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O artigo em questão busca, por meio de análise bibliográfica e

documental, identificar e categorizar os cursos de extensão universitária


relacionados ao curso de Ciências Econômicas no Brasil.

Para isso, os autores analisaram o Plano Nacional de Extensão,


Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Ciências
Econômicas, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e leis e
normas que regem essas atividades, utilizando-se de pesquisas realizadas nos
sites/plataformas: Google, Scielo, Ministério da Educação e Sites de cursos de
Ciências Econômicas pelo país.

FORMAÇÃO

O texto aborda a formação dos economistas a partir de elementos


constantes na Diretriz Nacional do Curso de Ciências Econômicas, a
correlação entre as extensões e o mercado de trabalho dos economistas e por
fim os tipos de modalidades de extensão disponíveis aos alunos desta área de
estudo.

Os autores apresentam a resolução nº 4 de 2007 visando exemplificar o


perfil de um profissional das ciências econômicas:

O Bacharel em Ciências Econômicas deve apresentar um perfil


centrado em sólida formação geral e com domínio técnico dos
estudos relacionados com a formação teóricoquantitativa e teórico-
prática, peculiares ao curso, além da visão histórica do pensamento
econômico aplicado à realidade brasileira e ao contexto mundial,
exigidos os seguintes pressupostos:
I - uma base cultural ampla, que possibilite o entendimento das
questões econômicas no seu contexto histórico-social;
II - capacidade de tomada de decisões e de resolução de problemas
numa realidade diversificada e em constante transformação;
III - capacidade analítica, visão crítica e competência para adquirir
novos conhecimentos; e
IV - domínio das habilidades relativas à efetiva comunicação e
expressão oral e escrita.
(RESOLUÇÃO N° 4, DE 13 DE JULHO DE 2007, p.2)

Eles salientam algumas capacidades necessárias aos profissionais


graduados em Ciências Econômicas, sendo elas:
1. Desenvolver raciocínios logicamente consistentes;
2. Ler e compreender textos econômicos;
3. Elaborar pareceres, relatórios, trabalhos e textos na área econômica;
4. Utilizar adequadamente conceitos teóricos fundamentais da ciência
econômica;
5. Utilizar o instrumental econômico para analisar situações históricas
concretas;
6. Utilizar formulações matemáticas e estatísticas na análise dos
fenômenos;
7. Diferenciar correntes teóricas a partir de distintas políticas econômicas.

É salientado ainda a importância do projeto pedagógico e das


experiências proporcionadas aos alunos dos projetos de extensão, criando uma
complementaridade à graduação nas Ciências Econômicas.

MERCADO DE TRABALHO

Os autores tratam sobre a vasta gama de opções em que um


profissional das ciências econômicas, podendo atuar de diversas formas, tanto
no setor público quanto no privado.
O texto traz alguns exemplos para a atuação do economista, bem como
as funções que ele deve desempenhar:
Um economista pode ser responsável por analisar, administrar e
antecipar tendências de mercado, gerir investimentos, planejar e antever o
comportamento de pessoas, instituições e fenômenos econômicos; Ele pode
atuar em instituições como: Setor público, ministérios, secretarias, órgãos da
administração municipal e empresas estatais; no setor privado, empesas
nacionais e multinacionais; no terceiro setor, associações, grupos, ONG's e
cooperativas; também em entidades de classes como fundações, sindicatos,
associações patronais e de trabalhadores; além de organismos internacionais
como consultoria, auditoria, assessoria de projetos e perícia econômica; sendo
que por fim em Pesquisa e magistério e meios de comunicação.
EXTENSÕES E SUAS MODALIDADES

