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MONETÁRIA
Belém, 2017
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RESUMO
O objetivo do presente artigo é analisar uma possível economia monetária dentro do mercado
de cryptomoedas, utilizando da visão de estudiosos da economia monetária, focando em Hayek (1986)
devido à proximidade de suas teorias a realidade do mercado das criptomoedas, atualizando sua visão a
presente condição das criptomoedas e contextualizando sua teoria neste ambiente de inovação
tecnológica e globalização. Foram realizadas analises com base nessas teorias e foram verificadas
similaridades e contradições, no que tange a uma economia baseada em criptomoedas, resultando na
identificação da necessidade de uma adaptação da teoria monetária e da criação de conteúdo relacionado
ao tema, visto a sua grande escassez no mundo acadêmico.
1. INTRODUÇÃO
Desde abril de 2011, quando o Bitcoin alcançou a paridade com o valor do dólar (XE, 2017), o
Bitcoin, assim como outras criptomoedas similares, tem sido alvo de muitas discussões, polêmicas,
especulação quanto ao seu valor e seu objetivo como moeda. Como o ativo em questão possui
características que podem ser consideradas revolucionárias, desde a maneira como é produzido até a
maneira como é transacionado o mesmo tem recebido massiva atenção das mídias. O objetivo de Satoshi
Nakamoto (2008), quando escreveu o whitepaper “Bitcoin: A peer-to-peer electronic cash system”
(2008) era a utilização do Bitcoin como moeda e era seu desejo a criação de uma moeda descentralizada,
com características únicas com o objetivo de levar a uma revolução na economia monetária. O objetivo
do presente artigo é apresentar as criptomoedas sob o olhar de estudiosos da economia monetária, sendo
o principal deles Hayek (1986), pela proximidade de suas teorias ao que o Bitcoin e outras criptomoedas
são hoje. Além disso, serão analisados pontos não previstos nas teorias clássicas relacionadas a economia
monetária das criptomoedas, considerando que muito do que acontece hoje não poderia ter sido deduzido
na época dos autores devido a limitações da época e por fim uma análise no contexto atual da economia
monetária.
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2. EMBASAMENTO TEÓRICO
Antes de abordar a teoria de Hayek para a análise pela perspectiva da teoria monetária,
é essencial discorrer sobre as funções básicas da moeda e sobre as bases teóricas da mesma, cujas
características são aceitas pela teoria monetária clássica.
Utilizando dos conceitos de moeda explicados por Vasconcellos (2002), tem-se que
suas principais funções são as seguintes:
Está definição é utilizada é geralmente aceita pela teoria monetária e é essencial para
a análise posterior das criptomoedas dentro da economia monetária. Porém Hayek (1986) possui uma
variação com algumas diferenças dessas características que serão explicadas mais à frente.
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considerar-se-á que P cresce quando existe inflação e decresce com deflação, sendo que se sabe que
devido à natureza da emissão do Bitcoin, está é uma moeda naturalmente deflacionária, como tal os
valores referentes a P têm tendência a decrescer ao longo do tempo. Desta maneira, o que pode se deduzir
da teoria quantitativa, é que a velocidade de transações em uma economia monetária baseada em
criptomoedas iria diminuir com o tempo, visto que a mesma é diretamente proporcional ao valor do preço
e considerando que o montante já tem uma produção pré-definida.
A proposta de Hayek (1986), é o que mais ser aproxima do que pode se dizer de
um “mercado com múltiplas moedas paralelas competindo livremente entre si”. Em seu livro
“Desestatização do Dinheiro, uma Análise da Teoria e Prática das Moedas Simultâneas” ele advoga sobre
a abertura para um livre mercado de moedas aonde as nações pertencendo a um comércio mundial se
comprometeriam mutualmente, por um tratado formal a não se opor a livre negociação de moedas
nacionais ou estrangeiras e nem ao livre exercício da atividade bancária ou instituições privadas
legalmente estabelecidas em seu território, sendo permitido a essas a negociação em qualquer moeda de
sua escolha, sendo preferível até estas instituições emitirem suas próprias moedas. E essa mesma
prerrogativa de liberdade de escolha de moeda se estenderia para os cidadãos desses mesmos territórios.
