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As Ciências Naturais têm por matéria-prima todo o conjunto de fatos que se repetem
e têm uma constante e podem ser reproduzidos dentro de condições de controle
razoáveis, num laboratório. Logo, sua testagem pode ser realizada de forma repetida
até que todas as condições e exigências dos observadores estejam preenchidas
satisfatoriamente.
Por sua vez, a ciência social estuda o indivíduo e sua vida social. Neste ponto,
diferente das ciências naturais onde consegue-se isolar os fatores corretos para que
sejam realizados certos experimentos, o estudo social é permeável, pois existem
diversos fatores que podem interferir na pesquisa, como cultura, religião, política,
aspectos históricos e geográficos, econômicos e etc, tornando essa pesquisa
relativa, pois envolve o comportamento social de grupos sob diversas perspectivas,
sobre tudo, a perspectiva do cientista que desenvolve esta pesquisa.
Segundo Gil (2008) discorre sobre quatro problemas principais no manejo das
ciências sociais seguindo a mesma ótica das ciências naturais:
Objetividade: Tenta tratar os fatos sociais como coisas;
Quantificação: Os resultados de uma pesquisa passam diretamente pela ótica
de seu pesquisador, portanto, pode-se afirmar que seu viés tende a interferir,
mesmo que minimamente, na análise das variáveis e consequentemente nos
resultados da pesquisa;
Experimentação: Tem seus resultados científicos questionados pela falta de
autonomia do pesquisador de modificar variáveis e testar os resultados;
Generalização: Leville e Dionne (1999) afirmam que a “verdade” nas ciências
sociais é relativo e provisório. Gil (2008) consoante aos autores, ressalta que
o máximo que um pesquisador pode almejar é a criação de teorias sem tanta
generalidade, visto que diferentes grupos de indivíduos são influenciados por
diferentes fatores sociais.
Referências:
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2008.