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CEPSC – CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SÃO CARLOS

CURSO DE QUIROPATIA MÓDULO I – INTRODUÇÃO A QUIROPATIA


CURSO DE QUIROPATIA
HISTÓRICO
Já há tempos remotos o homem utilizava-se das mãos como recurso de cura. Entre
muitas técnicas, a Quiropatia era utilizada de forma empírica, visando obter a cura para diversas
doenças.
Hipócrates, o “pai da medicina”, citando Celsus, declara que, “a parte da medicina que faz
o uso das mãos para curar produz mais efeitos que outros métodos”, sendo este o recurso mais
antigo de tratamento que é utilizado até hoje.
Atualmente as técnicas de manipulações manuais, massagem, quiropatia, quiropraxia,
osteopatia, shiatsu, tuí-ná, reflexoterapia, entre outras, tem sido muito valorizadas e utilizadas.
Porém, não há mais espaço para profissionais que não detenham conhecimento científico nesta
área, o que se fez necessário para a prática das técnicas.
Podemos constatar que a quiropatia está amparada em informações científicas, indicando
suas formas de utilização, bem como suas contra-indicações.
O professor canadense Daniel David Palmer, desenvolveu e aprimorou a moderna
quiropatia. Já nos Estados Unidos, em 1895 publicou “The Science and The Art Chiropratic”,
vindo a ser uma das primeiras obras científicas relacionadas à profissão. Plamer é considerado
reverenciado como o precursor da quiropatia moderna.
Já no Brasil, em 1922 o primeiro a divulgar e praticar oficialmente a quiropatia/quiropraxia
foi o Dr. William F. Fipps, DC, sendo sucedido pelo Dr. Henry Wilson Young em 1958.
Atualmente existem muitos profissionais com excelente capacitação, porém o Dr.
Matheus M. de Souza, DC (Doctor of Chiropratic), é o maior elo existente com a quiropatia
moderna no Brasil.

GRÉCIA Séc. 5 a. C.

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China – 940 d. C. Persa 1465 d.C.

Índia 1830 D. C.

Índia 1830 d.C.

Método moderno

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DEFINIÇÕES

“A ciência é o conhecimento condensado para ser processado e reunido em um sistema.


A arte está relacionada a algo a ser realizado. A ciência ensina-nos a conhecer, e a arte ensina-
nos a fazer.” (DANIEL DAVID PALMER).
Em nosso século muito tem sido dito a respeito da energia que circula em nosso corpo e
também tem sido associado a técnicas de manipulações manuais, massagem, quiropatia,
shiatsu, rei ki e a muitas outras.
Porém, de qual tipo de energia estamos realmente falando? Muitas explicações são
apresentadas. Sempre falta esclarecer com embasamento científico o significado desta palavra
e como ocorre o processo.
A aplicação do conceito de energia no organismo vivo se faz através da bioenergética. É
essa a disciplina que trata de aquisição, transferência, utilização da energia; e tudo aquilo que
possibilita ao organismo crescer, desenvolver-se, mover-se;
Isso ocorre no interior das mitocôndrias, quando as proteínas, açúcares e gorduras se
quebram liberando a energia nelas contida. Essa é a energia de nosso organismo.
É necessário que tenhamos sempre como definição do termo energia, somente a
compreensão de fenômenos comprovados cientificamente, caso contrário, continuaremos
agindo empiricamente e, ainda, sem condições de explicar e entender os fenômenos que
ocorrem em nosso corpo.
Como parte integrante do trabalho de manipulação articular que envolve a QUIROPATIA,
cabe salientar a importância do sistema nervoso central e periférico, pois ele libera a entrada e a
saída do fluxo de informações, para manter o equilíbrio do nosso organismo.
Através da QUIROPATIA poderemos manter este fluxo de energia circulante ativo, livre
de bloqueios devido a alterações nas estruturas articulares e no sistema músculo esquelético,
preservando a comunicação do SNC e Periférico, possibilitando a manutenção e a recuperação
da saúde do indivíduo de forma holística.
Tem por principal objetivo recuperar e manter a saúde do indivíduo, através de avaliações
e procedimentos chamados de ajustes articulares, através de diversas técnicas de manipulação.
Todos os procedimentos deverão ser realizados de forma manual, com o emprego somente das
mãos, visando identificar possíveis desalinhamentos, sinais de alterações nas estruturas
articulares com ou sem restrição de movimento.
O tratamento que será aplicado visa o alívio da dor e a recuperação da ADM (Amplitude
De Movimento), da estrutura tratada. Evitando agir apenas no sintoma, mas sim, de forma
efetiva na causa através de métodos terapêuticos que se utiliza para realizar ajustes
específicos.
A profissão encontra se registrada no Ministério do Trabalho, no CBO (Classificação
Brasileira de Ocupação), CBO - 94, Grande Grupo 0/1 - pg.114, 0-79-45 QUIROPATA,
QUIROPRÁTICO, QUIROPRAXISTA.