O sistema proposto pelo autor não elimina uma moeda produzida pelo estado,
porém permite que outras instituições possam emitir dinheiro com características próprias podendo
competir no mercado sem a necessidade do curso forçado do governo. De acordo com o autor a
concorrência entre essas moedas acabariam incentivando a criação de moedas mais eficientes aos
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usuários. Ficaria em cargo dos “bancos”1 emissores regular a produção destas moedas em resposta a
demanda efetiva requerida por esta moeda. Se o banco utilizasse de métodos para mascarar efeitos
danosos da utilização da sua moeda, os consumidores dessa moeda, sentiriam os efeitos negativos dessa
moeda e iriam tender a escolher uma moeda mais eficiente do que está logo, devido à concorrência que
haveria no mercado, os bancos emissores presariam mais pela eficiência de sua moeda para garantir seus
lucros do que esconder problemas de sua moeda. Hayek (1986) separa em quatro os efeitos da
competição, são eles:
a) Uma moeda cujo poder aquisitivo se espera que seja conservado de forma mais
constante possível, estaria em continua demanda enquanto as pessoas tivessem liberdade de utiliza-la;
b) Pelo fato de essa demanda depender do êxito em manter o valor da moeda
constante, seria possível confiar em que os bancos emitentes fariam mais esforços para atingir esse valor
constante do que qualquer emissor monopolista que não corre risco algum por depreciar sua moeda;
c) A entidade emitente poderia atingir esse resultado regulando a quantidade de suas
emissões e;
d) Tal regulação da quantidade de cada moeda constituiria o melhor dos métodos
práticos de regular a quantidade de meios de troca para todos os fins possíveis.
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O autor ressalva que por falta de um termo mais adequado ele se vale do termo alternativo banco para
descrever as instituições emissoras de moeda.
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Fonte: Hayek (1986).
Outra parte da teoria de Hayek (1986) a ser salientada se refere sobre as funções
da moeda e como elas estão relacionadas diretamente as motivações das escolhas do público por certas
moedas, são elas:
a) Compra à vista de bens e serviços: Para grande parte dos assalariados, eles teriam
interesse em ser pagos em uma moeda que pudesse ser utilizada nas compras em seu cotidiano, que fosse
amplamente aceita por boa parte dos lojistas e que tivesse um preço sem uma oscilação tão alta que
dificultasse a sua previsão de quanto de moeda é necessária para o seu uso diário;
b) Reserva para pagamentos futuros: Além de ter uma moeda estável no curto prazo,
no médio e longo prazo os assalariados teriam preferência por uma moeda que valorize, o que acarretaria
em uma demanda substancial por moedas com características valorizáveis, o que não eliminaria outras
moedas que não possuem esta característica, pois as mesmas seriam interessantes serem compradas pela
moeda valorizada para facilitar a melhor troca no mercado a principal demanda, também, por moedas
com essa finalidade de reserva, recairia sobre pessoas que tem de pagar seus débitos com terceiro;
c) Padrão de pagamentos futuros: Como terceiro uso, tem-se um interessante
contraste pela demanda de moedas de características diferentes entre os usuários, nessa relação oposta,
de um lado estariam os credores, preferindo uma que valoriza com o tempo enquanto que os mutuários
prefeririam uma moeda que desvaloriza com o tempo. Cada grupo teria uma composição distinta entre
os credores estariam os assalariados, bem como os detentores do capital e no grupo dos devedores,
estariam os bancos, bem como os empresários e os fazendeiros, que dependeriam do dinheiro dos
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assalariados para locomover os seus meios de produção. Parece improvável que o mercado produza tal
mudança de paradigma, contudo, há uma tendência natural de moedas que competem entre si a atender
a necessidade de seus usuários, do que lesar o mercado pelo interesse de poucos, isso seria anti-lucrativo
para os mesmos;
d) Unidade de cálculo confiável: Para o autor, seria iminente a escolha de uma moeda
de valor estável para se efetuar cálculos econômicos realísticos, consequentemente, em relações
comerciais de atacado ou entre empresas, seria interessante uma moeda estável ser usada entre elas para
uma melhor contabilidade e facilitação de previsões econômicas das mesmas, o mesmo vale para o
estado. Essa estabilidade seria essencialmente procurada para proteger essas instituições ou empresas das
flutuações de moedas que possuem características tanto de valorização quanto de desvalorização, assim
como também para se programar precisamente em seus futuros gastos em seus empreendimentos.
