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Máquinas de Elevação e TransporteI Cabos de Aço - II Correntes - III Polias, Tambores, Talhas
Máquinas de Elevação e TransporteI Cabos de Aço - II Correntes - III Polias, Tambores, Talhas
DE AÇO
CORRENTES
POLIAS, TAMBORES E TALHAS
DINO FERRARES!
REVISADA EM JULH0/93
POR B. DE M. PURQUÉRIO
GENERALIDADES
A
B
,G
/
s I
I
n 8
n/
-v
. /
3
A Figura 1.2 mostra a máquina de enrolar cabo, descrita anteriormente - máquina
de gaiola de baixa velocidade. Para grande produção empregam-se hoje as máquinas
de alta velocidade, onde as bobinas são colocadas uma atrás da outra permitindo uma
redução considerável do diâmetro da gaiola. Estas máquinas podem apresentar mais
de trinta bobinas, permitindo executar uma perna numa única vez. As bobinas aqui
permanecem sempre na mesma posição (com o eixo horizontal); não se podendo
regular a torção do fio (ou da perna); além disso os fios (ou as pernas) ao saírem das
bobinas, sofrem flexionamento, devido à sua mudança de direção do centro para a
periferia da gaiola. Estes inconvenientes tornam a qualidade do produto inferior,
porém, com o dispositivo de préformação, tal falha é eliminada.
3 f i os 7 f i os
19 f i os 3 7 f i os
4
Para evitar esta tendência que o cabo tem a se torcer, emprega-se os cabos
antigiratórios (ou anti-rotativos), que são geralmente constituídos por duas camadas
de pernas enroladas em sentido contrário. Desta forma o momento de torção da
primeira camada de pernas é parcialmente compensado com o momento de torção da
segunda, como podemos ver na Figura 1.5b C*)
Quanto mais lisa a superficie externa do cabo e quanto mais cilindrica a sua
forma, tanto melhor será o seu contato nas polias ou tambores e, portanto, melhor a
distribuição da carga nos fios, diminuindo o desgaste do cabo. Nessas bases são
construídos os chamados cabos lisos em que as pernas são de seção elíptica ou
triangular (Fig. 1.6). Estes cabos são pouco empregados por serem muito caros.
/
/
s'
s"
{ b)
(a )
C*) Como o número de pernas da segunda camada é muito maior que o da primeira, emprega-se na formação da
primeira camada o enrolamento único (item 2.2) enquanto que na segunda camada o enrolamento oposto, de
menor tendência a torcer.
5
Nos trabalhos de mineração são empregados também os chamados cabos planos.
Estes são constituídos por cabos costurados com fios (Fig. 1.7) do mesmo aço.
Aplicam-se em cargas elevadas e não necessitam de tambores de grande diâmetro.
Quanto à composição química, os cabos de aço são fabricados com aço carbono;
a porcentagem de carbono vai depender da resistência que se quer atingir para um
determinado diâmetro do fio. Aproximadamente apresenta a seguinte composição:
6
Tabela 1.1 - Porcentagem de carbono dos fios, para um determinado diâmetro e
determinada resistência
2. CABOS DE MOVIMENTO
2.1. Estrutura
Os cabos de aço são ditos normais quando o diâmetro dos fios é constante e os
mesmos são enrolados com igual ângulo de inclinação. Desta forma, com exceção do
fio central da perna, todos os demais tem o mesmo comprimento, e estão igualmente
solicitados à tração, quando submetidos a uma carga que age no eixo do cabo.
Devido ao fato dos fios terem igual ângulo de inclinação, cada camada de fios na
perna terá passos diferentes (Fig. 1.8). Logo os fios de camadas diferentes irão se
cruzar em determinados pontos da perna, aparecendo portanto, um contato
puntiforme entre os mesmos. Isto é muito prejudicial, pois nesses pontos aparecem
elevadas concentrações de tensões (tensões de pico) e a vida do cabo torna-se menor.
Para evitar este inconveniente constroem-se os cabos de igual passo (ou paralelos).
Os tipos normais são constituídos por 6 a 8 pernas e uma alma de fibra vegetal
ou de aço. A alma de fibra aumenta a flexibilidade e serve como um reservatório de
lubrificante. As p~rnas são formadas por 7, 19 ou 37 fios (Fig. 1.9). Quanto maior o
número de fios, para um mesmo diâmetro de cabo, maior a sua flexibilidade, porém os
fios externos sendo muito finos, desgastam-se e rompem-se com maior facilidade.
7
p
-I
.s::,
'
I
I
i I
h. ~
~ I i( d 1
~
d2
~ rr d 2
8
Nos cabos de igual passo os fios de cada camada da. perna assentam sobre os
canais ou sulcos entre os fios da camada anterior (Fig. 1.1 0), de maneira que o
contato puntiforme entre os fios de uma perna (citado anteriormente) é aqui evitado.
Devido à inclinação dos fios em cada camada não ser a mesma, vamos ter
comprimento de fios diferentes, porém, o acréscimo de tensões devido a este fato é
mínimo, comparado com o devido às tensões provenientes do contato puntiforme.
Por esta razão estes cabos apresentam uma vida maior que os anteriores e são os mais
empregados. As construções mais comuns destes cabos são: Seale, Warrington e
Füller.
O cabo Seale mais empregado apresenta duas camadas de números iguais de fios
por perna. Os fios da camada exterior são de maior diâmetro e portanto apresentam
uma resistência maior ao desgaste, razão pela qual estes cabos são empregados nos
trabalhos rudes como em escavadeiras, funiculares para transporte de minérios, etc.
9
também bastante flexíveis e apresentam grande emprego em escavadeiras,
transportadores, etc.
