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OPERAÇÃO

DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
[CALDEIRAS]
MÁQUINAS A VAPOR - LINHA
DO TEMPO
OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES

Olá, já falamos sobre o


vapor em nossa disciplina,
agora falaremos do
equipamento responsável
pela sua produção. Veja
SÉC. II a.C. SÉC. XVIII 1835 PÓS-GUERRA ATUALMENTE
essa linha do tempo com
HERON R. INDUSTRIAL 6 MIL 1ª GUERRA TECNOLOGIA a evolução das máquinas
Denis Papin
Aparelho que Teares operantes Emprego Com toda
James Watt
vaporizava água. a vapor. acentuado do tecnologia ainda
Wilcox.
vapor. ocorrem
acidentes.
CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
Combustão: DE UTILIDADES
Para produzir vapor é necessária a geração de calor. Para tal, uma das
maneiras mais usuais é utilizar-se os processos de combustão.

A combustão é o resultado de fenômenos físicos e químicos. Para que ela


aconteça, é preciso que se disponha de um combustível e do comburente
adequadamente misturados.

Combustível:
Dependendo de sua disponibilidade e da viabilidade econômica de seu uso, os
combustíveis utilizados na geração de vapor podem ser sólidos, líquidos ou
gasosos.
CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
Combustível SÓLIDO: DE UTILIDADES
Os combustíveis sólidos foram os primeiros utilizados pelo homem.
Lenha, carvão mineral, bagaço de cana e outros resíduos vegetais
diversos são exemplos desse tipo de combustível. Para que sua utilização
seja eficiente em nível industrial, são necessários altos investimentos em
equipamentos específicos.
CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
Combustível LÍQUIDO: DE UTILIDADES
Os combustíveis líquidos são, em sua maioria, os de origem fóssil, ou seja, o
óleo diesel e os óleos combustíveis.

Os combustíveis líquidos de fontes renováveis, como o álcool, são usados na


geração de vapor apenas em aplicações específicas como combustível
alternativo em usinas de produção de álcool.

Para a combustão, a propriedade mais importante do combustível líquido, é a


viscosidade, que é controlada pela temperatura: quanto mais viscoso for o
combustível, maior deverá ser sua temperatura para atingir a viscosidade ideal
para circulação e para a queima.
CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
Combustível GASOSO: DE UTILIDADES
Entre os combustíveis gasosos, pode-se citar o gás liquefeito de petróleo (GLP),
que é o produto da destilação de petróleo, e o gás natural, originário dos poços
de exploração de petróleo. Se estiverem disponíveis, os gases gerados nos
processos industriais, como o gás do alto forno ou gás de hulha, também
poderão ser usados.
COMBUSTÃO OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
Oxigênio: DE UTILIDADES
Por razões econômicas, na combustão usa-se o oxigênio presente no
ar, uma vez que ele contém 21% dessa substância em sua composição.
O restante é composto basicamente por nitrogênio que não participa
das reações de combustão, mas que representa um volume extra de
gás a ser aquecido. Isso diminui o aproveitamento energético da
caldeira e esfria a chama.

Para melhorar a combustão, em alguns tipos de queimadores é feita a


adição de oxigênio do ar, e até mesmo oxigênio puro no processo em
alguns casos específicos.
COMBUSTÃO OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
Completa: DE UTILIDADES
Na combustão completa, a máxima geração de energia é obtida e os gases
resultantes desse processo são menos nocivos ao ambiente. Assim, dependendo das
características do combustível, a geração de material em partículas é mínima, ou
nula. Não se pode eliminar a emissão de dióxido de enxofre (SO2).

