GIRLING, 2004).
O processo de ecdise foi descrito em seis etapas distintas, distribuídas em
duas fases: fase de repouso (primeira etapa) e fase renovação (da segunda etapa
a sexta etapa), sendo assim:

● A primeira etapa, ou fase de repouso pode levar várias semanas ou vários


meses, dependendo do estado nutricional e da idade do réptil, sendo que
animais jovens, possuem menor tempo de fase de repouso.
● A segunda etapa, é caracterizada pelo início da fase de renovação, onde
existe proliferação do estrato germinativo produzindo novas células que se
deslocam em direção a camada de geração externa. A diferenciação começa
na camada de geração externa e as células germinativas começam a se
proliferar.
● Na terceira etapa as células derivadas do estrato germinativo da segunda
etapa começam a queratinizar e formam a nova camada interna ou a geração
epidérmica interna enquanto a cor do animal começa a escurecer.
● Na quarta etapa a pele adquire uma tonalidade mais escura e o espetáculo
fica opaco com o preenchimento do espaço entre as regiões epidérmicas
interna e externa. A manipulação deve ser evitada durante esta etapa
● Durante a quinta etapa, o tecido intermediário do estrato se desprende

● Na sexta etapa ocorre o desprendimento da pele de quatro a sete dias após a


coloração do espetáculo ocular desaparecer. A remoção ocorre
eventualmente quando as duas regiões epidérmicas se tornam fisicamente
separadas pela quebra induzida pelas enzimas e difusão do fluido linfático no
espaço intermediário (Davies, 1981 Apud PATERSON, 2006; HARKEWICZ,
2001; TROIANO, 2018).
Serpentes mantidas em sua zona ótima de temperatura (ZOTC) para a sua
espécie possuem ecdise de acordo com um ciclo normal, enquanto que, se
mantidos em temperaturas inferiores, como nos períodos frios, o ciclo é
prolongado devido à diminuição da atividade metabólica. Outros fatores que
influenciam a frequência de ecdise são: espécie, carga parasitária (tanto interna
quanto externa), estado nutricional, temperatura ambiente e umidade. Cada um
desses fatores deve ser considerado quando um problema com a ecdise é
aparente (HARKEWICZ, 2001; PATERSON, 2006).
Algumas serpentes possuem pares de glândulas produtora de feromônio na
base de suas caudas. Estas glândulas desembocam na borda externa da cloaca
liberando uma grande quantidade de fluido semi-sólido com forte odor que é
liberado para comportamento defensivo em algumas espécies e para o
comportamento de cortejo em outras espécies (BALLARD, 2017).
2.3. Agentes etiológicos

As serpentes são animais susceptíveis a diversas patologias, desde


parasitárias, bacterianas, fúngicas ou virais, que podem provocar problemas clínicos
locais ou mesmo enfermidades sistêmicas, necessitando de diagnóstico e
tratamento eficazes (KAPLAN, 2003). Estas, quando mantidas em cativeiro,
tornam-se mais vulneráveis à ação desses patógenos, visto que as mesmas são
submetidas a diferentes condições ambientais e, consequentemente, à depressão
do sistema imune (ACKERMAN, 2003; JACOBSON, 2004, GOULART, 2004) que
pode levar a morbidade dos animais e afetar a produção de peçonha (WELLEHAN &
JONHSON,2005).

2.3.1 Bactérias

As afecções cutâneas de cunho bacteriano são normalmente vistas como


problemas secundários após feridas traumáticas ou associadas a condições de
manejo precário como contaminação do substrato e redução das defesas do sistema
imunológico do réptil por temperaturas ambientais inadequadas e / ou desnutrição.
Muitas das bactérias excretadas do trato digestivo dos répteis podem atuar como
patógenos oportunistas (por exemplo, ​Pseudomonas, Aeromonas, Salmonella​),
portanto a limpeza regular e completa dos recintos deve ser realizada pelos
proprietários para reduzir a probabilidade de contaminação das feridas (GIRLING,
2004).
Estudos apontam que a microbiota da cavidade oral de serpentes recém
capturadas é formada principalmente de bactérias Gram-positivas (gênero
clostridium e micrococcus) enquanto em animais doentes, predomina a microbiota
Gram-negativa (Pseudomonas, Escherichia e Proteus). As bactérias isoladas em
quadros severos de estomatite e dermatites são geralmente gram-negativas, como,
Pseudomonas aeruginosa, P. fluorescens, Aeromonas hydrophila, Proteus mirabilis,
Providencia rettgeri, Citrobacter freundii, klebsiella. Além de bactérias como
Mycobacterium chelonei, Streptococcus spp, Staphylococcus aureus, Actinobacillus
spp e Corynebacterium spp (TROIANO, 2018).