2.2 Enrolamento
Segundo o enrolamento os cabos móveis podem ser classificados em dois tipos:
Tipo único ou Lang
Tipo cruzado ou oposto
O enrolamento é dito único quando as pernas são enroladas em tomo da alma no
mesmo sentido de enrolamento dos fios em cada perna. Pode-se ter enrolamento
único à direita ou à esquerda, conforme Figura 1.14. No cabo oposto as pernas são
enroladas em tomo da alma segundo o sentido contrário do adotado no enrolamento
dos fios em cada perna. Pode-se ter também cruzado à esquerda e cruzado à direita,
conforme Figura 1.15.
Em ambos os tipos de enrolamento, os fios de cada perna, nas diferentes
camadas, são enroladas, geralmente, em igual sentido.
A representação do tipo de enrolamento é dada pela norma DIN 6890. Segundo
esta norma, o sentido de enrolamento das pernas é representado pelas letras
maiúsculas Z ou S~ conforme Figura 1.16.
Como visto anteriormente, um cabo de uma só camada de pernas tende a torcer,
quando solicitado por uma carga (Fig. 1.4).
Esta tendência nos cabos de enrolamento único é muito grande, devido,
especialmente, ao fato dos fios estarem enrolados nas pernas, com o mesmo sentido
de enrolamento destas no cabo. O esquema da Figura 1.17a mostra que o momento
10
de torção devido à solicitação nas pernas é acrescido com o momento de torção
devido à solicitação nos fios. Devido a essa tendência a torcer, dos cabos únicos, os
mesmos devem ser empregados, somente quando as suas extremidades são guiadas.
Por outro lado, os fios externos destes cabos assentam-se bem nas gargantas das
polias e tambores, originando uma vida maior que nos cabos de enrolamento oposto.
Nos cabos de- enrolamento oposto, a tendência a torcer é menor, como podemos
concluir da Figura 1.17b. Devido ao fato dos fios externos estarem expostos somente
em pequenos trechos na periferia do cabo, Figura 1.15, e estarem muito curvados,
apresentam um contato puntiforme nas gargantas das polias e tambores. As condições
de assentamento destes cabos são, portanto, menos favoráveis que nos cabos do tipo
único.
ll
Figura 1.16 - Convenção para representação do enrolamento segundo DIN 6890
(a) ( b)
12
Nos sistemas constituídos por dois cabos, pode-se compensar esta tendência a
torcer, empregando-se um cabo com enrolamento à direita e outro com enrolamento à
esquerda, como mostra o esquema da Figura 1.18.
(1.1)
onde
8 = diâmetro do fio
i = número de fios
crr =tensão de ruptura à tração do fio
13
A verdadeira carga de ruptura, determinada experimentalmente é, porém, de 10
a 30% menor que a dada pela fórmula acima. A tabela 1.2 apresenta os resultados de
ensaios obtidos pela CIMAF. Esta diferença é devida principalmente ao duplo
enrolamento helicoidal do fio no cabo. Com a atuação da carga; os fios terão tensões
adicionais de torção e flexão, além da pressão transversal nos pontos de contato entre
os mesmos. O fato de considerar os fios igualmente solicitados, para a carga de
ruptura, não foge muito da realidade, pois, ultrapassando-se o limite de escoamento,
as solicitações desiguais de cada fio serão igualadas.
A solicitação à flexão, devido o cabo passar pelas polias ou tambores, é também
facilmente determináve~ se for admitida a mesma hipótese simplificadora anterior -
cabo constituído por um feixe de fios paralelos. De acordo com a Figura 1.19 tem-se,
no campo de aplicação da lei de Hooke.
5
cr=-E. (1.2)
D
Q ...j, .. Ll-º-
f
r
F
F
Figura 1.19 - Deformação de um fio enrolado numa polia de diâmetro D
onde:
E = módulo de elasticidade do fio (= 21 000 Kg/mm2)
D = diâmetro de enrolamento de um fio numa polia
14
Poderia se calcular nesta fórmula a correção da tensão devido ao enrolamento
duplamente helicoidal do fio no cabo, porém devem ser levados em conta ainda, os
seguintes fatores: pressão dos fios entre si nos pontos de contato, pressão dos fios nas
gargantas das polias ou tambores, flexionamento devido ao fato dos fios funcionarem
como vigas (apoiadas nos pontos de contato) carregadas transversalmente, força de
atrito devido ao constante movimento relativo dos fios entre si e destes com as polias
e tambores. O cálculo de todos estes elementos, isto é, a determinação da verdadeira
tensão no fio, é bastante imprecisa. Por essa razão o dimensionamento dos cabos nos
aparelhos de elevação e transporte é feito por normas de cálculo (como por exemplo
norma DIN 15020) baseadas em longa experiência. Porém, para a adequada escolha
do cabo, deve-se conhecer os fatores que influem na sua vida; os principais são:
a) Número de flexionamentos - Verifica-se experimentalmente que a vida de um
cabo é tanto menor, quanto maior o número de flexionamentos a que o mesmo é
submetido, ao passar pelas polias e tambores. Entende-se por fle:Xionamento, a
deformação sofrida pelo cabo ao passar da forma retilínea à forma curva e desta
novamente para a forma retilínea. De acordo com esta definição, quandq o cabo passa
por uma polia, tem-se um flexionamento completo; quando é enrolado num tambor,
tem-se 1/2 flexionamento. Logo, a influência das polias sobre a vida do cabo é maior
que a do tambor. A influência do número de polias pode ser facilmente compreendida
com o exemplo da Figura 1.20: na solução a, o cabo apresenta num ciclo de trabalho
(subida e descida da carga) um flexionamento completo; enquanto que na solução b,
temos cinco flexionamentos, sendo um deles (entre o tambor e a polia) em forma de
S. Segundo ensaios feitos na Alemanha, um flexionamento em S corresponde de 1,5 à
2,5 flexionamentos completos para os cabos de enrolamento opostos e 1,5 à 5 para
cabos do tipo único. Logo, na solução da figura 2lb, teremos na realidade, durante
um ciclo de trabalho, 5,5 à 6,5 flexionamentos duplos, para o cabo de enrolamento
oposto.