Incompleta
Na combustão incompleta existe a presença de monóxido de carbono (CO) e
fuligem. Esses poluentes, além de nocivos à saúde, diminuem o rendimento da
combustão, com consequente diminuição da geração de energia.
COMBUSTÃO OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Poder calorífico:
O poder calorífico de um combustível pode ser definido como superior ou
inferior em função da quantidade de água que se origina a partir de sua
combustão.
COMBUSTÃO OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Parâmetros de avaliação da combustão:
Para esse tipo de avaliação, os parâmetros podem ser
estabelecidos por meio de medição, que é mais seguro e mais
correto, ou onde não existir, por métodos práticos, por meio
da observação da chaminé e da coloração da chama. Uma fumaça esbranquiçada
pode significar excesso de
oxigênio, enquanto que uma
fumaça escura pode
significar falta de oxigênio na
fornalha.
COMBUSTÃO OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Parâmetros de avaliação da combustão:
A situação ideal, independente do combustível utilizado (sólido ou líquido), é
operar de modo que se obtenha uma coloração acinzentada nos gases da
chaminé.

Pela medição, pode-se obter o teor de:


• Oxigênio (O2);
• Dióxido de carbono (CO2);
• Monóxido de carbono (CO);
• Fuligem/elementos particulados da fumaça.

Parâmetros de avaliação da combustão (ORSAT E FYRITE).


CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
Geradores de vapor: DE UTILIDADES

Caldeiras de Vapor: são os geradores de vapor mais simples, queimam algum tipo
de combustível como fonte geradora de calor;

Caldeiras de Recuperação: são aqueles geradores que não utilizam combustíveis


como fonte geradora de calor, aproveitando o calor residual de processos
industriais (gás de escape de motores, gás de alto forno, de turbinas, etc.);

Caldeiras de Água Quente: são aqueles em que o fluido não vaporiza, sendo o
mesmo aproveitado em fase líquida (calefação, processos químicos);

Geradores Reatores Nucleares: são aqueles que produzem vapor utilizando como
fonte de calor a energia liberada por combustíveis nucleares (urânio enriquecido).
CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Dentro das Caldeiras de Vapor temos as seguintes classificações:

1) Quanto à posição dos gases quentes e da água:


- Aquatubulares (Aquotubulares);
- Flamotubulares (Fogotubulares, Pirotubulares). (15 ton/h de produção e 18 bar de
pressão)

2) Quanto à posição dos tubos:


- Verticais;
- Horizontais;
- Inclinados.
CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Dentro das Caldeiras de Vapor temos as seguintes classificações:

3) Quanto à forma dos tubos:


- Retos
- Curvos

4) Quanto à natureza da aplicação:


- Fixas
- Portáteis
- Locomóveis (geração de força e energia)
- Marítimas
CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Dentro das Caldeiras de Vapor temos as seguintes classificações:

5) Categorias:
- A (pressão de operação superior a 1960 kPa (19,6 bar = 19,98 Kgf/cm2));
- B (pressão de operação é igual ou inferior a 588 kPa (5,88 bar = 5,99 Kgf/cm2) e volume
interno é igual ou inferior a 100 litros);
- C (Não se enquadram nas categorias anteriores.
CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
A escolha de um tipo se faz principalmente em função de:

Tipo de serviço;
Tipo de combustível disponível;
Equipamento de combustão;
Capacidade de produção;
Pressão e temperatura do vapor;
Outros fatores de caráter econômico.
CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES

Aqui está a ilustração da vista interna de uma caldeira aquatubular vertical.


O processo demonstra alguns compartimentos do equipamento. Vale
destacar o cuidado em operar o processo elevando a chama aos poucos
(fornecendo calor gradualmente) para não “agredir” as partes que ainda
estão com temperaturas mais baixas. Podemos destacar ainda, o
superaquecedor (onde ocorrem as temperaturas mais elevadas da caldeira),
este é uma sequência de tubos que possibilitam que os gases gerados na
fornalha troquem calor com o vapor que já está na parte interna desses
tubos, aumento da eficiência na geração de vapor...

Aquotubular; Fixa e Vertical.


CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES

...repare que as setas vermelhas indicam o fluxo dos gases (parte externa
dos tubos) que trocam calor com a água (parte interna). Podemos destacar
também o sistema composto por economizador e pré aquecedor. O primeiro
é responsável por captar os gases de saída de parte do processo de
produção de vapor, esses gases são aproveitados no pré aquecedor onde a
água de alimentação da caldeira é pré aquecida...então você terá economia
no processo de queima e evitará choques térmicos ao trabalhar com deltas
de temperatura (T do processo – T da água de alimentação) mais baixos.
Para melhor compreensão do equipamento recomendo assistir a aula
disponível em: https://drive.google.com/file/d/1AETgRTRz3zF4QVt_DqjQ-
CQDYBnCZGSR/view?usp=sharinge e o vídeo disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=98u-bhwkUyA.

Aquotubular; Fixa e Vertical.


CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES

Nas próximas páginas veremos duas classificações de caldeiras e


em seguida o procedimento operacional para caldeiras com
combustíveis sólidos, os demais tipos estarão no material anexo.
Para melhor entendimento dos compartimentos, recomendo
assistir as aula através dos links:
https://drive.google.com/file/d/1T6daEKo2Fn0WZhL2qlLtWRuPcX
csfgvw/view?usp=sharing e
https://drive.google.com/file/d/1AETgRTRz3zF4QVt_DqjQ-
CQDYBnCZGSR/view?usp=sharinge e
https://drive.google.com/file/d/1mjo8u3ESBO8X-
Quc_53YyM_Fxv-4djox/view?usp=sharing
CALDEIRA
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OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
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Flamotubular; Fixa e Vertical.
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Flamotubular; Fixa e Horizontal.
ANTES DE PARTIR A
CALDEIRA
OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Pré-partida das caldeiras de combustíveis sólidos

• Verificação do nível de água no tanque de abastecimento;


• Verificação e realização do alinhamento da alimentação de água;
• Verificação geral das válvulas e instrumentos da caldeira;
• Verificação das condições operacionais da bomba de água de alimentação;
• Drenagem dos indicadores e controladores de nível (garrafa e visor) e teste do
sistema de segurança (alarme e “trip”);
• Abertura dos drenos e dampers (ou persianas) do superaquecedor, onde for aplicável;
• Ajuste do nível de água da caldeira na posição operacional;
ANTES DE PARTIR A
CALDEIRA
OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Pré-partida das caldeiras de combustíveis sólidos

• Verificação das condições operacionais dos ventiladores e sistema de


tiragem da caldeira;
• Verificação das condições de alimentação elétrica dos painéis de comando e
sinalização;
• Verificação da quantidade disponível de combustível e manutenção desse
material próximo à caldeira;
• Verificação do funcionamento do mecanismo de alimentação de
combustível;
• Verificação do funcionamento do mecanismo de acionamento das grelhas
(rotativas ou basculantes);
PARTIDA DA CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Partida das caldeiras de combustíveis sólidos

• Colocação de combustível seco, fino e um pouco de combustível líquido para


facilitar a combustão inicial;
• Acendimento do fogo com tocha ou outro sistema disponível;
• Alimentação da fornalha de maneira a garantir aquecimento gradual dos
refratários e grelhas da caldeira;
PARTIDA DA CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Partida das caldeiras de combustíveis sólidos

• Fechamento do respiro do tubulão superior após garantir eliminação total


do ar, nas caldeiras que não possuem superaquecedor;
• Abertura lenta da válvula de saída de vapor para evitar golpe de aríete,
quando a pressão de trabalho da caldeira é atingida e há liberação do vapor
para consumo;
• Fechamento do respiro (damper) do superaquecedor nas caldeiras que
possuem superaquecedor.
OPERAÇÃO DA CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Operação normal das caldeiras de combustíveis sólidos