2.3.1.1 Pseudomonas aeruginosa e Aeromonas hydrophyla .

Pseudomonas é uma bactéria gram negativa aeróbica, não-fermentadora, que


se apresenta sob a forma de bastonetes isolados ou aos pares, movidos por flagelos
polares. Esta espécie comumente habita o solo, água e vegetais, e faz parte da
microbiota normal das serpentes (MATA, 2009).
Infecções por Pseudomonas e Aeromonas são comumente vistas nas clínica
particular com o nome de "doença da bolha" (blister disease) ou “podridão das
escamas” (rot scale), geralmente está associado a substratos úmidos e a recintos
úmidos. A umidade ambiental favorece a penetração de fungos e bactérias no
tegumento (PATERSON, 2006; BRANCH, 1998; GIRLING, 2004).
Outros fatores como microtraumas, escoriações geradas pelo substratos,
presença de ectoparasitas, ataque de presas, pedras de aquecimento, podem
também ser porta de entrada para essas bactérias. A lesão tende a evoluir uma vez
que esses animais se locomovem rastejando o ventre nesse substrato (TROIANO,
2018).
As serpentes clinicamente afetadas desenvolvem eritema e formação de
bolhas nas escamas ventrais, estas preenchidas inicialmente com fluido. com o
rompimento dessas bolhas a lesão pode se tornar secundariamente infectados, com
exposição da derme para novos agentes ambientais como ​escherichia coli e ​proteus
sp​., e se não tratadas, podem progredir para necroses, abscessos subcutâneos e
septicemia (GIRLING, 2004; BRANCH, 1998).
A resposta do sistema imune é de fundamental importância para o
comprometimento da infecção e resposta ao tratamento da dermatite, indivíduos
imunossuprimidos tendem a ter resposta agudas e severas, com maior
acometimento de tecido, isso justifica a maior casuística de acometimento a animais
jovens e ao vínculo das dermatites por segunda intenção nas doenças sistêmicas
(TROIANO, 2018).
Em infecções severas por Pseudomonas, além do acometimento cutâneo,
pode ser observado sinais de doença sistêmica, incluindo anorexia, depressão,
ataxia, disecdise, e reabsorção embrionária, devido às lesões teciduais em outros
grupamentos de órgãos (DÉGI , 2012).
O diagnóstico se baseia na sintomatologia clínica associada com o histórico
do animal, realização de punção do conteúdo das vesículas, swab das lesões para
avaliação de cultura microbiológica e antibiograma, coleta de tecidos para
histopatologia e achados necroscópicos compatíveis (DÉGI , 2012; TROIANO,
2018; GIRLING, 2004; BRANCH, 1998).

2.3.1.2 Edwardsiella tarda


Espécies do gênero Edwardsiella estão associadas a habitats aquáticos, e
anfíbios, répteis e peixes, podem ser considerados reservatórios dessa bactéria.
Edwardisella tarda pode causar infecções intestinais e extraintestinais em humanos
e diferentes espécies de peixes, principalmente peixes salmonídeos ​(CZIRJÁK,
2008).
Serpentes com hábitos piscívoros como alguns colubrídeos e boídeos são
susceptíveis a infecção por Edwardisella tarda por meio da ingestão de animais
infectados associado a baixa de imunidade individual. O aparecimento de múltiplos
abscessos no subcutâneo de tamanhos variados dispersos em em quase toda
superfície corporal, associado ou emagrecimento e perda de escore corporal, são
sintomatologias da infecção por essa bactéria ​(CZIRJÁK, 2008).
O diagnóstico da Edwardisella tarda se deu através do isolamento da cultura
bacteriana em ágar Columbia suplementado com 5% de sangue de ovelha para
bactérias Gram-negativas e Gram-positivas e em ágar Drigalski para selecionar
bactérias Gram-negativas positivas para lactose. Após 24 h de incubação a 37 ° C,
foi obtida uma cultura pura de bactérias Gram negativas para lactose. O isolado,
posteriormente, foi identificado como E. tarda utilizando tiras de teste bioquímico
Analytical Profile Index (API) 20E ​(CZIRJÁK, 2008).

2.3.1.3 Mycobacterium
O gênero Mycobacterium também é descrito como agente causador de lesões
dermatológicas em serpentes, sendo as espécies ​Mycobacterium chelonei ​e
Mycobacterium kansasii ​descritas como causadora de lesões abscedativa ao nível
de subcutâneo de indivíduos imunossuprimidos. O Mycobacterium chelonae tem
sido frequentemente isolado de tartarugas e tartarugas com ulcerações
pós-operatórias, lesões da mucosa cutânea e oral (REAVILL, 2012 ;
QUESENBERRY, 1986​(2);​ EBANI, 2005).
Todas as micobactérias podem se espalhar pela via hematogênica com
envolvimento de pulmão, fígado, baço, rim, coração, ossos, gônadas, sistema
nervoso e articulações. Existem várias espécies ambientais de micobactérias
presentes na água e no solo, portanto os animais de sangue frio teria uma maior
facilidade de contrair esses agentes. No entanto, os répteis possuem uma
resistência natural às micobactérias, ocorrendo patologias quando o animal é
imunocomprometido ou um grande número de organismos é introduzido (FRYE,
1991).
O diagnóstico de Mycobacterium em répteis pode ser subestimado devido a
dificuldade de crescimento do agente nos meios de cultura comuns, por se tratarem
de bacilos ácido-álcool resistentes, com isso não corados pelo método de Gran
(REAVILL, 2012 ; ​QUESENBERRY, 1986​(2)​).
Dentre as espécies de serpentes acometidas, as sintomatologias descritas
sobre essa infecção, cursa com múltiplos granulomas heterofílicos e histiocítico
subcutâneos facilmente ulcerados, estomatites, anorexia, histórico de regurgitação, e
pneumonia ligada a aspiração do conteúdo inflamatório decorrente das estomatites.
No exame necroscópico se torna visível o acometimento difuso dos nódulos em
pulmão, fígado, baço, rins, cavidade oral, coração e tecido subcutaneo (REAVILL,
2012 ; ​QUESENBERRY, 1986​(2)​; MITCHELL, 2011; TROIANO, 2018).
Mycobacterium chelonae e M. fortuitum, micobactérias de crescimento rápido,
causam principalmente doença pulmonar, mas também infecções cutâneas locais,
osteomielite, infecções articulares, lesões disseminadas da pele e dos tecidos moles.
O Mycobacterium kansasii, induz uma doença pulmonar crônica semelhante à
tuberculose pulmonar; pode se espalhar do lado local e causar linfadenite e
disseminar doenças. O Mycobacterium haemophilum, causa infecções cutâneas,
articulares, ósseas e pulmonares em pacientes imunocomprometidos e linfadenite
em crianças. O Mycobacterium marinum, é encontrado em água doce e salgada. A
infecção por M. marinum ocorre após trauma de pele e geralmente se apresenta
como granuloma ou linfangite localizada. A infecção pode resultar em ulceração
persistente, drenagem dos seios da face, artrite séptica e osteomielite ( TROIANO,
2018; ​REAVILL, 2012;​ EBANI, 2005).