A vida do cabo pode ser dada pelo número de flexionamentos. Segundo esta
definição, a vida do cabo na solução a da Figura 1.20 é da ordem de 6 vezes maior
(cabo de enrolamento oposto) que a da solução b.
b) Carga de tração- Segundo ensaios de Müller (1952), na Alemanha, a vida de um
cabo (para um determinado diâmetro) cai aproximadamente com o quadrado da carga
de tração. Isto pode ser verificado também nos ensaios de Woernle (1929), conforme
Figura 1.21. Quando mais desfavoráveis são as condições de trabalho, menores terão
que ser as tensões de tração admissíveis.
c) Qualidade do fio - É interessante observar que a melhora da qualidade do fio nem
sempre significa uma vida mais longa para o cabo. Assim, temos que, para iguais
condições de carga e diâmetro, um aumento de tensão de ruptura o cabo de crr = 130
kg/mm2 para OR_ == 160 kg/mm2, acarreta um aumento muito pequeno na vida, apesar
do coeficiente de segurança calculado do cabo, aumentar proporcionalmente. Ao
passar-se de 160 a 180 kg/mm2 , a vida do cabo pouco altera. Ao passar-se de 180
kg/mm2 a 2000 kg/mm2 , a vida chega a ser diminuída. Pode-se concluir afirmando
que, para cargas iguais, empregando-se cabos de melhor qualidade (maior OR.) e
usando-se o mesmo coeficiente de segurança no cálculo (reduzindo-se portanto o
diâmetro), a vida cai. (Fig. 1.22).
15
(a) ( b)
r =0,53 a 0,54 d.
16
As experiências mostram que, em gargantas com perfil semicircular, o cabo tipo
único (ou Lang) dá melhores resultados em gargantas com o perfil em V ou em
gargantas semicirculares com canal central. A experiência mostra, ainda, que a vida
do cabo pode ser aumentada guarnecendo-se a garganta com materiais moles, que
permitam uma pressão de contato bem menor
320
60°1
280 -V'"~'
I
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240
E
>(
200 r =8,5
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80
40 -
o ~----~----~------~----~
200 300 400 500 600mm
diâmetro das polias-
Figura 1.21 - Influência da tensão de tração e diâmetro da polia sobre a vida do cabo
(cabo A 16 x 130- DIN 655)
17
70
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Figura 1.22 - Influência da tensão de ruptura do fio sobre a vida do cabo segundo
Woernle. Cabo segundo DIN 655, 0 = 16 mm; õ = 1 mm; D = 460 mm
solicitação cr = 3 O kglmm2 = constante.
5
(}=-E
D '
a fim de não ser ultrapassada de determinado valor. Porém tal procedimento conduzia
a soluções com cabo de fios muito finos, diminuindo a vida do cabo. Por essa razão
não é mais usada a relação D/õ por norma.
18
Figura 1.23 - Influências da fon:Ila da garganta na vida do cabo (Ensaio de W oernle)
19
100
cabo galvanizado
E40
E
QJ
c
"O
>
20
~----~-----.------.-----,---~ tensão ~
10 20 30 40
Figura 1.24 - Influência da galvanização na vida de um cabo, segundo Woemle (D =
300 mm, d = 16 rnm)
160
-
VI
o
c
Cl) 120
E
c
c
o
X
Q)
;
Cl)
80
"O
VI
Cl)
,_
c
~
40
E
300 600
Figura 1.25 -Influência da lubrificação na vida de um cabo, segundo Woemle
( 1) Cabo com a alma e os fios lubrificados
(2) Cabo sem lubrificação
(3) Cabo sem lubrificação lavado em benzina
20
I
-0t&r~ ,. I
I
I
21
Durante a manufatura, a alma do cabo é saturada de lubrificante e o cabo é
lubrificado interna e externamente. Porém este lubrificante tem uma duração limitada;
com o tempo de setviço ele procura a superfície exterior do cabo, vindo a se esgotar
totalmente. A alma do cabo, uma vez seca, vai absorver uma quantidade excessiva de
umidade da atmosfera, dando como conseqüência a corrosão do metal. A fim de evitar
este inconveniente, o mais grave de todos, o cabo deve ser periodicamente lubrificado,
deixando, assim, uma pequena película de óleo entre os fios e impedindo a entrada da
umidade na alma. Conforme o tipo, velocidade e condições de serviço, existe um
lubrificante adequado. As firmas produtoras de lubrificantes, assim como a maioria dos
fabricantes de cabos, fornecem os lubrificantes adequados. A Figura 1.26 apresenta
alguns dispositivos empregados na lubrificação continua do cabo.
22
então, os fios interiores estão sobrecarregados. O vai e vem desse cabo sobre polias
e tambores traz um desgaste desses fios soltos muito maior. Tais fios devem ser
considerados para efeito de segurança, como fios quebrados.
d) Quebra dos fios - Origina-se devido ao desgaste e fadiga dos cabos. Deve-se
considerar dois casos: quebra em cabos de enrolamento oposto e quebra em cabos
de enrolamento único. No 1o caso os fios estão expostos ao exterior em trechos
pequenos, de maneira que um fio quebrado, após penetrar outra vez no seio do
cabo, pode, perfeitamente, um pouco mais adiante, devido o atrito interno, suportar
outra vez a carga. Nos cabos de enrolamento único, um fio quebrado percorre maior
trecho na superficie do cabo e, conseqüentemente, só é solicitado à carga outra vez,
num percurso bastante maior que no 1o caso(*)
Ensaios à tração mostram que um cabo, com vários fios quebrados, resiste ainda a
cargas próximas a de ruptura, porém como os cabos em trabalho estão solicitados
freqüentemente à flexão, a resistência cai consideravelmente com o número de fios
quebrados.
Segundo a norma DIN 15020, um cabo de movimento deve ser rejeitado, quando
examinada a parte mais defeituosa, se o número de fios quebrados visíveis estiver
num dos casos da tabela 1.2
6 X37 =222 30 60 10 20
8 X 37 = 296 40 80 12 24
(*)Apesar desta desvantagem dos cabos únicos, a sua vida para o caso de trabalho em polias e tambores
com garganta semicircular é bem maior que a dos cabos de enrolamento oposto. A possibilidade de quebra
dos fios é menor.