4. CRIPTOMOEDAS: BITCOIN
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c) Contabilizado: O registro de transações é público e pode ser visto e analisado por
qualquer pessoa em sites como o blockexplorer;
d) Resistente a censura: Ninguém, independente do seu papel na rede ou no
desenvolvimento do Bitcoin, pode prevenir alguém de utilizar a rede do Bitcoin, da mesma maneira
ninguém pode censurar, alterar ou bloquear transações na rede;
e) Baixo custo: As taxas de transação entre carteiras variam entre centavos e alguns
reais, variando de acordo com prioridade pedida pelo usuário e a demanda pela utilização da rede para
transações, este valor é independente do valor da transação;
f) Desprovido de fronteiras: Nenhum país pode bloquear Bitcoins de entrar ou sair
de seu domínio, visto que a rede é globalmente distribuída;
g) Anonimato: Não existe a necessidade de o usuário expor seus dados para a
utilização do Bitcoin;
h) Segurança: A rede de transações é encripitada criptograficamente de maneira que
ela não pode ser violada sem a utilização de uma chave criptografada própria;
i) Programável: Unidades de Bitcoins podem ser programadas para serem
transferidas de acordo com certos critérios;
j) Peer-to-peer: Não existe a necessidade de intermediários;
k) Portabilidade: Bitcoins podem ser transferidos até mesmo através de uma paper
wallet2;
l) Escalabilidade monetária: Cada Bitcoin pode ser divisível em até 8 casas
decimais, permitindo pequenas transações ao mesmo tempo em que permite o crescimento de seu valor.
A quantidade de casas decimais pode ser aumentada de acordo com a necessidade da rede;
m) Dinheiro projetado: O Bitcoin foi projetado de maneira a cumprir todos os
requisitos de uma moeda melhor que o ouro ou moedas fiduciárias3, como o visto na tabela 2:
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Um documento, em papel, com todas as informações necessárias para o acesso da sua carteira.
(CRYPTOCOMPARE, 2017)
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Moeda fiduciária é qualquer título não-conversível, ou seja, não é lastreado a nenhum metal (ouro,
prata) e não tem nenhum valor intrínseco. Seu valor advém da confiança que as pessoas têm em quem
emitiu o título, em muitos casos, o governo. (MUNDO DOS BANCOS, 2013)
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Tabela 2: Comparação Entre as Características das Moedas com o Bitcoin
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aceitação garantida por lei, através do curso forçado, e tem seu valor garantido pelo governo (nos casos
das moedas fiduciárias), porém o Bitcoin não usufrui do curso forçado, logo o seu valor e aceitação é
feita pelo mercado.
Além do Bitcoin, cujo objetivo de uso é ser utilizado como moeda, existem outras
criptomoedas com características únicas, direcionadas a certos tipos de usuário, como a Ethereum,
criptomoeda cujo objetivo é facilitar a relação de investimento em inovações através de contratos
inteligentes, ou a Edgeless, objetivando a criação de um “cassino honesto”, além de várias outras, criando
dessa forma um ecossistema monetário gigantesco, com o valor de mercado em torno de $111 bilhões
de dólares (fonte: Coinmarketcap). Desta maneira percebe-se a necessidade de analisar essas “novas
moedas” por um viés teórico da economia monetária.