2.3.1.4 Salmonella Spp.

É o agente causador da salmonelose, uma das doenças gastrointestinais de


maior importância para a saúde pública, acometendo animais e humanos. Estima-se
que ocorram 93,8 milhões de casos de salmonelose por ano, sendo que a
Salmonella também é responsável por outras sintomatologias além dos distúrbios
gastro intestinais, como bacteremia com ou sem doença metastática, infecções da
pele e dos ossos, infecções do trato urinário, meningite e abscesso esplênico
(WHILEY, 2017).
Primeiramente, a Salmonella é considerada um patógeno de origem
alimentar,atribuídos à alimentos contaminados. Entretanto esses agentes são
comuns no trato gastrointestinal, na porção distal do intestino delgado e cólon de
mamíferos, aves, répteis e anfíbios; tornando possível a contaminação humana por
esses agentes tanto no contato direto quanto, indireto nesses animais, por meio de
contaminação cruzada ​(WHILEY, 2017; CUBAS 2014).
Os répteis geralmente não apresentam sinais clínicos de salmonelose. No
entanto, Salmonella enterica pode causar septicemia, pneumonia, coelomite,
abscesso, granuloma, choque hipovolêmico e morte. ​A patogenia da salmonella spp.
depende da susceptibilidade individual, da espécie animal, do sorotipo, da
quantidade de inóculo, e fatores que desencadeiam estresse. O desencadeamento
da dermatopatia acontece por duas vias, pelo contato direto da lesão de epitélio com
inoculação de salmonella ambiental, podendo haver infecções concomitantes por
Proteus spp. e escherichia coli; e pelo acometimento sistêmico devido a uma
situação de septicemia (CUBAS, 2014; ​FRYE, 1991​).
Os danos em pele devido a situação de sepse, em uma situação crônica, se
dá através da liberação de LPS, originada da parede bacteriana, na corrente
sanguínea que resulta em danos vasculares, que cronicamente, resultam em
abcessos e lesões granulomatosas (CUBAS, 2014; EBANI, 2005).

2.3.1.5
2.3.2 Fungos

Os patógenos fúngicos têm sido cada vez mais associados a epidemias no


meio selvagem, exemplos como ​Batrachochytrium dendrobatidis (Quitridiomicose)
sobre populações de dendrobates e para síndrome do branco-nariz em morcegos.
que causam mortalidade generalizada e contínua em populações selvagens de
animais aparentemente saudáveis (ALLANDER, 2013).
Normalmente, as infecções fúngicas, especialmente nos répteis, estão
limitadas a patógenos oportunistas que infectam animais com sistemas imunológicos
deprimidos. Contudo, ocorreu surgimento da doença de ​Chrysosporium anamorph
Nannizziopsis viresii (CANV) envolvendo dragões barbados (​Pogona vitticeps​)
cativos saudáveis ocorreu na última década (ALLANDER, 2013).