23
!W
-·-
I i
--i
i
t-.1
.
8
--=--
Figura 1.27 - Elipse de abrasão dos fios
d esenrolomento
certo
desenrolamento
erro do
24
2.5. Uniões e f'nações de cabos
'
No caso de ter-se uma fixação como a da Figura 1.30, os valores desta tabela
devem ser dobrados. A tabela 1. 4 dá o número núnimo de grampos e o comprimento
núnimo de amarração em função do diâmetro do cabo. A tabela 1.5 dá as dimensões do
sapatilha em função do diâmetro do cabo.
25
L
Figura 1.30
Esta fixação pode ser feita também por um anel de uma liga especial colocado à
pressão (Fig. 1.31 ).
Figura 1.31
26
Tabela 1.5- Dimensões do sapatilha em função do 0 do cabo
I~ 8
~~.A
-;;..-
!
I
I
Diâmetro A B c D E
d(mm)
6,5 50 33 33 19 9
8 57 38 36 22 11
9,5 60 39 41 25 12
12,5 76 47 49 28 16
16 95 57 58 34 22
19 100 63 66 41 25
22 114 69 73 44 28
27 152 108 89 51 32
33 180 115 83 64 35
40 197 124 131 77 48
c) Fixação por fios trançados -Esta fixação exige muita mão de obra (Fig. 1.32) e
habilidade do operador. As pernas devem ser trançadas entre si e em seguida
amarradas num .comprimento 1= 25 d.
i= 25 d
Figura 1.32
27
d) Fixação por chumbamento - Este processo tem dado bons resultados; deixa-se o
cabo passar no interior da luva cônica (Fig. 1.33), corta-se a extremidade da alma e
dobram-se as extremidades dos bordos em V. Em seguida a luva é trazida na
extremidade do cabo e em seguida é chumbado com unia liga de chumbo e
antimônio. Pode ser empregada também uma liga de zinco. O processo é descrito
nas normas DIN 83313, 83314, 83315.
Figura 1.33 -Fixação por chumbamento Figura 1.34 - Fixação por cunha
28
- da compressão entre cada um dos fios no cabo;
c) - do material do fio.
29
Tabela 1.7 Valores de k
Grupo k
Valores mínimos
mmJjki
o 0,28
1 0,30
2 0,32
3 0,35
4 0,38
Para cabos de fios livres de torsão segundo a DIN 6895, fonnas A, B e F, serão
tomados os valores k do grupo imediatamente superior (veja-se, também, item
2.6.2.3). Para o grupo 4 calcular-se-a com k = 0,41.
n:d2
c; S x.-4 c;R
A segurança à tração é: v= ___B_ = ~ .c;R = (1.3)
c;= F F
x=
secção metálica do cabo
, ou " c..~.ator de encbimento "
secção circular que circunda o cabo
30
b) Tensão de flexão no cabo
Para tambores e polias com o diâmetro calculado segundo a tabela 1.8 com
igual tração do cabo F podem ser previstos cabos mais grossos até o diâmetro
do cabo d calculado 1,25 vezes, sem prejuízo para a durabilidade. Neste caso
ter-se-a em conta o raio de garganta mínimo admissível segundo o item
2.6.2.2c. Diâmetros maiores que os calculados para os tambores e polias
aumentam a durabilidade.
31
d) Compressão entre cada um dos fios no cabo
Em geral empregar-se-a, como rnatenal dos cabos, fio para cabos com
resistência à ruptura CJR = 160 kg/mm2 No fio para cabos de CJR = l 8G
kg/mrn 2 e admissível o emprego de valores k iguais a tabela 1 7 Os valores >
são, para isso, 1/8 mruores que os indicados na página 30
Para transmissões por cabo desta norma entram em questão de preferência cabos de
aço segundo as DIN 655. 656 e 6895
2 6 3 1 Classe de enrolamento
32
2.6.3.3 Cabos pré-formados
Os cabos com alma de aço podem ser empregados em lugar dos cabos com
alma de cânhamo, sem modificação do cálculo.
2.6.3.5 Galvanizado
2. 6.4 Lubrificação
Para evitar a oxidação, desgaste, como, também, para aumentar a vida, os cabos serão
lubrificados em períodos regulares, com um lubrificante adequado.
Para posição mais baixa do gancho devem permanecer no tambor pelo menos duas
espirais de cabo.
A fixação do cabo, incluindo no cálculo o atrito das duas espirais que permanecem
no tambor, tem que poder admitir 2,5 vezes a tração do cabo. Como valor do atrito
entre o cabo e a base, adota-se ~ = O, 1.
Por medidas construtivas especiais deve-se cuidar que o cabo que se enrola no
tambor, juntamente com o cabo frouxo, não deslize lateralmente do tambor ou
penetre entre as rodas dentadas. Se forem empregados discos de borda, devem ser
altos, de modo que sua saliência sobre a camada exterior do cabo seja, pelo menos,
igual a 1,5 vezes o diâmetro do cabo.
O desvio lateral do cabo, com relação à direita das ranhuras, não deve ser maior
de 1: 15 (4°).
33
3. CABOS FIXOS
3. l. Estrutura
Como vimos, os cabos fixos ou rígidos são usados em tranvias aéreas, pontas de cabos
(pontes pênseis), como tirantes, etc.
Apresenta a superficie externa bem lisa (Fig. 1.35) o que o torna superior em
durabilidade a qualquer outro tipo. Esta forma encaixada apresenta a vantagem dos
fios quebrados não sobressaírem do cabo, enquanto quer na forma de enrolamento
liso (Fig. 1.36) quando um fio se quebra, torna-se necessário colocar uma luva de
proteção. Em virtude dos fios não serem de secção circular, a trafilação é mais difícil
e a tensão de ruptura é menor (de 90 a 130 kg/m2).