FORMAS DE TRATAMENTOS E AJUSTES


O tratamento pode ser global, sistêmico, ou holístico, através de procedimento
direcionado para o bem-estar geral do indivíduo, podendo ser associado a diversas modalidades
terapêuticas, como a massoterapia, fisioterapia, acupuntura, shiatsu, hidroterapia, termo e
crioterapia, magnetoterapia, psicoterapia, entre outras.
Porém, o principal recurso da quiropatia é empregado no ajuste das articulações com o
objetivo de restaurar a função articular, influenciando os processos fisiológicos do corpo
humano.
Explicações para o termo “ajuste”, são muitas; em 1971, Sandoz afirmou que seria uma
manobra manual passiva, sobre as articulações que as levariam além da faixa fisiológica normal
de movimento, porém, no limite fisiológico. Já em 1983, Swezey designa ajuste como um
movimento dinâmico, passivo e de alta velocidade, de uma face articular sobre a outra,
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perfazendo um pequeno arco de indução.
Porém o que ocorre em um ajuste é mais que um simples estímulo mecânico local, pois o
mesmo deve ter por princípio o estímulo neurológico induzido sobre a medula espinhal, nervos
raquidianos periféricos, e sobre os mecanorreceptores locais e distantes da área estimulada
através de um impulso dinâmico.
O som que acompanha o ajuste, o que chamamos de “estralo” da articulação, nada mais
é do que o rompimento do selo sinovial. Quando um ajuste é realizado geralmente ocorre a
ruptura da membrana que envolve a sinóvia e, consequentemente, uma vibração, que é
percebida através do som. Este, por sua vez, pode ou não existir, porém, se não houver, não
significa que o objetivo não tenha sido alcançado.
As manipulações malsucedidas geralmente provocam dor e, do contrário, a sensação de
alívio é percebida imediatamente.
Os termos luxação e subluxação normalmente são empregados dentro da quiropatia,
sendo descartadas expressões como “osso fora do lugar”, já que luxação designa trauma grave
ou predisposição totalmente patológica grave, o que exige um trabalho de reposição, redução ou
recolocação, o que não ocorre em uma situação de subluxação, na qual se emprega um ajuste
milimétrico entre as faces articulares, restabelecendo as funções fisiológicas perdidas ou
afetadas, recuperando assim os movimentos e proporcionando uma melhora substancial ao
paciente.
Os movimentos realizados através das técnicas quiropáticas estarão diretamente
relacionados aos seguintes movimentos; flexão lateral à direita ou esquerda; extensão anterior
para posterior; rotação em torno do eixo longitudinal; extensão longitudinal e flexão de posterior
para anterior.
Poderão surgir alterações das funções em segmentos articulares, havendo alterações de
suas funções mecânicas. Para que isso ocorra fatores devem estar influenciando na inibição de
suas funções normais, vindo a ocorrer uma fixação, mesmo durante uma postura estática de
repouso “aparentemente” normal.
A finalidade do ajuste não é “colocar no lugar”, ou “realinhar os ossos”, mas sim de
eliminar a causa que provoca alterações nos tecidos flexíveis envolvidos em uma subluxação
articular, que podem variar desde uma simples contratura muscular, a processos degenerativos
dos músculos, ou ainda, a ossificação. O complexo da subluxação é determinado principalmente
por alterações em tecidos flexíveis intra-articulares e ligamentares, e pelo tônus muscular.

ENFOQUE DINÂMICO

“Princípio da rédea de cavalo” - Ação de músculos antagônicos

OBSERVAÇÃO
Quando todas as investigações médicas são negativas em pacientes nos quais persistem
os sintomas, cabe pensar que existe com freqüência uma base mecânica ou morfológica para
tais sintomas, mesmo quando a relação pareça problemática não é aconselhável catalogar tais
pacientes como neuróticos até que se tenha avaliado adequadamente a mecânica da coluna
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vertebral e demais articulações.

CONTRA INDICAÇÕES FORMAIS


 Neoformações Malignas;
 Tuberculose Óssea;
 Osteomielite;
 Fraturas;
 Osteoporose Ativa;
 Rupturas ligamentosas;
 Artrite aguda de qualquer natureza;
 Alterações neurológicas por compressão sobre a medula ou raízes nervosas.

CONTRA INDICAÇÕES PARCIAIS


Quando os procedimentos devem ser executados com grande cuidado
 Prolapsos discais (com ou sem sinais anormais do SNC);
 Hérnias discais (com ou sem sinais anormais do SNC);
 Osteoartrose;
 Escoliose;
 Hipermobilidade.

QUANDO OS PROCEDIMENTOS NÃO SÃO EFETIVOS


 Enfermidades venéreas;
 Demências orgânicas e psicoses;
 Doenças Tropicais, parasitárias ou endócrinas;
 Transtornos metabólicos por carência vitamínica;
 Enfermidades cutâneas;
 Febres;
 Discrasias sangüíneas;
 Enfermidades respiratórias com exceção das produzidas por alterações mecânicas da
respiração;
 Enfermidades vasculares com exceção de alguns transtornos de vasomotricidade;
 Enfermidades ou lesões neurológicas centrais.

ATENÇÃO

Convém evitar a manipulação quando está alterado o estado geral do paciente e quando
os intentos de manipulação provocam resistência excessiva por dor ou temor do
paciente.

Se houver dúvida não se deve proceder à manipulação, porém, convém contemporizarem


usando-se todos os recursos das técnicas auxiliares ou com métodos articulatórios e das
partes moles da medicina física, até definirem-se quais as manobras apropriadas sem
correr o risco de danos ao organismo.