O Plano Nacional de Extensão Universitária (2001) caracteriza a


extensão como a oxigenação necessária à vida acadêmica, tratando-a como
um processo de produção de conhecimentos via extensão, que se faria na
troca de saberes sistematizados, acadêmico e popular, tendo como
consequência a democratização do conhecimento e uma produção resultante
do confronto com a realidade.
Os autores reafirmam o importante papel da extensão universitária na
tarefa de aproximar a comunidade acadêmica da sociedade e destacam sua
importância na formação do economista, principalmente no auxílio do
entendimento da aplicação de suas diversas teorias na vivência prática em
sociedade.
O estudo divide as modalidades de extensão em 6 grandes grupos:
1. Cursos: ação pedagógica, de caráter teórico e/ou prático, presencial ou
à distância de modo sistemático, entendida como atividades de ensino
extracurriculares, com carga horária mínima de 04 (quatro) horas, com a
função de capacitação, atualização, aperfeiçoamento ou treinamento,
tanto de discentes como de pessoas da comunidade.
2. Eventos: ações que implicam na apresentação e/ou exibição pública do
conhecimento ou produto cultural, artístico, esportivo, científico e
tecnológico desenvolvido, conservado ou reconhecido pela Instituição.
Tem como fator central promover um intercâmbio e uma transmissão de
novos conceitos, ideias e conhecimentos de interesse e relevância
sociais.
3. Prestação de Serviços: realização da prestação de serviços envolve
trabalhos à comunidade, empresas, órgão públicos etc., através de
assessorias, consultorias e cooperação interinstitucional.
a. Assessoria: busca coletar dados diante de um problema
enfrentado pela sociedade ou uma organização em particular e
auxiliar a partir de um tratamento especializado e realizado por
um técnico pertinente. A assessoria é uma ação mais restrita e
pontual que a consultoria.
b. Consultoria: tem como finalidade dar um conselho técnico-
científico ou mesmo um diagnóstico a um dado problema da
sociedade e posteriormente indicar e efetuar um tratamento
especializado por área do conhecimento. É uma ação mais ampla
e relacional que a assessoria.
c. Cooperação Interinstitucional: Ação que visa um intercâmbio
entre instituições, troca de experiências, desenvolvimento
conjunto de um projeto.
4. Ações Comunitárias: caracteriza-se por projetos de sensibilização e de
organização da população, de forma a favorecer o melhor
desenvolvimento social e das condições do ambiente de vida.
5. Ações Voluntárias: elas têm como objetivo difundir a importância da
qualidade de uma vida em coletividade e estimular a participação social
da comunidade universitária em experiências de solidariedade social.
6. Publicações e outros Produtos Acadêmicos: tem como propósito
estimular a produção e publicação de produtos acadêmicos, permitindo-
se, assim, uma maior divulgação cultural, científica ou tecnológica.

O artigo cita os cursos de extensão que se enquadram nas áreas supracitadas,


disponíveis em diferentes instituições de ensino analisadas pelo programa.

CONCLUSÃO

A observação dos autores é que a maioria dos cursos de economia


utilizam as modalidades extensionistas de eventos e cursos, o que denota uma
falta de incorporação de outras práticas extensionistas no processo de
formação dos estudantes. Para que a extensão cumpra seu papel dentro do
curso de graduação do economista existem desafios a serem encarados, como
institucionalização, falta de recursos, reconhecimento e inserção da extensão
como item a ser avaliado no processo de avaliação do curso.
Contudo, os autores salientam a importância da extensão na preparação
dos economistas para sua capacitação técnica, cultural e cidadã facilitando sua
atuação junto a sociedade.
REFERÊNCIAS

JUNIOR, G. D; OLIVEIRA, M. N; GUIMARÃES, J. S; EXTENSÃO


UNIVERSITÁRIA EM CIÊNCIAS ECONÔMICA. XVII Semana de Economia e III
Encontro de Egressos de Economia da UESB. Disponível em <
http://www2.uesb.br/eventos/semana_economia/2018/downloads/anais/GT10_
extensao_universitaria...pdf >. Acesso em 29 de Novembro de 2022.

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