A análise da teoria monetária será feita pelo viés de Hayek (1986), visto a
proximidade de suas teorias a realidade das criptomoedas, principalmente no que tange aos
acontecimentos relacionados a concorrência entre moedas, acontecimento este que se concretizou, porém
não da maneira esperada por Hayek. O autor acreditava que instituições (por ele nomeada de “bancos”)
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emitiriam suas próprias moedas, porém quem emitiu a primeira criptomoeda privada não foi uma
instituição, mas sim uma rede de computadores que utilizavam de um software criado por Satoshi
Nakamoto, e de maneira descentralizada, ou seja, não existe necessariamente uma instituição ou
indivíduo que seja “dono” do Bitcoin. Porém, após a criação do Bitcoin, algumas instituições criaram
suas próprias criptomoedas, de maneira centralizada cuja emissão é controlada pela instituição em si
(como previsto por Hayek), porém as mesmas não alcançaram o sucesso obtivo pelo Bitcoin, seja por
falhas nos seus sistemas, ou desconfiança dos usuários de instituições controlando sua moeda.
Outro fator não previsto por Hayek foi o distanciamento dos bancos, como
entidades que guardam a moeda, causado pela inovação das criptomoedas e da blockchain, visto que um
usuário não precisa de um terceiro para ser responsável por suas criptomoedas, o mesmo precisa apenas
instalar um software, seja em seu computador ou celular, para que o indivíduo tenha acesso ao seu
dinheiro na moeda desejada. Porém, uma das teorias mais acertadas pelo autor foi a necessidade, por arte
dos usuários, de um lugar (ou lugares), onde pode-se ver o valor das moedas e sua variação, como visto
abaixo na tabela 3, onde pode-se ver claramente as semelhanças entre a tabela produzida por Hayek
(1986) e a realidade:
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Tabela 3: Comparação Entre as Variáveis de Diferentes Criptomoedas
Outro fator não previsto pelo autor é o poder especulativo dessas moedas. Como
dito anteriormente, para Hayek (1986), as instituições emissoras de moedas privadas poderiam controlar
o preço dessas moedas através do controle de sua emissão, porém, como pode ser visto na tabela 2,
nenhuma das criptomoedas (que estão no topo do mercado) conseguiu essa estabilidade, porém isso pode
ser reflexo da maneira como essas moedas trabalham, considerando que os criadores dessas moedas (e
por consequência seus primeiros usuários), se beneficiam pelo aumento de seu valor ao longo do tempo,
eles não teriam incentivo para manter a sua moeda em um nível estável, e fariam o possível, seja
melhorando o sistema da moeda ou através de outros meios, para aumentar o valor de mercado da mesma.
a) Hayek (1986) cita que alguns usuários iriam ter interesse em ser pagos por certas
moedas de acordo com o tipo do uso. Através das criptomoedas e a maneira como elas possuem uma alta
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velocidade de transferência (podendo ser convertida para moeda nacional facilmente, está que
normalmente é estável), o usuário pode escolher qual a maneira mais benéfica de receber o pagamento
pelos seus serviços. Atualmente empresas como a Google já pagam os funcionários em Bitcoin, devido
a própria preferência de seus empregados e pela redução de custos;
b) Uma das relações previstas por Hayek (1986) em uma economia de moedas
concorrentes foi a inversão de papeis, onde de um lado se tem assalariados como credores e do outro
tem-se empresas que devem a esses credores. Atualmente os investidores em empresas baseadas em
criptomoedas tem muita facilidade de fazer as transferências devido a maneira como a blockchain se
comporta, ao mesmo tempo em que possuem muita segurança, devido a contratos inteligentes,
desenvolvidos principalmente na criptomoeda Ethereum. Dessa maneira, mesmo pessoas que dispõem
de um pequeno capital podem investir em qualquer empresa no mundo, tornando-se credores das
mesmas;
c) Para o autor, seria iminente a escolha de uma moeda para efetuar cálculos
econômicos realísticos. Atualmente as empresas baseadas em criptomoedas utilizam-se do dólar para
fazer esses cálculos, porém, atualmente algumas casas de câmbio já utilizam o Bitcoin como padrão para
esses cálculos. Devido a alta volatilidade dessas moedas, é provável que ainda seja utilizado o Dollar por
algum tempo antes de uma criptomoeda vir a ocupar esse lugar.