(a) (b)
34
b) Cabo trilho liso
O cabo trilho liso (Fig. 1.35a)é constituído de várias camadas concêntricas de fios
redondos, enrolados em sentidos opostos A tabela 1. 11 traz os cabos de
procedência alemã e a 1 12 os de procedência americana.
c) Cabos Hércules
Em virtude de seu duplo enrolamento (Fig. 136) permite o emprego de fios com
diâmetros menores (o = 3 mm). A resistência dos fios é maior que nos cabos
anteriores, <>r = 160 a 180 kg/mm2 .
35
Tabela 1.1 O Cabos trilhos encaixados
(Locked coil track strand)
Construtor: American Steel & Wire Company
36
Tabela L 12 Cabos trilho liso
(Smooth Coil Track)
Construtor: AS.W.C.
37
ll. CORRENTES
1. GENERALIDADES
Por outro lado, apresentam a vantagem de não exigirem grande díâmetro para
tambores e polias e são menos sensíveis à corrosão.
Existe uma grande variedade de correntes, porém os tipos mais comuns são os
seguintes:
38
1.3. Corrente Zobel
r----t ---
39
Tabela 2.1 Corrente Galle segundo a DIN 8150 (Dimensões segundo a Fig. 2.'2)
I
110 90 50 45 250 90 7 8 90 125000 160 80 140 235 326
120 100 55 50 276 100 - 8 8 112 150000 180 90 160 261 356
1.4. Corrente de rolos
41
1.5. Corrente silenciosa ou de dentes
-oi
,..,!
42
1.7. Corrente Fleyer
1. 8. Correntes transportadoras
43
I
t
-·é-
A B c
Figura 2.10- Forma de garganta de polias lisas para correntes de elos
44
correntes de elos calibrados
45
Cálculo do diâmetro do círculo primitivo: Sejam (Fig. 2.11).
a1
t+d=Dsen- (2.1)
2
a2
t-d=Dsen- (2.2)
2
a1 a2 a1+a2 a1-a2
2t = d (sen - - + sen - - = 2 d sen cos--- ,
2 2 4 4
2
t _
02 2 a1-a2
90- cos (2.3)
sen2- 4
z
Subtraindo-se (2.2) de (2.1) vem
a1 a2 a1+a2 al-a2
2d = D (sen --sen-)=2Dcos sen---
2 2 4 4
90° a1-a2
d= Dcos-.sen---
Z 4
2
d 2 .a1- a2
- - - = 02 sen - - - (2.4)
900 4
cos 2 -
Z
46
Da soma de (2.3) com (2.4) resulta
D=
t2 [ d )2
2
(2.5)
90 ) +
[ senz 90
cos-;
Para Z ~ 16 e d ::; 6 mm pode-se eliminar o segundo termo do radical, resultando
t
D= ----=--=- (2.6)
90
sen-
z
Chamando-se
t
D=--- (2.7)
1800
sen--
z
47
Figura 2.13 - Engrenagens para correntes Galle. As talas da corrente se assentam nos
bordos da engrenagem
D = 20 a30 d
As ranhuras dos tambores podem ser de dois tipos, conforme Figura 2.14.
O passo "p" das ranhuras deve permitir um afastamento de 2 a 3mm entre os elos
da corrente de duas espiras consecutivas (Fig. 2.14).
48
L
L
n = -+2 (2.8)
JrD
Onde:
n = número de espiras
L = comprimento da corrente a enrolar
D= diâmetro do tambor
L=n. p (2.9)
Os tambores lisos (sem ranhura) para correntes somente são usados em casos de
pequena importância.
49
O rendimento devido ao atrito dos mancais é: 11 ~ 0,95
Não foi estabelecido até hoje um cálculo preciso para as correntes de elos, pois a
distribuição das tensões num elo é bastante complexa. (Fig. 2.16)
(*)O material comum é entendido como sendo o normalizado pela DIN 1613, isto é, st 35.13K
(C = (0,06 +O, 11)%); Mn = (0,4 + 0,6) %e P < 0,04%; S < 0,04% e P + S < 0,07%)
crrup = (35 + 42) kg/mm2 ; alongamento (25 + 32) %
O material equivalente nosso é aço ABNT 1010
50
I iRhos de igual
hnsôo
* na fibra externo
~ no fibra interna
%
p = <>actm . 2 . s (2.10)
ou
p = 6 .2 . 7!.d2 (2.11)
4
ou
(2.12)
onde
P = capacidade da corrente em kg
d = diâmetro do fio em mm
Por exemplo. suponhamos uma corrente feita com fio de diâmetro 1O mm. A sua
capacidade de carga será, pois:
51
'• .
p= 3 .1t. 102 = IP=940kgl (2.13)
As tabelas 2.2, 2.3, 2.4, se referem às normas DIN 765, 766, 5684
respectivamente.
(*) A tolerância para um passo é de ± 2,5o/o. A tolerância para dez passos indicada acima não deve ser
ultrapassada Se se desejar um engrenamento exato, é útil por a roda dentada à disposição do fabricante
da corrente.
52
Tabela 2.3 -Correntes de elos não calibradas para fins gerais e Máquinas de Levantamento, segundo a Din 766
O cálculo das correntes Galle é feito supondo-se a carga agindo como na Figura
2.18. Admite-se ainda que a distribuição dessa carga seja uniforme em relação às
várias talas.
54
4 F F
b
passo t
F
'P"'z-
F
z
==:=========:::=:~!~
1
---•,...... -zF
55
Tomando-se,
z = número de talas em tração (ação de F)
d2, g1 e s, dimensões indicadas na Figura 2.19;
crr e cradm' as tensões de ruptura e admissível, respectivamente, da tala pode-se escrever:
F = z. (g1 - d 2 ) . s. a adm
=
O material das talas é geralmente aço ABNT 1020, com crr 40 kg/mm2 e o coeficiente
=
de segurança usual em correntes desse tipo é 5. Portanto cradm 40 kg/mm2 , onde:
F 2
a= ~aadm=8kg/mm (2.14)
z.(g1 -d2 ).s
Deve-se verificar, ainda, a pressão específica "p" no furo das telas, a fim de
evitar esmagamento do material devido a excesso de carga.