• Observação atenta do nível de água da caldeira, fazendo os ajustes


necessários;
• Observação das temperaturas do economizador e pré-aquecedor de ar,
quando aplicável;
• Observação das indicações dos dispositivos de controle de temperatura e
pressão, fazendo os ajustes necessários;
• Realização de todos os testes de rotina da caldeira;
• Verificação dos tanques de suprimento de água a fim de confirmar se estão
sendo suficientemente abastecidos;
OPERAÇÃO DA CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Operação normal das caldeiras de combustíveis sólidos

• Verificação da reposição de combustível;


• Vistoria nos equipamentos a fim de detectar qualquer anormalidade (ruído,
vibrações, superaquecimento);
• Verificação da temperatura dos gases da chaminé a fim de detectar se está
dentro dos parâmetros normais;
• Observação da combustão através dos visores e da chaminé fazendo os
ajustes necessários;
• Regulagem nos “dampers” quando necessário;
• Sopragem periódica de fuligem conforme rotina de cada equipamento, onde
seja aplicável;
OPERAÇÃO DA CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Operação normal das caldeiras de combustíveis sólidos

• Realização de descargas de fundo conforme recomendações do laboratório de


análise de água;
• Fazer as anotações exigidas pelos superiores;
• Manutenção da ordem e da limpeza da casa de caldeiras;
• Notificação a outro operador habilitado ou a um superior para que se efetue
sua substituição em caso de necessidade de se afastar da casa de caldeiras;
• Se a caldeira apagar subitamente durante a operação normal, a retomada do
processo de acendimento somente deverá ocorrer após garantia de completa
purga e exaustão dos gases remanescentes.
PARADA DA CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Parada das caldeiras de combustíveis sólidos

• Sopragem de fuligem (ramonagem) em caldeiras aquatubulares dotadas


destes dispositivos;
• Interrupção da alimentação de combustível e execução dos cuidados
necessários com relação aos alimentadores (pneumáticos, rotativos, etc.);
• Manutenção do nível de água ajustando-o, conforme a vaporização que irá
ocorrer e a quantidade de combustível disponível na fornalha;
PARADA DA CALDEIRA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Parada das caldeiras de combustíveis sólidos

• Desligamento dos ventiladores e exaustores se o combustível remanescente


na fornalha não é suficiente para geração de vapor;
• Abafamento da caldeira por meio do fechamento dos dampers e portas de
alimentação da fornalha, garantindo vedação contra entradas de ar frio;
• Fechamento da válvula de saída de vapor;
• Abertura do respiro da caldeira, ou do superaquecedor, onde existir um;
• Basculamento das grelhas para possibilitar limpeza da fornalha.
• Após a parada, devem ser tomadas as providências necessárias quanto ao
registro dos motivos da parada no livro da caldeira e as próximas ações a
serem providenciadas.
CONTROLES MAIS
IMPORTANTES
OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Os controles de temperatura mais importantes em uma caldeira são:

• Controle de temperatura do ar;


• Controle de temperatura dos gases de combustão;
• Controle de temperatura do óleo combustível;
• Controle de temperatura do vapor em caldeiras com superaquecedor;
• Controle de temperatura de água de alimentação.
CONTROLES MAIS
IMPORTANTES
OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Os controles de pressão mais importantes em uma caldeira são:

• Controle da pressão da água de alimentação;


• Controle da pressão do ar;
• Controle da pressão da fornalha;
• Controle da pressão do combustível;
• Controle da pressão do vapor.
HORA DE EXERCITAR! OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
ATIVIDADE PONTUADA DE UTILIDADES

ATIVIDADE: Após leitura do material, assistir as aulas gravadas e verificar


fontes complementares, descreva as funções das partes nomeadas na
imagem da caldeira da página seguinte e resuma o funcionamento do
processo.
HORA DE EXERCITAR! OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
ATIVIDADE PONTUADA DE UTILIDADES
PROTEÇÃO DE CALDEIRAS OPERAÇÃO
TEMPORARIAMENTE DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
OCIOSAS
Num gerador parado, os sólidos em suspensão decantam e se depositam nas
superfícies metálicas. Com o decorrer do tempo, tais depósitos se endurecem e
quando o gerador volta a funcionar, estes depósitos se cozinham devido ao
aquecimento, formando crostas duras e aderentes nas superfícies metálicas.