O fungo ​Chrysosporium recentemente identificado a partir da pele, músculo e


ossos de cobras Massasauga (nome científico) do leste do lago Carlyle é
molecularmente similar aos isolados CANV, uma doença grave relatada inicialmente
em Dragões barbudos, o que é alarmante, porque tem potencial para causar
mortalidade primária (ALLANDER, 2013).
Estudos experimentais mostram que a CANV serve como um agente
patogênico primário, muitas vezes causando mortalidade em répteis. Além disso, a
CANV e outras espécies dentro do gênero ​Chrysosporium foram associadas com a
pele em serpentes cativas saudáveis (PARE & JACOBSON, 2007).
A presença, ou não, de mecanismos de supressão imune no Massasaugas do
leste no Lago Carlyle não são claros e justificam a investigação, pois numerosos
fatores intrínsecos e extrínsecos levam à supressão imune em répteis. Em um
cenário de livre alcance, esses fatores geralmente incluem contaminação ambiental
e alteração do habitat (degradação, mudanças climáticas, etc.), o que pode levar a
disfunção orgânica através de caminhos complexos ou infestações parasitárias
(ALLANDER, 2013).
2.3.3 Vírus
Mais recentemente, as doenças de etiologia viral ganharam importância na
clínica de serpentes, sendo descritos diversos problemas causados por DNA e RNA-
vírus. Na maioria dos casos, o agente viral foi identificado baseado em alterações
anatomopatológicas, ultra-estruturais e/ou isolamento viral (CUBAS,2006).
Dentre os vírus estudados os que mais acometem ofídios são: Herpesvírus de
jiboias, adenovirus de serpentes, vírus da família Reovidae, retrovírus e
paramyxovirus de serpentes (CUBAS,2006). Apesar desses vírus apresentarem
maior impacto ligado a outros sistemas, que não o tegumentar propriamente dito, as
enfermidades causadas pelos mesmos podem desencadear problemas secundários
como a disecdise e infecções bacterianas por baixa de imunidade que cursem em
alterações dermatológicas secundárias.
2.3.3.1 Paramixovirus
Os paramixovírus são vírus de RNA de fita negativa envelopados, na última
década, um número de paramixovírus na subfamília Paramyxovirinae, bem como
seus hospedeiros naturais, foram descobertos. dentre os mais importantes a nivel de
ofídios temos o vírus Sunshine de serpentes(associado a doenças
neurorespiratórias), o vírus Fer-de-Lance (FDLV) descoberto em Bothrops atrox e o
paramixovírus anaconda, que possui apresentação dermatologica. (HYNDMAN,
2012; WOO, 2014)
O paramixovírus anaconda, se trata de um Ferlavirus que foi primariamente
isolado devido a mortalidade de 31 indivíduos da espécie Eunectes murinus no
oceanário de Hong Kong, dentre a sintomatologia descrita, foi observado uma
combinação de dermatite e características sugestivas de infecção e inflamação de
vários órgãos internos, como nefrite, pneumonia, hepatite, pancreatite e gastrite. As
necropsias revelaram que as causas das mortes foram dermatite e celulite
subcutânea, pan-nefrite grave ou inflamação necrosante sistêmica grave em
múltiplos órgãos sendo estômago, pele e rins mais severamente afetados (WOO,
2014).

2.3.3.2 Retroviridae
A família retroviridae, pode causar doenças em viperídeos (Vipera ruselli) e
colubrídeos (Elaphe gutatta e Lampropeltis gettulus) e também está relacionada a
presença de tumores como mixofibromas pericárdicos, rabdomiossarcomas
embrionários e até de linfomas, com isolamento do tipo C do vírus (TROIANO,
2018).
Serpentes da família Boidae, principalmente Jibóias, e da família Pythonidae,
podem ser acometidas pela doença do corpúsculo de inclusão (IBD) que acomete
especificamente os indivíduos dessas famílias. Este arenavírus é transmitido pelo
ácaro Ophionyssus natricis e apresenta como sintoma inicial regurgitação
acompanhado de sintomas neurológicos como tremores, opistótonos e dificuldade
para se posicionar corretamente quando posta em decúbito dorsal. Ao decorrer da
doença ocorrem estomatites, dermatites, pneumonia e o animal pode vir a óbito por
inanição (TROIANO, 2018).
Sintomatologia cutânea da doença do corpúsculo de inclusão engloba
ulcerações multifocais por conta da hemorragia subcutânea generalizada induzida
por conta da necrose dos vasos endoteliais repletos do corpúsculo de inclusão
,gerado através da invasão do vírus, observando dermatite necrosante ulcerativa na
região acometida (ROCCABIANCA, 2017).
Na necropsia encontram-se corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos
eosinofílicos nas células epiteliais dos rins, pâncreas e cérebro, sendo esses
corpúsculos sinais patognomônicos da doença quando encontrados nos linfócitos
(TROIANO, 2018).

ABSCESSOS
Nos répteis os abscessos são encontrados como massas caseosas, não
apretando reação inflamatória local e ao realizar corte transversal é observado
estrutura laminar facilmente removível cirurgicamente. Apresentam localização
diversa e distinta entre as espécies.
2.4. Apresentação clínica

A disecdise é muitas vezes o resultado de o animal estar alojado em


condições de umidade ou temperatura inferior à ideal. Outros fatores que contribuem
para a disecdise incluem infecção, parasitismo, desnutrição e desidratação. A
disecdise, se não tratada, pode resultar em infecções bacterianas e fúngicas
secundárias e proporcionar um ambiente ideal onde os ectoparasitas podem se
proliferar (HARKEWICZ, 2001).
2.5. Diagnóstico