ÁREAS DE TRANSIÇÃO: REGIÃO CERVICAL SUPERIOR


As sete vértebras da coluna cervical estão dispostas em 2 partes:
Coluna Cervical Superior: formada pelas duas primeiras vértebras, C1 ou Atlas (que se
encontra exatamente sob o crânio), e C2 ou Àxis (que se encontra sob o Atlas).
Coluna Cervical Inferior: formada pelas vértebras de C3 à C7, possuindo formas típicas entre
si, com exceção à C7 que é transitiva. As vértebras típicas da cervical são compostas
basicamente por 1 corpo vertebral, 2 apófises transversas, 1 apófise espinhosa e o arco
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posterior onde se localizam os pilares articulares.

OCCIPITAL
 Osso situado na base posterior do crânio.
 Forame magno: por onde penetra a medula espinhal no crânio.
 Côndilos occipitais: superfície oval, convexa e recoberta por cartilagem.

ATLAS
 Primeira vértebra cervical.
 Apresenta forma de um anel ósseo.
 Não tem corpo vertebral.
 Não tem processo espinhoso.
Lateralmente às massas laterais, encontra-se o processo transverso, por onde passa a
artéria vertebral. É mantido sob o occipital por uma cápsula bastante frouxa, com ligamentos nos
quatro pólos. O principal movimento realizado entre a articulação occipito-atlas é o de “sim”
(flexão e extensão).

ÁXIS
 Segunda vértebra cervical.
 Em cima do corpo do Áxis há o processo odontoide.
 Não há disco intervertebral entre Atlas e Áxis.
 As superfícies são convexas tanto no Atlas como no Áxis.
 O Atlas se apóia sobre o Áxis e gira em torno de seu pivô (processo odontoide),
realizando o principal movimento da articulação Atlas-Áxis: o de “não” (rotação).

ARTÉRIA VERTEBRAL
Tem origem na artéria subclavicular e entra no forame transverso da sexta vértebra cervical.
Quando passa pelo forame transverso de Áxis, modifica o seu curso vertical, indo em direção
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externa e superior para alcançar o orifício do processo transverso de Atlas.
Importantes Sintomas e Sinais de Aviso de Isquemia Cerebral: vertigem, perda de memória,
delírio, problemas visuais, vômitos, náuseas, dificuldade de andar, falta de coordenação motora,
dormência em um lado do corpo, tendência a se inclinar para um lado, zumbido no ouvido,
problemas na fala.

LOCAIS DE TRAUMA MECÂNICO DA ARTÉRIA VERTABRAL


Entre os processos transversos de C1-C2, devido a uma maior fixação das artérias nestes
orifícios, a rotação produzirá um alongamento da artéria vertebral.
Entre C2-C3, onde a faceta articular superior de C3 comprime a artéria vertebral no mesmo lado
da rotação da cabeça.
O processo transverso de C1 comprime a artéria carótida interna.
Entre C4-C5, ou C5-C6, devido à osteoartrose das juntas uncovertebrais, podem deslocar a
artéria tanto anteriormente quanto lateralmente.

PROTEÇÃO NEUROLÓGICA, AÇÃO MUSCULAR.


Fuso neuromuscular: estão dispostos entre as células musculares de todo o músculo e são
responsáveis por acompanhar e controlar o movimento dos músculos, de maneira que se um
determinado músculo sofre um estiramento excessivo que indique lesão muscular o fuso envia
um sinal para que o músculo se contraia, evitando assim uma possível ruptura (reflexo de
estiramento ou miotático). Para não desencadear este reflexo, basta que o alongamento seja
feito de maneira lenta.
Fuso neurotendinoso: informa o SNC sobre a tensão real dos músculos, e caso seja detectada
uma tensão excessiva (risco de lesão imediata), essa informação é enviada pelo fuso
neurotendinoso ao SNC que emitirá uma resposta de inibição da contração o que fará com que
o músculo relaxe diminuindo a tensão.

DOIS TIPOS DE CÉLULAS MUSCULARES


LENTAS: adquirem sua energia de maneira aeróbia (via O2).
RÁPIDAS: adquirem sua energia de maneira anaeróbia (via glicogênio), o que produz como
subproduto final o ácido lático.
Quando objetivamos um ajuste quiroprático, devemos fazê-lo através de impulsos precisos e de
curta amplitude para não desencadear os estímulos dos fusos neuromusculares, não criar um
bloqueio mecânico e só estimularmos as células do tipo I sem a produção de ácido lático.

NOVA NOMENCLATURA
 BODY DROP = QUEDA DE CORPO;
 RECOIL = RECUO OU RICOCHETE;
 IMPULSE = IMPULSO TERAPÊUTICO;
 SUPINO = DECÚBITO DORSAL = BARRIGA PARA CIMA;
 PRONO = DECÚBITO VENTRAL = BARRIGA PARA BAIXO;
 DECÚBITO LATERAL = DEITAR DE LADO.
 REGIÃO CERVICAL INFERIOR

VÉRTEBRA CERVICAL
 Corpo vertebral pequeno.
 Espessura dos discos é um terço da espessura dos corpos.
 As características acima permitem uma grande mobilidade.
 A forma retangular dos corpos limita um pouco as inclinações laterais.
Os processos espinhosos têm comprimentos variáveis: C2 e C7 são longos e os outros bem
mais curtos, favorecendo a extensão. Os processos transversos são largos e limitam as
inclinações laterais pelo seu encontro.
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As facetas articulares superiores voltam-se para cima e para trás, e as inferiores para baixo e
para frente. As facetas articulares posicionam-se em um ângulo de 45º e, em conseqüência, a
inclinação lateral sempre se combina a certa rotação.