(2.15)
a) Caso em que a corrente transmite força não provida de uma roda dentada.
F F
F F
2 2
z z
·-i)
F F F F
2 z z z
56
De acordo com a Figura 2.20 tem-se* na secção I o momento dado por:
F
M 1 =-.O,S.s (2.16)
z
Na secção II tem-se:
F F F
MIJ =-.1,5.s--.0,5.s=-.s (2.17)
z z z
F F F F F
Mw = -.2,5.s--.1,5.s +-.1,5.s+-.0,5.s=-.1,5.s (2.18)
z z z z z
E, na secção IV:
F F F F F
Mw =-.3,5.s--.2,5.s+-.1,5.s--.0,5.s=-.2.s (2.19)
z z z z z
Pode-se concluir por uma expressão geral analisando a formação dos valores dos
momentos acima, que:
F z
Mz =-.-.S (2.20)
z 2
F
:.Mz =-.S (2.21)
2
Este será o máximo momento fletor que ocorre na variação do diâmetro d2 para
d 1 e independe de "z".
(2.22)
b) Caso em que a corrente Galle transmite força provida ou aplicada a uma roda
dentada.
Cálculo do diâmetro d2
-.
A solicitação máxima neste caso é a devida ao feixe de talas que contém a tala
mais externa.
* Deixou-se de computar a tensão devida ao cisalhamento neste cálculo. por ser ela pequena em face da
tensão devida ao momento :fletor. Isso pode ser verificado facilmente tanto mais evidente quanto maior
"z".
57
Figura 2.21 - Ação do dente da roda dentada em relação à corrente Galle
F'
MVI =-.10,5.s (2.24)
6
F'
Mvm =-.18.s (2.25)
8
(2.26)
Logo a tensão devida ao momento :fletor para efeito de cálculo de "d2 do pino, é:
58
M 32.F' .s.(z I l}-
(5- _ z - --,....--.:....,--___:.. (2.27)
- W - f..n.d;
_ 8.F'.s.(z+l) <
<5- 3 _(jadm (2.28)
n.d2
z
B =b+2(-+0,5).s (2.29)
2
(2.30)
e a tensão
(2.31)
• ~-
4F'(2B-b)
o <,..,.
.. v - 3 -'-'adm (2.32)
n.d1
59
Correntes com desgaste superior a 20% da área da secção transversal original
devem ser rejeitadas. É claro que basta que um elo apresente tal desgaste para se
rejeitar a corrente.
As trincas podem ser constatadas pelo seguinte método, o elo é banhado em óleo
:fino e em seguida enxugado com um pano. Aplica-se tinta branca lavável no elo a
qual uma vez seca deixará transparecer as eventuais trincas.
Após cada duas, no mínimo três inspeções, as correntes devem ser ensaiadas
com 1,5 vezes a sua capacidade nominal.
Deve existir um livro de registro para todas as correntes no qual são anotadas
todas as inspeções, ensaios, reparos, tratamentos térmicos, etc.
A grande maioria das correntes de elos é fabricada a partir de arame, sendo os elos
unidos por solda de tôpo.
60
encesro
Figura 2.22- Fases de fabricação da corrente: corte, dobra e junção dos elos
61
A solda de tôpo dos elos pode ser vista na Figura 2.23
corte A-8
e
m
pontos de
contato dos eletrodos
e -eletrodos
p- punção de dobro
m- motriz
b- bigorna
dr-dispositivo de roborbomento e avanço
r- rebarba de soldo
62
-POLIAS, TAMBORES E MOITÕES
O diâmetro nominal D das polias de cabos (não motrizes) é dado pela norma DIN
15020_ Aproximadamente tem-se as seguintes relações C*) (Fig. 3.1).
h = 2 a 2,5 d
b1 = 2,5 a 3d
be = 3,5 a 4 d
B =be+10a20mm
r = 0,53 a 0,55 d
(*) Vide tabela seguinte nonna DIN" 15062 -Livro "Exercício sobre Aparelhos de Elevação e
Transporte", D. Ferraresi e R Ruffi.no, P- 100-16, publicação n° 99, Escola de Engenharia de São
Carlos, Universidade de São Paulo- 1964_
63
As construções a e b permitem colocar a engrenagem na caixa do redutor,
porém, o eixo do tambor é mais solicitado, estando em a trabalhando a flexotorção e em
b a flexão, no terceiro caso de solicitação. No caso c e do eixo só trabalha à flexão,
podendo-se ter o 2° caso de solicitação quando o eixo é fixo e os mancais estão nos
cubos dos tambores e engrenagens.
64
TABELA3.1
L (3.2)
n=--
77:. D
(3.3)
TABELA3.2
0cabo 10 13 16 19 22 27 33 40
p 12 15 18 22 25 31 37 45
r 5,5 7 9 10,5 12 15 18 22
a 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 5
65
Figura 3.4 - Passo das ranhuras do tambor
66
O comprimento útil do tambor é limitado a fim de evitar excessiva obliqüidade do
cabo, que pode fugir da garganta, dando origem a um enrolamento irregular. A inclinação
máxima r que se pode dar a um cabo que sai e entra no tambor vai depender da relação
D/d entre o diâmetro do tambor e do cabo e da relação p/d entre o passo e o diâmetro do
cabo. Em virtude das espiras serem inclinadas de um ângulo a, dado por tga= pl1rD,
para dar a maior possibilidade de enrolamento (igualando-se as inclinações r de cada lado
da polia), é necessário afastar a polia do meio do tambor de uma distância
a= A. tg a. (3.4)
B B
B =-+a · B =--a (3.5)
1 2 ' 2 2
--
---·-
r--. _ _ i
I
I
182
I r--.lr-- i
._L.-
12
?