A pele deve ser verificada quanto a presença de parasitas, queimaduras


térmicas, trauma sulcos, disecdise e infecções bacterianas ou fúngicas. Se a ecdise
estiver atualmente em processo, o estágio e os locais da ecdise deve ser registrado
(BALLARD, 2017).
Após o exame físico, o médico veterinário deverá ter um plano de
diagnóstico. Isso pode incluir uma análise fecal, perfil bioquímico, hemograma
completo, volume globular, proteína total ou radiografias(BALLARD, 2017).
Para que seja realizado a coleta de material para exames microbiológico das
escamas a contenção dos boídeos deve ser realizada com o auxílio de gancho
herpetológico. Porém, primeiramente realiza-se a identificação do animal, devem ser
coletados dados relacionados ao comprimento rostro-cloacal (CRC), comprimento da
cauda (CC), peso, sexo e data da chegada do animal ou tempo de vida com o tutor
(CAMPAGNER, 2011).
Para a obtenção das amostras das escamas, na pele lesada, pode-se utilizar
zaragatoas estéreis de padrão normal, umedecidas com solução fisiológica estéril.
Estas devem ser friccionadas nas escamas das serpentes por alguns segundos.
Após a coleta, o material deve ser devidamente acondicionado e distribuídos em
meios de cultura com o propósito de crescimento microbiológico para identificação
do agente e por fim realizar uma análise com antibiograma e proceder o tratamento
específico (CAMPAGNER, 2011).
Na doença das bolhas, cultura e sensibilidade devem ser coletadas de forma
assepticamente do fluido da vesícula, que são essenciais para isolar o patógeno
envolvido (PARTESON, 2006).Na doença das bolhas, cultura e sensibilidade devem
ser coletadas de forma assepticamente do fluido da vesícula, que são essenciais
para isolar o patógeno envolvido (PATERSON, 2006).

2.5.1 Diagnóstico de patologias bacterianas

2.5.2 Diagnóstico de patologias fúngicas


2.5.3 Diagnóstico de patologias virais
Para a realização do diagnóstico de doenças virais em répteis é necessário
utilizar metodologias que avaliem a presença de antígenos ou do próprio vírus.
Entre estas, algumas técnicas se destacam como o teste imunoenzimático (ELISA),
inibição de hemoaglutinação, teste de soroneutralização e teste de imunodifusão em
gel. Em casos onde o objetivo é a descoberta do vírus, utiliza-se a reação em cadeia
da polimerase (PCR), imuno-histoquímica, isolamento viral, microscopia eletrônica e
cultivo em linhas celulares. Além destas técnicas, podem ser realizados exames
histopatológicos onde são avaliados as lesões decorrentes da ação dos vírus, a
presença de corpos de inclusão intracitoplasmáticos ou intranucleares em órgãos
(TROIANO, 2018) .
2.6. Tratamento