PLEXO CERVICAL (C1-C4)


C1 – Motora para os extensores da cabeça e pescoço, infra-hióide, “reto da cabeça” e
anterior e lateral, e “longus capitis”.
C2 – Sensorial do occipúcio lateral e área submandibular; motora, igual a C1 mais “longus
colli”.
C3 – Sensorial do occipúcio e pescoço laterais, sobrepondo a área C2; motora para
extensores da cabeça e pescoço, infra-hióide, “longus capitis”, “longus colli”, elevador da
escápula, escaleno e trapézio.
C4 – Sensorial para a área lateral baixa do pescoço e média do ombro; motora para
extensores da cabeça e pescoço, “longus colli”, elevador da escápula, escaleno, trapézio e
diafragma.

PLEXO BRAQUIAL (C5-T1)


C5 – Sensorial ao nível da clavícula e braço lateral (nervo axilar); motora para o deltóide,
bíceps; reflexão do tendão do bíceps. Raiz primária na abdução do ombro, sai sob a vértebra
C4.
C6 – Sensorial para o antebraço lateral, polegar indicador e metade do dedo indicador
(ramificações sensoriais do nervo músculo cutâneo); motora para o bíceps, extensores do
punho; reflexão do tendão braquioradial. Raiz primária na extensão do punho, sai sob a vértebra
C5.
C7 – Sensorial para o dedo indicador, motora para os flexores do punho, extensores do
dedo, tríceps; reflexo do tendão do tríceps. Raiz primária na extensão do dedo, sai sob a
vértebra C6.
C8 – Sensorial para o antebraço médio (nervo do antebraço médio), dedos anular e
mínimo (nervo ulnar); motora para os flexores do dedo, interósseos; nenhum reflexo é aplicável.
Raiz primária na flexão do dedo, sai sob a vértebra C7.
T1 – Sensorial para o braço médio (nervo cutâneo do braço médio); motora para
interósseos nenhum reflexo é aplicável. Raiz primária na abdução do dedo, sai sob a vértebra
T1.

REGIÃO TORÁCICA
Possui uma curvatura anatômica para trás (cifose). A espessura do disco é de aproximadamente
1/6 do corpo da vértebra, ou seja, fino, o que limita a mobilidade.
Os processos espinhosos são alongados e muito oblíquos para baixo (salvo T11 e T12)
limitando pelo seu encontro a hiperextensão.
A mobilidade da coluna é variável de acordo com a relação das vértebras com as costelas. De
T1 a T7 (região situada entre as escápulas) as costelas estão unidas quase que diretamente ao
esterno por uma cartilagem curta o que limita muito o movimento.
De T8 a T10 as costelas falsas se unem a cartilagem da sétima costela, uma cartilagem mais
comprida que deixa a mobilidade destas costelas menos limitadas.
T11 e T12 sustentam as costelas flutuantes não unidas com o esterno, o que permite que esta
região se pareça com uma dobradiça de grande mobilidade.
Tem um canal vertebral menor (que diminui sentido crânio-caudal).
As superfícies dos processos articulares são arredondadas e planas, sendo as superiores
voltadas para trás (um pouco para cima e lateralmente) e as inferiores voltadas para frente (um
pouco para frente e medialmente)
Essa formação permite e guia os movimentos de flexão, extensão e inclinação lateral, porém o
posicionamento dessas facetas sobre a curva de um mesmo círculo cujo centro e o corpo
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vertebral favorecem a rotação.
Nas faces laterais dos corpos, posteriormente encontram-se superfícies articulares destinadas
às costelas, uma em cima e outra em baixo nas vértebras T2 a T10, apenas uma nas vértebras
T1, T11 e T12.
O forame intervertebral (IVF) é formado por cima pela incisura do pedículo inferior da vértebra
superior, frontalmente pelo centro do segmento superior e pelo Discos Intervertebrais e por trás
pelos processos articulares superiores e inferiores.

ARTICULAÇÃO COSTOVERTEBRAL
Nas vértebras torácicas de T2 a T10 a cabeça da costela possui duas superfícies articulares
convexas, que se articulam em dois corpos vertebrais nas semi-facetas côncavas, acima e
abaixo do nível do disco. A primeira costela T1 e as costelas flutuantes T11 e T12 se articulam
somente com uma vértebra. Durante a inspiração a cabeça das costelas suportam um suave
movimento e de deslize semelhante à alça de um balde sendo levantada pelo centro.

ARTICULAÇÃO COSTOTRANSVERSA
Duas superfícies na cabeça correspondem aos corpos vertebrais, e uma superfície no tubérculo
que corresponde ao processo transverso.
Exceção a T1 que só se une a um corpo vertebral; T11 e T12 que não tem apoio
costotransverso.

