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18 TECNOLOGIA
Em contraponto às situações mencionadas, diversas
empresas, tem implantado equipamentos de geração
de gás quente automatizados, baseados na queima de
cavaco de madeira e resíduos agrícolas que tem obtido
redução de custos de secagem de até 50%, além do au-
mento de produtividade e qualidade por razões e bene-
fícios expostos a seguir:
Melhoria do processo de queima: A utilização de ma-
terial particulado (cavaco) traz a vantagem imediata de
permitir a melhor homogeneidade de mistura entre o
ar e o combustível, resultando numa queima mais efi-
ciente. É importante ressaltar que esta melhoria é válida
exclusivamente para sistemas de grelha móvel. Em caso
de utilização de grelha fixa o resultado pode ser prejudi-
cial com problemas de “queima fria” com temperaturas
de queima mais baixas e oscilantes, produzindo cinzas e
fumaça excessiva, além de odores e contaminantes in-
desejáveis.
Utilização de resíduos agrícolas como combustível:
produto disponível em todas as unidades de secagem
tais como sabugo de milho, vagem de soja, palhas e ou-
tros possuem poder calorífico excelente e podem ser
misturados ao cavaco de madeira em proporções ex-
perimentadas de até 40% reduzindo assim o custo de
aquisição de combustível e diminuindo o problema de
movimentação dos resíduos após safra que também
tem custos intrínsecos (frete, carregamento, etc).
Estabilidade do processo: uma vez que o sistema é
controlado por sensores de temperatura e um painel de
operadores, mas esta função se encontra bastante pre-
judicada pela escassez de mão de obra disposta a um
trabalho duro e perigoso, leis trabalhistas rígidas, gran-
de volume de acidentes e rotatividade de colaboradores.
Estabilidade: o controle de alimentação de lenha ge-
ralmente é manual, baseado no tempo de resposta do
operador e sua percepção da quantidade a ser jogada na
fornalha. Durante a operação a temperatura do secador
pode oscilar com grande amplitude, sendo necessário
sobrealimentar ou abafar o fogo, levando a um consumo
excessivo de toras de madeira. Estas variações de tem-
peratura também dificultam atingir um objetivo de teor
de umidade com grande precisão. Importante lembrar
o fato de que cada vez que o grão for mais seco além da
umidade média comercial, o produtor estará perdendo
massa de grão, resultando em perdas financeiras.