Após o diagnóstico, a estabilização do paciente é de fundamental


importância, iniciando com tratamento de suporte para os casos mais graves. Para
serpentes desidratadas ou gravemente doentes, a fluidoterapia deve ser iniciada.
A fluidoterapia intravenosa é preferível, devido a rápida difusão e capacidade de
regulação de pressão, mas outros métodos de fluidoterapia poderão ser
suficientes​[C1] ,​ uma vez que os fluidos devem ser aquecidos à temperatura
corporal relativa a espécies a ser tratada. A serpente deve ser colocada em um
recinto aquecido ao ZOTC da espécie. Analgésicos devem ser administrados a
pacientes com dor. Finalmente, outras terapêuticas devem ser iniciadas para tratar
os sinais clínicos e a doença. O suporte nutricional deve ser iniciado somente
após o paciente estar estável (BALLARD, 2017).
Em um caso descrito por Branch ​et al.(​1998), ​Proteus vulgaris ​e
Pseudomonas aeruginosa ​foram cultivados a partir de lesões vesiculares e as
serpentes foram tratadas de acordo com os resultados do antibiograma, que
revelou a amicacina, cefalosporinas e quinlonas sistemicamente efetivas. A
Solução de iodo e cremes antibacterianos tópicos também foram utilizados. O
manejo, neste caso, foi considerado satisfatório e as lesões provocadas pela
presença de carrapatos nas serpentes, podem ter sido a porta de entrada para
uma infecção superficial. Os fatores de estresse, como manuseio, transporte e
gravidade da lesão, podem predispor o estabelecimento da infecção e a infecção
fúngica pode ser secundária aos ectoparasitos e à dermatite bacteriana (BRANCH
et al​, 1998).
A maioria das serpentes pode ser tratada para as áreas de epiderme retida com um
banho de água quente durante 30 a 60 minutos. Um agente umidificante, tal como succinato
de dioctilo sódico (DSS), pode ser adicionado à água (diluição 1:20). Após o período de
imersão, a pele retida pode ser removida suavemente à mão. Este procedimento pode ser
facilitado envolvendo completamente a serpente com uma toalha de algodão de algodão que
foi mergulhada na solução do banho e deixando a serpente deslizar da cabeça para a
cauda. Essa abordagem pode exigir várias tentativas, especialmente se o animal possua
vários ciclos de epiderme ​ ​(HARKEWICZ, 2001; BALLARD, 2017).
Serpentes podem ter suas escamas oculares retidas em um processo de
ecdise incompleta, essa alteração faz com que o olho pareça opaco e seco,
podendo ocorrer de forma unilateral ou bilateral. Deve-se ter cuidado na remoção
da escama ocular retida, porque os olhos do animal podem ser danificados
permanentemente se o procedimento for feito incorretamente. Molhar o espetáculo
com água morna ou uma solução hidratante tal como uma solução de 10% de
acetilcisteína pode ser útil na reidratação da escama espetacular, que pode então
ser removida suavemente com uma pinça com ponta de algodão que tenha sido
umedecido com água, solução salina , ou uma solução de 10% de acetilcisteína.
Se a escama não for removida, é melhor esperar até a próxima ecdise antes de
tentar mais uma remoção (HARKEWICZ, 2001).
Se alguma porção da ecdise ainda estiver presente na serpente, a imersão
ou a pulverização podem ser tentadas para ajudar na remoção da pele. Se a pele
acumular e não for removida naturalmente, podem ocorrer infecções debaixo da
pele velha. Enquanto as serpentes estão no recinto, elas não devem ser
manipuladas ou alimentadas, pois seus sentidos são apagados (olhos opacos) e
com isso se sentem vulneráveis. Além disso, é improvável que a serpente coma,
então a alimentação não deve ocorrer até que todo o processo tenha sido
realizado (BALLARD, 2017).
falar sobre tecnicas cirúrgicas de remoção de abcessos
falar de fitoterápico no manejo de dermatopatia
tecnicas complementares como acupuntura e laser
2.7. Profilaxia
As serpentes são melhor mantidas em ambientes internos revestidos de
plástico, uma vez que são mais fáceis de limpar e desinfetar. Muitos criadores
preferem usar recintos de vidro para alojar serpentes, porém a pouca ventilação e o
baixo isolamento térmico pode dificultar a reprodução do ambiente ideal
(HOPPMANN, 2007)​.
A salmonelose humana associada a animais de sangue frio é um problema de
saúde pública que está surgindo rapidamente. Isso resulta em diarréia, cólicas
abdominais, vômitos e febre, mas uma doença grave é possível devido à
disseminação para a corrente sanguínea, medula óssea e sistema nervoso. Répteis
domésticos são uma fonte de salmonelas também para cães, gatos e outros animais
de estimação presentes nas casas, aumentando a ocasião de infecções para os
proprietários (​EBANI, 2005).
As serpentes, como todos pecilotérmicos, dependem do calor ambiental
para manter o calor do corpo. É esperado que o recinto tenha uma faixa de
temperatura que permita que a serpente termorregule. Para as espécies
terrestres, uma das extremidades do recinto deve ser aquecida para que o animal
busque voluntariamente sua zona de temperatura ideal. O calor pode ser fornecido
a partir de uma fonte de calor radiante de cima ou de uma fonte de calor colocada
abaixo do substrato. Para espécies arbóreas, o calor deve sempre ser fornecido a
partir de uma fonte de calor radiante (por exemplo, bulbo) de cima, porque é raro
que esses animais desçam ao chão do recinto. (HOPPMANN, 2007)​.
O nível de umidade dentro de um recinto também é uma consideração
muito importante para as serpentes cativas. A umidade pode ser aumentada ou
diminuída dentro de um recinto, fornecendo uma área de superfície de água maior
ou menor em relação ao recipiente de água perto da fonte de calor, por exemplo.
Ambientes excessivamente úmidos e sujos podem levar a dermatite bacteriana,
enquanto que os ambientes secos podem aumentar a incidência de disecdise
(HOPPMANN, 2007).
Os seres humanos podem entrar em contato com bactérias Aeromonas e
Pseudomonas do ambiente e diretamente de animais espalhadores. Infecções
humanas de diferentes origens são às vezes complicadas pelas bactérias
Aeromonas e Pseudomonas. Em alguns casos, esses microrganismos são a causa
direta de patologias, principalmente. indivíduos imunocomprometidos. Aeromonas
spp. estão associadas à doença entérica que produz sintomas que variam desde
uma diarreia leve até uma doença febril semelhante à disenteria. Pseudomonas spp.
causar infecções do trato urinário, sistema respiratório, pele, tecidos moles, ossos,
articulações e trato gastrointestinal.
Algumas espécies, como as jiboias arco-íris (​Epicrates spp.​); as pítons das
árvores (​Chondropython viridis​); periquitamboia(​Corallus caninus​, ​C. batesi​) e sucuri
(​Eunectes murinus​, ​E. notaeus​), requerem uma alta umidade relativa (92% -96%)
para que ocorra a ecdise de forma correta. Por outro lado, espécies do deserto,
como jiboias da areia (​Eyrx sp.​), precisam de pouca umidade relativa (<40%) em seu
recinto para completar a ecdise. [C1] Em ambos os casos, o uso de substrato
apropriado no recinto é importante para manter a umidade adequada. Substratos,
como a casca de orquídeas, mantém a umidade bem e são adequados para
espécies tropicais, enquanto a areia seca e fina é adequada para espécies do
deserto (HARKEWICZ, 2001)
O substrato na gaiola deve ser absorvente, não tóxico e substituído
semanalmente, evitar uso de cascalho. O jornal e a serragem de avelã são
considerados bons substratos. Deve ser fornecida uma tigela de água que seja
grande o suficiente para que o animal se banhe e um objeto abrasivo, como uma
rocha, deve ser colocado na gaiola para auxiliar na ecdise (HOPPMANN, 2007)​.
A serpente pode tentar usar qualquer objeto no recinto para ajudar durante
a ecdise. Por este motivo, deve-se certificar-se de que todos os objetos não são
tão abrasivos a ponto de causar danos à mesma. A serpente também pode tentar
mergulhar em sua tigela de água para ajudar na ecdise, a água suaviza a porção a
ser removida. Se a umidade é muito baixa, a serpente pode ter problemas para
realizar a ecdise. Geralmente, uma serpente remove toda sua camada externa de
pele de uma só vez, em uma única peça (BALLARD, 2017).
A serpente com retenção de ecdise pode precisar de mudanças de criação ou
podem ter ectoparasitas e devem ser avaliadas clinicamente. A idade, a nutrição, a
espécie, o estado reprodutivo, a saúde geral e o equilíbrio hormonal também
desempenham um papel na frequência da ecdise (BALLARD, 2017)
REFERÊNCIAS
CAMPAGNER, M. V.,​Manejo de serpentes em cativeiro: manejo clínico-sanitário
e avaliação da microbiota. ​Botucatu, n. 196, p. 88-100, 2011.