REGIÃO LOMBAR
 O disco é espesso, um terço do corpo, o que constitui um fator de mobilidade.
 Os corpos são volumosos, de corte oval e côncavos para trás.
 Os processos transversos são longos e nas suas extremidades encontra-se um tubérculo.
 Os processos espinhosos são curtos e maciços, permitindo uma boa amplitude de
extensão.
As superfícies articulares são verticais e bastante sagitais (sagitais para as lombares superiores,
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cada vez mais frontais indo para as lombares inferiores, e totalmente frontais na junção
lombossacral).
Disco Intervertebral: O disco intervertebral constitui-se de uma estrutura fibro-cartilaginosa
formada por anéis concêntricos em sua porção externa e um núcleo gelatinoso formado por
substâncias hidrófilas (muco polissacarídeos) que garantem essa hidrofilia (retenção de água),
mantendo a capacidade de hidratação e flexibilidade do disco. As vértebras desde C2 (segunda
vértebra cervical) até S1 (primeira vértebra sacra) são interpostas por estruturas discais
chamadas de discos intervertebrais. Ao todo são 23 discos.O anel fibroso concêntrico suporta as
pressões submetidas à coluna vertebral, transmitidas pelos corpos vertebrais.
Vertebrais. Um núcleo gelatinoso, através do seu deslocamento, estimula o anel fibroso
na retenção das pressões e orienta o todo corporal quanto à posição da coluna vertebral. Essa
orientação é dada através dos ramos do nervo sinovertebral ou nervo de Luschka. Este nervo
2comunica” os estímulos recebidos, revelando aos músculos eretores da espinha as linhas de
força de pressão sobre a coluna vertebral. Sua localização é a porção posterior do disco e o
mesmo se comunica com a raiz nervosa emergente da coluna.

A PELVE: É um anel ósseo formado principalmente pelo sacro (posterior) e os dois ossos
ilíacos (bem como o cóccix).
O ilíaco é um osso plano cujas partes superior e inferior, estão em torção uma sobre a
outra. No indivíduo adulto é constituído pela fusão de três ossos primitivos:
 ílio
 ísquio e
 púbis.
Unem-se através de uma cartilagem em forma de Y, centrada no acetábulo. A Sínfise Púbica é a
articulação que está entre os dois púbis. Entre as duas superfícies existe uma fibrocartilagem
em forma de cunha, aderida às facetas articulares. É uma articulação pouco móvel, só
permitindo pequenos movimentos de deslizamento.
A pelve do homem é diferente da pelve da mulher. A pelve masculina é mais estreita do que a
pelve feminina. Essas diferenças estão relacionadas com o papel que desempenha a pelve da
mulher na gestação e no parto.
O sacro é o osso mediano e posterior da pelve, situado entre os dois ilíacos. Mais ou
menos triangular, é formado pela fusão de cinco vértebras.
- Sua face pélvica é côncava.
- A parte mais alta que se salienta para dentro da pelve é o promontório sacral.
- A face superior apresenta no centro o platô sacral, sobre o qual repousa o disco L5/S1 e a 5ª
vértebra lombar.
- A face dorsal é convexa.
- A face lateral é um pouco triangular.
Nela encontramos uma superfície articular em forma de “bota”, um pouco côncava: a faceta
auricular.
O cóccix é um pequeno osso triangular, resultado da fusão de três a cinco vértebras. O
cóccix se articula com o sacro, sendo mantido por uma cápsula e por ligamentos.

ARTICULAÇÃO SACROILÍACA: Une a parte lateral do sacro ao osso do quadril. É uma


articulação sinovial plana, pouco móvel, entre as faces articulares desses ossos. Meios de
união: Cápsula cartilaginosa e ligamentos. A vascularização é feita pelos vasos íliolombares,
glúteos superiores e sacrolaterais. A inervação provém dos primeiros nervos sacrais.

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SÍNFISE PÚBICA: Une a parte lateral dos ossos do quadril na linha mediana anterior. É uma
articulação cartilaginosa. Meios de união: disco interpúbico e ligamentos. Circulam correntes
arteriais e venosas que unem os vasos epigástricos inferiores ou os pudendos externos.

ARTICULAÇÃO DO QUADRIL: Une o membro inferior ao cíngulo do membro inferior, mais


exatamente o fêmur ao osso do quadril. É uma articulação sinovial esferóide perfeita. Meios de
união cápsula articular, que se insere no limbo do acetábulo e no colo do fêmur, e os ligamentos
íliofemoral, pubofemoral, ísquiofemoral e ligamento da cabeça do fêmur (intra-articular).As
artérias e veias pertencem ao sistema dos vasos circunflexos, originários e tributários dos vasos
femorais profundos.As artérias glúteas enviam ramos articulares. O ramo acetabular da artéria
obturatória penetra na incisura do acetábulo, irrigando o fundo da cavidade e o ligamento da
cabeça do fêmur. Os nervos anteriores procedem do plexo lombar (ramos do n. femoral e n.
obturatório) e os posteriores procedem do plexo sacral (ramos do n. isquiático ou n. cutâneo
posterior da coxa; e n. do músculo quadrado da coxa).