A proteção é necessária para aumentar a vida útil do equipamento, bem como,


sua eficiência.
PROTEÇÃO DE CALDEIRAS OPERAÇÃO
TEMPORARIAMENTE DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
OCIOSAS
Um ataque corrosivo em períodos de ociosidade acarreta perda de metal, além
de liberar produtos de corrosão da seção pré caldeira durante as paradas para a
manutenção, o que, nas fases subsequentes de operação, gera depósitos,
superaquecimento e ataques corrosivos localizados nos tubos do gerador de
vapor.

Para se obter a manutenção preventiva mais eficiente, deve-se proceder aos


controles de corrosão durante as etapas de parada, partida e quando da operação
do sistema.
PROTEÇÃO DE CALDEIRAS OPERAÇÃO
TEMPORARIAMENTE DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
OCIOSAS
Desativação Temporária das Caldeiras

É indispensável eliminar a maior quantidade possível de lama de uma caldeira


que vai ser inativada por algum tempo. Deve-se durante a operação de
inativação proceder as descargas de fundo frequentes por alguns dias, seguidas
por dosagens crescentes de condicionadores de lama, para evitar a deposição de
sólidos em suspensão.

Após a drenagem da caldeira, deve-se lavar a mesma abundantemente com água


e alta pressão.
PROTEÇÃO DE CALDEIRAS OPERAÇÃO
TEMPORARIAMENTE DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
OCIOSAS
Técnicas de Proteção

O oxigênio, a água e o pH são os fatores que mais afetam a corrosão em


geradores de vapor ociosos.

Inúmeros métodos podem ser empregados na proteção dos sistemas,


dependendo de:

- tempo de parada;
- grau de disponibilidade do equipamento
PROTEÇÃO DE CALDEIRAS OPERAÇÃO
TEMPORARIAMENTE DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
OCIOSAS
Inativação a seco da Caldeira
Objetiva-se eliminar a água e reduzir a umidade relativa do ar a um valor conveniente.

Inativação por nitrogênio: Utiliza-se o nitrogênio (gás inerte) para deslocar o ar do gerador de vapor,
controlando desta forma a corrosão.

Inativação a úmido
Enche-se a caldeira com água aquecida (água de alimentação
desaerada ou condensado), emprega-se inibidores de corrosão, ou seja, sequestrantes de oxigênio (sulfito ou
hidrazina), mantendo um teor residual do mesmo, que deve ser controlado periodicamente para constatar
eventuais infiltrações de oxigênio e proceder às correções necessárias.

Concomitantemente, o pH da água deve ser mantido na faixa alcalina, com o uso de soda cáustica, por
exemplo, num teor suficiente para controlar o pH em torno de 10 - 11,5.
PROTEÇÃO DE CALDEIRAS OPERAÇÃO
TEMPORARIAMENTE DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
OCIOSAS
Via de regra, a inativação a úmido é empregada em sistemas cuja parada não exceda um
mês e que requeiram disponibilidade imediata de operação.

Em contrapartida, a inativação a seco é mais empregada em sistemas cujas paradas não


excedam a um mês e não necessitem de operação imediata.
ATOMIZAÇÃO E OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
QUEIMADORES DE UTILIDADES

Para que a combustão ocorra, é necessário que exista o maior contato possível do
combustível com o oxigênio do ar de combustão. Para isso acontecer quando se usa um
combustível líquido, é preciso aumentar sua superfície específica. Isso é feito na fase de
atomização, ou seja, quando o combustível é transformado em gotículas.
ATOMIZAÇÃO E OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
QUEIMADORES DE UTILIDADES

Os tipos de atomização podem ser:

• Mecânico, no qual a atomização se dá por óleo sob pressão ou por ação


centrífuga (copo rotativo),
• Por fluido auxiliar, no qual a atomização acontece com o auxílio do
próprio vapor ou com ar comprimido.
ATOMIZAÇÃO E OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
QUEIMADORES DE UTILIDADES

Veja que, no exemplo da figura, existe


uma saída de vapor para atomização do
combustível, ou seja, aumento da
superfície de contato, aumentando a
eficiência da queima.
FALHAS DE OPERAÇÃO: OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
CAUSAS E PROVIDÊNCIAS DE UTILIDADES

Os principais itens que podem apresentar defeitos em operação são:

• Sistema de alimentação de combustível


• Sistema de alimentação de água;
• Controle de nível;
• Controle de combustão;
• Controle de pressão.
OPERAÇÃO
CONTROLE DE NÍVEL DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Nível de Água do Reservatório Alto

No caso do nível da água ficar muito alto, o vapor arrastará consigo água
(líquida), prejudicando a sua qualidade e danificando possíveis equipamentos
ligados a linha de vapor.

Ocorrendo isso, em qualquer tipo de Caldeira, em primeiro lugar e antes de


qualquer outro ato, drena-se os indicadores de nível, para certificar-se da
situação. Caso confirmado o fato, dá-se descargas de fundo para ajustar o nível
da água aos padrões normais de operação da Caldeira.
OPERAÇÃO
CONTROLE DE NÍVEL DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Nível de Água do Reservatório Baixo

É a mais séria e a mais frequente das emergências em Caldeiras. As causas


podem ser falhas na bomba de alimentação, vazamentos no sistema, válvulas
defeituosas, falhas no automático e no alarme de falta de água, etc.
Quando faltar água na Caldeira, a superfície imersa na água fica reduzida. A
ação do calor provocará deformações nos tubos, vazamentos, danos no
refratário e, no pior dos casos, uma explosão.
OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES

FALHAS DE
OPERAÇÃO: A seguir veremos alguns recortes referentes

CAUSAS E
à falhas de operação em caldeiras, causas e
providências.

PROVIDÊNCIAS
OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES

FALHAS DE
OPERAÇÃO:
CAUSAS E
PROVIDÊNCIAS
OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES

FALHAS DE
OPERAÇÃO:
CAUSAS E
PROVIDÊNCIAS
OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES

FALHAS DE
OPERAÇÃO:
CAUSAS E
PROVIDÊNCIAS
OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES

FALHAS DE
OPERAÇÃO:
CAUSAS E
PROVIDÊNCIAS
RISCOS DE EXPLOSÃO OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
Os mais diversos riscos na operação de uma caldeira são: explosões, incêndios, DE UTILIDADES
choques elétricos, intoxicações, quedas e outros. Os riscos de explosão são os mais
importantes.

Superaquecimento como causa de explosões.

Quando o aço com que é construída a caldeira é submetido, em alguma parte, à


temperaturas maiores que aquelas admissíveis, ocorre redução da resistência do aço
e aumenta o risco de explosão. Entretanto, antes da ocorrência da explosão podem
haver danos: empenamentos, envergamentos e abaulamentos.

• Choques térmicos;
• Defeitos de mandrilagem;
• Falhas em juntas de solda;
• Corrosão;
• Outros.
RELEMBRANDO - OPERAÇÃO
TRATAMENTO EXTERNO DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
RELEMBRANDO - OPERAÇÃO
TRATAMENTO EXTERNO DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Hidrazina:

A correta dosagem de hidrazina é muito importante porque um excesso poderá


provocar a decomposição da mesma com a formação de nitrogênio e amônia.
RELEMBRANDO - OPERAÇÃO
TRATAMENTO EXTERNO DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Sulfito:
O produto da reação é o sulfato de sódio, um sólido solúvel, o que
acarreta um aumento no teor de sólidos dissolvidos totais na
caldeira, exigindo portanto um maior número de descargas.
Tanto a hidrazina como o sulfito são
utilizados como removedores de oxigênio
das caldeiras. Em caldeiras de baixa e média
normalmente o sulfito é aplicável. Nas de
alta, recomenda-se hidrazina.
ARRASTE OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Arraste representa uma condição de transporte da água e suas impurezas minerais
pelo vapor destinado à seção pós-caldeira; tal fenômeno ocorre em caldeiras que
operam nas mais diversas pressões. O arraste influi diretamente na pureza do
vapor.