Partindo do pressuposto que o Bitcoin e outras criptomoedas, não tem emissão por
um governo ou estado e que os mesmos têm competição direta com outros ativos financeiros, chega-se
na mesma encruzilhada que Hayek (1986) se deparou em sua proposta, a de que são eliminados os
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pressupostos que são essenciais as teorias monetárias convencionais, como a teoria quantitativa da
moeda.
Contudo, está questão de fundamentos isso não quer dizer que o mercado de
criptomoedas4, mas sim que tratar com uma metodologia que não aborda as suas peculiaridades, como
emissão descentralizada e a quebra de monopólio monetário acabará por ter uma análise com dados que
terão grandes discrepâncias com o que acontece no mundo real, por isso a teoria quantitativa da moeda
e a teoria monetarista da escola de Chicago, não dão o suporte necessário para as análises aqui discutidas
nesse artigo.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se ver o potencial grandioso que as criptomoedas tem. Com apenas 9 anos
de idade, o Bitcoin já alcançou um valor de mercado de 3 bilhões de dólares, obteve um crescimento de
mais de 300% só no último ano (fonte: Coinmarketcap), além de ter revolucionado industrias as quais o
seu criador provavelmente não fazia nem ideia através do Blockchain. O Bitcoin também serviu de
referência para a criação de outros mecanismos como o Ethereum, que permite que programadores de
suas casas comecem empresas baseadas em criptomoedas com apenas algumas linhas de código e uma
ideia em mente e tudo isso sem fronteiras, talvez o fator mais impressionante disso tudo.
Porém existe muita dúvida pairando sobre esse mercado ainda, alguns apontam que é
uma bolha, comparando a mania das tulipas, enquanto outros apontam a revolução. No meio legislativo
aponta-se a necessidade de legislações e regulamentações sobre as transações entre criptomoedas devido
a facilidade de se lavar dinheiro com as mesmas. No meio econômico, vários economistas apontam as
falhas das criptomoedas em suas funções como moedas, seja por não serem controladas pelo governo,
fazendo com que sua inflação ou deflação seja controlada pelo mercado ou por não cumprirem as três
funções apresentadas perfeitamente, porém isso importa? Seria por que as criptomoedas não são
exatamente moedas que não se deve estudar seu fator econômico único?
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Assim como o hipotético Mercado de múltiplas moedas privadas de Hayek (1986).
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pela escassez de documentos que justificam tais termos além disso, é visivelmente baixa a quantidade de
informações acadêmicas disponíveis, já não estaria mais do que na hora da visão econômica aceitar o
mundo das criptomoedas?
Em um planeta cada vez mais globalizado esperava-se que alguma moeda fosse o
padrão mundial e por muitos anos quem cumpriu esse papel foi o dólar, porém o mesmo tem suas falhas,
falhas estás que as criptomoedas mais do que se dispõem a solucionar. A moeda ou criptomoeda a
substituir o dólar no futuro como padrão mundial de trocas muito provavelmente deverá ser uma a qual
se acessa diretamente de nossos celulares, independente de bancos e de terceiros, uma moeda segura,
confiável e estável. Pode muito bem não ser o Bitcoin, devido as suas próprias limitações, porém
provavelmente alguma tecnologia o fará e atualmente a mais próxima disso, são as criptomoedas.
9. REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS
KEYNES, John Maynard. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Atlas, 1982.
ULRICH, Fernando. Bitcoin: a moeda na era digital. São Paulo: IMB, 01.06.2012. Disponível em:
<http://www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=99>. Acesso em: 24 de Agosto de 2017.
NAKAMOTO, Satoshi. Bitcoin: A peer-to-peer electronic cash system. (2008). Disponível em:
<https://bitcoin.org/bitcoin.pdf> Acesso em: 10 de Setembro de 2017.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas, v. 2,
2002.
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MUNDO DOS BANCOS. Moeda fiduciária. Disponível em:
http://www.mundodosbancos.com/moeda-fiduciaria/. Acessado em: 28 de agosto de 2017.
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