EXTREMIDADES INFERIORES
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O fêmur é um osso longo que forma o esqueleto da coxa. O esqueleto da perna consiste num
osso medial, a tíbia, e num osso lateral, a fíbula. Na parte média são separados pelo espaço
interósseo, ocupado por uma membrana fibrosa, a membrana interóssea. Aos ossos acima
acrescenta-se um terceiro, a patela, que protege a articulação do joelho entre a coxa e a perna.
A patela é um osso do tipo sesamóide. Além de proteger a articulação do joelho, a patela
melhora a ação de alavanca para o grupo de músculos do quadríceps femoral, em cujo tendão
ela está incluída.
A tíbia é o osso medial da perna.
A fíbula é o osso lateral da perna.
O pé é formado por: ossos do tarso, metatarso e falanges.
Tarso. tálus, calcâneo, navicular, cubóide, cuneiformes lateral, intermédio e medial.
O dedo maior do pé é chamado de hálux e não possui falange média.
O metacarpo I (do hálux) está sempre ladeado por ossos sesamóides, um medial e um lateral,
próximos à sua cabeça.
Obs.: Ossos sesamóides são formados em certos tendões que estão sujeitos à compressão ou
às forças de pressão não usuais.
A articulação do joelho é a articulação que une a coxa à perna, pondo em contato o
fêmur, a tíbia e a patela. É uma articulação sinovial (gínglimo). A falta de concordância entre os
côndilos do fêmur e as faces articulares e as faces articulares da tíbia é parcialmente corrigida
pela presença dos meniscos (medial e lateral), que servem para aumentar a profundidade das
duas faces articulares. Meios de união: cápsula cartilaginosa e os ligamentos da patela, poplíteo
oblíquo, poplíteo arqueado, colateral tibial, colateral fibular, cruzado anterior e cruzado posterior.
O ligamento cruzado anterior vai para o côndilo medial. As artérias que irrigam a articulação
provém das artérias femoral, poplítea e tibial anterior. Os nervos são: n. tibial, n. fibular comum,
n. obturatório e n. femoral. A articulação do tornozelo é formada pelas extremidades inferiores
da tíbia e da fíbula. A estabilidade desta articulação se dá graças aos ligamentos.

EXTREMIDADES SUPERIORES
A articulação esternoclavicular põe em contato o esterno e a primeira cartilagem costal com a
clavícula. É uma articulação sinovial plana, selar, de pequena mobilidade. Meios de união:
cápsula cartilaginosa e ligamentos (costoclavicular, esternoclavicular anterior e posterior,
interclavicular).
A articulação acromioclavicular une a extremidade lateral da clavícula à margem medial do
acrômio. É uma articulação sinovial plana. Meios de união: cápsula cartilaginosa e ligamentos
(conóide e trapezóide).
A articulação do ombro ou glenoumeral, une a escápula ao úmero. É do tipo sinovial
esferóide. Meios de união: cápsula cartilaginosa e ligamentos coracoumeral, glenoumerais
superior, médio e inferior. Vascularização: artérias circunflexas anterior e posterior do úmero, e
ramos da artéria supraescapular. Inervação: ramos dos nervos axilar e supraescapular.

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A articulação do cotovelo une o esqueleto do braço ao do antebraço. Trata-se de uma


articulação sinovial composta por duas articulações diferentes: uma é entre o úmero e o
antebraço (úmero-ulnar e úmero-radial), que é do tipo gínglimo, e a outra é a rádioulnar proximal
(trocóide).Meios de união: cápsula cartilaginosa e ligamentos anterior, posterior, colateral radial
e colateral ulnar. As artérias da articulação do cotovelo originam-se nos círculos anastomóticos
periaticulares que unem as artérias do braço e do antebraço. Inervação: ramos dos nervos
medianos, radial, ulnar e músculo cutâneo.

A articulação radiocárpica é uma articulação sinovial do tipo elipsóide que une a epífise
distal do rádio ao carpo (ossos escafóide, semilunar e piramidal). Denomina-se radiocárpica
porque a ulna não participa diretamente de sua constituição.
Meios de união: cápsula cartilaginosa e ligamentos anterior, posterior, colateral ulnar do carpo,
colateral radial do carpo e rádio escafolunar. Vascularização: ramos das artérias interósseas do
antebraço e ramos das artérias radial e ulnar. Inervação: nervos interósseos anterior e posterior.
Túnel do carpo: trata-se de um túnel osteofibroso situado entre a região anterior do
antebraço e a palma da mão, desenvolvido através do retináculo dos flexores, pelo qual passam
os tendões flexores superficiais e profundos dos dedos circundados por suas bainhas sinoviais e
o nervo mediano. O feixe vasculonervoso ulnar (artéria e nervo ulnares) passa ao lado do canal
do carpo, situando-se na parte medial do retináculo dos flexores.

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Manguito rotador (estabilizador da articulação glenoumeral): é a denominação dada aos


músculos infraespinhal e redondo menor, em associação com as fibras posteriores do deltóide,
que agem como rotadores laterais do úmero, e ao subescapular, que auxilia na rotação medial.

Tabaqueira anatômica: formada pelos tendões dos músculos abdutor longo do polegar,
extensores curto e longo do polegar. Contém a artéria radial e os tendões dos músculos
extensores radiais curto e longo do carpo.