Pough, F. H., Andrew, R. M., Cadle, J. E., et al. (1998a) Herpetology. Englewood
Cliffs, N.J: Prentice Hall. Classification and diversity of extant reptiles; pp. 75–133.

GIRLING, S. J. Veterinary Nursing of Exotic Pets . Blackwell Publishing, second


edition. n. 320, p. 161-174, 2003.

Zug, G.R., Vitt, L.J. and Caldwell, J.P. (2001) ‘Anatomy of amphibians and reptiles’.
In: Herpetology – An Introductory Biology of Amphibians and Reptiles, 2nd edn.
Academic Press, San Diego, pp. 45–49

BALLARD BONNIE; RYAN CHEEK; Exotic Animal Medicine for the Veterinary
Technician . United States, Ames, Iowa State University Press. Third edition. n. 516,
p. 345-420, 2017.

Palmeiro BS1, Roberts H. Clinical approach to dermatologic disease in exotic


animals. Vet Clin North Am Exot Anim Pract. 2013

Harkewicz KA. ​Dermatology of reptiles: a clinical approach to diagnosis and


treatment. Vet Clin North Am Exot Anim Pract. 2001 May;4(2):441-61.

Hoppmann, Emily et al.​Dermatology in Reptiles Journal of Exotic Pet Medicine ,


Volume 16 , Issue 4 , 210 - 224

R. A. Berthé, G.; Westhoff, H.; Bleckmann, and S. N. Gorb. Surface structure and
frictional properties of the skin of the Amazon tree boa Corallus hortulanus
(Squamata, Boidae). J Comp Physiol A Neuroethol Sens Neural Behav Physiol. 2009
Mar; 195(3): 311–318. Published online 2009 Jan 10.
White SD, Bourdeau P, Bruet V, Kass PH, Tell L, Hawkins MG. ​Reptiles with
dermatological lesions: a retrospective study of 301 cases at two university
veterinary teaching hospitals (1992-2008). Vet Dermatol. 2011 Apr;22(2):150-61.
doi: 10.1111/j.1365-3164.2010.00926.x. Epub 2010 Oct 1.

Holthaus KB, Mlitz V, Strasser B, Tschachler E, Alibardi L, Eckhart L ​Identification


and comparative analysis of the epidermal differentiation complex in snakes.
Sci Rep.​ 2017 Mar 27;7:45338. doi: 10.1038/srep45338.
.
KOLESNIKAVAS, C. K. M.; GREGO, K. F.; ALBUQUERQUE, L. C. R. Ordem Squamata – Subordem Ophidia
(Serpentes). In: CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R.; 2006

BARRETO, U. H. A. ; RIBEIRO, A. S. S. ; MONTEIRO, F. O. B. ; RUIVO, L. V. P ;


GUIMARAES, C. D. O. ; EVERTON, E. B. . Levantamento das afecções clínicas em
serpentes da família boidae criadas em cativeiro. In: 38º Congresso Barsileiro de
Medicina Veterinária, 2011, Flórianópolis. 38º Congresso Barsileiro de Medicina
Veterinária, 2011.

Allender,  Matthew  &  Dreslik,  Michael  &  Wylie,  Daniel  &  J  Wylie,  Sarah  &  Scott,  John  &  Phillips, 
Christopher.  (2013).  Ongoing  Health  Assessment  and  Prevalence  of  Chrysosporium  in  the 
Eastern  Massasauga  (Sistrurus  catenatus  catenatus).  Copeia.  2013.  97-102. 
10.1643/OT-12-004.  
 
Pare, J. A., and E. R. Jacobson. 2007. Mycotic diseases of reptiles, p. 527–571. In: Infectious Diseases and
Pathology of Reptiles. CRC Press, Boca Raton, Florida.

Davies, P.M.C. (1981) ‘Anatomy and physiology’. In: Diseases of the Reptilia Vol. I
(CooperJ.E. and Jackson O.F. eds). Academic Press, London, pp. 9–73. (u​sei apud
no texto)

Sue Paterson MA VetMB DVD Dip ECVD MRCVS ​Skin Diseases of Exotic Pets
Quesenberry, K.E., Jacobson, E.R., Allen, J.L. and Cooley, A.J. (1986) ‘Ulcerative
stomatitis and subcutaneous granulomas caused by Mycobacterium chelonei in a
Boa constrictor’. Journal of the American Veterinary Medical Association, 189:9, pp.
1131–1132

