O autor descreve como o futuro está incerto devido à pandemia, forçando as pessoas a refletirem sobre o presente. A geração conectada enfrenta o desafio de ficar em casa e olhar para dentro de si mesma. Embora a casa seja tradicionalmente um lugar seguro, a pandemia mostra que a felicidade está no agora, não no futuro. Quando a crise passar, o mundo será diferente e as pessoas valorizarão mais a mortalidade e o presente.
O autor descreve como o futuro está incerto devido à pandemia, forçando as pessoas a refletirem sobre o presente. A geração conectada enfrenta o desafio de ficar em casa e olhar para dentro de si mesma. Embora a casa seja tradicionalmente um lugar seguro, a pandemia mostra que a felicidade está no agora, não no futuro. Quando a crise passar, o mundo será diferente e as pessoas valorizarão mais a mortalidade e o presente.
O autor descreve como o futuro está incerto devido à pandemia, forçando as pessoas a refletirem sobre o presente. A geração conectada enfrenta o desafio de ficar em casa e olhar para dentro de si mesma. Embora a casa seja tradicionalmente um lugar seguro, a pandemia mostra que a felicidade está no agora, não no futuro. Quando a crise passar, o mundo será diferente e as pessoas valorizarão mais a mortalidade e o presente.
O futuro está suspenso. Há um sinal de aviso no amanhã, repetido
por todos os lugares para onde olhamos: em suspenso. Exato. A expressão é precisamente esta: em suspenso. Não foi roubado ou extinto, o futuro, tão somente, está suspenso, no ar, sobrevoando longe das nossas mãos. Contudo, me pergunto, enquanto travo uma batalha interna para que números continuem sendo histórias, será que alguma vez o futuro já foi palpável?
É, no mínimo, irônico pensar que a nossa geração — cujos tesouros
são a interação e a premeditação constantes — seja obrigada a desafiar a si mesma com um "inimigo" desconhecido por ela: ficar em casa, conversar com quem ela divide o espaço onde dorme, mais do que olhar, reparar em si mesmo todos os dias, acompanhar os cabelos crescendo, encaracolando ou alisando, sentir o mesmo cheiro próprio, único, de si, procurar incansavelmente alguma ferramenta cultural que mantenha seu tesão na vida. O que há de tão desafiador em olhar para o nosso, suposto, eterno retorno?
Teoricamente, a casa é o ambiente de descanso, a hipótese do lugar
seguro, a interrupção da loucura de fora, a cessação da obrigatoriedade do viver. Fomos ensinados que a vida não acontece dentro, ela vive lá fora, rondando as esquinas, pedindo para encher copos vazios com cerveja, fazendo coro em músicas bem bebidas, sendo palco para danças não ensaiadas e, como bons aprendizes, internalizamos que tudo que se relaciona à felicidade obrigatória por estar vivo está lá, no horizonte, no amanhã, no que virá, no devir. Entretanto, neste momento, somos convidados a olhar nos olhos dela e perceber que, apesar de nossa segurança por estarmos a uma distância intencional, ela está aqui, à espreita, teimosa em mostrar que é pura transpiração, que a ela não pertence a falsa sensação do amanhã, mas, a escolha infinita do agora.
A primeira grande crise enfrentada pela geração "touch" será
devastadora em todos os níveis. O mundo ao qual chegaremos será completamente diferente daquele que deixamos para trás, obviamente por recomendações médicas e científicas mas também pelo algo além que todos nós levaremos desses tempos turbulentos.
O além que habitará em nossos corações será lembrar,
constantemente, que todos somos mortais e, por isso, seremos enfeitiçados pela liberdade da nossa mortalidade, o desprendimento de saber que tudo que vivemos é único: o abraço ilimitado naqueles que amamos, o cheiro da avó com água de colônia depois do banho, o riso de encantamento das crianças que te rodeiam, o pôr do sol na imensidão de sua finitude, a mochila de cada afetividade sendo arrumada com tudo que lhe é essencial. Há uma lição importante a ser dita quando tudo isso passar: o futuro está eternamente suspenso, o presente é, irremediavelmente, nossa maior fonte de riqueza, nosso legado.
GAMA, Pedro. O futuro em suspenso. Disponível em: https://pfcgama.medium.com/o-
As 4 chaves para a realização ilimitada: Use as tecnologias ancestrais para ousar ser feliz, próspero, cultivar a cultura e a liberdade mesmo quando o mundo parece um caos