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TESTES E AVALIAÇÕES QUIROPÁTICAS

Flexão Lateral

Rotação em torno do eixo longitudinal

Flexão

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Extensão

Extensão Longitudinal

PATOLOGIAS
Contra-indicações formais
 Contra-indicações parciais
 Procedimentos não efetivos
 Movimento estrutural
 Fixações
 Compensação – hipo e hipermobilidade
 O complexo de subluxação
 Deslizamento rotacional compensatório no sacro-ilíaco
 Escoliose

Contra indicações formais:


 Neoformações malignas
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 Tuberculose óssea
 Osteomielite
 Fraturas
 Osteoporose ativa
 Rupturas ligamentosas
 Artrite aguda de qualquer natureza
 Alterações neurológicas por compressão sobre a medula ou raízes nervosas

Contra indicações parciais: (QUANDO OS PROCEDIMENTOS DEVEM SER EXECUTADOS COM GRANDE
CUIDADO)
 Prolapsos discais (com ou sem sinais anormais do snc)
 Hérnias discais (com ou sem sinais anormais do snc)
 Artroses
 Escoliose
 Hipermobilidade

Procedimentos não efetivos - Enfermidades venéreas


 Demências orgânicas e psicoses
 Doenças tropicais, parasitárias ou endócrinas
 Transtornos metabólicos por carência Vitamínica
 Enfermidades cutâneas
 Febres
 Enfermidades respiratórias (com exceção das produzidas por alterações mecânicas
da respiração)
 Enfermidades vasculares (com exceção de alguns transtornos de vasomotricidade)
 Enfermidades ou lesões neurológicas centrais

MOVIMENTO ESTRUTURAL
Determinando o eixo instantâneo de rotação de uma vértebra partindo de uma posição
para outra.

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Esquema de um movimento vertebral fora do plano.

FIXAÇÕES LIGAMENTARES
Ligamento cervical Ligamento costo-vertebral

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Ligamento coxo-femural

Fixação articular

Causas
As causas levam a um estado anormal desses tecidos flexíveis que está impedindo as
superfícies articulares de se moverem em um plano particular. Os exemplos mais comuns são:
 Espasmos musculares
 Diminuição do ligamento
 Coalescência intra-articular
 Desenvolvimento de escoriação
 Endurecimento e má formação de cartilagem
 Cartilagens fragmentadas que perdem a consistência
 Erosão da cartilagem que restringe o movimento
 Erosão óssea e artrose

Os tecidos envolvidos em uma “subluxação articular” podem variar desde a mais simples
contração muscular até a fibrose degenerativa dos músculos, ou ainda até a completa
ossificação.

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COMPENSAÇÃO - HIPOMOBILIDADE + HIPERMOBILIDADE
Hipomóvel Impedida de movimento normal Movimento compensatório (hipermobilidade).
Irritação, inflamação Manutenção das atividades usuais Movimento excêntrico. Local da fixação
(hipomobilidade), é assintomático, enquanto a junta hiper móvel, por compensação, é bastante
expressiva clinicamente.
Essa entidade clínica complexa compreende um ou mais dos seguintes componentes:
 Cinesiopatológicos
 Neuropatofisiológicos
 Miopatológicos
 Bioquímicos
 Histopatológicos

Cinesiopatológicos
Observado: No deambular inadequado e na dificuldade de manter posturas corretas, mesmo em
períodos curtos.

Neuropatológicos

Cornu anterior hipertonia


Cornu lateral
Vaso motor simpático
Irritação - Facilitação Cornu posterior
Sensitivos

Cornu anterior atrofia


Cornu anterior
Pressão - Degeneração Atonia
Cornu anterior
Anestesia

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Miopatológicos
Lei de Hilton - o tronco do nervo envia ramificações para:
 Um músculo em particular;
 A junta movida por aquele músculo e;
 A pele que reveste a inserção daquele músculo

COMPENSAÇÕES
REFLEXOS
IRRITAÇÃO SOMÁTICOS
NA HIPERMOBILIDADE (FACILITAÇÃO) -VISCERAIS
ESPASMO -MIALGIAS

NA HIPOMOBILIDADE PRESSÃO (DEGENERAÇÃO) ANTERIOR


ATROFIA
LATERAL
ATONIA
POSTERIOR
ANESTESIA

As alterações bioquímicas são desencadeadas durante e após as síndromes de


adaptação descritas por h. Selye (1959).

 Síndrome de stress
 Condição pró-inflamatória LAS GAS
Produzem um fluxo de:
 Histamina (dilata capilares, estimula secreções: saliva, gástrica, pancreática, etc.)
 Protaglandina (estimula o sn e a circulação)
 Cininas (hipotensores)

Histopatológicos

Lei de Wolf: toda alteração no formato e nas funções de um osso, ou em sua função somente, é
seguida de certas alterações definitivas em sua arquitetura interna e de alterações secundárias
em sua conformação externa.

Lei de Weigert (teoria da superprodução): a perda ou a destruição de uma parte ou elemento


do mundo orgânico resultará provavelmente em substituição compensatória e superprodução do
tecido durante o processo de regeneração ou reparo.