Branch, S., Hall, L., Blackshear, P. and Chernoff, N. (1998) ‘Infectious dermatitis in a
ball python Python regius colony’. Journal of Zoo and Wildlife Medicine, 29:4, pp.
461–464.
GIRLING, S. J.; RAITI. P. BSAVA Manual of reptiles . second edition, British Small
Animal Veterinary Association, n.383, p. 117–127,2004.​(mudar para a 3edição)

M. Tecilla and P. Roccabianca ​INCLUSION BODY DISEASE-ASSOCIATED


NECROTIZING VASCULAR LESIONS IN A BOA CONSTRICTOR IMPERATOR J.
Comp. Path. 2018, Vol. 158, 93e149 ESVP, ESTP and ECVP Proceedings 2017

Hyndman TH​1, ​Shilton CM​, ​Doneley RJ​, ​Nicholls PK​. ​Sunshine virus in Australian
pythons. ​Vet Microbiol. 2012 Dec 28;161(1-2):77-87. doi:
10.1016/j.vetmic.2012.07.030. Epub 2012 Jul 27.

Woo PC​1, ​Lau SK​2, ​Martelli P​3, ​Hui SW​3, ​Lau CC​4, ​Fan RY​4, ​Groff JM​5, ​Tam EW​4,
Chan KH​4, ​Yuen KY​1. ​Fatal systemic necrotizing infections associated with a
novel paramyxovirus, anaconda paramyxovirus, in green anaconda juveniles.
J Clin Microbiol. 2014 Oct;52(10):3614-23. doi: 10.1128/JCM.01653-14. Epub 2014
Jul 30.

Czirják G.Á.1,, L.B. Köbölkuti1,*, C. Cătoi1, M. Tenk2,3, A. Szakács1, D. Cadar1, A.


Ungvári1, A. Uricaru1 ​MULTIPLE SUBCUTANEOUS ABCESSES CAUSED BY
EDWARDSIELLA TARDA IN CAPTIVE GRASS SNAKE (NATRIX NATRIX) ​Buletin
USAMV Veterinary Medicine, 65(2)/2008 pISSN 1843-5270; eISSN 1843-5378
Mata PTG, Abegg MA ​DESCRIÇÃO DE CASO DE RESISTÊNCIA A
ANTIBIÓTICOS POR Pseudomonas aeruginosa ​J. Venom. Anim. Toxins incl.
Trop. Dis vol.15 no.1 Botucatu 2009

Dégi J., Kálmán I., Viorel H., Cătană N. 2012, A CASE OF BLISTER DISEASE TO BOA
CONSTRICTOR. Scientific Works. C Series. Veterinary Medicine, Vol. LVIII ISSUE 4, PRINT
ISSN 1222-5304, 88-91.

Reavill DR1, Schmidt RE. ​Mycobacterial lesions in fish, amphibians, reptiles,


rodents, lagomorphs, and ferrets with reference to animal models. ​Vet Clin
North Am Exot Anim Pract. 2012 Jan;15(1):25-40, v. doi:
10.1016/j.cvex.2011.10.001. Epub 2011 Dec 3.

Quesenberry, Katherine & Jacobson, Elliott & L Allen, J & Cooley, AJ. (1986).
Ulcerative Stomatitis and Subcutaneous Granulomas Caused by
Mycobacterium-Chelonei in a Boa Constrictor​. Journal of the American Veterinary
Medical Association. 189. 1131-2. ​ (2)

Whiley H, Gardner MG, Ross K. A Review of ​Salmonella and Squamates (Lizards, Snakes and
Amphisbians): Implications for Public Health. ​Pathogens.​ 2017;6(3):38.
doi:10.3390/pathogens6030038.

Ebani, Valentina Virginia and Fratini, Filippo (2005) ​Bacterial zoonoses among domestic reptiles. ​Annali
della Facoltà di Medicina veterinaria, LVIII/ . pp. 85-91. ISSN 0365-4729

FRYE F.L. (1991). I​nfectious diseases. Fungal actinomycete, bacterial, rickettsial, and viral
diseases. In: Biomedical and surgical aspects of captive reptile husbandry​. Krieger,
Melbourne, FL, pp. 101-160.

KAPLAN, M. Reptile Skin Basis. Herp Care Collection, 2003. Disponível <
http://www.wingsnake.com/snakegettrs/dermo/vet/links.html-10K >. em 07. Ago. 2011
MELGAREJO, A. R. Serpentes Peçonhentas do Brasil. In: CARDOSO, J.L.C.; FRANÇA, F.O.S.; WEN,
F.H.; MÁLAQUE, C.M.S.; HADDAD JR., V. (Eds.). Animais Peçonhentos no Brasil: Biologia, Clínica e
Terapêutica dos Acidentes.. 2 ed. São Paulo: Sarvier, 2009.
LACAZ, C.S. et al. Tratado de micologia médica. São Paulo: Sarvier, 2002.

BERNARDE, P. S. ​serpentes peçonhentas do brasil e acidentes ofidicos no Brasil. editora anolis


books 2014
APÊNDICE A - TÍTULO2

2
APÊNDICE – ELEMENTO PÓS-TEXTUAL, ​OPCIONAL​. Definição - Texto ou
documento ​elaborado pelo autor​, a fim de complementar sua argumentação, sem
prejuízo da unidade nuclear do trabalho.
ANEXO A

Você também pode gostar