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ROTEIRO

Resumo: É um estudo realizado tendo em vista o aumento de taxas de bactérias


resistentes aos medicamentos, além dos seus efeitos adversos e os elevados custos dos
antibióticos que levam a pensar sobre maneiras de reverter a situação, caminhos para o
aprimoramento na fabricação de remédios e o tratamento dos pacientes. Nesse sentido,
a pesquisa avalia os óleos essenciais (EOs) com propriedades antibacterianos como o
óleo de canela, lavanda, árvore do chá, louro e orégano sozinhos e em combinação.
Para isso, foram examinados os componentes químicos. Os estudos indicaram que os
EOs, sozinhos ou em combinação contra agentes patogénicos devem ser preferidos
como potenciais agentes antibacterianos.
Agentes patógenos e resistência aos medicamentos:
Streptococcus pyogenes coloniza a pele, mucosa nasal e garganta. Em determinadas
condições pode causar infecções cutâneas e respiratórias, para o tratamento é indicado
a penicilina que até o momento não apresenta sinais de resistência bacteriana, em casos
de alergia a esse medicamento, as pessoas tomam antibióticos da classe beta-lactam e
há relatos de resistência bacteriana de cepas dessa bactéria.
Staphylococcus aureus coloniza a pele e mucosas nasais. Em condições específicas causa
sepses e infecções. O tratamento de doenças por essa bactéria está se tornando cada vez mais
difícil devido a sua resistência a medicamentos como a meticilina da classe Beta-lactam.

Streptococcus agalactiae coloniza o intestino, canal do parto que pode levar a doenças
neonatais graves e colonizam o sistema geniturinário de 30% dos adultos saudáveis sem
apresentar sintomas clínicos. Resistência a penicilina, ampicilina e antibióticos beta-
lactam.

Produtos à base de plantas:


Os produtos à base de plantas têm demonstrado eficiência contra diferentes agentes patogênicos
bacterianos comparados a antibióticos com efeitos secundários graves.
Os EOs ou extractos de plantas aromáticas são voláteis e substâncias perfumadas,
exibem propriedades antibacterianas que são sintetizadas pelos órgãos das plantas
(flor, raiz, folha, caule, etc.). O estudo também relata que as combinações de EOs ou
misturas dos principais componentes são mais eficazes em bactérias alvo em relação a
aplicação isolada. No entanto, há indícios da presença de efeitos antagônicos, aditivos ou
sinérgicos entre os componentes. O objetivo do presente estudo foi de avaliar a atividade
antibacteriana de 5 EOs (canela, lavanda, árvore do chá, orégano e louro contra cepas de
S.pyogenes, S. aureus e S. agalactiae utilizando processos químicos para indicar as possíveis
respostas, sendo: eficácia, aditiva, sinérgica, antagônica ou inativo.

Análise de eficiência:
Para verificar o controle de inibição, há uma fórmula para o cálculo da eficiência dos
óleos em ação conjunta e individualmente para estabelecer os níveis de eficiência em
eliminar as bactérias e a interação entre os compostos.

Resultados:
Tabela 1- De acordo com os testes de controle de inibição, apenas 5 dos 9 dos óleos
essenciais apresentaram resultado significativo para atuarem sozinhos no controle
microbiano, são eles: orégano, canela, lavanda, árvore do chá e louro.
Tabela 2- Nos testes de combinação de óleos essenciais, os destacados em vermelho
indicam combinações eficazes, dentro dos parâmetros do cálculo de divisão dos
compostos de cada óleo, o destacado em verde indica que a combinação resultou em
efeito sinérgico, ou seja, um composto sobrepôs o efeito do outro, o destaque azul indica
efeito aditivo, em que o resultado final é igual ao resultado da ação individual, as
combinações sem destaque indicam resultados sem eficácia ou interação.

Conclusão:
• Efeitos sinérgicos e aditivos significativos.
• As combinações geraram efeitos diferentes nas espécies bacterianas.
• Estudos in vitro e in vivo para a determinação de atividades antioxidantes e anti-
inflamatórias de EOs e sua toxidade.
• Estudos para prever a dosagem eficaz de Eos (formulação).

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