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Hipermobilidade osteofitose, tipo esporão de tração

Hipomobilidade osteofitose, tipo "bico de papagaio"

DESLIZAMENTO ROTACIONAL COMPENSATÓRIO NO SACRO-ILÍACO

Alterações da altura vertical da crista ilíaca aparente, produzidas por rotação normal.
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Esquerda, rotação ilíaca dianteira; centro, posição neutra; direita, rotação ilíaca traseira. O ponto
principal em torno da cabeça femoral esta representado pelo ponto negro. Esses movimentos
normais durante o andar também ocorrem no repouso em compensação a uma perna curta.

ESCOLIOSE
Mecanismos típicos de adaptação a uma perna curta anatômica esquerda.

Evolução de uma escoliose idiopática típica de uma inclinação sacral - graus de adaptação.

AGRESSÕES DA VIDA COTIDIANA


TIPOS DE ESTRESSE EXEMPLOS

MENTAL -Cólera -cansaço mental


-Ansiedade -fobias
-Frustração -desgaste emocional
-Tensão constante -divórcio
-depressão -mudança vida sexual

FÍSICO -Microtrauma biomecânico-obesidade


-Fixaçõessubluxações -cirurgia
-Exercícios inadequados -torção
-Desequilíbrio postural -fratura
-Luxação -esforço prolongado

TÉRMICO -Ulcerações causados pelo frio


-Temperaturas extremas -insolação
-Queimaduras
-alterações de temperaturas -desidratação

QUÍMICO -Estimulante químico -drogas


-Desnutrição -radiação
-Poluição -fumaças escapamentos
-Aditivos alimentares -veneno
-Contato com substância -toxicose

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CICLO VICIOSO

ALGIAS
Dor muscular: a que surge de uma miosite ou de ferimento no tecido muscular pode ser
extraída, efetuando-se uma contração muscular contra a resistência, sem permitir que o m.
encurte.

Dor no tendão: dor superficial. A dor surge quando o m. Anexo é contraído. A dor não é
causada quando m. está relaxado.

Dor nos ligamentos: a dor desenvolve quando requer hipermobilidade compensatória. Um


ligamento irritado será macio, se comprimido a dor aparecerá.

Dor óssea: dor situa-se na porção medular do osso. O periósteo é ricamente guarnecido de
nociceptores

Dor cartilaginosa: a dor surge somente quando estão deslocados ou inchados, ou quando os
receptores adjacentes, sensíveis a dor, são estirados e pressionados. Nervos doloridos: a dor
que surge de lesões no nervo manifesta-se dentro da distribuição do nervo envolvido, superficial
ou profundamente e é geralmente irradiada. Existe uma resposta excessiva ao estímulo. É difícil
para descrever o seu caráter, já que é diferente de qualquer tipo de dor, sendo uma combinação
de sensações doloridas. A dor é aliviada pelo calor.

Hiperalgia: significa excessiva sensibilidade à dor.

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LIMITES OU BARREIRAS DE MOVIMENTO

O EXAME
Inspeção - Observe quaisquer sinais de:
 Descoloração anormal da pele
 Pigmentação
 Textura
 Eritema
 Umidade ou secura
 Nódulos
 Cicatrizes
 Lesões na pele
 Inchaço
 Distorção biomecânica:
 Nível do ombro e rotação
 Nível do quadril
 Postura do joelho e tornozelo

Palpação
Observe quaisquer sinais de:
 Calor ou frio anormais
 Edema
 Massa
 Espasmo muscular ou hipertonicidade
 Atrofia
Lembre-se que os processos espinhais inclinados e estruturas ósseas assimétricas são comuns,
tanto nas espinhas saudáveis quanto nas doentes

A AÇÃO
Localize: determinar o local a ser reduzido

Escolha: a melhor posição (paciente – clínico) para fazer os contatos

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Acomode: os pontos de contatos de maneira confortável.

Conduza: a articulação até o ponto em que a restrição do movimento seja sentida

Aguarde: o reflexo neuro-tendinoso.

Desencadeie: a ação de ajuste através do espasmo muscular rápido.

AJUSTES GERAIS
MEDIÇÃO EM PÉ MEDIÇÃO COM PACIENTE EM PRONO

LÍVIO DA TENSÃO DE LIGAMENTOS DOS TORNOZELOS

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ALÍVIO DA TENSÃO DOS JOELHOS

LOCALIZAÇÃO DO TROCANTER MAIOR ELIMINAÇÃO DA BÁSCULA

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PRESSÃO DE ALÍVIO SACRAL PRESSÃO DE ALÍVIO LOMBAR

PRESSÃO DE ALÍVIO ILÍACO AJUSTES TORÁCICOS INESPECÍFICOS

ALÍVIO DOS ARTELHOS LASEGUE + ESTÍMULO ATRAVÉS DO TENDÃO

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Ajuste Lombar Vista 1 Ajuste Lombar vista 2

Ajuste Cervical Ajuste Cervical - Inclinação

AJUSTE DE TRANSIÇÃO CERVO-TORÁCICO (somente quando necessário)

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APLICAÇÃO DA PALPAÇÃO DE MOVIMENTO - TESTE GERAL

SACRO ILÍACO ESQUERDO SACRO ILÍACO DIREITO

Lombar Torácica Alta

Cervical

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