- ·- ·-·?Jt·z\~·.sE
·-- i
-:a
8 a. _?rl ~ t
t r1_;v-- .-~.
81
~
~
~
-------
67
I
L.. L...J
.,
-- ----~----~-
- --------- - '
l J ......
Mllll
,11
r r , li
a I li
I li
I
a)- Tambor
b)- Parafuso de rosca di rei to e es-
Querda.
c)- Dispositivo de enrolamento de
cabo
d)- Cursor.
e)- Local de inversll'o do movimento:
passagem da rosca di rei to paro
o rosca esquerdo
m
Figura 3.8- Dispositivo de enrolamento do cabo de aço mediante um parafuso de rosca
direita e esquerda
68
B = A[tg(y+ a) +tg(y- a)] (3.9)
Mt Jlli
2 4.Mt (3 .1 O)
F=--=r.-- r= 2
.::;; rad.m
n. r 4 n. Jlli r
e na compressão
69
Aft (3.11)
p=--5;Paam
nder
F. 4 4 .Mt (3.12)
a= = <uaam
p. m1g p.n.r. m:Jg
(3.13)
70
Q
~ ~ ~ ~
Q Q O+ f
7l
O momento de atrito do mancal. da polia não deve ser desprezado. Pará polias
fixas (Fig. 3.13), admitindo-se que o ângulo de abraçamento do cabo sobre a polia seja
de 180° tem-se:
d
Ma=R-1 J.i.'
2
Ma=Q.~.J.i.'
f'= Ma . 2 = 2 . Q ~ . J.i.
D D
Para D/d1 =7,5 e J.l = 0,08 tem-se:
f= 0,03 Q
Figura 3.13 - Polia Fixa
o
TJ P = Q +f+ f' = O, 96
Para mancais de rolamentos tem-se
TJP =O, 98a0, 985
A força motora para a subida da carga Q numa polia fixa é então
(3.17
)
Na descida da carga gira a polia em sentido contrário, a carga vence as
resistências,
C") Representa-se a força de retenção F* com asterisco para diferenciar da força de descida F.
72
No rendimento do tambor tem que ser considerada também a rijeza elástica pois
na elevação da carga deve-se acrescentar o trabalho de deformação do cabo, que só é
devolvido na descida da carga. Por outro lado, deve-se considerar nos tambores só a
metade da rijeza anelástica e as cargas nos mancais são menores (mesmo levando em
conta o acréscimo de carga da engrenagem) que nas polias fixas com ângulo de
abraçamento de 180°. Desta forma pode-se tomar para o rendimento nos tambores
(rijeza+ perda nos mancais) o mesmo valor anterior
Q=Fo+P=2F'o
Q
Fc=-2
Levando-se em conta as perdas na polia
vem, para a subida da carga:
Q
Q=F+P=F+F. 7Jp
Figura 3.14- Polia móvel
(3.19)
F= Q
1+ 7Jp
Logo, o verdadeiro rendimento da polia móvel será
Q
2 - 1+ 7Jp
TJm =
Q 2
1+ TJp
Substituindo-se vem
Logo,
73
Q=F· +P=F" + p•
'TJp
(3.20)
(3.21)
(3.22)
4. TALHAS DE CABOS
Da combinação de polias móveis e fixas resultam as talhas (moitões), nas quais a carga Q
é distribuída numa série de cabos, resultando a força de ação F bem menor de Q.
a) Talha simples
Este é o tipo mais simples, em que a carga Q (desprezando-se as perdas) é
distribuída iguàlmente em todos os cabos de sustentação('"). Tem-se que distinguir aqui
dois casos:
No primeiro caso tem-se teoricamente:
(") Entende-se por cabos de sustentação em talhas, os trechos de cabos que saem das polias móveis, isto é,
os cabos onde estão aplicadas as forças Pl, P2 ... Pn da figwa 77.
74
Q =li+ Pz + -------- + P,
R,= p2 = ---------- = pn = F'o
Q=nP=nFa
Considerando-se a carga subindo, tem-se, levando-se em conta as perdas, as
seguintes relações:
F=.fi=Pzlr;p /'
/
/
Pz=li- 17p
~=P2 -17p=F.rf; (,
L)=-
P, = pn-1 - 17p =F- r;;-1
j
a carga total Q será a soma destas parcelas, ou seja:
Q = F(l + 17p +ri;+-------- r/';1)
F=P
.1
75
Substituindo-se vem
(3.23)
1- TI
F= Q ·tp
1-~
1 1-rf'.
TJ=-.--p (3.24
n 1-TJP )
p F'
pn = ---.!!::l = - -
,..n-1
T/p lfp
Q=F'(l+-1
1Jp
+~+ ... ~~)
T/p T/p
ou ainda
76
F' 1- 77':
0=-----p
- 1]n-l 1- fJp
(3.25)
O termo
portanto,
77
TABELA3.3
1Jp = 0,96
Mancais
de
rolamen-
tos
1Jp =0,98
7Jp- r/',+
regamen-
1 pI to
ry=-.
n 1- 7Jp
0,94 0,92 0,90 0,89 0,87 0,85 0,84
//////////////////
1lt' -8±8-
-+-·
!'Y ~
'-·- 1Jp =0,96
Mancais
de
rolamen-
J ~ ~ tos
F
-t-t-t-·
Y_ y 0,97 0,96 0,95 0,94 0,93 0,92 0,91
Jo
1Jp =0,98
78
TABELA3.4
-
~
/l±lf- T/p =0,96
'=t/
Mancais
de
rolamen-
tos
T/p = 0,98
1JB
~~ -?r- T/p =0,96
Mancais
I de
I
rolamen-
tos
F v-D
-H-t-
~
0,49 0,32 '0,24 0,19 0,16 0,13 0,12
y, y; I
J Q
T/p =0,98
79
1- n
F= O-
'lp
,..,n+l
(3.26)
1lp- 'lp
O rendimento da talha é
1 (3.27)
1lt =-
n
Os valores de 'llt encontram-se na tabela 3.3, em função do número de cabos de
sustentação, isto é, trechos de cabos que saem da parte móvel da talha.