Causas:
As causas do arraste podem ser mecânicas ou químicas.

As mecânicas são devidas a flutuações repentinas e excessivas de cargas e


operação em níveis superiores ao projetado, entre outras.

As químicas são devidas à presença excessiva de sólidos dissolvidos ou. Em


suspensão, sílica ou alcalinidade.
ARRASTE OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
O arraste, na realidade, engloba três fenômenos paralelos e simultâneos:

• A formação de espuma;
• O arraste propriamente dito e
• O arrebatamento da água pelo vapor
ARRASTE OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
DE UTILIDADES
Consequências
As principais consequências do arraste podem ser melhor visualizadas abaixo:

• - danos nas turbinas


• - manutenção cara
• - formação de depósitos nos separadores e válvulas de redução
• - formação de depósitos no aparelho separador de vapor
• - formação de depósitos na seção pós-caldeira
• - produtos danificados
• - perda de produção
OUTROS PROBLEMAS OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
Ataque cáustico ou Corrosão Cáustica DE UTILIDADES

É provocado por um excesso de soda cáustica na água da caldeira, embora altas


concentrações de hidróxido sejam desejáveis para proteção de superfícies de aço.

Finalidades benéficas do uso adequado da Soda Cáustica


• a. manter a concentração de OH- numa faixa adequada a formação de magnetita
(Fe304) protetora nas superfícies de aço.
• b. formar lamas não aderentes ao invés de incrustações, quando na água da
caldeira há presença de sais de dureza.
OUTROS PROBLEMAS OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
Ataque cáustico ou Corrosão Cáustica DE UTILIDADES

• Um excesso de NaOH na superfície de aço provoca as seguintes reações de


corrosão:

Veja que a soda cáustica precisa ser dosada


em quantidade adequada para não provocar
um efeito indesejado. Ela é benéfica desde
que moderada!
OUTROS PROBLEMAS OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
Ataque cáustico ou Corrosão Cáustica DE UTILIDADES

Para se evitar o ataque cáustico basta seguir as recomendações:

• Manter as superfícies metálicas da caldeira limpas;


• Evitar a presença de dureza na água de alimentação;
• Manter as concentrações de cobre e ferro em níveis baixos, para se evitar
depósitos e incrustações por óxidos metálicos.
OUTROS PROBLEMAS OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
Fragilização por Hidrogênio DE UTILIDADES

• Ocorre geralmente em caldeiras de alta pressão devido a penetração de


Hidrogênio, provenientes de reações e corrosão (ataque cáustico devido a
excesso de alcalinidade), nos interstícios do metal dos tubos da caldeira,
provocando fadiga interna no aço, tornando-o frágil pela formação de bolhas de
metano no metal.

• Tal processo pode ser acelerado por tensões residuais provocadas por
deformações do metal.

• Como consequência disto, podem ocorrer rompimentos dos tubos da caldeira,


com explosões violentas e danos imprevisíveis.
OUTROS PROBLEMAS OPERAÇÃO
DE SISTEMAS
Fragilização por Hidrogênio DE UTILIDADES
As reações prováveis que ocorrem são:

Fragilização por Hidrogênio


Entre as medidas preventivas mais eficazes a serem tomadas pode-se
destacar:
Manutenção das superfícies metálicas isentas de depósitos;
Prevenção de alcalinidade excessiva.

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