Analogamente para a descida da carga tem-se:
F"= F. 1lp :.
(3.28)
Os valores de
1];- rt;l
1-ry;
encontram-se também na tabela 3. 4. As tabelas 3. 5 e 3. 6 apresentam as dimensões
principais dos ganchos em função da carga Q, as tabelas 3. 7, 3. 8, 3. 9 as dimensões
principais e pesos de conjunto de polias, inclusive o gancho.
b) Talha exponencial
Esta apresenta a redução da carga· em função do número de polias bem maior que
no caso anterior, porém ocupa muito espaço, sendo por essa razão menos empregada
(Fig. 3.18).
Teoricamente tem-se:
~=Fo
P2 =2~=Fa.2
~ = 2 p2 = Fa . 22
~ = 2 P, = Fa . 23
e de um modo geral
º = 2 p4 = Fa . 24
80
onde n é aqui o número de polias móveis.
Na subida da carga tem-se
/////L'.//
p'
4
81
VISTA DE A
82
P3-~
-
1+ 17p
p = Q
4 1+ 17p
e de um modo geral
(3.29)
O rendimento será
R
7]=-0
F
ou
(3.30)
83
e de um modo geral:
(3.31)
1- r1
R=O--''_P
-1 - TJp4
1- r1
F=R--'I_p
l-i
(3.32)
84
-l
E I
oi
I
corte C-D
a
corte A-8
secção paro um
gancho !_orjodo
a mao
seccoo poro um
gancho forjado ..Q
com matr·IZ
85
TABELA 3.5- GANCHOS SIMPLES
(1) Máxima carga de funcionamento admissível: carga de prova admissível segundo a DIN 120 VI: 23
(2) As medidas de comprimento f1 e f2 são teóricas para os dados de peso. Os comprimentos de haste se adaptam às polias móveis.
(3) Os pesos dos ganchos foram calculados para a execução segundo a Figura 1, com 7,85 kg/dm3, porém sem compromisso. A
execução segundo a Figura 2 dá uma economia de peso "" 8%.
(4) Para os aparelhos de elevação elétricos, pequenos, para 1250 kg de carga útil, emprega-se a mesma peça em bruto. Dados sobre
cálculo, etc., assim como sobre prova e manipulação dos ganchos durante o emprego, veja-se a DIN 688 h 1· Dados sobre a rosca
e usinagem da haste veja-se a DIN 688 h2.
r-+-·1
III
r-h
I I .
lI
I I i I
d3 I
I
-,N!
K
.d
I
L_
o
Corte c-o
87
TABELA3.6
DIMENSÕES DOS GANCHOS DUPLOS, EM BRUTO DE FORJA, SEGUNDO A DIN 699
Abertura Haste Gancho Peso kg
Diâ Bo Diâ compri!o Corte C- D Raios
Carga me ca me {**)
útil tro tro forma forma
(*) kg A B h b1 b2 q r2 I k n o p t A B
a w d, f] f?
5000 80 65 60 330 470 79 50 18 15 6 310 140 65 120 100 lO 16
8000 90 70 80 400 560 89 60 20 15 lO 360 170 70 135 110 12,5 25 19
10000 100 80 85 450 620 98,5 70 22 15 lO 395 185 80 150 125 15 36
12500 105 85 85 490 660 111 75 24 20 420 190 30
10 85 165 135 15 48
16000 115 95 95 520 700 125 80 26 20 10 450 210 90 185 152 15 60
20000 130 105 112 580 800 140 90 30 20 15 512 242 100 208 42
170 20 88
32000 160 130 132 670 930 176 110 40 30 20 627 292 120 260 210 25 145
00 50000 200 160 160 810 1070 215 140 50 40 25 780 360 150 320 56
00 258 30 263
80000 240 195 190 1000 1270 255 175 60 40 30 935 430 180 380 308 35 477
70
100000 260 210 220 1100 1400 275 195 65 50 30 1025 480 195 410 333 40 639 104
125000 280 225 240 1200 1500 295 220 70 50 30 1110 520 210 440 355 40 845
160000 300 240 260 1320 1670 315 245 75 60 40 1200 560 225 170
470 382 50 1106
299
200000 320 255 280 1500 1850 335 275 80 70 50 1290 600 240 500 409 60 1428 536
250000 340 270 320 1620 2000 359 305 85 70 50 1390 660 255 535 440 70 1846
718
948
1241
1598
2085
(*) Carga máxima de serviço distribvida nos dois ganchos
(**) Comprimentos dados a título tndicativo e correspondentes aos pesos dados na última
coluna. Adapta-se o comprimento segundo a forma da parte inferior da talha.
Para usinagem da haste e da rosca, ver DIN 688.
Para o cálculo, solicitação, material, verificações e tratamentos periódicos, ver DIN 688.
Material: C 22 (DIN), correspondente ao ABNT 1020, aço para beneficiamento. Os
ganchos expostos ao calor serão feitos em aço resitente ao envelhecimento de 42-50
kg/mm 2 de resistência.
TABELA3.7
c .r. c ..
1
I
89
TABELA3.8
90
o,
a)
L
c)
91
TABELA 3.9
capacidade para cabo Polia Dimensões gerais Barras Chapas laterais Gancho
de aço de diâmetros (mm) Laterais (nun) (nun) L Peso
(nun)
(toneladas) int ext
(mm)
e (mm) (kg)
DI D2 i Bt d2 Ic AI SI A2 s2 11 12 a X XI
Figura 3.22
93
c) Talha diferencial de tambor
(3.33)
(3.34)
onde 8' e 8" são os termos responsáveis pelas rijezas de enrolamento e desenrolamento
ou aproximadamente
(3.35)
Logo
94
Substituindo-se em (3.35) resulta
(3.36)
(3.37)
95